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História Secrets of The Past - Capítulo 14


Escrita por: MariAllenQueen

Notas do Autor


O dia em que eu postei esse capítulo ano passado, foi o dia de estreia de Avengers: End Game. Eu estava tão em choque ainda com o ocorrido, que errei umas mil vezes o capítulo correto para postar. O fim de uma era, e o começo de outra. Foram 10 anos de pura fantasia, mistério e muito mais; os irmãos Russo, conseguiram criar um universo cinematográfico maravilhoso, mesmo com seus altos e baixos, mas em minha opinião, eu não tenho nada de ruim para dizer, só agradecer, porque em algum lugar, tanto os filmes quanto as HQ, ajudam crianças e adolescentes.

Capítulo 14 - Capítulo 14


Fanfic / Fanfiction Secrets of The Past - Capítulo 14

Depois da enxurrada de informações que obteve no Natal, Tony e Pepper voltaram com seus afazeres. Os rostos de Steve Rogers e Natasha Romanoff era exposto nos jornais americanos e internacionais.

Todos os Vingadores resolveram sumir de uma hora para outra deixando apenas os Stark na torre. Banner fora orientado por Tony a se esconder, já que não era mais Nick no comando da S.H.I.E.L.D., e quem quer que fosse Alexander Pierce, ele arranjaria uma maneira de usar o Hulk.

Pepper estava furiosa com o aumento da segurança, ela sabia que Tony estava escondendo algo. O mesmo serve para Alex, que de modo algum escutou o pai e continuou dentro da S.H.I.E.L.D. Barton desapareceu do dia para noite sem qualquer aviso.

— Você acha que Steve matou Fury? — Indagou Alex.

— Acho que não estamos falando do mesmo Steve Rogers — disse Tony.

— Nem eu sei o porquê de eu pensar isso.

Tony seguiu para o bar e serviu uma bebida para ele, que foi roubada pela filha e tomada em um gole só.

— Quem é você, e o que fez com minha filha comportada? — A surpresa estampada em seu rosto deu lugar a um sorriso travesso.

— Eu estou surtando, uma bebida não vai me matar.

— Eu dizia isso quando eu comecei a beber.

A morena sentou no banco do bar e apoiou a cabeça na mão.

— Eu não sei mais em quem confiar. — Confessou.

Não saber, estava a deixando maluca, pois não podia falar com ninguém além do necessário. O aviso da irmã havia sido claro.

— Vai por mim, não há muitas em que se possa confiar, duas delas estão sendo procuradas por assassinato.

— Se precisarmos falar com Megan, entramos em contato com a antiga equipe.

 

Base da S.H.I.E.L.D., Washington, DC.

— Mandou me chamar, senhor?

Quando passou pela porta, os dois agentes que vinham a acompanhando fecharam-na e ficaram parados ao lado de fora.

Pierce se encontrava sentado onde antes era a cadeira de Nick Fury. O modo como ele a olhava, sem dúvida alguma,  indicava que queria algo.

— Nossa agência têm passado por muitas coisas nos últimos dias. A traição de dois Vingadores não traz uma boa visão sobre a S.H.I.E.L.D.

— Eu sei, senhor. Mas isso deve ter sido algum engano, eu conheço os dois, eles nunca fariam algo contra essa nação.

Pirce levantou da cadeira e apoiou as mãos sobre a mesa com tampão de vidro. A Stark pode perceber suas mãos apoiadas no vidro, elas faziam tanta pressão contra o vidro que chegavam a estar brancas.

— Isso me leva a outra questão — ela voltou a encara-lo. — Sua irmã está sumida há alguns dias, você não saberia onde ela está, saberia?

— Minha irmã não tem nada a ver com o ocorrido. — Alex ficou atenta as acusações. — Minha irmã era, e continua sendo leal a Nick Fury.

— Não duvido do que está dizendo, mas ela não deixa de ser uma agente importante aqui.

— Megan não quer contato com ninguém. Ela gosta desses negócios naturalistas e anos sabáticos, quem sabe você a encontre em alguma selva. — Sorriu cínica para o novo diretor.

