A ambulância chega ao hospital. Não é permitida a entrada de Patrick na emergência e o loiro tem que ficar esperando no corredor. Patrick passa as mãos sobre os fios loiros. Não sabia se chorava de alegria ou de desespero. Pete estava muito mal.
Quando a luz da sala iluminou o rosto do moreno, todos puderam ver o quanto Pete estava debilitado. Estava mais magro do que a última vez que o viram. Seus punhos com as faixas sujas enroladas mostravam o quanto estava ferido. Em seus antebraços havia sinais de que a infecção havia se espalhado.
Ainda com um misto de alívio e desespero, Patrick abraça Adam.
-Ele está vivo, Adam! - Patrick chora - Ele vai ficar bem!
-Com certeza.
O loiro se afasta e limpa ao redor dos olhos depois abraça a policial. Viola aceita seu abraço que a princípio a pegara de surpresa.
-Muito obrigado! Muito obrigado por tudo!
-Eu estava só fazendo o meu trabalho. Estou feliz por termos achado o seu marido.
Patrick abraça Tommy e Cope. Estava feliz embora ainda não tivesse nenhuma notícia sobre a saúde do moreno. O loiro olha para a porta da sala de emergência, queria notícias.
-Ele vai ficar bem - diz Adam segurando seu ombro - Venha, vamos sentar.
Uma hora e meia se passa desde que Pete deu entrada na emergência. Patrick estava sentado no sofá olhando fixamente para o chão. Adam estava abraçado a Tommy, Viola tinha a cabeça apoiada sobre o punho. Cope foi atrás de café.
-Vocês são parentes de Pete Wentz? - diz o médico.
Um senhor de cabelos brancos, óculos quadrados e com um jaleco que iam até seus joelhos.
-Eu sou o marido dele. Como ele está, doutor?
-Marido?
Patrick assente.
-Ele chegou quase morto aqui, mas está estável agora. O que nos preocupa é essa infecção que ele tem nos punhos e também o estado de saúde dele não é muito bom. A infecção é por uma bactéria e está grave em ambos os punhos, inclusive o esquerdo está quebrado e está se colando do jeito errado. Ele está extremamente desidratado e está abaixo do peso, isso facilitou a propagação da infecção.
-A infecção chegou nos vasos linfáticos? - Adam pergunta ao médico - Desculpa, eu também sou médico e amigo do Pete.
-Assim fica mais fácil para todos entenderem - o médico aperta a mão de Adam - Bom, a infecção está se espelhando e sim, já chegou no sistema linfático, mas não tão forte como uma erisipela. Vocês o encontraram a tempo. Ele já está no quarto, está tomando soro e antibiótico via endovenosa.
-Eu posso ir vê-lo? - Patrick pergunta aflito.
-Sim. Ele ainda está desacordado, mas pode acordar pela amanhã. Um por vez, por favor. Ele precisa descansar.
-Bom, acho melhor eu ir. Fico feliz por saber que ele esteja bem - diz Viola se colocando de pé - É bom que ele esteja com a família agora. Eu volto amanhã.
-Muito obrigado mais uma vez - Patrick beija as mãos da policial - Muito obrigado.
Viola apenas sorri e aperta a mão do loiro. O médico os acompanha até o quarto de Pete. Patrick é o primeiro a entrar.
Pete estava deitado com as mãos enfaixadas ao lado de seu corpo. Uma agulha estava presa em seu braço e o medicamento junto ao soro escorria para seu corpo de um poste hospitalar. Patrick sentia as primeiras lágrimas escorrer de seus olhos. Chegando a cama, seus dedos deslizam e seguram as pontas dos dedos do moreno. Os dedos de Pete estavam frios.
As novas faixas começavam do meio de seus dedos e iam até um palmo abaixo de seu cotovelo. Patrick afasta os fios amassados da testa de Pete e deposita um beijo. Pete estava quente. O movimento lento de seu peito mostrava o quão profundo era seu sono. Patrick beija dessa vez seus lábios.
Um selinho demorado. Uma lágrima de Patrick cai sobre o rosto do moreno. O loiro a enxuga.
-Eu te amo...
Pete continua com os olhos fechados. Patrick limpa o rosto do moreno.
-Eu vou ter que sair para que o Adam possa entrar, está bem? Eu volto para passar a noite com você.
Patrick dá mais um selinho em Pete e sai do quarto. Adam entra e aperta devagar a mão do moreno. Estava tão feliz por ver o amigo. Mesmo que Pete ainda estivesse mal, tinha toda a certeza que tudo ficaria bem. O pior já havia passado, Pete estava de volta.
Tudo iria ficar bem.
Viola procurava o celular no bolso.
-Senhora, posso conversar com você? - era o médico de Pete.
-Sim.
Viola coloca a bolsa sobre o ombro e caminha junto ao médico para um canto longe as pessoas. O médico tinha alguns papéis nas mãos.
-A senhora é policial, não é? Foi informado que Pete Wentz havia sido sequestrado e que precisam de uma avaliação geral de seu estado.
-Sim. A enfermeira me disse que os resultados dos exames saem depois de amanhã.
-Exatamente. Eu gostaria de... É apenas uma suposição, nada confirmado. Eu não quis dizer isso na frente do marido do paciente.
Viola franze a testa e cruza os braços.
-Suposição? Ela pode ser comprovada?
-Sim. Claro. Bem, se o paciente quiser.
-No que você está pensando, doutor?
O médico respira fundo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.