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História Secrets Segunda Temporada - Capítulo VII


Escrita por: sweetcabello

Notas do Autor


Olá, olá, olá :)


Saudades daqui... Eu postaria na sexta, mas minha prima chegou de viagem e eu tive que dar atenção à ela e acabei não escrevendo. Mas mesmo atrasada, estou postando. Agora só próxima semana :(
Sinto falta do comentário de vocês, de saber se estão gostando, do que preferem, do que esperam, do que estão achando da história... Para quem não sabe, meu twitter é @harmolylas97 é só seguir lá e podemos conversar sobre tudo, adoro ouvir a opinião de vocês além de discutir a história!



Boa leitura <3

Capítulo 7 - Capítulo VII


Camila POV

 

Escutei um grito vindo do meu filho e antes que eu pudesse olhar para a direção que ele vinha, David se jogou como uma bola de canhão na piscina, sendo seguido por um exército de crianças. Resultado? Água espirrando em todos os lados.

- David! – gritei. Meu filho emergiu com um enorme sorriso no rosto. Passou a mão nos cabelos, tirando-os da testa.

- Mama, a senhora viu meu ultra mergulho, triplo e mega fundo? – perguntou diretamente a Lauren ignorando completamente meu grito. Lauren conversava com Siope, olhou para nosso filho e levantou o polegar em afirmativo.

- Nota dez para o mergulho. – respondeu e depois voltou a conversar com o Siope. Rolei os olhos e voltei a prestar atenção no que Ally dizia.

-... não impõe limite algum e ela está cada dia mais impulsiva, manhosa e agora deu para ficar gritando quando algo não está do seu agrado. – explicou. – Agora eu sou a responsável por brigar, colocar de castigo e dizer não. – frisou a última palavra. – Ontem ela não quis fazer a tarefa porque colocou na cabeça que não queria o lápis, pois estava velho. Eu disse que ela ficaria sem televisão se continuasse com aquilo, Troy disse para que eu não me estressasse que quando voltasse faria a tarefa com ela, realmente fez, mas trouxe doze lápis novos de várias cores para ela escolher e ainda comprou o DVD do novo filme infantil da Disney, resultado? ela fez a tarefa, mas dormiu tarde porque os dois foram assistir ao filme. – rolou os olhos. – Às vezes acho que ele faz e propósito para ser o queridinho dela.

- Isso é complicado... Victória precisa de limites e você tem que aproveitar que ela ainda te obedece e baixa a cabeça para sua voz, quando isso não acontecer é um caminho sem volta. Eu, por exemplo, sei que sempre fui dura e rígida quanto à educação de David, mas boa parte da infância era apenas ele e eu... – olhei rapidamente para David, que contava algo no ouvido do Allassan. As crianças brincavam com a bola na piscina. – Então eu sempre tive que impor limites e regras, pois tinha medo de criar um filho mimado e desobediente, que gritasse comigo, que quando crescesse se envolvesse em caminhos tortuosos. – funguei. – Criar um filho hoje não é tarefa fácil, televisão escancara tudo como se tudo fosse banal, às drogas cada dia mais acessível, a violência aumentando a cada dia, além do medo constante por causa dos atentados que surgem em escolas e universidades, as doenças que aparecem querendo dizimar parte da população, além dos vícios em inúmeras coisas que arrasta os homens para o fim do poço... Victória é sua filha e mesmo que não goste ela precisa acatar suas ordens, e você, pequena, precisa impor limites e conversar com o Troy. Se tiverem decisões contrárias, ela sempre vai escolher o lado que mais a favorece... E tenha em mente que ela não pode ter tudo que deseja, pois nem sempre a vida será gentil para com ela. – Ally acenou em concordância.  

- Pequena! – Troy gritou. – Eu quero água! – abriu um enorme sorriso. Ally e eu estávamos sentadas nas espreguiçadeiras, Troy estava mais afastado, próximo à churrasqueira junto com Siope e Lauren que conversavam animadamente, aposto que falavam de futebol. Normani, Guilherme, Dinah com os gêmeos estavam próximo à piscina sentados no chão enquanto escutavam Allan tocar algumas músicas no violão sendo acompanhado pela minha irmã com o violão do David.

- Um minuto. – ela disse.

- Você vai pegar água para ele? – perguntei assustada.