Ele deu uma risada forçada seguida por um sorriso prepotente.

— Bom, espero que ela volte logo e, que supere a morte de Fury.

— Nunca, ninguém vai superar a morte de Nick Fury — respondeu ríspida, antes de sair.  

Foi seguida pelos dois brutamontes até o elevador. Ela suspirou aliviada por não ter que continuar aquela conversa maluca.

Saiu do prédio — que antes fora o — mais seguro do mundo. Entrou em seu carro com um único desejo em mente. Chegar em seu apartamento alugado e tomar uma ducha bem quente. Ela também sabia que estava sendo seguida, e quase cem por cento de certeza de ter uma escuta em seu carro, e já terem hakeado seu celular. Portanto, mudou seu trajeto parando no Parque Nacional.

Quando voltou a si, percebeu que estava dando no lago. Em outra hora qualquer, estaria reclamando por estar caminhando em um sol moderadamente infernal, mas isso levou a identificar o cara que estava seguindo-a.

Terminando sua última volta, um corredor deu um encontrão nela, seu tombo resultou em alguns arranhões na mão.

— Olha por onde anda, seu idiota!

Ela levantou e limpou as mãos na calça.

Seu passeio para esfriar a cabeça havia acabado.

Entrou em casa indo direto para dentro do box ligando a água quente.

Alex sempre teve tudo o que quis, nunca precisou se forçar mais que o necessário para conseguir as coisas, seu sobrenome trazia muita vantagem, e com o tempo foi se acostumando. Mas com a fuga da irmã aos dezesseis, se viu perdida, sem alguém para conversar e limpar sua bagunça. Precisou aprender a andar com as próprias pernas.

Com a volta de Megan — a irmã que aos olhos de todos é a mais próspera nesse mundo —, se sentiu como se tivesse seus quinze anos novamente, sufocada pela presença dela. Megan sempre foi a melhor agente, melhor em luta, em arma, em tudo. Menos em ser a melhor filha.

Estar no meio da bagunça da irmã não estava em seus planos.

Saiu do banho enrolada na toalha e deitou na cama.

Seu celular vibrou na mesinha de cabeceira, havia recebido uma mensagem de um numero privado.

“Olhe no bolso”

— Desconhecido.

Assustada com a mensagem, olhou em volta para ter certeza de que ninguém a estava vigiando.

“Que bolso? ”

— Alex.

            Mesmo receosa, enviou a mensagem.

“Bolso direito da calça”

— Desconhecido.

Alex saiu da cama e pegou a calça que havia jogado no chão do banheiro. Ela encontrou um comunicador no bolso de trás da calça. De procedência estranha, o comunicador preto era parecido com os que usavam na agencia. Colocou no ouvido e apertou o botão de ligar.

No início houve sinal de interferência, mas logo passou e conseguiu ouvir que havia alguém do outro lado.

Sobreviveu ao encontro com Alexander Pierce, isso é bom.

A voz do comunicador era de Natasha Romanoff.

— Natasha?

Quem mais achou que seria?

O tom irônico da russa fez Alex revirar os olhos.

O que Pierce queria?

— Saber sobre Megan, principalmente. — Novamente o assunto era a irmã.

Então Pierce não sabe onde ela está? — Um alivio saiu dos ombros de Natasha. Isso daria mais um tempo para prenderem o Secretário.

Não. Nem mesmo eu sei!

É melhor continuar assim. — Alex ouviu a voz de Steve ao fundo conversando com outra pessoa. — Pierce mandou um míssil até New Jersey, quase viramos churrasquinho.

— Que?! — Ficou horrorizada ao saber disso. — Você tem certeza, Natasha? A HYDRA está atrás de vocês, quem sabe...

Alexander Pierce é da HYDRA, Alex. Qual parte você ainda não entendeu?

Chocada com a revelação — e a aspereza da russa — não restou mais nada, a não ser sentar e repassar tudo em sua cabeça novamente. Descobrir em que momento deixou tudo isso passar. Nisso, sua irmã é extremamente boa. Ela prevê o que pode ou não acontecer, é boa em estratégia, sempre preparada para o que vier.

