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História Se você for um sonho, não quero acordar - Capítulo Único


Escrita por: proliiixa e 7decopas

Notas do Autor


Eu sempre posto a fanfic aqui e nunca explico nada, como sempre. Por isso, rapidinho: essa fanfic, assim como as outras que já postei, fazem parte do Projeto 365, que nada mais é do que um bando de louca postando uma fanfic pra cada dia da semana (sou responsável pelas sextas-feiras). Daí, se quiser mais respostas e explicações, só entrar naquele perfil que tá como coautoria. Além disso, teve uma votação lá no twitter onde o pessoal escolheu o tema do fim de janeiro e foi police!au (EU ODIEI ISSO, SÉRIO, QUE MALDADE), e logo logo vai haver outra votação pra escolher o tema de fevereiro (quando eu postar a outra fanfic aqui, deixo o link pra irem lá votar). eNFIM.

Isso aqui que escrevi... Nem sei o que dizer. Na verdade, nem sei se entra direito no tema de police!au, não faço a mínima ideia. Provavelmente tá errado, mas who cares, não é? Vida que segue. Apenas espero que alguém que venha ler ou favoritar possa gostar, tá? E agradeço desde antes!

boa leitura

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Baekhyun era só mais uma dessas garotas putas das esquinas usando roupa curta, se dando por nada em troca de um pouco de pó para cheirar e apagar todos os resquícios de sua existência – apagar aqueles sonhos bobos de menina, aquela felicidade que nunca chegou a bater na porta, a saudade que tinha da esperança de um dia feliz, os pesadelos de todos os dias quando deixava alguém tocá-la por um vício estúpido. Era só mais uma prostituta qualquer, um lixo esquecido no mundo que ninguém se importava para além de foder. Ninguém ia chorar quando morresse de overdose, ou de frio, ou nas mãos de um canalha no banco de trás de um carro, ou pelo traficante, ou por simplesmente não querer mais viver. E tudo porque garotas como Baekhyun não mereciam amor.

Mas Kyungsoo se importava.

Fazendo suas rondas, ele pensava na garota que viu na esquina daquele bairro fodido. O vestido curto num frio que estava matando pessoas, o cabelo penteado de umidade, os pés enfiados naqueles sapatos duros sem meias. E aquela magreza. Deveria estar sem comer fazia muitos dias. Deveria estar com frio, precisando de um banho quente e cobertores. E por mais que tivesse lhe dado sua jaqueta e cachecol, ganhando uma resposta de putas não sentem frio, sua preocupação ainda continuava – mesmo que ela tivesse colocado a jaqueta e se encolhido toda, Kyungsoo viu pelo retrovisor.

Talvez por isso voltasse lá com frequência, preocupado com a garota na esquina que mandava todos os policias se foderem e que um dia sumiu por achar que aqueles sorrisos que deu para um escroto seriam seu céu longe das drogas, de uma vida de merda.

Kyungsoo se preocupava quando a vizinha do apartamento 139 ligava esbaforida na polícia, dizendo que o homem estava batendo na garota e que ia matá-la. E a cada hematoma novo, e a cada noite em que o homem bebia e espancava a garota e ela não fazia queixa, Kyungsoo passava a se importar mais. Se importar ao ponto de quebrar a cara daquele escroto em mil pedacinhos na calada de uma noite, largando o homem com um aviso claro que se batesse em uma mulher de novo, estaria morto. A garota já tinha ido embora de qualquer jeito, levando nada mais do que as roupas do corpo e as lembranças que queria esquecer.

Ele se importava ao ponto de levar lanches a uma Baekhyun emperiquitada que tinha voltado às esquina daquele bairro fodido à espera de outro escroto para fazer boquetes e ganhar trocados para um pouco de pó, ou um cigarro, ou uma garrafa de bebida que fosse forte o bastante para apagá-la de vez, para sempre, porque se fosse para morrer, que pelo menos tivesse a companhia de seus vícios para apagar a dor.

Mas havia aquele policial idiota que voltava e insistia. Que trazia lanches. Blusas. Cafés. Que sorria ao vê-la na esquina e pedia que se agasalhasse mais, que se alimentasse corretamente e que, por favor, não usasse nada naquele dia, que fosse para casa.

– Só se for pra sua – Baekhyun soltou numa noite dessas, piscando para Kyungsoo dentro da viatura.

Ele levou a sério.

– Você viria comigo de verdade?

Baekhyun riu boba, entrando naquilo fosse o que fosse. Se inclinou na janela, a blusa com o decote suficiente para que Kyungsoo perdesse alguns segundos olhando, e disse:

– Se você pagar, vou aonde quiser.

– E vai ficar?

– Passar a noite, você diz? É mais caro – alertou.

– Ficar – Kyungsoo soltou baixo, buscando o jeito certo de se explicar. – Morar comigo.

Baekhyun tinha péssimas lembranças das vezes que pensou que poderia ter uma vida boa na companhia de alguém, com uma casa e banhos para tomar, dormir numa cama sem a preocupação de nada, em que pudesse simplesmente tentar viver longe do inferno que gostava de consumi-la. Por isso preferiu pensar que ir com Kyungsoo fosse só mais um programa. Era normal fazer programas para policiais, eram homens no fim das contas, homens que gostavam de garotas como Baekhyun, as putas que adoravam crucificar e pegar de quatro.

O jeito carinhoso de Kyungsoo a incomodava. E ele insistia que não queria fazer sexo, mesmo que ficasse duro ao vê-la andando de calcinha e sutiã pela casa. Insistia para se alimentar. Insistia para que não bebesse. Insistia para que aguentasse firme e resistisse a vontade de amortecer o sofrimento com alguma porcaria e prometia que nunca ia machucá-la. Fazia o digno papel do policial bonzinho tentando salvar as pessoas.

– Você não vai conseguir me salvar sempre – Baekhyun disse a Kyungsoo certa vez, depois de uma crise de abstinência das porcarias que estava acostumada a ter por perto, quebrando coisas. Revirando a casa em busca de alívio.

Kyungsoo estava deitado na cama com ela, ainda de uniforme, lado a lado, afagando os cabelos que Baekhyun tinha dado fim as madeixas longas, deixando-os curtos e desgrenhados como os de um garoto. E mesmo assim, ela ainda era a garota mais bonita.

– Mas nunca vou deixar de tentar.

– Por quê? – Baekhyun perguntou baixinho, interessada demais nos detalhes do uniforme azul de Kyungsoo, no cinto de couro com os penduricalhos policiais, a arma, o cassetete, e todas as outras coisas.

– Porque me importo com você – respondeu sincero, segurando o queixo dela para que lhe olhasse nos olhos. – Mais do que deveria.

– E até quando você vai fazer isso?

– Até você decidir ficar comigo, pra sempre – Kyungsoo falou.

Baekhyun quem beijou Kyungsoo primeiro, dando permissão para que ele fizesse mais, porque ela queria mais. Queria que suas mãos entrassem por debaixo da saia, que tirassem sua camisa, que abrissem seu sutiã e beijasse cada seio. Queria que seu dedo estivesse lá embaixo, acolhido por ela sem medo nenhum. Queria que ele a beijasse como ninguém nunca tinha feito, porque Baekhyun queria ser só mais uma dessas garotas que encontravam o amor. E talvez já tivesse encontrado em Kyungsoo. Parecia um sonho e desejava nunca mais acordar dele.

 


Notas Finais


obrigada por ler ♥


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