- Sim. – disse como se fosse óbvio. – Se Lauren pedisse você não faria isso? – neguei com a cabeça.

- Ela que pegue a água dela. – resmunguei, Ally riu. Ouvimos a campainha tocar. – Veja e aprenda... – sussurrei. –Amor – chamei por Lauren. – a campainha está tocando. – disse.

- Finalmente alguém aprendeu a tocar. – abriu os braços em louvor. A campainha tocou novamente.

- Laur, a campainha está tocando. – Lauren finalmente entendeu o que eu queria.

- Camila você está mais próxima porque não vai atender. – resmungou.

Amor, a campainha está tocando! – repeti lentamente, Lauren bufou, mas levantou-se para abrir a porta. Olhei para Ally com um sorriso cínico, pisquei. – Troy que deve pegar água para você e não o contrário. - Ally conteve um sorriso.

- Siope. – ouvimos o grito da Dinah. – Trocar o Maru!

- Não tenho problema de pegar água. – Ally disse. – Se eu pedisse, sei que ele pegaria para mim. – dei de ombros. Olhei para Siope que carregava o filho para dentro de casa. Levantei para espreguiçar o corpo, sentindo-me cansada de estar na mesma posição por muito tempo. Senti um corpo se jogar no meu e agarrar minha cintura. Abri o sorriso ao ver Anne agarrando meu corpo fortemente.

- Tia Camila a senhora trouxe presentes para mim? – perguntou esperançosa. Seus olhos cor mel, quase dourados, brilhando em expectativa. Abracei seu corpo e beijei sua bochecha.

- Você acha que eu esqueceria minha sobrinha favorita? – fingi-me magoada, Anne negou rapidamente com a cabeça. – Ufa! – fingi respirar aliviada. – Já estava triste por achar isso de mim...

- Não acredito que já está pedindo presente! – Veronica resmungou. – Quantas vezes tenho que dizer que isso é feio? – brigou, Anne encolheu-se em meu corpo.

- Não me importo. – disse. – Então deixei à pequena!

- Eu tenho nove anos. – resmungou, chateada por eu tê-la chamado de pequena.

- Dá confiança... – debochou Vero, ela aproximou-se e beijou minha bochecha. – Obrigada pelo convite. – sorriu cínica, encolhi meus ombros. – Se não fosse Lauren me ligando nunca saberia dessa reuniãozinha aqui... – disse entre dentes com um falso sorriso no rosto. Veronica e Lucy conseguiram transferência para Nova York há um ano, não morava próximo de nós, na verdade elas moravam bem longe, mas sempre que podíamos, Lauren e eu estávamos na casa delas ou o contrário.

- Cadê Lucy? – olhei para os lados e não a vi.

- Hoje Mama está trabalhando. – Anne murmurou tristonha. Coloquei uma carinha triste ao saber.

- Anne – Vero chamou. – vá trocar de roupa para poder brincar com os meninos. – a menina assentiu e rapidamente se desvencilhou dos meus braços. – Eles estão crescendo tão rápido. – comentou distante, sacudiu a cabeça e olhou para minha barriga coberta por uma blusa regata branca. – E o bebê? – acariciei automaticamente minha barriga.

- Apenas esperando ansiosamente chegar a décima terceira semana para fazer a primeira ultrassom.

- Sete semanas?

- Oito. – corrigi, ela acenou em afirmativa. Abracei sua cintura. – Que beber algo? – ela negou com a cabeça.

- Se Lucy estivesse aqui sim, ela poderia voltar dirigindo...

- Qualquer coisa vocês podem dormir no quarto de hóspede. – ela negou com a cabeça com um sorriso terno. – Nem um suco ou água? – negou novamente. – Então vamos nos sentar junto daqueles adolescentes. – indiquei com a cabeça Allan e Sofia, que agora cantavam com Ally e Troy. Guilherme estava na piscina brincando com as crianças. Normani e Dinah conversavam animadamente enquanto Maui caminhava segurando na mão das duas. Siope estava colocando mais carne no fogo enquanto Lauren tinha Maru no colo, o pequeno estava tomando suco na mamadeira. Ouvi a campainha tocar e Lauren me olhou, um pedido mudo para que eu fosse atender, pois ela estava impossibilitada, acenei em concordância e saí em direção à porta, deixando Veronica com meus amigos.

