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História Se um dia eu mudar. - Ex Boyfriend.


Escrita por: angellari

Notas do Autor


Oi amores, atualizando pra não perder o costume, xoxo. Até as notas finais!

Capítulo 5 - Ex Boyfriend.


Fanfic / Fanfiction Se um dia eu mudar. - Ex Boyfriend.

Duda POV.

Fiquei intercalando meu olhar entre: a mão estendida de Paulo e seus olhos. Aqueles olhos que me prendiam anos atrás e que hoje eu evitava sequer fita-los, talvez por medo de me perder neles. Meu coração dizia para eu segurar naquelas mãos e não soltar mais, mas meu cérebro me intrigava dizendo para me manter longe. O que está acontecendo comigo? Cadê a Eduarda forte e segura de si mesma?

Paulo: Qual é - ele riu - Seu namorado tem ciúme se eu fizer isso? - ele pegou em minha mão, me puxando para dentro.

Duda: Eu quero quebrar a promessa - me soltei de sua mão, forçando meus pés a não saírem do chão.

Paulo: Vai ter que esperar o próximo ano - ele riu se divertindo, me dei conta de que já estava dentro.

XX: Vai entrar logo ou vai ficar fazendo hora aqui em frente? - uma voz desconhecida falou atrás de nós.

Nathan: Desculpa a grosseria do Caique - o reconheci quando virei para trás, o cumprimentei com um beijo no rosto.

Caique: Porra Paulo - ele riu - Já achou a garota - ele também me cumprimentou.

Duda: Ah - zombei - Quer dizer que estavam me procurando?

Paulo: Fica quieto, palhaço! - ele deu um tapa na cabeça de Caique.

Caique: Sério, tive que aguentar esse merda dizendo que algo em você mexeu com ele - ele ria, eu o acompanhava, deixando Paulo sem graça.

Duda: Amor a segunda vista - ri.

Caique: Segunda? - ele perguntou confuso.

Nathan: É tão bom a calmaria desse lugar - ele falou relaxando os ombros quando começamos a andar.

Duda: Eu não diria isso se fosse você - apontei uma pequena multidão vindo em nossa direção - Vejo vocês mais tarde - fui até a barraca da Rô.

Fui em direção a barraca de Rosângela, meus pensamentos estavam conturbados devido ao que eu tinha ouvido. Paulo falou algo de mim para os meninos? Deixei isso pra lá quando vi que Bruno já estava trabalhando na barraca.

Duda: Oi meu amor! - fui para trás das mesas que serviam de balcão, eu trabalharia essa noite ali, Bruno já estava na espera de pessoas pra atender.

Bruno: Oi!

Duda: Quanta frieza - ele estava de costas, abracei sua cintura, dei um beijo em sua nuca, depois repousei minha cabeça em seu ombro - O que foi?

Bruno: Que palhaçada foi aquela na entrada? - gelei - Por que ele pegou em sua mão? - ele se virou para mim, com um olhar sem vida.

Duda: Não sei - dei de ombros - Era algo que ele fazia quando éramos pequenos.

Bruno: Vocês tiveram algo? 

Duda: Claro que não! - menti - Não passou de uma grande amizade - preferi não contar, pra evitar brigas - Para com isso, muda essa cara, vamos trabalhar, ok? - dei um selinho nele.

Bruno: Desculpa - ele segurou em minha cintura - Você sabe que eu te amo.

Duda: Sei? - rodeei minhas mãos em seu pescoço - Então me prova! - ele me beijou, apertando minha cintura contra seu corpo.

Rosângela: Ha-hã - ela pigarreou - Vão espantar as pessoas assim - rimos.

(...)

Rosângela: Duda, pode vir buscar mais enfeites comigo? - olhei para ela e depois para Bruno.

Bruno: Pode ir, eu dou conta - ele sorriu.

Duda: Ok - acompanhei Rosângela.

~~

Paulo POV. 

Caique: Amor a segunda vista? - ele perguntou quando terminamos de atender as fãs e nos afastamos.

Paulo: Ainda pensando nisso? - ri.

Nathan: Quando foi a primeira?

Paulo: A Eduarda é minha ex - falei logo.

Nathan: E você não a reconheceu no show? - perguntou desconfiado.

Paulo: Pior que não velho, ela mudou muito, fora que eu já estava cansado e de óculos.

Caique: Como você conseguiu deixar uma mulher dessa? - ele perguntou inconformado.

Paulo: Se eu não tivesse a deixado, vocês não estariam aqui - ri - Já venho.

Fui em direção a barraca da minha mãe, Bruno estava sozinho lá.

