Ti ti tii... Ouve-se o sino tocar. Finalmente, hora do recreio, é melhor que me aprecesse se quizer a encontrar. Todos os dias são sempre assim(pelo menos nessa semana) logo que o sino toca, me retiro rapido da sala, não, não pela mesma razão que outras crianças, que querriam aproveitar o intervalo para comer o seu lanche e se divertir com qualquer brincadeira. É claro que eu também gostava de me divertir, mais não tenho nenhum amigo com quem brincar e também gostava de ter uma daquelas marmitas que a mama costumava fazer-me, mais a mama não está aqui para fazer-me-a. Ohh já me ia esquecendo de dizer a razão do porqué do meu alvoroço, finalmente ali está, a razão, a menina dos cabelos roivos e olhos verdes.
Devem estar a perguntar-se porqué querro tanto falar com ela!( garanto que não é devido a uma caídinha, não que ela não seja bonita, ao contrario, ela é bem bonita, muito bonita, atrevo-me atê a dizer que ela é a menina mais bonita da escola ). é o seguinte, sempre que a vejo, ela está sempre com uma cara muito triste e com os olhos quase em lagrimas, o meu pai sempre me disse para consolar as raparigas quando estivessem tristes, porque isso é que um verdadeiro cavaleiro faz, dizia ele.
Mais não é só porque ela estava triste que me querria aproximar dela, mais porque como eu, estava sempre só. Aproximo-me dela, casualmente, estou quase lá, não acredito, finalmente.
...Ti ti ti Oh não o sino, ela está a voltar para sala porqué isso tem de sempre acontecer, eu estava tão perto, mais não, da proxima consigo. Volto para sala, ohh droga a mesma matéria outra vez. Os meus professores dizem que sou muito inteligente, consigo aprender as coisas muito rápido, muito mais rapido que os outros colegas meus e isso já me trouxe muitos problemas com eles.
A professora sempre repete certas matérias( que domino muito bem) porque os meus colegas ainda não a entenderam. Ao invês de prestar atenção na aula (mais porqué deveria prestar atenção se já sei tudo aquilo?) começo a planear, uma estratégia para conseguir falar com a menina dos peculiares cabelos vermelhos.
...Ti ri tii ti ti Toca, é hora de ir para casa, tento procurar a menina dentre a multidão de crianças, ahah, ali está ela, sozinha sentada num banco, aproximo-me rápido, mais derepente vejo uma senhora se aproximando dela, um enorme sorriso aparece em seu rosto e ela levanta-se e lança-se aos braços de quem eu suponho ser mãe dela, o estranho é que a senhora nem tem cabelos ruivos, ao contrário, ela tem cabelos pretos. Mais dá para notar a semelhança entre as duas principalmente nos olhos, as duas tem lindos olhos verdes, Ela deve ter herdado os cabelos do pai. A senhora carrega-a alegremente e depois deixa a no chão, de mãos dadas saem da escola. Ajusto a minha mochila e faço o mesmo.
Dia seguinte
Outro dia de escola, mais uma chance para falar com a "Red", é assim que decidí chamar a menina dos cabelos vermelhos. ví ontem num dicionario de lingua inglesa que vermelho em inglês é "Red", já que ela tem cabelos vermelhos pareceu-me lógico chamar-lhe Red( ou mesmo Reddie).
Espero poder hoje concretizar a minha missão, algo me diz que hoje é o dia.
Depois de entoar-mos o Hino, entramos na sala, é aula de inglês, Ohh veja nova matéria! Finalmente! The blood is red, red? Que coicidência,
Esse deve ser um sinal, acho que hoje realmente será o dia.
Acho que a professora notou a minha expressão de alegria,
- Pareces estar a entender a matéria David, poderias vir ao quadro resolver esse exercicio?
- Claro professora. Com isso levanto-me da carteira derigindo-me ao quadro e resolvo o exercicio.
- Correcto David, bom trabalho. Diz a professora, o que faz com que alguns dos meus colegas resmuguem.