- Camila? – o pai de Rachel disse assustado assim que me viu. – Achei que chegasse amanhã – abraçou meu corpo. – Lauren me disse isso. – comentou confuso.

- Resolvi fazer uma surpresa a minha família. – expliquei.

- Quem bom que está de volta. – beijou meu rosto. – E minha pequena deu muito trabalho? – neguei com a cabeça, ele arqueou a sobrancelha. – Agora pode falar sério. – exigiu, seu tom era brincalhão. Juntei o indicador e o polegar deixando um pequeno espaço entre eles para dizer que ela deu um pequeno trabalho. Ele riu. – E essa banda que surgiu repentinamente?

- David e Allassan inventam cada coisa. – neguei com a cabeça. – Lauren quase ficou doida quando viu tudo montado. – dei espaço para que ele entrasse. – Ela está na piscina com a criançada – comecei a caminhar e ele foi me acompanhando. – Se tem futuro não sei, mas que eles estão animados...

- Qual o nome?

- Aberrações. – torci o rosto, Cristian repetiu o gesto.

- Que nome horroroso. – comentou visivelmente assustado. Ri da sua cara de nojo. – Não tinha um nome melhorzinho? – neguei.

- Eles escolheram, eu resolvi não me meter, isso vai desviar a atenção de David para que esqueça o que aconteceu essa semana. – disse tristemente, Cristian baixou a cabeça entendendo onde eu queria chegar. – Como foi conversar com a pequena?

- Não foi nada fácil... Ela só queria gritar, dizer que se vingaria... – sua cara ficou logo triste. – Foram horas de choro e gritos até que ela resolveu se abrir com a gente... Fiquei horrorizado quando ouvi o que disseram da minha princesinha...

- Segunda eu vou à escola. – informei. – David querendo ou não tocar nesse assunto, eu não vou permitir que meu bebê sofra bullying!

- Pois estarei lá com você. Quero uma reunião urgentemente com o pai desse moleques. – concordei.

- Aceita uma cerveja? – ofereci assim que entramos na cozinha.

- Não quero demorar, Peter ficou fazendo o jantar. – explicou.

- Fique apenas meia hora. – pedi. – Rachel está se divertindo com outras crianças...

- Meu Deus! – exclamou. – Aqui virou uma creche? – perguntou quando vi a quantidade de crianças na piscina. – Princesa, papai chegou para te levar. – chamou a atenção da filha. Rachel olhou para os amigos, murmurou algo e começou a caminhar para a borda. – Pode ficar um pouco mais queria. – explicou. A garota sorriu com a notícia. – Apenas trinta minutos... Se não seu pai vai brigar conosco! – piscou. Rachel soprou beijos e voltou a brincar com os outros.

Conversava animadamente com Sofia quando percebi que Rachel estava sentada na borda da piscina e parecia triste. Seu pai conversava animadamente com Guilherme e Troy e estava de costa para ela, então ainda não tinha visto o estado da filha. Pedi licença a minha irmã e caminhei até a pequena.

- O que você tem? – sentei-me ao seu lado, colocando os pés dentro da piscina. David conversava com Anne enquanto Jack e Allassan brincavam com Vick.

- Nada. – Rachel recolheu os pés da piscina e abraçou os joelhos.

- Pode me contar meu anjo... Lembre-se que pode me contar tudo.

- David agora só quer saber de conversar com Anne. – murmurou zangada, sorri terna, Rachel estava com ciúmes. – Sempre que ela aparece, ele só olha para ela... – baixou o olhar. Toquei seus cabelos molhados suavemente.

- Porque Anne mora longe... Então ele sempre fica muito feliz quando vê a amiga – defendi-o. –, mas você é a melhor amiga dele! – os olhos da menina se iluminaram.

- A senhora acha?

- Mas é claro! David tem muitos amigos e guarda todos no coração, mas há um lugar especial para você, pois são melhores amigos! – Rachel sorriu largamente. – E eu espero muito que essa amizade dure para sempre e quem sabe vire algo mais. – ela olhou para mim e arqueou a sobrancelha. – Nada, meu amor. Estou apenas pensando alto... – apontei com a cabeça para meu filho. David chamava por ela.