Bruno: O que você quer aqui? - ele apoiou seus braços no balcão e me encarou.

Paulo: É assim que você trata todas as pessoas que aparecem pra comprar? - ironizei - Desse jeito não vai vender nada.

Bruno: O que você quer aqui? - ele repetiu.

Paulo: O que as pessoas querem quando se aproximam de sua barraca? - cruzei os braços.

Bruno: O que vai querer? - ele se endireitou em postura.

Paulo: A Duda - sorri sem mostrar os dentes, ele riu.

Bruno: Ela não é um objeto pra estar a venda.

Paulo: Ela está por aqui? - ignorei sua ironia.

Bruno: O que quer com ela? - ele travou o maxilar.

Paulo: Isso é entre mim e ela, apenas - ele riu estressado.

Bruno: Você não é nada dela pra ter essas intimidades - ele relaxou os ombros - Se não for comprar nada, se retire.

Paulo: Pode ser que eu tenha certa intimidade - ri, do outro lado do balcão as mãos de Bruno seguraram com força a gola de minha camisa.

Bruno: O que você quer dizer com isso? - ele apertava cada vez mais, ri.

Paulo: Acho que não me apresentei - ri - Prazer, sou o Paulo Augusto, ex-namorado da Duda - estendi minha mão próximo a mão dele que ainda apertava na gola de minha camisa.

Bruno: Como é? - ele parecia confuso.

~~

Duda POV.

Rosângela: Obrigada meninos, viemos desde lá carregando esses pesos - ela agradecia Caique e Nathan que nos encontraram no caminho de volta à barraca e se propuseram a ajudar levar as caixas.

Caique: Imagina - eles carregavam com certa facilidade.

Nathan: Até que horas vai?

Duda: Até as 23hrs, depois disso temos até meia noite pra colocar em ordem.

Rosângela: Ainda nem escureceu - ela olhou o céu - Tem tempo pra vocês aproveitarem.

Caique: Estou com fome, depois você me leva até onde venda uma boa comida? - ele me fez rir com sua careta.

Duda: Pode deixar!

Rosângela: O que é aquilo? - olhei para ela que forçava a visão para poder enxergar algo, direcionei meu olhar para o mesmo lugar, encontrei uma pequena roda de pessoas e o que parecia ser uma briga - É a nossa barraca...

Nathan: É o Paulo! 

Duda: Meu Deus! - me desesperei.

Rosângela: O Bruno está lá? - ela perguntou preocupada.

Duda: Provavelmente sim - gritei, corri em direção ao lugar, Caique e Nathan largaram as caixas e vieram atrás de mim.

Bruno: Como é? - ouvi quando cheguei perto.

Entrei no meio do circulo de pessoas, Bruno estava agarrado no pescoço de Paulo, não consegui ouvir o que Paulo respondeu, vi a mão de Bruno se fechar em punho, ele não iria fazer isso.

Duda: Não! - gritei fechando os olhos com medo do que viria a seguir, quando os abri novamente pude ver Caique segurar Paulo de um lado enquanto Nathan segurava Bruno do outro - O que deu em vocês? - me coloquei no meio dos dois.

Paulo: Pergunta pro merda do seu namorado! - ele estava estressado, mas ao meu ver o soco não tinha atingido.

Rosângela já estava ao lado de Paulo vendo se ele estava bem, fui até Bruno ver se ele também estava bem, ele se soltou dos braços de Nathan e tentou andar, coloquei minhas mãos em seu peitoral, ele me olhou, neguei com a cabeça, o impedindo.

Bruno: Eu não vou fazer nada - ele disse baixo, me colocou para o lado e pegou em uma de minhas mãos, me levando pra fora da barraca, antes de sair ele se voltou para Paulo - Se vier falar suas porcarias pra mim mais uma vez, não vai ter seus amiguinhos por perto.

Ele me puxou para fora, me arrastando para algum lugar afastado, eu nunca o tinha visto desse jeito, seu olhar era frio, não consegui enxergar ali o Bruno que eu conhecia, eu estava com medo dele, não fazia ideia do que Paulo tinha feito para deixa-lo dessa forma, que ele é ciumento, eu sempre soube, mas para chegar a tal ponto Paulo devia ter dito... gelei ao pensar sobre isso.

Bruno: Tem algo que queira me contar? - nos sentamos na grama, um ao lado do outro, em um lugar completamente afastado.

Duda: Deveria ter? - perguntei confusa.

Bruno: Até quando ia esconder isso de mim? - ele me encarou - Até quando ia me fazer passar de otário em frente ao seu ex-namorado? - a saliva desceu com dificuldade pela minha garganta.

