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História Second Chance - Juric - Capítulo 6


Escrita por: YuuHiko

Notas do Autor


Olá todo mundo!
E seguimos mais uma vez com mais um capitulo dessa fanfic que vocês tanto estão esperando!
Espero que gostem e que curtam o rumo que a historia está tomando!

Capítulo 6 - Capítulo 6


Tw: Menção à assassinato de crianças e abuso infantil

Os dias passaram-se muito rápido devido a rotina corriqueira, Juyeon estava cada dia mais focado em seu trabalho e vez ou outra quando tinha uma pausa para respirar mandava uma mensagem para o número de Eric, a conversa não se estendia muito entre os dois, na grande maioria das vezes morria quando o Lee se certificaram que o mais novo estava bem e se alimentando, de fato ele não era muito bem em puxar assunto e Eric também não parecia insistir para continuar, de certa forma o policial apenas queria demonstrar que se preocupava com o jovem estudante de sua maneira, mesmo que ela fosse torta e de poucas linhas. 

A última semana estava sendo extremamente estressante para Eric, na faculdade haviam entrado em período de provas para finalizar o semestre enquanto na cafeteria o fluxo de clientes havia aumentado drasticamente devido a um torneio mundial que estava acontecendo e muitos fãs e até mesmo equipes que estavam participando da competição estavam indo até o estabelecimento fora que Jacob havia tido a grande ideia de transmitir o campeonato em um telão ao vivo, contudo Eric se sentia sobrecarregado com tantas coisas e todos os dias que chegava em sua casa acabava capotando logo após o banho, como se sua bateria interna se desligasse e ele obrigatoriamente precisa-se ser recarregado após uma noite inteira de sono.  

Eram exatamente 04:00 horas da manhã quando seu celular começou a tocar em alto e bom som o acordando em um susto, ainda completamente grogue pelo sono o loiro tateou um dos móveis próximos a sua cama onde normalmente deixava o aparelho eletrônico e forçando a vista nublada de quem havia recém acordado viu o nome salvo e responsável por despertá-lo muito antes de seu horário normal.

— Alô? — O garoto falou com a voz rouca denunciando que havia acabado de acordar.

— Eric? Sou eu, está na sua casa agora? — Juyeon mantinha um som sério do outro lado da linha, mas o jovem estava ainda atordoado demais para se dar conta disso.

— Estou… São quatro horas da manhã, Juyeon, porque está me ligando? — Disse em um tom manhoso enquanto bocejava.

— Eu preciso da sua ajuda, estou passando ai te buscar em 15 minutos, se apronte o quanto antes. — E sem esperar resposta o mais velho desligou, seus olhos estavam fixos no vidro onde do outro lado o suspeito esperava pacientemente por mais um interrogatório, Juyeon apertou as mãos em punho e após colocar o celular novamente em seu bolso se virou em direção a Young Hoo que estava a seu lado. — Se tiver alguma novidade me avise, vou precisar sair e logo voltarei.

— Chefe. — O moreno perguntou antes que o mais velho se retirasse. — Isso não parece certo, envolver um civil na investigação pode nos atrapalhar mais do que ajudar. 

— Não temos outra escolha, Young Hoo, se esse desgraçado não confessar os crimes de cometeu seremos obrigados a soltá-lo e eu não vou permitir que esse pervertido de merda saia sã e salvo e mate mais uma criança. — Era nítida a voz embarcada em raiva do policial, ele sabia que aquele era o culpado mas sem provas eles não poderia o manter muito tempo mais preso, Juyeon precisava usar todas as armas que estavam a seu alcance e se para isso precisaria apelar para ajuda dos espíritos então o faria. 

Após os 15 minutos ditos pelo Lee seu carro já estava estacionado frente a casa do loiro, mandando-lhe uma mensagem para avisar que havia chego e minutos depois o viu sair vindo em direção a seu automóvel, aquela madrugada estava realmente fria e se sentia um pouco culpado por tirar o Sonh de casa mesmo sabendo de suas obrigações, mas ele precisava resolver aquele caso o quanto antes ou jamais se perdoaria caso o criminosos fosse solto. Eric entrou no carro enquanto esfregava as mãos uma na outra a fim de esquentá-las do frio.

— Ok, quem morreu? — O loiro disse em tom de debochado, mas as feições sérias de Juyeon mostravam que ele não estava receptivos para aquele tipo de brincadeira.

— Crianças. — O detetive tinha em uma de suas mãos uma pasta de tom bege claro que estendeu em direção a Eric, o mais novo olhou a pasta com certa curiosidade antes de finalmente a pegar em mãos. — Crianças vem desaparecendo, mas especificamente meninas entre 7 a 10 anos de idade, dias depois seus corpos são encontrados em várias partes de Seoul todas foram mortas do mesmo jeito.