— Onde vocês estão?

— Na casa de um amigo. Te mando o endereço por mensagem criptografada.

A linha ficou muda após Natasha terminar de falar.

Instantes depois recebeu a mensagem criptografada com o endereço. Agora, o mais difícil seria despistar quem quer que fosse.

Foi até a janela e bisbilhotou para ver se o homem ainda estava por perto. Ele estava. Em pé, ao lado do mercadinho da rua. Não tirava os olhos dos portões do prédio. O único jeito de sair dali, era usando outro carro que não fosse seu.

Seu vizinho, que havia se mudado há alguns meses, já lhe devia um favor. Nada mais justo que cobrar agora.

Vestiu rapidamente uma roupa e instantes depois já batia na porta de Chaz. O homem era da Florida, mas havia se mudado para Washington, porque queria concorrer a uma vaga de advogado em uma renomada empresa de advocacia.

— Oi, Alex! — Disse animado ao ver a morena.

— Sabe aquele favor que me devia? — Ele assentiu. — Preciso usá-lo agora.

O sorriso animado se tornou mais brando.

— Claro, no que posso ajudar?

— Preciso chegar nesse endereço, pode me levar? — Ela estendeu o papel com o endereço.

— Posso. Vou pegar as chaves.

Agradecia por morar em um prédio com garagem subterrânea, assim não a veriam entrar no carro.

Quando Chaz viu que ela entrou na parte de trás e se abaixou entre os bancos, começou a fazer várias perguntas.

— Apenas dirige! — Ordenou.

O carro saiu pelo portão sem problema algum. Quando viraram a esquina, ela se levantou e passou para o banco da frente.

— Mas que merda está acontecendo?

— Uma hora quem sabe eu te conto, mas agora é de suma importância que eu chegue nesse endereço.

Provavelmente Chaz nunca mais queira falar com ela depois disso. Mas ela tinha problemas maiores do que o orgulho ferido do seu vizinho.

Chaz a deixou em frente à casa com um pequeno quintal e uma arvore grande que fazia sombra o bastante para cinco pessoas. A grama verde é bem cuidada — sem falha — então, que dizer que o dono é meticuloso e, quem sabe, organizado.

Subiu os três degraus da varanda e bateu na porta de madeira branca.

Um homem alto, moreno e musculoso, abriu a porta.

Ele percebeu a garota o analisando e soltou uma risada anasalada.

— Sua cria está aqui Romanoff! — Sam avisou Romanoff, que saiu do quarto e veio receber a Stark. — A propósito, sou Sam.

— Alex.

Ela passou por ele entrando na casa.

Por dentro era exatamente como do lado de fora. Organizada. Cada coisa em seu devido lugar.

— Que bom que chegou! — Disse Romanoff, exasperada. — Não temos muito tempo.

— Vocês estão horríveis. — Constatou Alex, quando viu Steve sentado à mesa da cozinha.

— Sobreviva a um míssil, e aí, nós conversamos. — Recebeu mais uma patada da Romanoff.

— Deixem para se matar depois. — Disse Sam, entrando na cozinha.

— Só tem uma coisa que está me incomodando. Como vamos sequestrar um agente da S.H.I.E.L.D. em plena luz do dia? — Comentou Rogers.

— Pera... quem vocês querem sequestrar a luz do dia?

Parece que as surpresas não param de aparecer.

— Sitwell. — Respondeu Steve.

— Acho que posso ajudar...

Sam saiu da cozinha e foi para outro cômodo logo voltando com uma pasta escrito: confidencial, na capa. Romanoff a pegou e começou a ler.

— Operação Clipes de Papel. Foi usado pessoas com habilidades em voos. Asas de última tecnologia.

— Você disse que era piloto — observou, Steve.

Ele lembrava muito bem de quando o amigo disse isso.

— Eu disse que voava, não que era piloto. — Defendeu-se.

— Então... — Alex deu deixa para eles terminarem o raciocínio.

...

— Está tudo pronto — avisou Natasha, do alto do prédio, junto de Steve e Alex.

— Estou vendo o alvo — disse Sam, sentado em uma cafeteria ao ar livre.

