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História Second Session Where Is Your Boy Tonight? - I’m just dreaming of tearing you apart


Escrita por: carlinhaduda

Notas do Autor


Oie, meus amores!!!

O capítulo saiu bem mais cedo do que esperado porque eu vou trabalhar esse final de semana todinho, então estou adiantando a postagem da semana.
O próximo capítulo sai na sexta-feira e não terá o capítulo de sábado, por isso estou postando hoje.
Espero que gostem e não se esquecem de me dizer o que vocês estão achando da estória.
Boa leitura.

Capítulo 35 - I’m just dreaming of tearing you apart


Patrick enxuga as lágrimas. Uma raiva enchia seu coração. O ódio queimava em suas veias. Suzi também havia se recomposto, mas seu semblante ainda era muito triste. Patrick funga e apoia os braços na cadeira. Seu olhar estava fixo no chão.

-Eu vou matá-lo – suas palavras eram firmes e cheias de raiva – Eu vou matá-lo, Suzi.

-Patrick, não devemos fazer justiça com as nossas próprias mãos.

-Ele matou a Charlotte, Suzi. Não vou deixá-lo impune disso. Eu vou matá-lo com as minhas próprias mãos. Não me importo de ir para a cadeia ou para o inferno, desde que ele receba de volta o mal que fez a minha menininha – Patrick funga mais uma vez e torna a secar o rosto.

Suzi entende toda a raiva que Patrick sentia. Ainda não acreditava na morte de Charlotte. A tristeza pesava em seu coração por nunca mais ver a menina comendo bolo ou te chamando de vovó. Nunca mais veria a menina brincando com Barney no quintal.

Charlotte fora o melhor presente que ganhou na vida. A menina trouxe vida para a casa e também para Patrick e a ela. Mas agora, sua alegria tinha sido roubada de seu peito e no lugar, uma grande tristeza fizera morada. Também queria que Mikey pagasse o preço por trazer grande mal a todos, mas sabia que não seria com as próprias mãos que faria justiça.

-Patrick – Suzi aperta a mão do loiro que ainda tinha o olhar fixo no chão. A expressão do loiro estava dura e com ódio transbordando seus olhos acinzentados – Eu sei que dói muito, em mim também dói. Mas não podemos fazer as coisas do nosso jeito. Ele vai ser julgado por tudo o que ele fez e, não só a nós, mas também a aquelas pessoas que ele matou antes da Charlotte.

Patrick muda de expressão. Seus traços de raiva se suavizam e suas mãos afrouxam o aperto no braço da cadeira. Seus ombros caem e sua musculatura antes rígida, relaxa. Seus olhos perdem o ódio e se encham de lágrimas. O loiro morde a boca e depois solta o ar bem baixinho entra os lábios.

-Você sabe, Suzi... Eu queria ter um filho. Ou mais, talvez. Você sabe que eu gosto de crianças. Você sabe que eu nunca mais pensei nisso depois que a Elisa me traiu antes do casamento. E sabe que eu nunca quis me apaixonar de novo. Então o Pete apareceu. Eu nem sei o que deu em mim quando vi ele naquele supermercado e logo eu já estava falando com ele e, de repente, ofereci uma carona. Eu nem sei como eu pude me apaixonar tão rápido por ele mesmo tendo tantos outros casos... Você sabe o quanto eu fiquei mal quando ele descobriu que eu o traía com a Penelope logo depois de descobrir que eu o amava de verdade. E agora, depois de já nos termos acertado, depois de dois anos casados e felizes, depois de ter a Charlotte como a minha princesinha... Tudo isso acontece? – Patrick deixa as lágrimas cair – Primeiro o câncer e a traição do Pete e agora... Esse sequestro e a morta da minha única filha? Quando eu e o Pete vamos ser felizes de verdade?

Suzi enxuga uma lágrima de Patrick.

-Assim que esse pesadelo acabar, Patrick, vocês vão ser muito felizes.

-Quando, Suzi? – a voz de Patrick soa falha – Quando isso vai acabar? Quando a gente encontrar os corpos deles?

-Não, não diga isso.

-Eu tenho medo, Suzi... Medo de ser tarde demais e apenas restar os corpos deles...

-Não, não, não vamos pensar nessas coisas agora. Vai ficar tudo bem.

Suzi abraça fortemente o loiro. Patrick se recompõe aos poucos. Ambos deixam a sala do delegado, Patrick arrastava os pés. Estava extremamente cansado e com a cabeça doendo novamente.

Viola se aproxima. Sua expressão era firme, mas não era possível dizer o que a mulher sentia.

-Não conseguimos rastrear a ligação. O Tommy disse que eles devem ter utilizado um celular descartável e desse tipo de aparelho não dá para rastrear as ligações ou então clonaram o número, mas não ligaram o GPS, mas vamos tentar novamente.

Patrick apenas assente. O loiro só queria ir para casa e descansar.

-Tudo bem... – o loiro murmura para si mesmo – Eu... Eu vou para casa. Minha cabeça está doendo.

-Descanse – Viola aconselha – Vamos fazer o que for para rastrear a ligação.

Patrick apenas assente. Suzi iria embora com Patrick, Tommy ofereceu uma carona a Adam ao saber que o carro do maior havia quebrado mais cedo.