Enquanto Eric folheava a pasta criminal haviam algumas fotos dos crimes cometidos e o loiro precisou fazer muito esforço para não vomitar seu jantar, as imagens mostravam tamanha crueldade do ser que havia cometido tais atrocidades e céus, aquilo nem mesmo parecia ser humano, como alguém era capaz de fazer tamanha maldade com crianças? Uma das últimas páginas do arquivo era um ficha criminal de um homem chamando Im Hyunjun.

— Foi ele quem fez isso? — Eric perguntou mesmo que no fundo soubesse a resposta.

— Foi, porém não tenho provas nenhuma contra ele. — A voz do Lee carregava certa raiva mesclada com a firmeza típica de quando este estava irritado.

— Se você não tem provas como sabe que foi ele? — Questionou curioso, deixado a pasta aberta em seu colo para voltar sua atenção ao Lee. — Você pode estar prendendo a pessoa errada, não tem nada suspeito na ficha dele, parece um cidadão comum.

— Eu senti. — As mãos de Juyeon se fecharam em punho sobre sua coxa, abaixando a cabeça ao se lembrar do ocorrido de horas atrás, aquela maldita sensação estava mais forte do que nunca em seu corpo.

— Sentiu? — O Sohn arqueou uma de suas sobrancelhas ao ouvir os ditos do moreno claramente sem entender o que ele queria dizer.

— O último corpo foi encontrado a 3 dias atrás, quando chegamos a cena do crime eu senti uma sensação estranha, parecia como se uma energia muito pesada rondasse todo o lugar. — Juyeon deixou um suspiro pesado escapar por entre seus lábios, tentando organizar as próprias ideias em sua mente em uma forma de deixá-las mais claras até mesmo para si. — Na verdade desde o dia em que você me fez ver o Hyunjae eu tenho tido essas sensações, às vezes quando vou em certos lugares é como se o ambiente todo estivesse poluído, pesado, e eu nunca senti isso antes até porque nunca acreditei nesses lances de energia. Porém desde que esses casos vieram parar nas minhas mãos eu sempre sentia a mesma sensação em todas as cenas de crimes, o mesmo mal estar, a mesma pressão no peito e o peso de algo nas minhas costas… Comecei a pensar que era o estresse do caso em questão, mas foi então que eu vi esse homem. — O Lee voltou seu olhar baixo até a pasta agora no colo de Eric, a foto de Hyunjun fazia seu sangue ferver e sua garganta queimar. — Ironicamente ele foi preso por dirigir alcoolizado e seja lá pelo destino ou sei lá o que você acredita eu estava no departamento bem na hora que ele entrou e eu senti a mesma sensação vindo dele, o mesmo peso… E eu nunca havia o visto antes em toda minha vida e como um estalo na minha mente os pontos se ligaram e eu dei um jeito de submetê-lo a um interrogatório na minha jurisdição. O problema de tudo isso é que não conseguimos fazer ele confessar, o maldito sádico foge de todas as perguntas e se eu não conseguir uma confissão até hoje as 18:00 vou ser obrigado a soltá-lo, por isso acabei recorrendo até você, é a minha última chance de impedir que outra vítima seja feita pelas mãos desse maníaco. — Havia um pesar na fala de Juyeon, ele havia afrouxado o aperto em seus punhos e seu olhar carregava um desespero que Eric nunca viu no outro a seu lado, ele parecia tão convicto que o tal homem era o assassino e levando em consideração os fatos que acabaram de ser relatados talvez realmente não houvesse dúvidas que Hyunjun era o verdadeiro assassino.   

— Provavelmente quando passei minha energia espiritual para você acabei te deixando mais sensível a outras energias também. — Eric suspirou pesado, fechando finalmente a pasta em seu colo, após ouvir todos aqueles relatos havia ficado difícil até mesmo encarar a imagem de Hyunjun. — Com o tempo essa sensação some, creio ser passageiro. Mas como você quer que eu te ajude com esse caso? Imagino que ninguém no seu departamento acredite nesse lance de espíritos e afins, vão pensar que você enlouqueceu de vez. 

— Eles podem não acreditar, mas eu acredito e acredito em você também. — Eric sentiu as maçãs de seu rosto e suas orelhas enrubescer ao ouvir aquilo pedindo mentalmente a todas as entidades divinas que Juyeon não tivesse percebido aquele fato. — Você abriu meus olhos para muitas coisas que eu nunca acreditei nesse mundo, eu realmente preciso de você, Eric, estou em um beco sem saída. — Juyeon implorou mesmo que não fosse do seu feitio tal ação, contudo na situação em que estava precisava engolir seu orgulho ou não chegaria a lugar algum.

— Certo, vamos ver o que consigo fazer por você, Detetive. — E pela primeira vez desde que entrou naquele carro um sorriso contido de alívio se fez presente nos lábios do moreno, seu coração pela primeira vez naquele dia estava mais leve e sua mente mais calma, com Eric o ajudando não havia dúvidas que finalmente colocaria aquele assassino atrás das grades para sempre. 