— Quero trocar a cor do cabelo — disse Alex.

Ficaria legal um degrade de roxo ou azul. — Comentou Natasha.  — E você Steve, quando vai chamar a Lisa da contabilidade?

Steve ficou vermelho, quase atingindo o roxo. Alex e Nat começaram a rir.

— Ele não conseguiu nem manter o relacionamento que tinha com Megan, quanto muito sairá com Lisa. — Alex tirou sarro.

— Ham... gente! Está na hora.

Sam saiu do lugar onde estava sentado e foi em direção ao Jasper Sitwell, pegou-o pelos braços logo levantando voo. Cada vez mais alto Sitwell gritava mais. Assim que Sam chegou a uma altura desejável, ele o soltou e caiu igual um saco de areia no chão. Os três que estavam no parapeito se aproximaram dele.

Sitwell se levantou e tentou arrumar o terno.

— Vocês estão loucos? Sequestrar um agente da S.H.I.E.L.D.? — Ele estava tremendo e a voz saia falha.

— Até onde eu me lembre, você não é da S.H.I.E.L.D. — disse Alex.

—O que é Insight? O que querem com isso? — Romanoff foi direto ao ponto.

— Isso vai além de seus conhecimentos. Eu não posso falar, eles me matariam.

Alex foi por trás dele e começou o empurrar para frente. Romanoff e Steve acompanhavam até chegarem mais e mais perto do parapeito.

— Mais uma chance — disse Steve.

— Vocês não me matariam.

— Tem razão. Nós não, Megan amaria fazer isso, mas ela não está aqui — lamentou Alex.

— Mas ela sim. — Disse Sam, apontando para Romanoff, que jogou Sitwell quinze andares abaixo.

Mais uma vez Sam voou para pega-lo antes que virasse panqueca no asfalto. Ele foi trazido novamente para o terraço e abriu o bico rapidamente.

— É um logaritmo usado para achar pessoas como vocês, desde repórteres até o Hulk. Zoola já havia criado a muito tempo antes, ele previu que tudo isso iria acontecer.

— Cale a boca idiota —Alex deu um soco na cara dele.  

— Vamos logo, não temos muito tempo até que eles descubram que estamos aqui.

Sam prendeu Sitwell com algemas de lacre e todos desceram pela escada de emergência do prédio, foi um longo caminho até achegarem a avenida ao lado do prédio.

Todos entraram no carro de Sam e o mesmo começou a dirigir pelo viaduto. Quando perceberam que estavam sendo seguidos por duas SUV’s pretas em alta velocidade, Sam tentou despistá-los, mas os motoristas eram tão bons quanto ele. Todos se espantaram quando ouviram o estrondo vindo do teto do carro, e logo depois Sitwell foi puxado para fora.

Sam continuou dirigindo, e de vez em quando olhava para trás. Ele continuou desviando dos carros a frente até ver que haveria um bom espaço para fazer o que estava planejando.

Ele freou com tudo, a pessoa que estava no teto voou a metros de distância de joelhos. Homem branco, cabelos compridos, usando uma máscara deixando apenas os olhos descobertos.

— Sam, saia daqui, agora! — Gritou Alex.

— Que merda é essa? — Sam estava assustado.

O trânsito continuava fluindo, um dos carros que antes os seguia bateu na traseira do carro de Sam, fazendo-os ser levados diretamente ao soldado que já havia se levantado. Quanto mais se aproximavam o medo em Alex aumentava, ela jurava para si mesma que depois disso, tiraria umas férias bem prolongadas. Quem sabe em outro planeta.

O carro se aproximou demais do soldado e o mesmo pulou alto indo novamente parar em cima do carro. O carro que havia batido neles ainda estava os empurrando, o soldado atravessou o teto do carro com seu braço de metal e arrancou o volante do carro jogando longe. Ele pulou em cima de outro carro e Sam perdeu total controle da situação.

— É hoje que a gente morre! — Exclamou, Sam.

— Venham para o banco da frente! — Ordenou Steve.

