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História Secret for the mad - Larry Stylinson - Rain


Escrita por: larrievermore

Notas do Autor


➸ Boa tarde, meus sorvetinhos cheirosos!

➸ Decidi postar esse capítulo antes do que estava previsto para comemorar o fim de algo que nunca existiu e que era popularmente conhecido como Hamille (ou seria um L só?! I don't give a fuck). E também para marcar a minha volta as aulas e o fato de que é o segundo dia seguido em que eu me sinto confiante e bem comigo mesma, yay!

➸ Boa leitura e nos vemos nas notas finais?!

Capítulo 11 - Rain


  - Ele realmente quebrou o nariz daquele cara por ciúme no meio de uma festa?! – os dois caminhavam pelo corredor em direção à saída da escola vazia após passarem quase uma hora conversando com a reitora sobre o mau comportamento de Parker, ambos saíram convencidos de que o moreno seria severamente culpado após verem o modo como as sobrancelhas da mulher se franziram enquanto assistiam as imagens das câmeras de segurança.

  - E é por essas e outras que eu detesto ir em festas, nunca tem nada de bom além de confusão e meninos abusados que tentam passar a mão onde não devem – o cacheado solta um suspiro chateado e abaixa o rosto para fitar suas mãos juntas, com os dedos entrelaçados com os do menor.

  - Fizeram isso com você? – Louis franze o cenho, olhando para o garoto sendo tomado por preocupação e por um sentimento ruim ao imaginar que ele havia sido tocado por alguém sem o seu consentimento.

  - Na maioria das vezes nem chegavam perto de mim com medo do Parker, aquele possessivo imbecil. E o pior é que ele sempre bebia demais e acabava sobrando para mim a função de cuidar dele, evitar que ele se envolvesse em alguma briga por estupidez e de fazer com que aquele cabeça oca entendesse que eu não estava pronto para avançar mais um passo – ele solta um suspiro cansado apenas em lembrar-se, tentando desviar do assunto de ser tocado sem o consentimento.

  - Eu sinto muito que você tenha passado tanto tempo com ele, Curly – o mais velho passa o braço por cima dos ombros do garoto para tentar confortá-lo.

  O cacheado solta um suspiro descontente mesmo que esteja satisfeito com a proximidade que estabelecera com Louis, sentindo o seu perfume semelhante à capim-limão e se aconchegando no seu calor enquanto caminham pelo mesmo corredor em que ele quase fora agredido fisicamente mais cedo antes de ser salvo por seu príncipe num cavalo branco.

  Ou pelo menos foi assim que ele imaginou.

  Assim como imaginou que os dois tinham um encaixe perfeito em sua mente quando o braço do mais velho estava por cima de seu ombro e ficou ainda melhor quando desceu a mão para a sua cintura por conta da diferença sutil de altura entre os dois. Harry ainda lembra-se de quando eles se conheceram e ele era pouco mais baixo, de como sempre sonhara em se aconchegar em seus braços do mesmo modo que ele desejava ainda agora.

  Ele ficara horrivelmente envergonhado em ter Louis ao seu lado enquanto contava detalhadamente o que passara ao lado do ex-namorado, mas ao mesmo tempo sentia-se encorajado por sua presença para reviver com suas palavras todas as humilhações e vezes que fora tratado como se não fosse bom o suficiente:

  - Ótimo, agora vamos ter que esperar a chuva passar – o mais velho solta um suspiro emburrado quando eles chegam à saída da faculdade e percebem que chovia forte de modo que a grama estava encharcada com água.

  - As plantas já estavam precisando de água – Harry fecha suavemente os olhos e respira fundo para sentir o cheiro de terra molhada que o fascinava desde quando era criança.

  - Sim, realmente... – os olhos azuis ficam fixos em Styles, admirando a sua beleza externa assim como a sua pureza interna que eram fascinantes. Não conseguia aceitar que alguém tão bondoso tivesse sofrido tanto nas mãos de alguém que amara ao mesmo tempo em que desejava cuidar do menino do modo que ele merecia, tratá-lo melhor e deixar que ele soubesse o quanto é precioso.