- [Obrigado professora, posso sentar-me? ] A professora com o gesto, diz que sim, ao derigir-me a minha carteira sinto os olhos dos meus colegas em mim, todos com olhares de morte. Que sabichão, oiço um dos meus colegas resmungar.
Sento-me na minha carteira e rezo para que aula termine pois não suporto os olhares que alguns colegas meus me dão, não, não é por medo, eu sei muito bem como me defender, costumava ter alguns aulas de karaté.
Com o toque, preparo-me para sair da sala para encontrar-me com a Red, mais sinto uma mão no ombro ao virar-me ,vejo um grupo de colegas meus e um deles com um grande sorriso no rosto.
-[Ei David, amigo, para onde vás?]. Amigo?, olho para ele com desconfiança.
-[Ao parque, porqué?] Respondo sem desviar o olhar.
- [Por que não vens connosco, concerteza não é nada divertido brincar sozinho.] O qué? Sinto vontade de gritar, ele nunca quiz ser meu amigo, pelo contrário, o Carlos é o que pior me trata aqui na sala, porqué ser meu amigo agora! Isso não me cheira nada bem.
-[ Okey vámos.] Com isso nos retiramos da sala e fomos directamente ao parque, para o meu espanto, nos divertimos para valer, jogamos a bola e atê pôde comer mais doque o pequeno pãozinho que nos davam na lanchonete, não me devirto tanto assim, a muito tempo.
É com o toque que percebo que não falei com a Red. Voltamos á sala e os meus colegas continuam a tratar-me bem , atê mesmo no meio da explicação da professora eles chamam-me a atenção contando piadas. A aula termina, mais continuo na sala a conversar com os meus novos amigos. No decorrer da conversa acabo por me lembrar da Red, despedo-me dos meus colegas e vou rápido ao local em que Red costuma esperar por sua mãe, mais encontro o lugar vázio. .....
No dia seguinte, ainda com atenção de falar com ela, procuro por ela nos cantos em que sempre a vejo. mais enquanto o procuro o Carlos aparece e puxa-me para junto dos amigos que se escondiam dentro da sala de aula.
-[Hey, vão começar a entoar o hino, porqué me arrastaste para aqui?]
-[Deixa para lá essa coisa de hino, temos aqui algo muito mais interessante. ]
-[ O qué?] Digo curioso, esquecendo-me do hino, mais não faz diferença nenhuma nunca gostei de entoar o hino mesmo! Então eles mostram-me um jogo bastante interessante no computador do André, Mortal kombat, disseram eles se chamar,ate deixaram-me jogar um bocado, nem tive nenhum problema ao utilizar o computador já que costumava ter um em casa. Durante o intervalo, continuo a jogar com os meus amigos que acabo por me esquecer de falar com a Red.
Na saida André chama-me para ir a casa dele, tenho muitos mais jogos interessantes que podemos jogar,disse ele e sem hesitar aceito e vamos a casa dele, passo umas duas horas na casa do André a jogar os jogos e a conversar, ao conversar com ele noto que ele age diferente de quando estamos na escola, aqui ele parece mais confortável em ser ele mesmo, atê demostrou saber muito bem matemática, quando faziamos o trabalho de casa, o que me espantou, pois ele nunca demostrara essa sabedoria durante as aulas.
Depois de duas aulas jogando aos jogos lembro-me que não avisei a tia Matilde que passaria por aqui, ela deve estar tão preocupada! Despedo-me do André e vou para Casa. ... Orfanato São Domingos
-[ David, ohh David finalmente, estive o tempo todo a sua procura, Deixaste-me preocupada, onde estavas?] Assim sou recebido pela Tia Matilde, a directora do orfanato, sim isso mesmo orfanato, vivo num orfanato
-[ Estava em casa de um amigo.]
-[ Em casa de um amigo?]
-[Não minta para mim David!] Diz a tia Matilde com uma voz brava.