 

— X —

 

Young Hoon olhava pelo vidro  Hyunjun com um sorriso de escárnio estampados em seus lábios, por mais louco que aquilo parecesse ele acreditava em Juyeon mesmo que não houvessem provas que ligassem o homem ao caso das crianças, mas seu instinto dizia que havia algo ali. Os anos trabalhando em casos violentos havia lhe ensinado que ninguém devia ser considerado de confiança, pois as pessoas que menos pareciam eram, na maior parte das vezes os piores criminosos que já existiram e o moreno podia listar ene nomes que provavam sua teoria.

Quando Juyeon disse que Hyunjun era o culpado pelos assassinatos ele havia sido o primeiro a acreditar mesmo diante dos protestos e argumentos de Sangyeon, desde o momento que o mesmo havia entrado no departamento ele pode notar algo em seus olhos que notoriamente mais ninguém percebeu, havia raiva ali, muita raiva. O caso havia chocado todo o país e as mídias estavam sobre a equipe a procura de respostas e um responsável, mas incrivelmente estava sendo tão difícil que chegava a ser desesperador, nenhum rastro, nenhuma pista, nenhum rosto, pelo menos até agora, por segurança foi decidido que a identidade de Hyunjun seria mantido em sigilo até que realmente fosse provado seu envolvimento, contudo o Kim sabia que quem estava por trás de tamanha atrocidade era extremamente inteligente e meticuloso, manipulador e controlador a um nível que deveria estar sendo divertido observar tudo acontecer e não conseguirem alcançar o culpado.

O detetive tinha um certo interesse em analisar psicologicamente mentes perturbadas como as de assassinos em série, se não tivesse se envolvido no ramo investigativo muito provavelmente teria se formado em medicina ou psicologia com foco em problemas mentais em particular de criminosos, mas isso não havia o impedido de estudar por conta e por ser autodidata muito do que sabia sobre a mente humana ele havia aprendido nos inúmeros livros que devorava sobre o assunto. Alguns sinais singelos não passavam por seus olhos afiados e exatamente por isso havia dado tanta credibilidade ao julgamento do Lee, ele sabia que não estava errado mesmo que Sangyeon e Hakyeon pensassem o contrário. 

— Você também está fascinado pelo caso? — A voz mansa de Hakyeon o despertou de seus devaneios, virando sua face em direção a porta onde o colega de trabalho se encontrava encostado no batendo o observando, aparentemente estava ali a algum tempo e não havia sido percebido. 

— Fascinado não seria a palavra certa, intrigado sim. — O Kim sorriu minimamente vendo o mais baixo adentrar a pequena sala de interrogatório, ambos agora estavam com seus olhares gravados no espelho onde podiam ver Hyunjun, mas ele não podia os ver. 

— Sabia que você apoiar as ideias malucas do Juyeon podem custar o cargo dele, certo? — Hakyeon tinha os braços cruzados sobre o peito, deixando um suspiro escapar por seus lábios. 

— Eu não acho que ele esteja errado, o Chefe Lee nunca erra. — Afirmou convicto, sua confiança no mais velho era podia fazer qualquer coisa por ele de olhos fechados. 

— E o que te leva a crer que um cidadão sem histórico nenhum criminal, com famílias e amigos que até mesmo vieram testemunhar a favor dele logo quando souberam que estava sendo preso é nosso assassino? A única passagem dele foi a de agora por embriaguez ao volante, fora isso ele está limpo. — Hakyeon voltou sua atenção ao mais alto, a seus olhos aquele homem realmente não tinha nada de o ligasse a nenhum dos crimes que vinham acontecendo, ele nem mesmo estava próximo aos locais onde os corpos eram encontrados. 

— Você conhece o nome Theodore Robert Bundy? — Perguntou ao Ju que meneou a cabeça em negação. — E Ted Bundy? Conhece? — Dessa vez Young Hoon direcionou seu olhar ao mais baixo, esperando a resposta que sabia que viria.

— O nome não me é estranho, por que da pergunta? — O detetive Ju parecia intrigado com a pergunta feita, permitindo se virar em direção ao mais alto enquanto esperava por sua resposta.

— Theodore Robert Bundy, 31 anos, casado com uma filha, ia à igreja todos os domingos,  trabalhou na linha telefônica de prevenção contra suicídio e no comitê anti crimes de Seatle onde ele desenvolveu uma cartilha de prevenção ao estupro para mulheres na época , seus vizinhos e amigos sempre diziam que Bundy era um homem de bom coração e que ajudava não importa o que você estivesse precisando. Um exemplo de cidadão e orgulho para muitos. — Kim proferia as informações com bastante calma e clareza, e se caso não conhecesse o companheiro tão bem até mesmo pensaria de não havia nada de mais com as história contada pelo outro. — Esse mesmo homem simpático, carismático e bondoso foi responsável pelo assassinato de mais de 36 mulheres nos Estados unidos nos anos 70, sua vítima mais nova tinha 12 anos. — Com a mesma calma Young Hoon voltou sua atenção ao suspeito sentado a horas na sala de interrogatório. — Agora eu te faço uma pergunta, alguém com um histórico limpo como esse parece ser um assassino em série? 

