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História Secrets: Year Two - Capítulo 13


Escrita por: moony_dragon

Capítulo 13 - Capítulo 13


KAT

Katerina sente-se sendo colocada em uma cama. Ela não presta atenção em mais nada.

Poderia ser verdade o que Narcissa disse? Poderia Kat ser uma Malfoy?

– Kat? Você está bem? – Nico sussurrou.

A menina o ignora. Não podia negar que ela e Draco eram parecidos, e as datas dos acontecimentos eram suspeitamente iguais, mas Draco era mesmo seu irmão? 

– Kat? – Nico pergunta com urgência clara na voz.

– Dor – ela murmura. – Chocolate.

– Que feitiço ele usou? – Nico pergunta urgentemente, ignorando o seu pedido.

– Eu acho que ele disse “crucio”.

Os olhos do menino se arregalam, antes de murmurar. – Eu vou matá-lo.

Kat geme, rolando na cama.

– Vou buscar o Will – ele diz antes de desaparecer.

Poderia ser verdade?

 

WILL

– Ana, da última vez que chequei escrever poemas de amor para Lockhart, não era tema de casa –  Will suspira.

– É sim, ele pediu –  ela responde com uma expressão sonhadora no rosto.

–Okay, então não é um tema de casa que vale a pena fazer – diz a ela com nojo.

Antes que Ana pudesse replicar, Nico vem correndo na direção de Will e afasta-o dela.

– O que...-

– Em primeiro lugar, não me mate – Nico diz. – Em segundo lugar, precisamos de ajuda – afirma, puxando-o pelas escadas e entrando no dormitório masculino.

Deitada na cama de Will, Kat estava extremamente pálida e fraca com vestes que pareciam ser de Malfoy.

– O que está acontecendo? – Solace pergunta, pegando seu kit de primeiros socorros.

– Ela queria obter informações sobre a família Malfoy e a Câmara Secreta, então tomou a poção polissuco para se parecer com o Draco e eu a teletransportei até a mansão Malfoy – o filho de Hades admite, parecendo arrependido.

Will lança-lhe um olhar zangado. – O que aconteceu lá?

– Eu não sei. Ela disse que ele lançou a maldição cruciatus nela – ele explica.

Will encara ele, incrédulo. Tinha lido sobre os efeitos da maldição da tortura... mas lançá-la em uma criança…

Começou a retirar poções do seu kit de primeiro socorros, após cerca de uma hora de poções cura e de alimentar Kat com chocolate, ela finalmente se sente bem o suficiente para conversar.

– Não pode ser – ela murmura.

– O que não pode? – Nico pergunta, sentando ao seu lado.

Ela fica em silêncio novamente antes de contar o que aconteceu na mansão.

– Você é uma Malfoy – Will murmura.

Ela assente.

O menino a puxa para um abraço, com queixo de Kat sobre o seu ombro. – Sinto muito, Kat.

Surpreendentemente, Nico envolve seus braços em volta dos dois.

– Vocês não estão com raiva por eu ser filha de um Comensal da Morte? – ela choraminga.

– Não podemos escolher nossos pais – Nico sussurra para ela.

 

 

NICO

Durante o resto do feriado, Kat age como se nada tivesse acontecido. A única prova de que alguma coisa estava diferente era ver a menina, de vez em quando, queimando algumas cartas e gastando muito mais tempo ouvindo música com fones de ouvido.


 •••

O trio de lufanos encontra o trio de ouro e contam sobre o que descobriram acerca de Lucius Malfoy e as cartas contra Dumbledore.

– Como vocês descobriram tudo isso? – Harry pergunta.

– Longa história – Kat responde rapidamente.

– Temos tempo de sobra – Ron comenta, mas desiste quando recebe olhares de reprovação.

Quando as férias da Páscoa terminam, Kat está claramente nervosa por ter que ver Draco novamente.