- [É serio, estava em casa de um amigo, o André, tenho atê aqui o nr da casa dele para confirmar.] Entrego-lhe o nr que recebi do André para que passasse a lhe ligar caso quizesse jogar algum jogo ou brincar.
Por um momento a Tia Matilde, pega no papel, mais ao olhar nos meus olhos acho que percebe que não estou a mentir. Não sinto-me ofendindo pela desconfiança dela, ela tem toda razão de desconfiar. Depois do que tentei fazer da ultima vez que desapareci sem dar-lhe explicação é inquestionável a sua desconfiança. e o facto de não ter nenhum amigo também conta.
- [Fico feliz de teres feito um amigo, David.] Diz a Tia Matilde sorrindo
-[Não só um amigo, muitos.]
- [E a menina? conseguiste falar com ela.] Pergunta a Tia Matilde e com isso lembro-me que não consegui falar com a Red.
- [Ainda não.] respondo cabisbaixo
- [Por quê querres tanto falar com essa menina?]Pergunta a Tia Matilde, Desconfiada? Ignoro a sua expressão expressão de desconfiança,
- [Eu não sei bem como explicar mais é como se algo me dissesse para aproximar-me dela, ela parece-me sempre triste, com os mesmos olhos que eu sempre apresentava no inicio, após o que aconteceu com a mama e o papa. sinto que posso identificar-me com ela, por alguma razão acho que se há alguém que possa realmente entender-me esse alguém é ela.] Depois de dizer isso, a tia Matilde abraça-me e beija-me a testa, [posso não entender como te sentes, mais sabes que podes falar comigo acerca de qualquer coisa], diz a tia Matilde com ternura.
- [Sei muito bem tia e obrigado por estar sempre aqui quando precisar de si.] -[ É o minimo que posso fazer, depois de tudo o que os seus pais fizeram por mim. Precisas falar com a menina David, ela entende-te mais do que pensas e como estive aqui para si, precisas estar do lado dela, ela precisará de amigos e como disseste que não tem nenhum, precisas ser esse amigo.]
Olho para tia espantado, isso é mais profundo do que esperava, agora estou mais curioso em saber o que está acontecer com a Red, preciso falar com ela.
-[ Okey Tia, farei isso].
-[ É melhor que vas agora ver o tiago ele estava preocupado consigo, faça isso enquanto eu preparo algo para comerem]. Diz a tia retirando-se para cozinha.
Vou logo para o meu quarto e lá encontro o Tiago um dos meus melhores amigos, aqui no orphanto, ele é como um irmãozinho que nunca tive, sendo ele 3 anos mais novo que eu.
Conto tudo o que aconteceu comigo hoje na escola ao Tiago,
- [Sério, eles estão a tratar-te bem?] Espanta-se o Tiago, mais o espanto dele é memóravel, já que ele sabe como os meus colegas costumavam tratar-me.
- [Sim. Eu também estou espantado com isso, acho que eles perceberam que o que estavam a fazer era errado e agora querrem fazer as pazes e ser meus amigos].
- [Não sei não, acho que devias andar sempre de olho neles.]
-[ É isso que estou a fazer, ainda não confio plenamente neles].
Com isso A tia Matilde chama-nos para mesa, para comer. Ao chegar a mesa, encontramos os outros orphãos lá sentados,A Carla, a mais velha com 14 anos seguida pelo Artur, apenas um ano mais novo que ela com 13 anos de idade, seguido pela Andréa que tem a mesma idade que eu, 11 anos, depois vem o Tiago, antecedido pelas geméas Lola e Lana de 7 anos.
No meio do almoço conto acerca da minha estádia á casa do André, dos jogos que joguei e de como os meus colegas estão a tratar-me bem. Como o Tiago havia me chamado atenção, o Artur fez o mesmo dizendo para não confiar deliberadamente nos meus novos amigos, que a mudança delas é demasiado repentina e que eles devem estar a tramar algo contra mim. Era sempre assim, aqui no orfanato todos cuidavam uns dos outros, somos como uma familia.
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