  Louis observa o cacheado, percebendo o quão cansado o menino estava do dia e de tudo que acontecera em sua vida nos últimos anos, percebia isso por suas sobrancelhas levemente franzidas e feição mais abatida que o seu normal de atualmente. Ele tira a mão de sua cintura para acariciar as madeixas macias suavemente, sorrindo acolhedor para ele quando seus olhos verdes focam em sua direção.

  O silêncio entre os dois não era nada incômodo, apenas o som da chuva embalando o momento enquanto sentiam-se confortáveis com a simples presença um do outro, com os olhos conectados trocando palavras de carinho que ainda não conseguiam dizer em voz alta e, mesmo que sem querer, admirando-se. Mas Louis conseguia ver que o seu menino não estava nada bem e tinha aquela recém adquirida necessidade de vê-lo sempre feliz, então tenta encontrar algum assunto que pudesse distraí-lo do que acontecera:

  - Como estão as aulas? – a pergunta que ele faz parece extremamente besta e digna de ser feita pela mesma tia que pergunta sobre os namoradinhos, mas é o único assunto rápido que ele consegue pensar no momento e a resposta é satisfatória.

  - Estão cada vez melhores, eu voltei a ter a inspiração para escrever e meus professores perceberam isso, então na última semana eu recebi vários elogios – ele abre um sorriso orgulhoso, ocultando o fato de que grande parte de sua inspiração para escrever contos românticos provém dos momentos que eles passam juntos.

  - Isso é ótimo, Curly, eu gostaria de ler algo da sua autoria algum dia – o mais velho propõe empolgado ao que seu peito se enche de orgulho do menino.

  - Uh, talvez, você não parece gostar do tipo de literatura que eu costumo produzir. Romances cheios de clichês adolescentes com personagens completamente apaixonados e beijos decisivos na chuva – o cacheado dramatiza, ele nunca havia escrito um beijo na chuva embora gostasse da ideia de ser beijado por Louis num cenário assim. Ele gostava da ideia de beijá-lo até mesmo no meio de uma chuva de meteoritos.

  - Na verdade eu gostaria sim, já faz um bom tempo que eu tenho vontade de ler algo seu.

  - Se eu pretendo ser um escritor então acho que devo superar a minha vergonha e deixar que você leia o meu último trabalho. – Harry abre um pequeno sorriso, ficando com as bochechas ruborizadas ao pensar em todas as semelhanças que seus personagens tinham com os dois e que poderiam facilmente entregar a sua inspiração. – A minha professora disse que eu deveria tentar continuar a narrativa e sugeriu que eu pedisse ajuda, porque eu sinceramente não sei como poderia seguir algo que já acabou pra mim.

  Um raio corta os céus quando Louis assente com a cabeça empolgado, fazendo com que o de olhos verdes se encolha mais para perto dele com medo do trovão que parece abalar toda a estrutura do prédio. Tomlinson põe a mão suavemente na cintura do garoto ao perceber que ele estava assustado com a tormenta, observando suas expressões com cuidado e notando o modo como seus olhos examinavam o céu nublado com atenção:

  - Sabe, esse final de semana eu fui numa festa e eu podia jurar que tinha te visto... – Louis começa, tentando achar um modo de distrair o cacheado de seu medo por não gostar de vê-lo assustado daquele jeito, mas é interrompido.

  - Era eu, aceitei ir naquela festa com minhas amigas e me arrependi profundamente pouco tempo depois – ele crispa os lábios ao lembrar-se do desastre que foi sua noite e se afasta para fitar o mais velho, encontrando o seu olhar surpreso e provavelmente curioso sobre o que o levou a lamentar a decisão de ter acompanhado suas amigas.

  - Aquela festa estava realmente uma droga, então eu não imaginei que alguém como você iria estar num lugar como aquele, mas o que aconteceu? Fizeram algo contra você?

  - Na verdade tentaram me beijar a força, eu vomitei no banheiro de um desconhecido e ainda tive tempo de terminar a noite percebendo que você mentiu para mim e recebendo conselhos de um taxista – Harry não consegue conter as palavras, decidindo culpar a tamanha exaustão que estava sentindo pelo seu “vômito de palavras”.