 

KAT

Assim que Katerina chega à DCAT, Draco tenta a encurralar. 

– Ella…

A menina corre para fora da classe. Era uma aula inútil de qualquer maneira. Kat se esconde na sala comunal da Lufa-Lufa até o horário do almoço, quando sai para pegar comida com o elfos na cozinha. Não tinha condição de lidar com Draco agora.

Durante as aulas de poções, Kat ainda estava com um humor péssimo e acidentalmente explodiu seu próprio caldeirão... de novo.

– Dez pontos da Lufa-lufa por incompetência – Snape declara em tom de escárnio.

– Claramente ninguém nunca abraçou o Snape – murmura.

Os lábios dele se curvam em desgosto. – Detenção!

– Ótimo, Filch deve estar sentindo a minha falta, não tenho detenção há uma semana inteira.


•••
 

Após isso, Kat passa o resto da tarde fazendo lição de casa, uma visão que quase deu Susana um ataque cardíaco.

Depois de perder o jantar, Nico a traz um prato de batatas fritas e milho. – Você terá que enfrentá-lo eventualmente, você sabe disso.

– Será que eu tenho idade suficiente para abandonar a escola?

– Não. E eu e o Will não iríamos deixar você fazer isso.

A menina pragueja antes de voltar a ler um dos livro de Gilderoy Lockhart. Precisava dar uma boa risada.


•••

Depois de meia hora derretendo suas células cerebrais com a escrita de Lockhart, Kat larga seu livro e vai correndo até o corredor.

Nico estava certo, não poderia evitá-lo para sempre.

A garota chega às masmorras, sussurrando a senha, ainda a mesma do ano passado. Ao entrar, ignora os gritos de ultraje da Sonserina e se vira para Draco.

– Cinco minutos – diz a ele, antes de agarrá-lo e puxá-lo à força para o corredor. – O que você quer? – pergunta-lhe.

– Não fui eu quem invadiu a sala comunal de alguém – ele responde, com um pequeno sorriso nos lábios.

– Achei que tínhamos que terminar essa conversa de uma vez por todas – suspira.

– Como você sabe onde fica minha sala comunal? – ele pergunta.

– Os gêmeos – responde ironicamente.

– Nós ou os Weasleys?

Kat o encara, impaciente. – Sobre o que você quer conversar, cara de furão?

Ele sorri um pouco. – Bem, descobrimos que somos gêmeos, não quero particularmente falar sobre como está o clima.

– Hoje foi um dia lindo – a menina comenta com sarcasmo, lembrando da chuva horrível que teve hoje.

Ele revira os olhos. – Eu tinha esperança que pudéssemos começar novamente.

Kat olha para ele surpresa. – Você quer ser meu amigo?

– Eu estava pensando mais em ser seu irmão, mas amigo é um bom começo – ele diz desajeitadamente, claramente também não acostumado com a ideia.

Kat sempre quis um irmão. Sempre teve irmãos adotivos, é claro, e Alex era como uma irmã, mas que órfão nunca sonhou como sua família biológica poderia ser? 

– Tudo bem, mas não pode ser um novo começo apenas comigo. Você não poderá mais fazer piadas com nascidos trouxas ou usar aquela palavra horrível para se referir a eles.

– Mas...-

– Draco – ela fala num tom de advertência. – Eu entendo que você os odeia pelo que você acha que eles fizeram comigo, mas Will, Hermione e os outros não tentaram me matar, eles são inocentes.

Os lábios dele se curvam em descontentamento. – Eu não vou usar mais aquela palavra – ele resmunga. – Mas não espere que eu seja amigo deles ou que eu apoie os direitos dos trouxas ou o que quer que seja.

Kat revira olhos. – É um começo – ela estende a mão para cumprimentá-lo, o que ele faz meio sem jeito.

– Certo, Elladora – ele diz.

A menina o encara frustrada. – Por favor me chame de Kat. Ou Ella, eu posso aturar ser chamada de Ella.