Todos tentaram se acomodar como puderam. Steve colocou o escudo contra a porta dele e pediu para que todos se segurassem uns nos outros.

 O carro de traz bateu mais forte dessa vez fazendo com que o carro subisse na lateral de proteção e na mesma hora Steve fez com que a porta se soltasse e eles caíssem no meio da estrada. O carro capotou duas vezes, e mais SUVs chegaram ao local com homens armados até os dentes.

Eles se levantaram rapidamente e assim que se viraram o soldado segurava uma bazuca. Foi questão de segundo para que os quatro se separaram, mas Steve foi atingido fazendo com que voasse para longe e atravessasse um ônibus causando alguns acidentes.

Tiros e mais tiros eram disparados, apenas Natasha se encontrava com uma arma, quanta ironia.

— Eu só quero chegar viva em casa — reclamou Alex.

— Anda logo garota! — Reclamou Romanoff.

Natasha atirava em alguns, mas não acertou em nenhum. As duas pularam as laterais de proteção que dividiam a direção do trafego.

Mais um disparo foi dado, Natasha tirou algo do sinto e segurou Alex pela cintura, as duas pularam o viaduto bem na hora em que o carro explodiu. Quando chegaram ao chão as duas se dividiram, o soldado teria mais trabalho e não conseguiria uma visão clara de nenhuma delas.

Assim que Natasha se escondeu atrás do caminhão, ela voltou a trocar tiros com o soldado e gritava para as pessoas no local para saírem e procurar abrigo. Romanoff viu quando ele saltou na mesma altura que ela, mas sem nenhuma corda, nem qualquer outro aparato. Apenas com a arma e a boa vontade de matar tudo o que via pela frente.

Alex precisou pensar rápido, havia um caminhão de gasolina ao lado, se ela conseguisse liberar uma certa quantidade rapidamente, criaria uma barreira de fogo dando tempo para que Natasha ou alguma alma boa viesse e tirassem eles dali.

 O liquido já estava sendo espalhado pelo asfalto, o soldado cada vez mais estava se aproximando, ela retirou um isqueiro do bolso de trás da calça, ela sabia que isso ajudaria algum dia.

— Pelo menos vai ser útil para algo de bom.

Ela acendeu o isqueiro e se abaixou aproximando a chama e logo uma parede de fogo não tão alta quanto queria foi formada. O soldado parou por um instante e dando a se pensar que ele estava indeciso se passava ou não, mas isso logo foi deixado de lado quando ele passou pelo fogo sem nenhum chamuscado na roupa.

— Ótimo! É agora que todos morremos. Merda!

Um dos agentes da HYDRA encontrou-a agachada na lateral de um carro, pegou-a pelo pescoço logo apontando uma arma pelas costas, ela não teve escolha a não ser ir junto.

Na mesma hora o soldado encontrou Natasha, que foi salva mais uma vez pelo Capitão América, ela havia levado um tiro no ombro e estava perdendo muito sangue.

No meio da luta com o soldado, Steve tirou a marcará dele e travou por alguns minutos.

— Buck!

— Quem é Buck? — Questionou o Soldado.

O escudo do Capitão acertou o Soldado, que soltou Rogers na hora.

— Saia daqui, Steve! — A voz melodiosa que não ouvia a quase dois meses, estava de volta. Parecia alucinação da sua cabeça.

Era Megan. Realmente era ela.

Ele se levantou de pressa e se juntou aos outros que se reuniram atrás de Megan.

Ela montou uma parede roxa, que impedia as balas de os atingirem.

Megan olhou para trás e disse algo pelo comunicador que ninguém conseguiu ouvir.

— Vocês precisam sair daqui, eu cuido do Soldado — disse ela, com toda sua calma econfiança.

Romanoff confiou nos instintos da garota, e conseguiu convencer os outros de fugirem, mas não antes de Steve olhar para trás vendo sua garota derrubando o Soldado Invernal, vulgo Buck Barnes, seu melhor amigo.

Carros e vans com sirenes, que diziam ser da S.W.A.T., encurralaram os três que estavam fugindo. De S.W.A.T. não tinham nada. Brock Rumlow apareceu para prender Steve. Romlow é da equipe S.T.R.I.K.E., que trabalha inteiramente para Hydra.