  - Eu nunca menti para você – o mais velho franze o cenho, ainda mais chocado mesmo que estivesse ofendido pela acusação.

  - Mentiu sim. Disse que não gostava de mulheres, mas eu vi o jeito que você estava se agarrando com aquela garota – mais uma vez ele não consegue segurar as palavras, mantendo a expressão séria enquanto olha para Tomlinson e tentando não pensar na cena que testemunhara naquela noite.

  - Não, você entendeu tudo errado! Ela que estava me agarrando... – Louis fica ainda mais irritado quando percebe do que estava sendo culpado e lembra-se do quão desconfortável ficou quando aquela garota tentou o beijar.

  - Louis, olha, eu só fiquei chateado quando te vi na festa e descobri essa mentira idiota, mas já está tudo certo agora...

  - Não, nada está certo! Primeiro você me acusa de mentir e depois não quer deixar que eu me justificasse como se eu devesse alguma justificativa – o mais velho interrompe, ficando realmente enfurecido com as acusações. Quando era mais jovem ele costumava ser muito mais extrovertido e brincalhão, mas quando começou a ser tratado como um mentiroso que nunca pode falar sério ele se retraiu e parou de agir daquela maneira, desde então odiando aquela adjetivação por todo mal que lhe causou.

  - Você realmente não me deve justificativa, eu entendo que ela te agarrou e você não mentiu! Desculpe – Harry mais uma vez o interrompe, sem conseguir acreditar que estava passando por mais aquilo no mesmo dia e ficando magoado pelo modo que o menor falou.

  - Porra, será que dá para parar de me interromper?! – Tomlinson explode, chegando ao pico de sua irritação e batendo a lateral da mão fechada em punho na parede.

  O cacheado dá um passo para trás, sentindo as palavras rudes do mais velho o atingirem como se fossem flechadas diretamente em seu peito e sentindo-se profundamente ferido mesmo que, de certa forma, ele mesmo tivesse pulado na frente das flechas. Louis solta um suspiro derrotado ao perceber o modo que falara e tenta se aproximar, mas o garoto recua mais um passo e isso o faz parar, sem conseguir encontrar o que dizer para mostrar que estava arrependido de ter chegado ao limite daquela forma tão brusca.

  Sabia que Styles era daquele jeitinho, desde o ensino médio já havia observado o quanto o menino era sensível e ficava magoado facilmente – lembrava-se nitidamente de como ele quase chorou  de vergonha uma vez em derramou suco de morango por toda sua camisa branca na frente de todo o refeitório, assim como também lembrava-se de ter sido o único a ir em seu auxilio naquele momento levando vários guardanapos.

  Mas ali estavam os dois, anos depois, mantendo uma distância segura com ambos calados sem conseguirem encontrar nada para ser dito e quebrar aquele silêncio desconfortável que parecia mais com um fantasma os assombrando. Harry mordisca o lábio e desvia o olhar para o chão por alguns segundos quando não consegue mais fitar as belas íris azuis que já lhe ofereceram tanto conforto e que agora pareciam tão estranhas, assim como Tomlinson sente o seu coração partir-se em milhares de pedaços quando uma camada fina de lágrimas adorna os olhos cansados do cacheado:

  - Harry, e-eu... Eu sinto muito, não quis falar assim com você... – ele toma a iniciativa de falar, mas não parece bom o suficiente para demonstrar o quanto estava arrependido. Seu único desejo era que Harry estivesse sempre sorrindo e agora ele o fizera chorar por algo tão bobo, o quão ruim aquilo soava.

  O cacheado apenas assente com a cabeça, também arrependido de ter alterado o tom de voz e percebendo que o pesar de Louis era genuíno mesmo que não estivesse se sentindo bem para continuar ao seu lado naquele momento, então apenas fitou brevemente os olhos azuis num pedido silencioso para ficar sozinho antes de enfrentar a chuva, internamente aliviado por sua mochila ser praticamente impermeável.

  Seus ombros tremem levemente ao que ele sufoca um soluço pelo pranto que logo banha seu rosto assim como as gotas grossas que caiam do céu, Tomlinson sente mais um aperto no peito ao ver a cena e perceber que o menino realmente estava chorando por culpa de sua estupidez, mas decide respeitar o espaço do cacheado após tê-lo machucado e não vai atrás dele ou sequer tenta impedi-lo com medo de piorar a situação.

