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História Seaweed and the Bird - Capítulo XXV


Escrita por: TenthLoop

Notas do Autor


Hope you like it <3

Capítulo 25 - Capítulo XXV


 

Eu gostaria de chegar em casa, fazer um relatório para Gordon, pensar sobre os planos do mal que acercam a cidade e então ter um bom descanso, mas é claro que eu não consigo cumprir um cronograma. Depois de comprar algumas coisas para a casa, fui para o meu quarto e me deitei. Cosmo se aproximou do vidro como de costume. Temos conversado muito todos os dias no último mês.

“Olá, Percy. Como foi o seu dia?” ele disse em minha mente.

– Foi… boa, eu acho – eu disse sorrindo – conversei com Asa Noturna hoje.

“Oh! E como foi?”

– Eu não estava com o uniforme. Fui como Percy. Estávamos vigiando alguns caras e aí ficamos conversando.

Ele deu uma cambalhota na água. Parecia animado.

“Conversa?”

– Sim. Acho que ele sabe que gosto do Dick, mas não deve fazer a menor ideia de que eu gosto dele também – eu ri – que situação ridícula.

“Parece muito confuso. Você vai ficar com os dois?”

– O que? Não! Eu não sei se vou ficar com alguém, eu só sinto… algo por eles. Não significa nada – eu disse, tentando fugir do assunto.

“Peixes geralmente possuem mais de um parceiro. Eu só quero a minha Wanda” ele disse, simpaticamente.

Eu sorri e me levantei. Me troquei e então comecei a escrever o relatório para Gordon. Felizmente, meu computador possui a função de digitação por voz, o que me ajudou a acabar mais rápido.

Enquanto eu comia cereal – sim, no final da tarde – eu estava vendo as notícias da cidade. Políticos corruptos, pequenas fugas do Asilo… um grande incêndio em um hotel no meio da cidade.

Comecei a vestir meu uniforme imediatamente. Acidentalmente derrubei minha tigela de cereal, mas consegui limpar com meus poderes. Uma pena que não é mais comestível.

Quando terminei de me vestir, subi na moto e fui o mais rápido que podia até o local. É possível avistar o céu já escuro tingido de laranja por causa das chamas, e a fumaça por cima do local. Os bombeiros com certeza já estavam lá, o que é bom: já possuo minha fonte de água fácil.

Assim que cheguei, entrei sem pensar duas vezes. Eu felizmente tenho uma natural resistência ao calor, mas ainda preciso me apressar. Corri subindo as escadas enquanto o teto começava a desabar. No primeiro andar não havia ninguém, felizmente. No segundo eu consegui resgatar um gato que havia ficado preso dentro de um quarto. Ele não parecia estar queimado.

No terceiro andar, as coisas começaram a complicar mais. O chão estava ameaçando ceder, e dessa vez, eu ouço gritos. Mas não gritos de “Socorro! Fogo!”. Estava mais para “Socorro, ele vai me matar!”. Corri até o quarto 342 e quebrei a porta na entrada. Ninguém. Quarto 343, nada. Quarto 344, 345… os gritos só poderiam vir do próximo quarto.

– Se afastem da porta! – gritei, antes de arrombar a porta com um chute.

Assim que a porta se abriu, uma garotinha morena de aparentes dez anos, um garoto de talvez cinco e uma mulher saíram, apavorados. Como já havia se tornado um hábito, eu usei a água do caminhão dos bombeiros para quebrar a janela mais próxima e retirá-los, criando um escorrega feito de água. Apesar de tossir, a mãe ainda gritava para mim. Quase não pude ouvir o que ela queria dizer, mas então se tornou mais claro.

– Cuidado, ele quase nos queimou!

A garotinha tossia muito, mas me olhava sem piscar. Ela não sorria, nem chorava. Apenas observava, como se eu fosse algum tipo de atração rara num parquinho.

Me virei para voltar até o quarto onde eles estavam. A cama já estava em chamas e parte do teto havia desabado sobre ela, mas não havia ninguém. A única parte onde faltava verificar era no banheiro.