- Rachel, nós temos que ir. – Cristian sentou-se do meu lado. – Despeça-se de seus amigos... – informou. – Minha pequena gosta do seu filho. – comentou baixo assim que a menina mergulhou e nadou para junto do meu filho.

- Eu sei... E eu gosto muito dela.

- Peter diz que eu sou neurótico, e isso é apenas uma irmandade, mas eu sinto que Rachel sente algo mais que amizade, ela é apenas uma criança e não sabe que esse sentimento é amor...

- Eu gosto de vê-los juntos.

- Mas David tem uma legião de mulheres aos seus pés! – ele olhou para Anne e depois para Victória. Contive um riso.

- Herdou esse charme da Lauren... – olhei para minha mulher que brincava com os gêmeos. – Ela tem uma legião de mulheres aos seus pés – bufei. – e nem percebe isso, ou talvez perceba e finja que não para não me deixar zangada. – expliquei minha teoria. – Mas meu filho é um meninão e ele não vê nenhum dessas meninas como algo a mais... – Cristian gargalhou.

- Não defenda seu pequeno com essa mentira tão deslavada. – brigou. – Talvez ele tenha a inocência de não saber o que é um namoro de verdade, mas ele tem total noção do charme que causa nas garotas. – encolhi os ombros sem jeito. – Herdou isso da mãe. – olhei para Lauren novamente. – E eu nem falo da Lauren. – piscou. Rolei os olhos. – Essa doçura que seduz as pessoas vem de uma morena com corpo escultural e que parece uma menina, mas... Só parece. De anjo não tem nada – piscou maliciosamente. Abri a boca sem saber o que dizer.

- Não acredito que a Lauren fala da nossa vida sexual para você! – disse alarmada quando Cristian olhou para Lauren e depois para mim como se lembrasse de algo.

- Somos amigos há anos... – constatou. – Não me faça essa cara de puritana que você também já me disse algumas coisas. – bufei. - Apenas conversamos algumas vezes, troca de experiências... – cobri o rosto com as mãos me sentindo envergonhada. O pai de Rachel jogou água na minha cara, eu soltei um gritinho assustada e ele riu. Ele olhou para David que estava conversando com Jack. - E se David souber usar o que herdou de cada uma das mães, ele terá o mundo aos pés, talvez eu não vá querê-lo como genro. – empurrei Cristian pelos ombros.

- Meu filho será um ótimo namorado e você estará perdendo um grande genro. – defendi-o.

- O que as meninas tanto fuxicam? – Lauren perguntou quando se aproximou. Ela se sentou atrás de mim, abriu as pernas e se encaixou em meu corpo, abraçando-o logo em seguida. Beijou meu rosto. Cristian e eu trocamos olhares cúmplices, pois ambos sabíamos do ciúme excessivo de Lauren sobre o David.

- Nada! – dissemos juntos.

 

[...]

 

A casa estava em completo silêncio, passava-se das nove da noite, Lauren estava no banho, aproveitei par ter uma conversa com David, desde que cheguei não tive um segundo de paz ao lado dele. Bati duas vezes na porta do seu quarto antes de entrar.

- Príncipe? – chamei-o assim que entrei e não o vi na cama.

- Ecovando us dentis. – disse com a boca cheia. Sentei-me em sua cama a sua espera. Encostei as costas na cabeceira e deixei minhas pernas estiradas. Alguns minutos depois David apareceu usando apenas uma cueca samba-canção do Batman. – Veio me contar uma história? – afirmei.

- Também conversar. – David encolheu os ombros. – Não vou brigar meu amor... – bati na cama. David sentou-se próximo a mim, encostando as costas na cabeceira, imitando minha posição. – Gostou do dia? – acariciei seus cabelos. Ele acenou em concordância e fechou os olhos com minhas caricias. – Como meu bebê está?

- Eu estou bem Mama... – sua voz saiu baixa, ele sabia o que eu perguntava. Dedilhei meu rosto até a pequena mancha avermelhada em sua boca, tocando a região com muito cuidado.

- Quer conversar sobre? – ele negou com a cabeça.

- Não gosto desse silêncio... – murmurei. – Eu sinto como se estivesse perdendo algo, eu... Eu só queria entender o que se passa na cabecinha do meu filho, o que você está sentindo.

- Eu estou bem... – olhou-me, mas seus olhos estavam distantes, sem o brilho que sempre tinham. – Eu sou forte...