Hakyeon deu-se por vencido após ouvir a argumentação de Kim, de fato não podia se julgar ninguém por sua boa aparência afinal pessoas mentem, encobrem, escondem e omitem muitas coisas para manter sempre sua imagem o mais limpa possível, e contra fatos não há argumentos.

Como dizia o velho ditado: Nem tudo que reluz é ouro.

Assim que Juyeon chegou ao departamento de crimes violentos acompanhado do garoto mais baixo alguns olhares se voltaram ao jovem Sohn que se encolheu, aquela era a primeira vez que entrada em um local como aqueles, não que nunca estivesse em uma delegacia, contudo a jurisdição de Christopher era completamente diferente da de Juyeon onde devido aos casos que ali eram tratados o ambiente por si só já possuía uma tensão natural, mas naquele dia em questão até mesmo o ar do ambiente estava pesado, denso, policiais pareciam impacientes e tenso, muitos sentados em suas mesas com folhas e mais folhas de papéis, outros usavam uma louça branca com algumas fotos onde risco em vermelhos interligam as imagens, todos pareciam muito ocupados e focados em suas tarefas e Eric entendeu do porque o Chefe Lee sempre parecia tão estressado e cansado.

O loiro seguiu os passos de Juyeon até se aproximarem de uma sala, mas antes que pudessem adentrar a mesma viu um homem alto de fios loiros escuros entrar frente ao Lee com um olhar sério que se dirigiu primeiro a si e depois ao policial a sua frente. 

— Juyeon o que te deu? Trazer um civil para um investigação? — Sangyeon parecia claramente desacreditado nas ações de seu superior, contudo o outro Lee tinha liberdade o suficiente para falar com Juyeon sem maiores formalidades, ao menos quando estavam só os dois juntos. 

— Eu disse que tinha uma ideia, então vou por em prática, esse desgraçado não sai daqui. — A voz firme não parecia intimidar o outro a sua frente, Sangyeon suspirou pesadamente enquanto encarava o amigo de muitos anos, confiava em Juyeon mais do que em qualquer um ali dentro mas não podia negar que naquele caso em questão estava duvidando do julgamento feito pelo Chefe de polícia. 

— Se nossos superiores descobrirem que você trouxe alguém que não tem absolutamente nada a ver com o caso seu cargo vai estar em jogo, sabe muito bem disso!

— E você tem alguma outra ideia? Eu disse para confiar em mim, Sangyeon! Eu tenho certeza que é ele, tem que ser ele! — A convicção do moreno fez mais uma vez o outro detetive suspirar derrotado, como um bom teimosos que era ninguém conseguia tirar algo de sua cabeça, nem mesmo alguém tão lógico quanto o próprio Sangyeon. 

A discussão chamou a atenção de Hakyeon e Young Hoon que imediatamente saíram da sala de interrogatório vendo os dois outros policiais e o estranho garoto mais atrás em total silêncio, aparentemente intimidado com a cena que estava vendo. 

— Então essa é sua arma tão poderosa, Chefe? — O Kim mantinha os braços cruzados no peito enquanto seus olhos escorriam por todo o corpo de Eric, julgando que o mesmo devia ser novo e pelo estilo de vestimenta um universitário, seu dom observador entregava muito das pessoas. 

— Alguma vez eu errei com vocês? — Os três detetives negaram com um menear de cabeça. — Então eu peço mais uma vez que confiem em mim e no meu julgamento, Hyunjun é no nosso assassino e eu vou fazer ele confessar, mesmo que isso custe o meu posto como Chefe de vocês.

Já não havia mais porque discutir, Juyeon estava firme em sua decisão e não importa quais argumentos um dos três usasse para o fazer desistir, nada tiraria aquela ideia de sua cabeça, então apenas aceitaram que dali em diante estava sob o controle do Lee e a eles restava apenas torcer para que realmente ele estivesse certo. 

Os investigadores deram então passagem para que o loiro adentra-se a cabine de interrogatório sendo seguido pelo Chefe do departamento e assim que o mesmo colocou seus olhos sob o individuo do outro lado ele sentiu um arrepio assustador tomar todo seu corpo, Eric via claramente algo naquele sujeito e Juyeon pode perceber ao encarar o garoto mais novo já que sua expressão era de espanto mesclado com uma inquietação. 

— O que você está vendo?