-Sério, não precisa. Eu vou caminhando até encontrar um táxi.

-Não, eu disse ao Patrick que levaria você, Adam. Entre.

Adam olha para a rua vazia e depois olha para o policial dentro do carro. Tommy abre um sorriso. Adam decide-se por entrar no carro.

-Amanhã o meu carro estará pronto.

-Tem algum problema de eu querer seu amigo? – o policial indaga.

Adam não sabe como responder. Até alguns minutos atrás entendia o consolo que o policial lhe dera, mas agora duvidava de suas intenções.

-Eu... Eu não sei.

-Você não precisa me chamar de policial Tommy. Pode me chamar só de Tommy.

-Tudo bem... Tommy.

O policial sorri. Adam se sentia um pouco desconfortável, mas logo a sensação passou e novamente a falta de Charlotte aperta o seu coração. Tommy tentou puxar assunto, o policial era simpático e tentava distraí-lo. Mas muitas vezes, Adam se perdia nas lembranças da sobrinha.

-Chegamos – diz o policial parando na frente de casa de Adam que lhe ensinara o caminho.

-É... – Adam suspira olhando para a porta da casa.

-Hey – Tommy segura sua mão, o toque faz com que Adam o encare – A gente vai encontrar o seu amigo vivo e o corpo da sua sobrinha para que vocês possam se despedir. Eu prometo, Adam.

O maior força um sorriso.

-Obrigado, Tommy. Pela carona e por... Por ter me abraçado. Eu precisava.

-Pode contar comigo para qualquer coisa.

-Obrigado. Tchau.

-Tchau.

Adam desce do carro. Tommy sustenta o sorriso até que Adam fecha a porta da casa.

Patrick é recebido por Barney que pula e apoia as patas sobre sua barriga. Patrick afaga a cabeça do cão que abanava o rabo alegremente encarando o dono. Logo, Barney coloca novamente as patas dianteiras ao chão e cheira o ar perto da porta como se estivesse esperando alguém.

-Eles não vêm, Barney... – Patrick diz já quase chorando – Ela não vai voltar.

Patrick fecha a porta. Sua cabeça doía ainda mais. Insistira para que Suzi o deixasse sozinho naquela noite. Precisava de um tempo para poder encarar a falta que sua família fazia. O loiro vai até a cozinha e toma dois comprimidos para dor em um grande gole de água. Apesar de seu estômago estar vazio o dia inteiro, Patrick não sentia fome.

Com passos rastejantes, Patrick sobe em direção aos quartos. O de Charlotte estava com a porta um pouco aberta, dando para ver a parede cor de rosa. O loiro afasta a porta e vê a cama bagunçada onde ele mesmo estivera deitado antes.

Patrick se deita sobre a cama, as lágrimas já escorriam e seus olhos. O loiro aperta Donnie o mais forte que consegue. Queria ter nos braços sua filha, mas não era impossível. O choro de Pete ainda soava em seus ouvidos, a notícia da morte da filha apunhalava seu peito.

Fraco. Incapaz. Era o que Patrick sentia. Não pode ajudar a sua filha e também não havia como ajudar Pete. A tristeza tomava conta de seu coração, a dor o consumia por dentro fazendo seu coração bater acelerado. Seu fôlego era soluços e as lágrimas escorriam sobre seu rosto como cachoeira. A dor era esmagadora.

-Me perdoe, filha... Por favor... Perdoa o seu pai... Eu sinto muito...

Patrick se encolhe em sua melancolia. Seu corpo tremia, mas não era de frio. Estava em pleno desespero. Não sabia onde Pete estava e se estava realmente bem. A notícia da morte da filha. Ainda se recuperava da quimioterapia que havia feito. Ainda tentava esquecer a traição de Pete. Ainda tentava acreditar que tudo não passava de um pesadelo.

Charlotte. Sua única filha. A menina o encantara desde a primeira vez que a viu. Com um sorriso sincero e olhinhos brilhantes, Charlotte conquistara seu coração com apenas um olhar. Agora estava morta. Seu corpo abandonado em qualquer lugar de uma estrada qualquer. Patrick chora ainda mais até que não lhe resta mais nenhuma lágrima ou ar em seus pulmões.

O loiro adormece.

Patrick acorda quatro horas depois. Seus olhos ardiam, o travesseiro de Charlotte estava completamente molhado pelas suas lágrimas. Patrick se levanta ainda desorientado por causa do sono profundo, apesar de ainda estar sonolento. O loiro checa o celular. Nenhuma chamada perdida.

Depois do longo banho quente, Patrick decide comer alguma coisa. Perdera o sono depois da xícara de café. Sentado na sala, tentava focar a atenção em algum canal na TV, mas nada parecia funcionar.

Patrick sente a tristeza amargar seu coração e uma nova onda de choro o assola. Patrick se lembra de momentos vividos com Pete e Charlotte naquela sala. Dos risos, das conversas, de cada momento em família. E agora estava sozinho.

E assim Patrick passou a noite. Enrolado em um cobertor com uma garrafa de uísque, com Barney deitado aos seus pés sobre o sofá e assistindo qualquer coisa que passava na TV tendo pequenas crises de choro. A solidão machuca.


Notas Finais


bjjo bjjo♥♥.


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