Peguei contracorrente e avancei com cuidado até a porta. Não havia qualquer barulho lá dentro. A fumaça estava começando a afetar a minha respiração. Eu quero tossir, quero ar puro, mas não posso, não ainda. Assim que toquei a maçaneta, sinto o chão sobre os meus pés mais frágil. Eu não posso cair de forma alguma.

“O que eu faço?” pensei. Se eu lutasse aqui, agora, tudo poderia desabar. Além disso, meu cérebro está ficando cada vez mais enevoado. Meus pensamentos estão cada vez menos claros.

Assim que eu giro a maçaneta, não tive nem tempo de abrir, pois ouço algo entrando pela porta.

Olho apreensiva até a entrada e quase senti total alívio ao ver Nightwing.

– Cuidado! – ele gritou, mas era tarde.

O fogo explodiu pela porta, me fazendo voar e bater violentamente contra a parede atrás de mim. Minha visão ficou negra por alguns instantes. Em dois segundos pude ver Nightwing correndo até mim ao meu lado, e na minha frente um homem vestido em uma armadura à prova de fogo, com um lança chamas em mãos. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, o chão abaixo de mim cedeu, e eu comecei a cair.

Eu inutilmente tentei me agarrar a algo, mas não havia nada. O chão abaixo de mim havia cedido até o térreo, e é uma longa queda. Quando eu já havia fechado os olhos esperando o impacto, senti um forte empurrão, mas que me impediu de cair diretamente no chão.

Eu pensei que, de alguma forma, Nightwing havia conseguido me alcançar e havia me segurado. Quando abri os olhos, sequer podia falar algo, mas me surpreendi ao ver o Robin Vermelho.

– Haaã? – eu tentei.

Um péssimo primeiro cumprimento.

– Não se preocupe – ele disse, colocando uma máscara em meu rosto que me permitia respirar, finalmente. Puxei o ar profundamente até voltar a enxergar direito – Fique aqui, nós cuidamos disso – ele disse com um sorriso simpático enquanto me deixava com cuidado no térreo, que parecia ser o único lugar ainda intocado pelo fogo.

Consegui andar até o lado de fora do prédio, onde paramédicos imediatamente começaram a cuidar do meu ferimento em minha cabeça. Eu tirei meu capuz e sentei em uma das ambulâncias para que pudessem analisar e cuidar do estrago.

Não consegui desviar o olhar do terceiro andar do prédio, onde eu podia ver flashes azuis, vermelhos e amarelos atacando um vermelho que exalava fogo. Eu deveria estar lá ajudando.

Quando minha cabeça estava começando a voltar ao lugar, jornalistas e fotógrafos começaram a me cercar. Os flashes começavam a me cegar novamente.

– O seu nome oficial é Seaweed?

– Qual o seu relacionamento com Nightwing?

– Qual a sua ligação com a água?

– Você é um meta humano?

As perguntas não paravam de vir de todos os lados. Eu sequer tinha tempo de responder qualquer coisa, tampouco estava com paciência para isso. Continuei tentando focar na luta que acontecia no prédio até sentir alguém me segurando.

Abaixei minha cabeça apesar da dor e olhei para a garotinha que eu havia salvado há alguns minutos. Ela ainda possui um olhar vago, mas segurou minha mão.

Eu levantei minha mão, que tremia, até o seu rosto. Ele estava cheio de fuligem, que sujava a sua pele cor de chocolate.

– Qual é o seu nome? – perguntei, com a voz saindo mais seca do que eu gostaria.

Ela demorou a responder.

– Louise. Louise Delans.

– Você é muito corajosa, Louise Delans – eu disse, enquanto tirava o resto da sujeira do seu rosto e me levantava.

Ela não havia soltado a minha mão. De alguma forma, senti que ela estava passando a força dela para mim. Ela deve estar tão assustada, mas ainda teve coragem de vir até aqui.

Sinto que posso ajudar, mesmo que um pouco.

Respirei fundo o oxigênio que vinha da máscara antes de tirá-la e me concentrar na água. Não foi difícil. Consegui juntar  o máximo de água que podia, até mesmo a que os bombeiros estavam usando para tentar apagar o fogo, e joguei sobre o prédio. Fiz com que a água entrasse por cada janela e porta do prédio e passasse por cada aresta e vértices das casas, apagando o fogo completamente. Louise apertou ainda mais minha mão enquanto eu ainda olhava para o topo do hotel.

