História Secrets and Lies - One

Flashback On

Aquela musica me envolvia, me deixava melancólico, me sentia destruído...  Tão pouco tempo, tantas coisas acontecendo, promessas, amor...

Estávamos juntos num momento, já no outro me via dentro do carro de meus pais, sendo levado para longe. Assim que partimos olho para trás com pesar vendo seus lindos olhos verdes derramarem lágrimas de dor, cada vez mais longe. 

Meus olhos ardem, lágrimas involuntárias escorrem * Seja forte Levi é só o começo* - pensava ao ouvir aquela musica que agora fazia todo sentido, e olhando a cidade sumir aos poucos...

''Lágrimas de dor escorrendo na minha camiseta.

Eu vou lutar pelo meu espaço,

Tudo que eu quero é o sabor que teus lábios permitem,

Meu, me dê seu amor...''

Flashback Off

Acordo com o celular tocando é Erwin, ignoro-o completamente, me levanto e vou direto ao banheiro, tiro minha roupa lentamente e entro embaixo da ducha gelada. *Droga Levi! De novo esse sonho patético? Já faz 10 anos...* - penso enquanto murro a parede falando oque de mais insano vinha em minha mente.

Saio do banho, visto meu costumeiro terno preto, camisa branca e uma gravata vermelha, passo as mãos em meus cabelos negros ainda molhados, os fazendo cair sobre meus olhos.

Termino de me arrumar, pego minha pasta e meu celular, desço até a cozinha e vejo tudo impecável e silencioso, dou um sorriso satisfeito por morar sozinho. Tomo café rapidamente e saio com meu motorista rumo as malditas empresas Ackerman.

Bom dia Sr. Rivaille - diz minha secretaria Petra alegremente

Bom dia - digo com o mau humor de sempre

Adentro minha sala, sento de frente para as enormes janelas que se encontram atrás de minha mesa * Mais um dia no inferno* - penso me virando para minha mesa e pegando alguns documentos.

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Acordo com o sol batendo em meu rosto, olho para o relógio já são 9:00 * Droga!!!! A Mikasa vai me matar* - penso dando um pulo da cama e vestindo oque acho na frente.

Jean! - grito ao sair do quarto

Oque é? - diz o moreno mal humorado

Tenho que buscar Mikasa, cuida do pequeno pra mim - digo pegando uma torrada e enfiando na boca

Ta ta - diz ele se sentando á mesa, enquanto saio pela porta da frente.

Me chamo Eren Jaeger, tenho 25 anos, diferente de meus pais que são advogados, eu decidi ser medico. Conheci minha esposa no hospital, uma paciente dócil que sofria de uma doença raríssima. Ela tinha cabelos negros e olhos azuis como céu, era pálida, me apaixonei por seu modo positivo de lidar com sua doença, pela forma que era vívida mesmo estando em estado terminal. Casei-me com ela e depois de dois meses ela engravidou do nosso pequeno Dylan, depois de um mês que Dylan havia nascido ela nos deixou...

Dylan me tesouro tem cinco anos, cabelos negros como os da mãe, cortados no estilo dos Rivaille, olhos verde água, rosto fino e pele pálida como da mãe e personalidade alegre como a minha.

Hoje Mikasa chega de Londres, Mikasa é prima de Levi Ackerman. Desde antes de nascer meus pais e os Rivaille são muito amigos, então eu e Levi crescemos juntos como primos. Assim que os pais de Mikasa morreram de acidente meus pais á adotaram, já que minha mãe queria muito uma menina, desde então os Jaeger e os Rivaille são uma família só.

Peguei meu carro e fui em direção ao aeroporto, Mikasa estava uma fera, pedi desculpa uma mil vezes e então fomos embora.

Papa!! - Ouço uma doce voz infantil dizer enquanto corre em minha direção

Pego o pequeno garotinho pálido em meus braços lhe dando um beijo na testa o fazendo rir pelo estalo que deu.

Papa, o tio Jean comeu meu cereal... - diz o pequeno com as bochechinhas inflamadas e fazendo beicinho

O papa compra outro pra você ta amor? Não liga pro tio Jean não ele é um cavalo - digo olhando feio para o moreno que faz uma careta e sai da cozinha.

Pego Dylan e o arrumo, deixo ele em sua escolinha e vou para o hospital, chegando lá recebo uma mensagem de minha mãe.

Não se esqueça que esse final de semana vamos para a casa de praia da família!

Quero todos lá como os velhos tempos, me façam feliz!

 Dou um sorriso de lado e entro para o hospital.

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Estava ocupado com uns gráficos quando recebo uma mensagem da tia Jaeger.

Sinceramente não sei pra que ficar reunindo a família sempre... Desta vez não poderei faltar, pois é o aniversário dela e eu faltei todas as outras reuniões familiares... Mas um final de semana inteiro? Já é demais, direi que tenho trabalho, então só passarei lá e irei embora.

Acostumei a ser sozinho... Fui obrigado a assumir as empresas Ackerman, em troca do meu espaço... To cansado disso tudo, as vezes queria por um dia sumir e não ser um Rivaille Ackerman... Mas as coisas ficariam um caos sem mim.

'' Corri em transe até chegar ao fundo dessa corrida,

Mas o trem já tinha saído, como se marcasse uma divisão entre o amor.

Memórias de dias distantes, as estações passam...''