— Coisas horríveis. — Seu corpo sentia a energia maligna que via das entidades ao lado do homem, fora a própria energia de emanava de seu corpo, tão negra e suja que lhe causava um nojo surreal. — Ele não está sozinho, existem mais dois espíritos o acompanhando e ambos são de pura crueldade. — Mesmo sabendo que o homem não podia nos ver através do vidro isso não significava que os seres próximos a ele não tivessem tal habilidade ainda mais após sentirem a presença de Eric que mais parecia uma lanterna no escuro. — Só que nenhum deles influenciou diretamente mesmo que um desses espiritos esteja o acompanhando a muito tempo, esse cara tem uma maldade enraizada tão grande que ele apenas atraiu essas entidades para perto e elas se aproveitam, quanto mais mal ele faz, mais forte elas ficam. Ele tem uma energia tão densa de morte, provavelmente ele é seu cara. 

— E você acha que consegue o fazer confessar? — Juyeon cruzou os braços sobre o peito enquanto mantinha seu olhar no Sohn, sentindo um certo alívio quando ouviu dos lábios do outro que não estava errado. 

— Depende. — Desta vez foi Eric quem direcionou seu olhar para o mais velho. — Vai ter que me dar total liberdade para fazer o que eu achar certo no interrogatório. 

— Eric eu não posso fazer isso. — Disse sério, dando um passo em direção ao garoto. — Me diga o que fazer e eu mesmo o faço confessar.

— Desculpa, detetive mas você não vai tirar nada dele sozinho, eles não vão deixar. — Mais uma vez o loiro olhou para o vidro, agora as entidade olhavam fixamente em sua direção concluindo que elas haviam o percebido finalmente. — Ou você me dá carta branca, ou vai perder seu assassino e nunca mais o encontrar. A escolha é sua. 

Juyeon suspirou derrotado, as rígidas leis do departamento de investigações não permitia que alguém fora do caso se envolvesse em interrogatórios ou qualquer coisa que se ligasse ao caso, contudo ele já estava quebrando uma das principais regras que era envolver alguém de fora em um caso, o que de pior poderia acontecer em um simples interrogatório? Sem saída ele não viu outra opção a não ser ceder ao pedido do mais novo mesmo que talvez aquilo o fizesse se arrepender mais tarde de sua escolha. 

— Certo, vamos entrar. — O detetive então se deu por vencido enquanto seguia em direção a segunda sala onde Hyunjun ainda aguardava em silêncio, Eric o seguiu também em silêncio vendo os outros três investigadores adentrar a cabine para assistirem o novo interrogatório que estaria para começar.

O Lee foi o primeiro a entrar e depois o universitário, o suspeito agora tinha o olhar fixo nos dois homens presentes e seu sorriso ainda esbanjava nos lábios levemente ressecados pelo tempo em que estava ali, Juyeon se sentou frente a Hyunjun enquanto Eric apenas se encostou em uma das paredes também de frente.

— Ele me parece bem novo para ser da polícia. Detetive Lee — Hyunjun alargou seu sorriso, mas Eric não esboçou sequer uma expressão que fosse, mantendo-se ali em silêncio. 

— Pelo visto você não se cansou de ficar aqui sozinho. — O policial disse firme, assumindo uma postura completamente diferente da anterior, seu semblante fechou em uma expressão séria e fria, seus olhos encaravam com rigidez o suspeito, a pasta bege com os detalhes do carro sobre a mesa gelada de inox, porém fechada. — Eu vou perguntar mais uma vez, qual é o seu envolvimento com o assassinato de Jung Mina?

— E eu direi mais uma vez que não possuo qualquer envolvimento. — Hyunjun agora encarava o semblante bonito do policial, havia tamanha calmaria em sua voz que fazia com que Juyeon sentisse seu sangue ferver como lava quente fluindo em suas veias.

— Deve ser muito prazeroso, não é? — Dessa vez Eric tomou a frente tendo os olhares voltados para si, calmamente o loiro foi se aproximando da mesa onde ambos estavam sentados mas seus olhos olhavam apenas um único ponto ali, os olhos negros e profundo do homem. — Ver o medo das crianças quando você as torturava, como pode ser alguém tão cruel?

— O que você sabe de mim, garoto? — Hyunjun disse com os lábios largo entre os lábios, para ele estava sendo divertido toda a atenção que estava recebendo o que aumentava seu egocentrismo exacerbado 

— Olha eu sei muita coisa sobre você, como o fato de nunca ter sido querido, nem pela sua mãe e muito menos pelo seu pai. — O sorriso de Hyunjun morreu no momento que o mais novo disse tal frase. — Seu pai gostava de te bater pelo simples prazer de ouvir você chorar e ele sempre deixou isso bem claro. — Quanto mais Eric se aproximava da mesa, mais o homem parecia tensionar os ombros, sua expressão relaxada havia se modificado dando sinais de que o Sohn estava seguindo pela caminho certo. — Também sei que seu pai sentia muito prazer em ver o terror nos seus olhos, assim como você sente vendo o daquelas pobre garotinhas. 