- Eu sei que você é forte, mas lembre-se, você pode nos contar tudo, confie sempre em mim e na Lauren... Nós te amamos e estaremos sempre aqui para te ouvir. Eu não me importo de passar a madrugada conversando com você, te ouvindo... Eu apenas não quero que o diálogo em família morra. Muitos pais não se importam com o silêncio do filho, não buscam a comunicação e muitas vezes, esses filhos só querem que seus pais os ouçam ou notem sua presença. Pais e filhos dividem a mesma casa, mas os diálogos estão desaparecendo, por isso, muitas vezes dividem apenas o espaço físico, mas é como se vivessem em universos paralelos... Eu não permitirei que isso aconteça com nossa família, eu quero saber como foi seu dia, o que te preocupas, seus medos, suas histórias e aventuras. Não se esconda de mim, estou e sempre estarei aqui para você. – David deitou seu corpo em cima do meu, afundando sua cara em minha barriga. Acariciei suas costas. Ele não dizia nada, mas eu sabia que ele estava se controlando para na chorar. – Mama está aqui... Quando seu dia for ruim, lembre-se de que você pode sempre recomeçar no outro e eu estarei ao seu lado para te segurar e não permiti que tu caias...

- Eu tenho medo... – confessou, sua voz saiu baixa e embargada. Apertei seu corpo contra o meu.

- Eu estou aqui meu pequeno... – confortei-o enquanto ninava seu corpo. Permanecemos em silêncio por um tempo.

- Eu não entendo porque eles disseram coisas feias... Eu nunca fiz nada para eles... – David pausou, levantou a cabeça e prosseguiu: - Eu tenho medo de contar realmente o que aconteceu e eles... – fungou. – Eles se vingarem.

- Não vão. – disse firme. – Ninguém vai encostar um dedo em você, enquanto eu for viva não permitirei isso... – eu sabia que nem sempre poderia protegê-lo do mundo, mas daria meu melhor nem que para isso eu tivesse que carregar sua dor, mas não permitiria que meu filho sofresse porque o mundo é cruel. - E sempre que tiver medo me conte, conte a Lauren, mas, por favor, não fique com isso entalado. – ele sorriu e acenou em concordância, depois deitou a cabeça e minha barriga, apenas aproveitando do cafuné. – Eu te amo!

- Também te amo Mama.

 

[...]

 

- Ele demorou a dormir? – Lauren perguntou assim que entrei no quarto. Ela estava deitada na cama, usando óculos para ler um livro.

- Ele estava um pouco agitado. – murmurei.

- Algo errado? – ela fechou o livro e colocou na barriga. Neguei com a cabeça. – Tem certeza?

- Apenas um dia cheio... – massageei os ombros. – Preciso de um banho. Se você não tivesse tomado banho adoraria sua companhia. – coloquei um bico no rosto, sentindo-me necessitada de dengo.

- Eu não me importo de tomar banho de novo. – levantou-se da cama e veio ao meu encontro. Abracei seu corpo e afundei minha cara em seu pescoço aspirando seu cheiro profundamente. – Tem certeza que está tudo bem? – afagou meus cabelos.

- Apenas me beija. – pedi. – E prometa nunca me deixar... – Lauren segurou meu rosto delicadamente. Fechei os olhos sentindo suas caricias. – Eu te amo tanto... – murmurei. Inclinei a cabeça sentindo as carícias da Lauren em meu rosto. – Não imagino envelhecer longe de você... – meus devaneios foram interrompidos pelos lábios suaves de Lauren. Seus lábios moviam-se sem pressa, apenas saboreando os meus. Meu corpo estremeceu ao sentir a língua dela escorregar por minha boca ao encontro da minha. Desci minhas mãos buscando a barra da blusa dela. Lauren usava sempre uma blusa branca, que era grande e folgada, para dormir. Começamos a caminhar lentamente rumo ao banheiro. Encerramos o beijo assim que o ar foi nos faltando. Desci minha boca em direção ao pescoço dela. – Amor, eu sempre me sinto muito mais segura quando estou em seus braços! – Lauren gemeu em resposta. Sua mão direita perdeu-se em meus cabelos e a esquerda escorregou até minha bunda. – Somos um casal, somos mães e sei que nossa vida nem sempre será flores ou sorrisos, mas se você estiver sempre ao meu lado, é isso que realmente importa. – mordisquei o lóbulo de sua orelha.