Ele sorri para a irmã. – Você odiava ser chamada Elladora quando éramos pequenos também.

Era surreal ver Malf… Draco ser tão legal.

– Eu devo ir, antes que Nico pense que eu te matei.

Ele bufa. – E eu devo ir antes que os sonserinos tenham uma ideia semelhante.

A menina dá um aceno de despedida. Isso tudo era tão estranho.

Pegou seu telefone para tirar uma selfie sua em frente à sala comunal da Sonserina, quando avista um reflexo na câmera de grandes olhos amarelos.

 

NICO

O filho de Hades caminha até as masmorras procurando por Kat. Será que ela já matou o Draco? Levaria um tempo para descartar seu corpo…

Esses pensamentos somem quando ele vê familiares cabelos loiros platinados espalhados pelo chão do lado de fora da sala comunal da Sonserina.

Nico corre até o corpo de Katerina. Ela estava olhando para o dispositivo de metal (que Will dizia ser chamado “celular”). O menino sente sua energia vital ainda presente, chegando mais perto percebe que ela está petrificada.

 – SOCORRO! – grita. – ALGUÉM CHAME UM PROFESSOR!

Os sonserinos saem da sala comunal e congelam quando vêem Kat. Nico observa Draco olhando para ela com uma expressão de choque e tristeza.

Um dos monitores corre para buscar um professor, enquanto o outro começa a guiar os estudantes de volta à sala comunal, deixando apenas Nico e Malfoy no corredor.

– Ella… – ele soluça.

Snape e McGonagall aparecem no corredor junto ao monitor que foi buscá-los. – O que aconteceu? – ela pergunta, lançando a Draco um olhar desconfiado.

– Eu e o Malfoy fomos procurar Kat – o italiano explica. – E encontramos ela assim – Draco olha para Nico, surpreso.

– Voltem para suas salas comunais crianças, nós levaremos ela até a enfermaria – ela diz com uma voz exasperada.

Nico assente, olhando para o corpo de Kat uma última vez.

Eles precisavam terminar a poção da mandrágora em breve.

•••
 

Quando o garoto entra na sala comunal, vê Will esperando por ele.

– Ei, você encontrou Kat? – ele pergunta, tirando os olhos do livro quando percebe a expressão desolada de Nico. – O que aconteceu?

– Houve outro ataque – anuncia, ganhando a atenção de todos na sala. – Pegaram Kat – o menino soluça.

Will olha para o moreno horrorizado, antes de o puxar para um abraço.

•••

Nos próximos dias Nico e Will estão rodeados de pessoas tentando confortá-los e afirmando que Harry Potter era o herdeiro. O filho de Hades percebe que Malfoy andava extremamente chateado, sem nem mesmo caçoar de Lockhart e de outros alunos.

– Pobre Kat – Ernie Macmillan suspira. – Ela foi ingênua o bastante para acreditar nas mentiras de Potter.

Nico o chuta nas canelas. – Kat é a coisa mais distante de ingênua que existe, e Harry não fez nada disso. Pergunte a qualquer grifinório, ele estava na sala comunal fazendo a lição de casa quando aconteceu.

Ernie olha para Nico com pena. – Ele poderia ter planejado tudo antes.

Nico solta um suspiro desesperado antes de sair da biblioteca.

•••
 

Uma semana depois, a coruja Mojo aparece com uma carta vermelha entre suas garras.

Nico engole a seco. Era um berrador.

O menino compartilha um olhar aterrorizado com Will antes de abrir a carta. Ela flutua sobre os pratos antes de abrir a boca.

– ONDE DIABOS ESTÁ KAT? – a voz de Alex grita.

Ninguém notificou a família dela?

– Não recebi notícias da minha irmã por uma semana! QUERO RESPOSTAS!

O filho de Hades nota que Draco parece chateado com a ideia de Kat ser irmã de outra pessoa.    