Ambas as entidades que o acompanhavam estavam extremamente furiosas devido a instabilidade que Eric havia conseguido atingir com suas palavras, as vozes monstruosas gritavam para que o jovem fosse embora, jogando-lhe ameaças frias e sua energia cruel, contudo o garoto tentava se manter forte diante aos ataques mesmo que de certa forma fosse difícil, apoiou as mãos sobre a mesa e inclinou seu corpo um pouco para a frente ficando próximo ao homem de olhos negros.

— Como era o jeito que seu pai te chamava mesmo? Ah é… Animal. — Dessa vez foi Eric quem esboçou um sorriso de escárnio. — Apesar que é uma ofensa aos animais chamar você assim, que tal eu o chamar de Kim Jiyoung? — Aquele foi o estopim, o suspeito se levantou tomado pela cólera dos espíritos e da própria avançando em direção ao loiro, mas foi contido imediatamente por Juyeon e Sangyeon que entrou logo em seguida ao ver a agressividade do outro, os policiais imobilizaram Hyunjun que estava extremamente irritado, possuído por um ódio quase animalesco. 

— EU VOU MATAR VOCÊ GAROTO, EU VOU MATAR VOCÊ. — Hyunjun gritava enraivecido, tentando se debater enquanto os Lee seguravam-lhe com toda a força, Young Hoon e Hakyeon agora estavam na porta olhando atentos a qualquer sinal que viesse dos investigadores para agirem se fosse preciso. 

— Você se tornou aquilo que mais odiava, uma cópia idêntica do seu pai. — O loiro não demonstrava um simples resquício de medo para com as ameaças ou avanços do outro. — E aliás, pensou o matando se livraria dele? Sinto muito mas ele é o que mais te acompanha, você não é nada mais do que um fantoche do seu querido papai. 

— Eric chega! — Juyeon disse alto vendo que a situação já estava saindo do controle. 

— Você é um monstro, Jiyoung, gosta de machucar crianças porque é um monstro, gosta de matar, de torturar, não passa de um verme imundo que é menosprezado por todos. 

— ERIC! — Juyeon gritou irritado.

— CONFESSE O QUE VOCÊ FEZ! — O garoto gritou e dessa vez foi ele quem avançou na direção do suspeito. — Confessa que você é igualzinho ao verme do seu pai.

— EU MATEI SIM! — Hyunjun gritou em alto e bom som fazendo com que todo o departamento o ouvisse. — EU MATEI AQUELAS VAGABUNDINHAS SIM E MATARIA MAIS! MAS EU NÃO SOU IGUAL AO MEU PAI, EU SOU MUITO MELHOR! EU FIZ MUITO MELHOR DO QUE ELE! — A insanidade havia finalmente se feito presente no semblante antes calma do homem, seus olhos carregavam uma loucura antes nunca vista pelo garoto, as entidades constantemente o atacando com ainda mais força como se aquele episódio fosse como gasolina para elas, Eric sentia seu corpo fraquejar e sua mente começar a se tornar nublada o que era um sinal que estava no seu limite e precisava sair dali o quanto antes.

— Já consegui o que vocês queriam… — Disse e as pressas se retirou da sala, sentindo como se estivesse prestes a desmaiar.

 

— X — 

 

O relógio já marcava 13:00 da tarde quando finalmente Sangyeon saiu da sala, o detetive estava exausto mas completamente perplexo com o que havia visto acontecer bem diante de seus olhos, após a primeira confissão não foi difícil arrancar mais informações de Hyunjun que havia havia descobrir na verdade seu verdadeiro nome era  Kim Jiyoung e que ele há havia tido passagens pela polícia por furtos e assédio sexual de menores.

Jiyoung havia confessado todos os crimes e com detalhes que somente o verdadeiro culpado saberia, dando finalmente um fim para o caso que tanto havia chocado os moradores de Seul, contudo algo ainda havia o deixado intrigado, como um garoto como Eric sabia de tanta coisa sobre o assassino? Coisas que nem mesmo a polícia sabia? 

Ao voltar para a sala principal do departamento viu Juyeon parado frente ao jovem loiro que estava sentando em uma das cadeiras do espaço, Young Hoon e Hakyeon também estavam próximos ao garoto que agora parecia bem mais estável e calmo. 

— Eu retirei tudo que conseguia dele.  — O Lee mais velho entregou a pasta com o depoimento para seu superior. — Ele não quer nem um advogado, disse que não precisa de defesa. 

— Obrigado por conduzir, Sang Yeon. — Pegou a pasta e a abriu, folheando por cima as páginas recém escritas pelo companheiro de equipe. 

— Eu ainda quero entender. — O Kim se aproximou sentando ao lado de Eric em uma das cadeiras. — Como você fez aquilo? 

— Eu realmente não botava fé em você, garoto. — Hakyeon disse ainda incrédulo com tudo, em sua cabeça nada daquilo fazia sentido desde o início. — Você me deu um belíssimo tapa na cara depois dessa. 

— Deixem ele respirar um pouco. — Juyeon disse fechando a pasta a sua frente. — Vem, Eric, vou te levar pra casa. 