- Estou começando a me preocupar... – comentou angustiada. Lauren se afastou apenas para me encarar, mergulhei em um mar verde e cristalino. – Eu estou aqui meu amor e quero poder roubar todos os seus sorrisos... Lembre-se de que por você eu corro todos os riscos que me forem impostos, perco todos os meus medos, bato em que for preciso, jogo-me na frente do desconhecido, supero todos os desafios... Por você e por David, eu me arrisco em tudo, apenas para ter como recompensa o sorriso de vocês. Tudo para nos fazer feliz! – encostei nossos lábios, dessa vez nosso beijo tinha pressa e fome, eu senti meu corpo ser prensado na parede, Lauren colou ainda mais nossos corpos, minhas mãos presas em sua cintura, puxando-a para mim como se buscasse nos unir.

- Mães?!? – A voz de David soou do lado de fora depois de duas batidas na porta. - Mama Lauren? Mama Camila? – chamou-nos. Lauren e eu nos afastamos lentamente, deixando nossa bolha de luxuria para ouvir nosso filho. – Posso entrar?

- Pode. – disse ofegante, meu corpo ainda rodeado pelos braços da Lauren.

David entrou timidamente.

- Eu queria... – começou a falar, mas parou assim que nos viu abraçadas, encostadas na porta do banheiro, meu corpo preso ao da Lauren. – As senhoras estavam se beijando?

- SIM!

- NÃO! – dissemos ao mesmo tempo. Lauren me olhou séria ao ouvir meu sim, eu apenas rolei os olhos. David sorriu bobo para nós. – Nós estávamos apenas conversando. – desdobrou, David inclinou a cabeça e cerrou os olhos exatamente como Lauren faz quando está curiosa, com dúvidas ou desconfiada.

- Passamos muito tempo longes uma da outra e estávamos nos beijando para matar a saudade. – contei a verdade. Girei meu corpo e fiquei de costa para Lauren, que prontamente me abraçou e contornou minha cintura com seus braços possessivos. – Mas o que você queria meu anjo? - ele descansou a cabeça em cima do meu ombro.

- Eu não queria dormir sozinho... – disse baixo. – Eu posso dormir aqui? – pediu esperançoso. – Eu posso contar uma história para o Batatinha dormir e Mama Lauren pode contar uma história para nós dormirmos.  

- Tudo bem meu príncipe. – disse, David sorriu, correu e se jogou na cama. – Sem gritaria vocês dois – apontei o dedo para Lauren e depois para David. -, eu vou apenas tomar um banho.

- Mama Lauren, nós podemos fazer guerra de travesseiro. – meu filho constatou. Pensei em protestar. - Mas em silêncio... - ele completou. Rolei os olhos. Lauren correu para pegar seu travesseiro.

- Está vendo princesa. – acariciei a minha barriga. Lauren e David pulavam na cama e corriam pelo quarto, cada um com um travesseiro. – Sua mãe e seu irmão são bem barulhentos quando querem. – olhei para os dois, Lauren fingia estar morrendo sufocada com os golpes de cócegas do filho. – Duas crianças. – constatei. - Será se terei energia para uma terceira? – continuava acariciando minha barriga. – Você está tão protegida aí dentro, mas por mais que o mundo seja sombrio e doloroso, aqui fora tem uma família te esperando de braços aberto... – senti um baque, algo foi jogado em meu corpo. Olhei para Lauren que tinha os olhos assustado, David estava abaixado no chão. Presumi que ela jogou o travesseiro nele, mas ele se abaixou bem a tempo. Peguei o travesseiro, o quarto estava em silêncio, neguei com a cabeça e sorri maliciosamente. – Movimento errado! – dei um passo em direção a eles. – Ninguém me acerta um travesseiro e sai impune... – corri em direção a eles.

É como dizem, a felicidade é a soma de pequenos momentos.


Notas Finais


E aí como está nossa pequena família?
Eu shippo David e Rachel, mas parece que ele tem mais shipper que a quantidade de filhos de todas as meninas juntas.
David ainda não falou da desqualificada, mas como será a reação de Camila ao saber?

Comentem, divulgue, me amem, me xinguem, digam o que estão achando para eu saber se estou no caminho certo...


Até próxima semana!


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