Alex foi a primeira a ser levada para o furgão. Logo depois os outros já a faziam companhia.

— Eu vou matar aquele desgraçado quando eu sair daqui. — Vociferou Alex.

— Ele está vivo — murmurou Steve.

— Quem? — Perguntou Sam.

— Buck.

— Buck, era o melhor amigo dele antes de ele ser congelado por setenta anos. — Simplificou Alex.

Natasha não parecia nada bem, estava pálida e muito quieta. Suas roupas estavam encharcadas de sangue.

— Hey! Ela precisa de cuidados médicos. — Disse Alex. Tentando chamar a atenção dos agentes sentados à frente.

— Ela está falando com vocês! — Sam tentou, mas foi em vão.

— Bando de imprestáveis! — Resmungou Alex.

Um dos agentes tirou o bastão de choque e eletrocutou os demais na parte de trás da van. Os quatro não entenderam o que estava acontecendo. O agente tirou o capacete e se mostrou ser a agente Hill.

— Esse negócio estava apertando a minha cabeça.

— Como você sabia onde estávamos? — Perguntou Alex, demonstrando felicidade.

— Você ainda estava com o comunicador, e agradeça a Megan por ter ido contra as ordens do Fury.

— Bem na hora — disse Sam.

Sam lembraria de agradecer a irmã Stark mais velha quando se vissem.

— Quem é você?  — Hill fez uma cara estranha.

— Sam Wilson, amigo do Capitão.

— Vamos sair logo daqui, se não ninguém mais vai ser amigo de ninguém. — Simplificou.

 Retirou um objeto cilíndrico — quase como uma caneta — do bolso. Apertou o botão lateral acionando o lazer.  Fez o movimento circular para cortar o assoalho da van.

— Legal. — Murmurou Sam.

— Se sobrevivermos até o final, te dou essa — disse Hill.

Quando a van parou, eles tiveram pouco mais de dois minutos para saírem por aquele buraco e entrar por uma passagem de esgoto.

— Sério Hill, não tinha outra entrada? — Alex fazia careta de nojo para cada objeto não identificado pelo caminho.

— A outra entrada é muito longe, seriamos pegos rapidamente.

Assim que chegaram ao final, havia uma porta enorme de aço blindado, como aquelas de banco, com um visor na lateral para a permissão da entrada. Hill fez o que era necessário e a porta pesada se abriu.

Era uma base secreta.

O símbolo da agencia estava gravado na parede.

— Mais alguma coisa antes de nos matar? — Brincou Natasha.

— Você precisa de cuidados médicos. — Disse Hill.

— Ela deve ter perdido de um litro e à um litro e meio de sangue — falou Steve.

Um homem vestido de jaleco branco apareceu de trás das cortinas.

— Ela vai precisar de transfusão, mas antes ela vai querer ver ele. — Avisou Hill.

— Ver quem? — Questionou Romanoff.

Steve e Sam eram o apoio de Natasha. A voz familiar da Stark mais velha foi ouvida dentro da sala.

Havia uma cortina branca que separava quem quer que seja na maca e eles.

Megan abriu a cortina revelando Nick Fury ligado a vários aparelhos.

— Eu já estava me perguntando, quando vocês apareceriam — disse Fury.

— Coluna vertebral lacerada... esterno fraturado... clavícula quebrada... fígado perfurado... e uma baita dor de cabeça — Megan descreveu a situação do chefe.

— Não esqueça do pulmão colapsado — disse o médico, que estava estancando o sangue de Natasha.

— Não esqueço, não. Tirando isso, estou bem. — Disse Nick.

— Eles te abriram, seu coração tinha parado. Você estava morto! — Romanoff se esforçava para não matar ele.

— Tetrodotoxina B. Diminui a pulsação a um batimento por minuto. Banner desenvolveu para o estresse. Não funcionou muito bem nele, mas achamos um uso para ela.

— Por que tanto segredo... por que não nos contou? — Questionou Alex. Apesar dessa pergunta ser para Fury, ela também se referiu a Megan.