  A verdade é que ele tinha medo de perder o apreço do cacheado agora que seus sentimentos por ele estavam finalmente sendo descobertos, então o melhor que ele conseguiu fazer foi seguir os conselhos de sua mãe e dar liberdade a quem ele gostava, esperando que voltasse para ele se o sentimento fosse forte o bastante pra trazê-lo, então apenas assistiu-o andar pela chuva com os passos largos até desaparecer de sua visão ao dobrar a esquina.

 Harry se encolhe ao que um relâmpago cruza os céus e espera pela trovoada.

  Desde criança ele sempre detestara os estrondos mais altos que o assustavam e obrigavam que ele corresse para debaixo das cobertas, mas naquele momento ele não via nada de errado com os sons altos que o possibilitavam liberar os soluços presos em sua garganta sem chamar muita atenção as poucas pessoas que estavam nas ruas e que não notavam seus olhos e nariz avermelhados pelo choro.

  Ele estava se sentindo furioso por tudo que passara em poucas horas ao mesmo tempo em que se sentia tão triste que seu único desejo é gritar até ficar sem voz e chutar o que visse pela frente.  Por muito tempo ele escondeu seus sentimentos das pessoas que ele gostava com um sorriso em seu rosto para não preocupá-las, ficando ainda mais destruído até o momento em que ele não conseguia aguentar mais e precisava se esconder para liberar toda a tristeza e fúria acumuladas em seu peito:

  - Então que chova, chova ainda mais! – ele resmunga com os dentes cerrados pelo frio que começava a sentir após caminhar na chuva, chegando ao seu prédio e não se importando muito se estava deixando um rastro de água por onde passava até chegar em casa, abrindo a porta no mesmo instante em que um raio ainda mais forte corta os céus. – E obrigado aos deuses pelo trovão!

  Ele agradece com a voz carregada de ironia quando aproveita o estrondo mais alto que o normal do trovão para fechar a porta com força. Um suspiro cansado escapa de seus lábios e ele recomeça o choro com ainda mais intensidade, sentindo-se ainda pior e sendo invadido pelo sentimento de culpa por ter agido daquela forma quando deixa a mochila umedecida no chão assim como seus tênis.

  A chuva, que parecia lavar tudo de ruim para longe e ainda caia com mais força no exterior, havia clareado a sua mente e feito que ele visse tudo de uma forma mais nítida, desde o encontro desagradável com o ex-namorado nos corredores até a discussão com o mais velho por ciúmes, sentindo-se horrível ao lembrar-se do desapontamento e da mágoa que vira nos belos olhos azuis ao acusá-lo. 

  Sentia-se culpado por seu comportamento ao mesmo tempo em que apenas queria se aconchegar no abraço carinhoso e cuidadoso do menor para mostrar que acreditava em cada palavra que ele havia dito, para pedir seu perdão e compartilhar calor uma vez que já tremia de frio com as roupas encharcadas.

  Ele apenas esperava que, quando a chuva passasse, viesse um arco-íris para ele e para Louis. 


Notas Finais


| Rain, rain harder
| I wanna see lightning, I wanna hear thunder

➸ Bom, acho que a pessoas que a gente gosta são as que a gente mais briga, porque a gente se importa o suficiente com essa pessoa para querer bem. E foi um pouco do que aconteceu nesse capítulo, ainda mais porque ambos ficaram sobrecarregados com tudo que estava acontecendo (além do fato que H estava decepcionado pelo que havia achado ver na festa).

➸ E lembrando que todos os casais brigam e o importante é saber perdoar e passar por cima desses desentendimentos que eventualmente ocorrem, que é o que vai acontecer no capítulo que vem (sendo seguido por um mar de rosas, sem mais preocupações!)

➸ Beijinhos de sorvete repletos de carinho e all the love!

P.S. Por favor comentem, eu nunca pedi nada!
P.P.S. Eu mudei meu user para homenagear Larry e a Dodie, vocês viram?!


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