– PRECISO QUE ALGUÉM ME ENVIE UMA RESPOSTA! E TALVEZ MAIS DESTES TIPOS DE CARTAS BERRADORAS PORQUE KAT SOMENTE ME FORNECE UM NÚMERO LIMITADO! Mas ainda tenho berradores o bastante para atormentá-los, irei cantar ópera da próxima vez se vocês não responderem!

Ela era definitivamente a irmã de Kat (bem, não por sangue).

A carta explode em chamas.

O salão explode em sussurros.

– Ninguém contou à família dela?

– Eu não vi a notícia no profeta diário 

– As famílias merecem saber!

Nico suspira e começa a escrever para Alex.

•••


          No dia seguinte era o jogo de quadribol da Grifinória contra a Lufa-lufa, todavia ninguém estava disposto a jogar (com talvez a exceção de Oliver Wood, que parecia estar sempre disposto a jogar quadribol). Os lufanos tiveram que encontrar um substituto de última hora para jogar no lugar de Kat, mas não era a mesma coisa.

Já no campo, McGonagall emerge, segurando um grande megafone. – O jogo foi cancelado! – ela anuncia, fazendo todos suspirarem.

– Mas professora! – Wood protesta. – Temos que jogar! A taça- ! A Grifinória- !

McGonagall lança-lhe um olhar repreendedor. – Todos os alunos devem voltar para as salas comunais de suas respectivas casas, onde seus monitores lhes darão mais informações.

O que aconteceu?

Nico percebe Harry indo na direção da professora McGonagall.
 

•••

Quando os lufanos voltam à sala comunal, Madame Sprout conta sobre o ataque duplo que ocorreu: uma monitora do quinto ano, Penélope Clearwater, e Hermione Granger.

Naquela noite, Will e Nico decidem visitar Hagrid, precisavam saber o que aconteceu em detalhes.

No caminho, quase esbarram em um homem com longos cabelos loiros platinados e um sorriso de escárnio permanente no rosto que o filho de Hades reconheceu dos jogos de quadribol.

Foi ele quem utilizou a maldição cruciatus na Kat, sua própria filha.

– Malfoy – Nico desdenha. – Finalmente decidiu visitar a Kat?

Ele parece confuso antes de compreender o significado dessas palavras. – Ela te contou?

– Sim – Will responde. – Nós somos os melhores amigos dela.

Lúcio encara eles, frustrado. – Duvido que Elladora esteja de bom humor para a minha presença agora.

Ele não sabe?

– Draco não contou a você? – Nico pergunta.

Ele parece confuso. – Contou o quê?

– Kat foi atacada na semana passada – responde, deixando-o pálido.

– Ela está...-

– Petrificada – completa. – A sensação não é muito boa quando é sua filha, não é? – Nico diz a ele, apreciando sua expressão de raiva. – Imagine como os outros pais se sentiram.

Ele fica vermelho. – Por que... você...!

– O quê? Você vai lançar a maldição Cruciatus em mim também? – pergunta inocentemente.

Will coloca a mão no braço de Nico, fazendo-o se acalmar.

– Nem se incomode com isso Nico – Will diz. – Ele será castigado em breve quando contar à esposa.

Se possível, Lúcio empalideceu ainda mais.

– Prazer em conhecê-lo, Sr. Malfoy – di Angelo diz sarcasticamente, começando a caminhar em direção à cabana de Hagrid.

– Eu não perderia meu tempo – Malfoy desdenha. – O tolo já foi enviado para Azkaban.

– O quê?! – exclamam juntos.

Ele dá um sorriso cruel. – Ele era suspeito desde a última vez que a Câmara abriu. O ministro não teve escolha.

Nico resiste ao desejo de socar aquele olhar presunçoso de seu rosto. – Você pode ficar com a cela dele quando descobrirem que foi você – sibila, fazendo-o o encarar furioso.