— Tivemos que fingir a morte dele, alguém o queria morto. — Explicou Hill.

— Não se mata quem já morreu. Além disso... eu desconfiava de todos — disse Nick, com dificuldade, por ainda estar bastante ferido.

— Vocês são loucos! — Afirmou Alex. Rindo.

— A morte, ou suposta morte dele não estava nos planos — afirmou Megan.

Romanoff tirou a blusa a pedido do médico, o mesmo logo voltou com uma seringa e uma bandeja de inox com instrumentos para sutura.

— Me ajude Hill — ordenou Nick.

Hill foi até ele, e o ajudou a sair da cama ficando sentado em uma cadeira próximo aos demais. Hill saiu do local e logo voltou com uma pasta razoavelmente grande e deu para Nick que abriu e retirou uma foto tanto quanto antiga.

— Esse homem recusou o prêmio Nobel da paz. Ele disse que a paz não era uma conquista. Ela era uma responsabilidade.

Ele jogou a foto na mesa e arqueou o corpo para frente apoiando os braços no joelho.

— Sabe, são coisas como essa que me deixam muito cabreiro. — Continuou.

— Ele deu a ordem para matar nossa mãe, quando viu que ela não podia mais ser controlada por eles — contou Megan para Alex.

A mais nova precisou de alguns segundos para receber a informação.

Steve ficou reparando no quanto a morena estava mais séria e tensa. Não era para menos, o cenário em que se encontram é assustador.

—Temos que impedir o lançamento. —  disse Romanoff.

Olhou para Steve, que parecia pensar em alguma coisa.

Hill colocou uma maleta em cima da mesa.

— Acho que o conselho não vai mais atender minhas ligações. — Nick abriu a maleta mostrando três chips.

— O que é isso? — Perguntou Sam, receoso.

— Assim que os portas aviões estiverem a novecentos metros, eles vão triangular com os satélites do insight e suas armas estarão prontas. — Disse Hill.

— Temos que invadir os porta aviões e substituir os chips de aquisição pelos nossos.

— Um ou dois, não vai adiantar. Temos que colocar os três. Porque se um deles permanecer operacional, será um grande massacre. — Disse Hill.

— Temos que considerar que todos nos porta-aviões são da HYDRA. Temos que passar por eles, inserir nos servidores e talvez, só talvez, a gente consiga recuperar o que restou.

— Não vamos recuperar nada. Não vamos só destruir os porta-aviões. Vamos destruir a S.H.I.E.L.D. — Pela primeira vez, Steve abriu a boca para falar.

— Você ficou louco? — Nick se exaltou.

— Você me deu essa missão. É assim que ela termina. A S.H.I.E.L.D. foi comprometida. Você mesmo disse. A HYDRA cresceu bem debaixo do seu nariz e você não viu. — Disse olhando diretamente para Nick.

— Eu não sabia sobre o Barnes. — Confessou.

— Se soubesse, teria me contado, ou teria compartimentalizado isso? S.H.I.E.L.D., HYDRA... todas já eram.

— Ele está certo. — Disse Hill.

Nick olhou para Wilson.

— Não olhem para mim. Eu faço o que ele faz, só que mais devagar.  — Disse Sam.

Agora olhava para Megan que não havia exposto o que pensava.

— O que você acha sobre tudo isso? — Todos tinham a tenção voltada para a mulher.

— Eu não tenho nada a falar Nick, eu nem deveria estar aqui, só para começar.

— Ela está certa — comunicou Hill.

— Bom, parece que é você quem dá as ordens agora, Capitão. — Disse Nick, mesmo que isso doesse.


Notas Finais


** ATUALIZAÇÕES **
17/02 - Capítulo 15 (SEGUNDA)
21/02 - Capítulo 16 (SEXTA)
24/02 - Capítulo 17 (SEGUNDA)
28/02 - Capítulo 18 (SEXTA)
02/03 - Capítulo 19 (SEGUNDA)
06/03 - Capítulo 20 (SEXTA)

**TODOS OS CAPÍTULOS ANTERIORES FORAM ATUALIZADOS!


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