Depois de alguns segundos sem poder ver nada, nenhum sinal dos três lutando, uma janela se quebrou, mostrando o Vagalume fugindo com uma espécie de mochila à jato que deixava um rastro de fogo e fumaça por onde passava. Na janela, Nightwing e Red Robin aparecem imediatamente. Pareciam bem, se não pelo pequeno machucado no rosto de Nightwing.

Eu soltei a mão de Louise e andei em direção ao Vagalume, que se afastava lentamente. Em seu jato estava cravado um dos boomerangs de Asa Noturna, o que deve ter o danificado.

Antes que ele pudesse fugir, usei o resto de força e ignorei a forte dor de cabeça para fazer um grande chicote de água. Um segundo depois, eu o usei para segurá-lo pelos pés e o puxei até onde estávamos, o jogando no chão. Red Robin chegou e desligou seu lança-chamas e o seu jato, e os tirou do alcance do piromaníaco.

– GOTHAM DEVE QUEIMAR! – Ele gritou, completamente alucinado.

– Não no meu turno – eu disse enquanto saía de perto. Eu sempre quis dizer isso.

Nesse momento, um bombeiro estava saindo prédio ajudando um homem alto de meia idade, que estava com algumas queimaduras no braço. Ele tossia muito, mas parecia bem.

Para a minha surpresa,  Louise começou a correr em sua direção e o abraçou.

– Papai! Papai! – ela disse, chorando de alegria e comoção.

Eu não havia tirado todos do prédio? E se eu o afogasse com a água? E se o prédio tivesse desmoronado? Eu jamais iria me perdoar.

– Você foi incrível hoje – Nightwing disse, botando a mão em meu ombro com cuidado. Ele parecia três vezes mais preocupado do que eu já vi antes.

– É, acho que sim – eu disse, botando a mão e minha testa, como se isso fosse amenizar a minha dor na cabeça – você também foi muito bem.

– Você deveria ir em um médico – disse Red Robin, que via minha dificuldade em me manter em pé.

– Eu aprecio a preocupação, mas vou ficar bem – eu disse com um breve sorriso.

Ele olhou para Nightwing e o cumprimentou, tocando em seu ombro.

– Entendi porque você gosta dela.

Em uma situação normal, eu estaria envergonhada, mas apenas contive o pequeno riso que saiu de minha boca para evitar a dor. Nightwing estava envergonhado por nós dois.

– Temos que ir. A polícia já está chegando.

Ele me segurou em seu colo e usou um arpéu para se deslocar até o topo de um prédio rapidamente. Ele me levou pelos telhados de Gotham até um terraço de um dos prédios da Wayne Enterprises. Havia um pequeno jardim e bancos, onde nos sentamos. Red Robin estava falando com alguém no comunicador um pouco distante de nós.

O silêncio permaneceu entre nós por alguns segundos.

– Me desculpa – ele disse, enfim.

Não sei ao certo sobre o que ele está falando, mas tento parecer tranquila.

– Não é sua culpa eu ter me machucado. Vocês terem aparecido me salvou de um belo apagão – eu disse, sorrindo levemente.

– Não é isso. Eu.... sinto muito por ter pedido a você para ficar de fora. Você está tão envolvida nisso quanto nós. Eu sei que se preocupa comigo tanto quanto eu estou preocupado com você agora.

Eu não sabia o que dizer. Eu já sabia que ele estava arrependido. Afinal, conversamos sobre isso mais cedo.

– Eu quero poder ajudar vocês. Sei que não faço parte do time, mas… – eu desviei o olhar para frente e apertei sua mão – você é o meu passarinho. Eu preciso cuidar de você.

Eu não havia percebido como essas palavras soariam até ver a reação dele, ficando surpreso e sorrindo timidamente.

– Se eu usar a desculpa de que bati a cabeça com força, você releva essa? – perguntei.

– Sem chance.

Sinto um súbito alívio ao vê-lo ali, rindo ao meu lado. Ele parece tão feliz e aliviado que isso acaba me fazendo esquecer meus machucados até certo ponto. Estou feliz por ele estar aqui. Muito feliz.