– Você não nem sabe do que está falando – Malfoy diz.

– Nico – Will sussurra ansioso.

O menino o ignora. – Sério? E como anda o projeto de se livrar do Ato de Proteção Trouxa no Ministério de Mágia?

Lúcio Malfoy os encara uma última vez, antes de ir embora.

•••

Os rumores de Harry estar por trás dos ataques desaparecem completamente quando todos descobrem o que aconteceu com a Hermione. Todo mundo sabe que eles eram praticamente irmãos.

Hogwarts não parecia mais a mesma sem Hagrid e Dumbledore.

•••

Uma tarde, quando Nico cansou de ouvir as alegações de Lockhart de que foi ele quem descobriu que Hagrid estava por trás das petrificações, ele saiu furioso da aula de DCAT, decidindo passar o resto da tarde na floresta proibida.

Quando chegou à área habitual dos testrálios, vê uma menina com cabelo loiro platinado comprido.

Por um segundo, pensou que fosse Kat.

A garota se vira e o menino percebe que não, não era Kat. Lembrou-se de uma garota da corvinal do primeiro ano que parecia ter sempre uma expressão de encanto no rosto, embora hoje pareça mais triste do que encantada.

– Oh, olá – ela cumprimenta. – Eu não sabia que mais alguém gostava de visitar os testrálios.

– Eles são criaturas bonitas – responde, pegando um bife cru da bolsa e jogando para um dos mais jovens.

– Prazer, Luna Lovegood – ela diz.

 O menino se lembrava dela agora. As outras crianças sempre a chamam de Loony Lovegood.

– Nico Di Angelo.

Ela assente. – Há Nargles na sua cabeça? Você sabia?

Nargles?

Nico olha por cima da sua cabeça, mas não vê nada. – Como faço para me livrar deles?

Ela parece surpresa com a pergunta. – Tampas de garrafa – ela responde pensativamente, mostrando o seu colar.

Nico não conseguia se ver vestindo algo assim. – O que os Nargles fazem?

– Eles causam travessuras e roubam coisas. Eu pensei fossem eles que estavam roubando minhas coisas, mas eram as meninas da minha casa. Elas acham que eu sou muito diferente. 

Parecia que ela podia ver através da névoa como Rachel, talvez até mais.

O filho de Hades fica com um semblante triste. – Julgamos aqueles que não conseguimos entender.

Ela lança-lhe um olhar pensativo antes de sorrir.

 

•••

 

Depois de alimentar Snuffles e Fofo (um dever que Filch se recusou a fazer se ele não pudesse alimentá-los com alunos.) Nico esbarra em Malfoy a caminho da sala comunal.

– Você viu o profeta? – Draco perguta assim que o viu.

– Eu gosto de manter as células do meu cérebro, então não – responde curiosamente.

– Aparentemente, alguém finalmente os informou dos ataques. Eles listaram todas as vítimas com fotos – ele diz.

– Ainda bem que eu contei o que aconteceu com Kat para seu pai então – Nico diz.

– Obrigado por isso – ele resmunga. – O pai não ficou muito feliz por eu não ter contado a ele.

– Por que você não?

Malfoy está quase sendo civilizado. Isso é perturbador.    

– Isso não é da conta de vocês… – ele começa, antes de suspirar. – Minha mãe já estava chateada o bastante sem saber da notícia.

Nico assente, compreendendo.

Depois de um momento, Draco faz a pergunta que ele claramente queria fazer o tempo todo. – Você viu ela?

O filho de Hades assente.

– Você pode me levar até lá? Eu quero ver Elladora – Draco diz.

Nico duvidava que algum dia se acostumasse com Draco se importando com Kat. – Eu não sei…

– Vi o que você fez na mansão. Faça isso novamente – ele exige.

Nico o encara. – Tudo bem, só porque ela é sua irmã e é Kat.