Duda: Me perdoa - abaixei a cabeça, encarando a grama - Eu não queria te deixar mal por isso...

Bruno: Todo mundo tem ex-namorados, por que eu ficaria mal se me contasse? - eu evitava encará-lo.

Duda: Me desculpa, eu devia ter contado, eu sei...

Bruno: Você mentiu pra mim Eduarda - ele apoiou os cotovelos em seus joelhos e passou suas mãos pelos cabelos - Por que?

Ameacei a dizer algo, mas nada saia, nem eu sabia ao certo porque menti, fui salva por alguém que se aproximava.

Malu: Você é louco de voar pra cima do meu ídolo? - ela encarava Bruno com um olhar e um tom de voz em total fúria - Você não tinha o direito de tocar em um fio sequer daquele cabelo, muito menos fazer o que fez, perdeu a noção do perigo?

Duda: Ei, ei, ei - me levantei da grama - Você pode parar já com isso Malu!

Bruno: Eu vou embora - ele também levantou, Malu o encarava com frieza, mas o olhar dele para ela foi muito pior - A gente conversa mais tarde - ele disse para mim e foi embora.

Fiquei o olhando se distanciar, um sentimento de vazio tomou conta de mim, minha vontade era correr atrás dele e consertar o meu erro, mas eu ainda tinha que acertar umas contas.

Malu: E você madrinha? - ela me tirou dos devaneios - Você é uma das ex-namoradas do Paulo, você tem noção disso? Como, ou melhor, por que nunca me contou isso? - ela dizia alegre.

Duda: Eu não quero e não vou falar sobre isso! - falei nervosa - Com licença - sai de perto dela.

Avistei de longe uma pequena roda de pessoas perto da barraca de Rosângela, ele ainda estava lá, comecei a andar mais rápido. Minha mente estava cheia, as coisas estavam acontecendo tão depressa que eu não tinha tempo pra refletir. Quando me aproximei pude ver no centro da roda Paulo, Caique e Nathan e ao redor deles umas menininhas que deviam no máximo ter 16 anos, que não paravam de rir. Caique me viu se aproximar, cochichou algo com Paulo que logo depois me notou, ele se endireitou em postura e fechou a cara. Fui abrindo espaço na roda até chegar ao meio, as meninas ficavam bravas quando eu as empurrava pra passar.

Caique: Olha só quem chegou - ele sorriu.

Não respondi nem ao menos o olhei, encarei aqueles olhos azuis confusos e me aproximei.

Duda: Pelo visto acabou seu 'showzinho' - ele cruzou os braços - Pena que eu não cheguei a tempo de participar - ironizei.

Paulo: No próximo eu te espero - ele piscou.

Duda: Eu já estou aqui, não tem o que esperar - ele riu - Vai querer plateia ou vamos ser civilizados? - ele ergueu os braços em forma de rendição.

Paulo: Você venceu!

Nathan: Boa sorte - ele disse ao Paulo antes de sairmos.

Paulo: Valeu, vou precisar - ele riu.

Fomos para uma rua totalmente isolada, nem eu me lembrava que ela existia, quando paramos no meio dela, olhei ao redor pra ver se estávamos realmente a sós.

Duda: Caralho Paulo, você tinha que falar que é meu ex-namorado? - cruzei os braços, já estressada.

Paulo: Hahaha - ele riu irônico - Qual é Duda, quer mentir teu passado agora?

Duda: Mentir não - coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha - apenas não lembrar, eu tô muito bem com o Bruno e você não vai atrapalhar.

Paulo: Estão tão bem que você mentiu - ele riu se virando de costas para mim.

Duda: Você só pode estar de brincadeira - falei incrédula, ele se virou para mim - Você não mudou nada - coloquei uma de minhas mãos na cintura e a outra passei pelo meu cabelo de forma estressada - Pelo visto continua sendo a mesma criança egocêntrica que você sempre foi.

Paulo: De qualquer forma ele ia saber, você não pode simplesmente mudar as coisas, esconder seu passado, ia se complicar, você devia me agradecer por te ajudar.

Duda: Acho que você não entendeu - cruzei os braços - A nossa história não muda, EU que simplesmente mudei - apontei para mim mesma - Qual é, achou que ia chegar aqui e eu ia estar chorando por você, te implorando pra voltar? Se liga! - dei as costas e comecei a andar.

Paulo: Eduarda, você ta louca? - ele segurou em meu pulso, olhei no fundo de seus olhos - Claro que não - desviei meu olhar para o chão, ele segurou meu rosto com sua mão livre me fazendo encará-lo - Muito pelo contrário, nem esperava te encontrar aqui ainda - ele disse de forma calma.