– Você quase me matou de susto quando caiu do chão – ele disse, olhando para os pés. A alegria em seu rosto rapidamente se esvaindo – eu achei que você…

Eu o interrompi quando, devagar, passei meus braços ao redor do seu corpo, abraçando-o e o puxando para o mais perto possível. Apesar de ele ainda cheirar a fumaça, o seu contato me faz bem. Tê-lo bem aqui, nos meus braços, me trás uma paz revigorante.

Ele respirou fundo e retribuiu meu abraço fortemente. Encostamos nossas cabeças no ombro um do outro, apreciando a sensação de calma. Eu gostaria que isso durasse horas.

Quando enfim nos separamos, foi porque ele recebeu informações em seu comunicador. Me sentei direito no banco e observei a paisagem. Gotham vista daqui é incrível. Grandes prédios se estendiam até onde meus olhos podiam enxergar, mas as pequenas casas também estavam ali. Parece para mim que a Torre Wayne foi feita estrategicamente para ter essa visão. A cidade pela qual zelam.

– O que está olhando? – ele perguntou, quando acabou o que estava fazendo.

– A cidade – eu disse, simplesmente. Ele começou a olhar junto comigo e ficamos em um silêncio confortável por alguns minutos – Eu nunca pensei “estou fazendo isso pela cidade”. Botei na cabeça que “Se eu posso, eu vou fazer para ajudar”. Mas ver a cidade daqui… Vale a pena lutar por ela também, sabe? Ela tem tanto potencial, e mesmo que pareça estar perdida, ver ela assim me dá esperança.

– Ela pode ter os seus vários defeitos, mas pode ser uma cidade segura e feliz, um dia. Eu luto por isso – ele disse.

Ficamos mais alguns segundos sentados. Minha cabeça sempre me relembrando do machucado com pontadas de dor, mas acabou se tornando um pouco suportável. Os paramédicos apenas limparam o ferimento e deram alguns pontos. Segundo eles, eu deveria ir no médico, mas não quero mais dor de cabeça. Logo, Red Robin voltou até onde estávamos, parecendo mais tranquilo.

– Estive acompanhando enquanto a polícia levava o Vaga Lume até o Asilo Arkham. Ele não deve ser um problema tão cedo.

Suspirei com alívio. Não gostaria de precisar fazer qualquer coisa além de me deitar por hoje.

– Essa é a minha deixa – eu disse, me levantando. Pontos pretos surgiram em minha visão, mas tentei não deixar transparecer – foi um grande prazer – eu disse, apertando a mão do Robin, que parecia preocupado.

– Igualmente. Tem certeza que não precisa de ajuda? – ele perguntou – Eu dei uma olhada antes no seu ferimento e não parecia nada bom.

– Eu vou ficar bem, mas obrigada pela preocupação – eu respondi, educadamente – Podem contar comigo para ajudá-los. Prometo tentar não estragar tudo – sorri.

Ele sorriu e olhou para Nightwing.

– A sua namorada é bem legal, cara.

Tenho certeza que me senti envergonhada, mas talvez eu esteja com o rosto sujo o suficiente para que não notassem. Infelizmente não posso cobrir a cabeça com o capuz devido aos ferimentos. Nightwing tampouco conseguia esconder seu constrangimento.

– Você sabe que nós não estamos – ele disse, lançando um olhar que dizia “Se você falar algo mais, eu te jogo na frente do batmóvel”.

– É, quer dizer… Eu não ouvi nenhum pedido até agora – eu disse, entrando no jogo.

Recebi um olhar confuso e surpreso dos dois, até que o Robin começou a rir e Nightwing relaxou, mas ainda parecia pensativo.

– Ei, relaxa! Eu só estava brincando – eu disse enquanto acenava me despedindo do Robin Vermelho e estava prestes a ir até onde estava a minha moto, dando um último olhar para meu parceiro antes de sair – Ou não estava?

Ele sorriu, constrangido. Eu normalmente não faria isso, mas acabou por ser divertido e… de certa forma, por meio de uma brincadeira, eu disse algo que já havia passado pela minha cabeça antes: E se nós dois ficássemos juntos…?

Soa improvável, de qualquer forma.