— Sohn Youngjae. — O loiro escuro chamou-o, tendo os olhares de todos voltados a si, Sang Yeon estava sério encarando o mais baixo de fios claros que agora tinha os olhos fixos em si, já fazia alguns anos que ninguém o chamava por seu nome coreano. — Porque não conta para gente como você sabia de tanta coisa assim? — Havia um tom de desconfiança na voz do Lee, Eric encolheu os ombros e desviou o olhar sabendo que não poderia realmente contar a verdade aos outros três investigadores. — Como sabia que ele havia assassinado o próprio pai? Para um estudante universitário você está ciente de muita coisa fora do seu campo, não é mesmo? 

— Sang Yeon, chega. — Juyeon tomou a frente, encarando o amigo que evitava o olhar. 

— Eu só sou bom em ler as pessoas. — Eric respondeu tentando convencer o detetive de sua mentira.

— Você lê tão bem as pessoas assim que descobre até o nome verdadeiro delas? Nossa estou surpreso com essa sua habilidade. — O mais velho falou com a voz transbordando ironia. 

— Eu falei chega! — Dessa vez o moreno soou mais firme, tendo finalmente a atenção do Lee voltado para si como se finalmente ele houvesse retomado sua razão.

— Desculpe. — Sangyeon disse antes de se afastar, visivelmente todos estavam exaustos e tomados pelo stress que todo o caso havia feito enfrentar, contudo ninguém podia mentir que existia um alívio ao saber que finalmente o culpado estava preso e apodreceria atrás das grades. 

— Eu vou levá-lo para sua casa, vou deixar o resto com vocês dois. — O Chefe Lee  se aproximou mais uma vez do garoto mais baixo que agora tinha seus olhos fixos em algum ponto do chão, parecendo ainda um pouco abalado. — Tente acalmar o Sangyeon, não vou demorar, se precisarem de algo podem me ligar. 

— Certo, chefe. — Os policiais responderam em coro agradecendo a ajuda inesperado do universitário e então se despediram voltando às suas mesas onde  dariam continuação às investigações finais.

Já os outros dois seguiram até o estacionamento já que o Lee havia se encarregado de levar o mais baixo embora, Eric precisava descansar tanto fisicamente quanto psicologicamente. 

 

— X — 

 

Durante boa parte do caminho até a casa do mais novo o silêncio se fazia presente, Eric até tentou puxar uma vez ou outra algum assunto aleatório que vinha em sua mente mas como sabia muito pouco sobre o mais velho a conversa acabava morrendo como nas mensagens de texto que trocavam, o dia havia começado estranho e se estendeu assim até o momento presente e claramente os dois pareciam bem exaustos. 

— Você melhorou? — Agora foi a vez do policial tentar dar início a um assunto para tentar pela quarta fez quebrar aquele clima estranho.

— Eu estou bem, os ataques só estavam sendo fortes demais, se eu ficasse mais tempo naquela sala provavelmente teria desmaiado. — Por conta de seu corpo muito aberto a energias Eric se tornava um alvo fácil para espíritos mal intencionados, mesmo que tomasse todas as precauções necessárias às vezes algumas entidades eram fortes demais até mesmo para si. 

— Eu sinto muito por colocá-lo em uma situação como aquela, realmente fiquei desesperado e não vi outra escolha. — Confessou, seu senso de justiça muitas vezes ultrapassa qualquer resquício que a razão pudesse tentar o alertar. 

— Sem problemas, eu só te aconselho a quando chegar em sua casa tomar um banho quente com um pouco de sálvia branca e se possível colocar algumas porções de sal grosso nas janelas, o sal ajuda a manter espíritos mais longe e suga energias ruins. — Provavelmente os espíritos que acompanhavam Jiyoung não viriam atrás de nenhum dos envolvidos já que os mesmos estavam fixos no assassino como ímãs, mas como foram expostos  a muitas energias negativa e elas costumam grudar como chicletes nos indivíduos, então era melhor evitar qualquer resquício que delas. 

Juyeon apenas concordou com um movimento positivo de cabeça voltando a se manter em silêncio enquanto dirigia até o destino final, Eric direcionou o olhar para o mais velho a seu lado em alguns traços o estado mental em que ele se encontrava, entendia que estivesse estressado afinal seu trabalho como investigador chefe exigia e muito de si, resultados eram cobrados o tempo todo e os parentes das vítimas sempre queria respostas, ele era obrigado a lidar com perdas o tempo todo e mesmo que nenhuma fosse realmente relacionadas a ele ainda sim pesavam, as vezes até mais. Tomado pela preocupação Eric decidiu pela quinta ou sexta fez iniciar algum assunto.

— Tem descansado? — Sua voz tinha ternura e preocupação e Juyeon sentiu isso. 

— Não muito, mas estou acostumado, já são 4 anos nesse cargo.