Duda: Mas encontrou - me livrei de suas mãos, de forma grossa - Então, por favor, pelo bem de nós dois, se mantenha distante - me perdi encarando aqueles perfeitos olhos.

XX: Paulo? - uma voz me tirou do transe, olhei por cima do ombro de Paulo, tendo a visão de uma figura feminina ao fim da rua.

Duda: Tem alguém te chamando - sorri maldosa, talvez fosse a hora de dar o troco.

XX: Paulo? É você? - a garota parecia confusa.

Paulo: Por favor, vai embora, pelo bem de nós dois - ele falou baixo.

Duda: Sua namoradinha é ciumenta? - ri, ele olhou no fundo dos meus olhos e abaixou a cabeça - Eu vou pelo outro lado - olhei para trás, estava totalmente escuro lá no fundo - Se nós dois andarmos em uma linha reta, talvez ela não me veja, ok? 

Paulo: Obrigado - ele deu um beijo em minha testa.

Duda: Anda logo, ela vai desconfiar - sussurrei.

Ficamos de costa um para o outro, andei devagar em uma linha reta, a cada passo a luz ia ficando mais fraca, cheguei em um ponto que eu já não enxergava mais nada, eu não sabia onde essa rua iria dar, mas não parei para olhar para trás, apenas segui em frente. Por que eu tinha feito isso? Nem eu sei, depois de um tempo seguindo sem enxergar nada, tirei meu celular do bolso para iluminar, havia um banco no meio de muitas árvores, parecia que eu estava em um pesadelo ou algo parecido, finalmente eu me encontrava sozinha, um momento que eu podia parar pra refletir e descansar das coisas que me aconteceram hoje, iluminei meus passos até o banco, sentei em cima de minhas pernas e apaguei a iluminação.

[...]

Devia ter uns quarenta minutos que eu estava ali, eu estava deitada, quase pegando no sono, quando ouvi algumas vozes, demorei um tempo pra identificar de quem era.

Caique: Mano, a gente tá indo pro lugar certo?

Nathan: Eu acho que sim, foi aqui que a mãe do Paulo falou que era.

Caique: A gente deve ter entrado em alguma rua errada - senti medo em sua voz - Olha a escuridão desse lugar, acho melhor a gente voltar.

Nathan: Deixa de ser medroso meu.

Caique: E se tiver almas por aqui velho - não consegui me segurar e ri - Ouviu isso?

Nathan: Cala a boca meu, pega a lanterna do seu celular, faz algo que preste!

Caique: Ainda acho que estamos no caminho errado - vi a luz se aproximando.

Me sentei com os pés em cima do banco, pensei em fugir, seria estranho eles me acharem ali, quando coloquei os pés no chãos, pisei em uma folha seca.

Caique: Puta merda - vi a luz se voltar para onde eu estava - Tem algum bicho ali.

Outra luz surgiu, pelo que deduzi era do celular do Nathan.

Nathan: Marília? - eles foram se aproximando, coloquei a mão na frente tapando a claridade.

Duda: Quem é Marília? - perguntei.

Caique: O que você está fazendo aqui sozinha? - ele perguntou confuso.

Duda: Quem disse que eu estava sozinha? - perguntei sugestiva.

Nathan: Estava com quem nessa escuridão? 

Duda: Dá pra tirar essa lanterna do meu rosto, por favor? - eles abaixaram - Eu estou brincando - ri.

Caique: Então, o que estava fazendo aqui sozinha? - me levantei do banco, passei minha mão em minha bermuda afim de limpa-la.

Duda: Evitando outras discussões?! - perguntei mais para mim mesma do que para eles - Não vou ter como evitar, mas nada me impede de adia-las não é? - olhei para Caique - Eu não quero brigar com mais ninguém por hoje, eu só queria um mimo de mãe, entende?

Caique: Sei bem como é - ele disse risonho, abrindo os braços - Vem cá - ele se aproximou, rodeou os braços pelos meus ombros, rodeei minhas mãos em sua cintura enquanto descansei minha cabeça em seu peito - Não é como um abraço de mãe, mas acho que serve - ele riu.

Nathan: Eu vou guardar isso aqui no carro - ele disse se distanciando.

Duda: Pelo menos eu ganhei algo essa noite - falei quando Nathan se afastou.

Caique: E o que foi? - ainda estávamos abraçados.

Duda: Um amigo?! - o encarei, ele riu.

Caique: Com certeza - ele me apertou em seus braços.


Notas Finais


O que acharam? Comentem, preciso saber a opinião de vocês :*


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