Quando cheguei em casa, enchi a banheira e comecei a pensar sobre o meu dia. Precisamos encontrar essa bomba o mais rápido o possível e desarmá-la, mas e então, o que virá depois? Descobrem que sabemos de algo, refazem todo o plano e teremos que lidar com a maior segurança?

Seria muito bom se conseguíssemos acabar com quem quer que esteja botando ideias na cabeça de Harvey Dent, mas as pistas ainda são rasas. Teremos que detê-lo antes de essa bomba ameaçar Gotham, ou a cidade irá virar um caos.

“Ótimo” pensei “É só encontrar um super vilão que nem sabemos que existe, derrotá-lo e forçá-lo a entregar o plano e desarmar uma bomba. Fácil”. É claro que a voz no meu pensamento soa irônica, mas… ousando pensar nessas palavras apesar de a experiência me dizer o contrário, poderia ser pior.

O machucado em minha cabeça estava lentamente melhorando. Espero que o Vaga Lume fique um bom tempo atrás das grades. Ainda não sei se houveram vítimas no incêndio desta noite, mas vou deixar essa dor para o dia seguinte.

Peguei um pequeno pedaço de ambrosia e o ingeri. Pude sentir a dor dos ferimentos começarem a ser anestesiados aos poucos à medida que o gosto de cookies azuis se espalhava em minha boca. Uma repentina saudade da minha mãe me tomou de surpresa, e também a vontade de enfim ver minha irmã mais nova.

Vários pensamentos começam a invadir minha mente, cada um mais aleatório que o anterior. Será que eles estão bem? Será que há uma grande profecia acontecendo enquanto estou aqui em Gotham? Os meus amigos estão vivos, não é? Se algo tivesse acontecido, eu teria sido avisada. Eu sou realmente útil em Gotham? Já existem grandes heróis aqui, talvez eu só traga problemas. Talvez Batman esteja certo e eu deva parar de tentar bancar a heroína. Meu pai poderia estar enganado ao me trazer aqui e eu precise estar presente no acampamento. 

Nesse momento, a imagem de Nightwing me veio à mente.

“As coisas são bem melhores quando ela está por perto”, ele disse mais cedo.

Ele estava falando sobre mim! Lembrar dessas palavras me faz sorrir como uma garotinha apaixonada. Espero que ele não diga nada do que eu disse a ele sobre Dick hoje. Ele é outro que me faz perder a cabeça e o fôlego. Passamos tantos momentos bons juntos…

E então, aquela grande visão privilegiada de Gotham me acertou em cheio. Eu estou apta a fazer o que puder por esse lugar. Pode parecer apenas um monte de prédios em um lugar amaldiçoado por Apolo de tão escuro mesmo durante o dia, mas se você olhar com atenção… Além dos criminosos, da poluição e dos prédios, há mães cuidando dos filhos, assim como a minha mãe e a minha irmã. Há amigos jogando bola no parque, alguns animais se aconchegando em seus ninhos, casais em um encontro… 

Quando você é um semideus, você nunca sabe quando vai morrer. Isso é um fato, temos que lidar com isso. Isso sempre me fez olhar para as coisas de um jeito diferente, com mais atenção. O jeito que o vento leva as folhas, que caem no lago, que os peixes olham e pensam “como isso veio parar aqui do nada?”. As relações das pessoas, as amizades e romances que nós nem sempre temos a oportunidade de viver devido à constante rotina de tentar não morrer. Essa noite, vendo Louise e seu pai juntos me fez pensar que eu estou lutando para que outras pessoas possam ter isso. É para isso que eu devo permanecer. Se eu encontrar o amor e poder viver isso aqui… Será um adicional perfeito.

Acabei não notando até sentir o calor do sol em meu rosto. Eu acabei dormindo na banheira sem querer. Minhas obrigações passaram sob a minha cabeça num relance e eu me lembrei de todas as coisas que eu deveria fazer para hoje e pulei rapidamente para me arrumar. Eu estou atrasada! Tão atrasada!


Notas Finais


Entãaaaao
Minhas aulas voltam hoje... então os capítulos vão demorar a sair de novo (sorry)
Se o famoso "acúmulo de matéria" não acontecer, vai ter pelo menos um capítulo a cada duas semanas.


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