— Você devia tirar umas férias, sair mais, conhecer pessoas novas, pelo que eu percebi você vive pelo seu trabalho. — O mais novo não sabia se estava se intrometendo demais na vida do mais velho, mas sabia que se ele continuasse tão preso em suas obrigações acabaria sozinho.

— Eu não tenho tempo para isso, Eric, tempo e muito menos vontade. — O Lee provavelmente teria desabado assim que perdera Hyunjae, mas seu trabalho era a única âncora que ainda o fazia seguir firme, pessoas dependiam de si como seus companheiros de equipe e se afundar no serviço havia se tornado sua única salvação de ser tomado pela angústia da perda.

— Não acho que seu problema seja falta de tempo, detetive. — O Sohn entrelaçou as mãos deixando-as em seu colo enquanto ainda o observava, no fundo Eric apenas queria ajudar Juyeon, ele era um homem bonito e jovem, seria um desperdício vê-lo definhar dentro da própria dor. — De vontade, talvez, mas na verdade eu acho que o que mais te impede de seguir em frente é medo. — O loiro suspirou, algo dentro de si dizia que devia dizer o que passava em sua mente pois assim talvez ajuda-se o mais velho a enxergar além do que seus olhos permitiam ver. — Você tem medo de passar por tudo de novo e se machucar, por isso acha que se fechando para o mundo ou ficando solitário essa dor não vai voltar, mas na verdade a solidão não é a resposta para tudo, esse muro de gelo que você criou a sua volta não está te fazendo bem e eu acho que…

— Eu te perguntei alguma coisa? — Juyeon apertou as mãos contra o volante com força fazendo a ponta de seus dedos ficarem esbranquiçados, sua expressão antes relaxada havia tomado uma seriedade que assustou o mais novo, aquelas palavras haviam irritado o mais velho em um nível inimaginável, como ele ousava lhe dar um sermão?  

— Desculpa eu não… — Eric disse baixo, sentindo que havia ido longe demais mesmo que sem a intenção.

— Eu não te dei liberdade para se meter na minha vida, nós não somos amigos e muito menos me importa o que você acha. — O tom de voz do mais velho havia mudado e havia raiva em seu timbre. — E sinceramente o que você sabe da vida? — Dessa vez foi a vez de Juyeon olhar para o garoto sentando no banco do passageiro após finalmente estacionar o carro frente a casa do outro. — Você é só um universitário inconsequente, irresponsável, imaturo e arruaceiro que gosta de arrumar briga, acha mesmo que eu vou levar em consideração o que me diz? Antes de  me dar sermão, cresça primeiro.

Aquelas palavras sendo ditas com tanta agressividade pareciam facas sendo arremessadas em sua direção, e machucavam tanto que foi difícil segurar uma lágrima de escorrer em seu rosto, as mãos se apertaram contra o tecido de sua calça e Eric queria sair dali, gritar e chorar, era aquilo que recebia por ser complacente com quem estava começando a considerar seu amigo? 

Não levaria desaforo para casa mais uma vez, havia prometido para si mesmo que ninguém mais o tratava com desdém e juntando coragem sabe se lá de onde Eric o encarou firme,  crispou os lábios de raiva e começou a falar tudo que estava engasgado em sua garganta,

— Pois é, você tem toda razão, eu não passo de um garoto arruaceiro e briguento, irresponsável e imaturo que gosta de ficar arrumando briga em bares, mas não se esqueça que se não fosse por esse arruaceiro você NUNCA teria tido a oportunidade de se despedir do Hyunjae e muito menos solucionado o seu caso tão importante, espero que você consiga se virar sem o irresponsável aqui, senhor detetive, porque a partir de hoje eu não vou ajuda-lo mais em nada!  — As palavras eram quase cuspidas sobre o policial com um ressentimento tão grande que Juyeon não teve qualquer reação de início, naquele momento ele entendeu que havia ido longe demais - de novo -  com quem apenas queria o ajudar. O loiro rapidamente abriu a porta da carro e saiu com pressa, mas antes de a fechar se inclinou para a frente e olhou bem no fundos dos olhos do Lee que pela primeira vez em sua vinda sentiu toda a decepção, tristeza e amargura que Eric havia guardado por tanto tempo dentro de si, mesclados com as lágrimas que agora escorriam por seu semblante avermelhado de nervosismo. — Você é um babaca Lee Juyeon, eu odeio você! — O mais novo bateu a porta com força tomado pela raiva e sem olhar para trás adentrou o mais rápido possível em sua casa.

Juyeon ficou alguns minutos quieto, em choque com o que havia acabado de acontecer, os olhos se fecharam com força e o policial ao perceber a besteira que havia acabado de fazer passou a desferir  murros com força contra o volante.

Estava com raiva de si, e o semblante tomado em lágrimas do garoto não sairia tão cedo de sua mente… Mais uma vez estava sozinho e a culpa era toda sua e de sua agressividade defensiva.

 



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