O moreno pega o braço de Draco e viaja pelas sombras até a enfermaria. Os dois param em frente ao leito de Kat, Malfoy parece um pouco atordoado com a viagem.

– Ela parece ridícula – Malfoy murmura.

Kat está esparramada na cama, o rosto congelado em uma expressão esquisita com o celular na mão.

– Will chama isso de selfie – Nico diz. – Não sei o que isso significa.    

– Eu nunca entendo o que ela fala – Draco suspira, sentando-se ao lado dela. – Talvez o tio Severus ou outro professor deva tentar Legilimência para saber o que ela viu – Draco sugere.

– Tio Severus? – Nico pergunta, erguendo uma sobrancelha.

Talvez ele tenha razão... o filho de Hades tinha algumas habilidades sobre a mente inconsciente... o Sono é irmão gêmeo da Morte afinal.

– Ele é nosso padrinho – Draco responde, estudando o celular de Kat. – Por que ela está segurando um pedaço de metal?

Nico sorri, pensando em todas as vezes que pregaram peças nele.

– É uma câmera e um dispositivo de comunicação e... bem, não tenho certeza – responde.

Draco parece confuso. – Como cabe tudo ali?

– Não faço ideia – Nico dá de ombros.

– Você não é um puro sangue? Como você sabe tudo isso? – Draco pergunta.

– Se você passasse tanto tempo com Kat quanto eu, você também saberia.

Malfoy o encara frustrado. – Ela é minha irmã. Você não acha que eu quero passar mais tempo com ela? 

De repente Nico se sente culpado. – Eu entendo, recentemente descobri que tenho uma irmã – Nico diz, ganhando uma expressão de surpresa de Draco. – Você sabe se a mente petrificada é semelhante à uma mente adormecida?

– Eu diria que sim – ele responde, parecendo confuso.

– Excelente – Nico diz a ele, antes de agarrar o ombro de Draco e colocar sua mão sobre a testa de Kat.

De repente, o ambiente muda para o que parece ser a sala comunal da Lufa-Lufa, com uma diferença: os garotos e Kat eram os únicos na sala.

– ONDE ESTÁ O MALDITO SINAL DE Wi-Fi! – Kat exclama, balançando o celular.

Kat parecia de volta ao seu antigo estado de espírito, até usando suas habituais botas de combate, jeans skinny pretos e uma camiseta com os dizeres: I must be dreaming because there’s no way someone could be as ugly as you are.

Draco fica boquiaberto. – Onde? Como? O quê?

– Legilimência – Nico sugere fracamente. – Estamos na mente dela.

– FINALMENTE! – Kat grita. – Estava ficando entediada, estou aqui sozinha já faz tempo – ela fala para o Nico, antes de notar Draco. – E cara de furão, é bom ver você também.

– Ella – ele diz com um sorriso.

– Kat, você foi petrificada – Nico afirma.

Os olhos de Kat se arregalam. – Não há tempo para bater papo então – ela suspira. – Como vocês estão aqui?

– Realmente, como estamos aqui? – Draco repete. – E não me dê essa desculpa idiota sobre o Legilimência, isso lhe dá a capacidade de ler mentes e ver memórias, não entrar na mente das pessoas.

– Ooohhh que chique. Nicky tem ainda mais poderes especiais? - Kat exclama.    

Nico apenas a encara.

– Posso perguntar sobre… – Draco começa antes de Nico o interrompê-lo 

– Não. Você tem sorte de eu ter te trazido junto.

Ele faz beicinho de uma maneira que realmente torna óbvio que ele é irmão de Kat.

– Então, o que está acontecendo no mundo exterior? – Kat pergunta, empurrando Nico e Draco para um sofá.

– Está tudo um inferno – Nico responde claramente.

– Oh, nosso pai visitou a escola? – ela pergunta em tom de zombaria, ganhando um olhar de indignação de Draco.

– Na verdade sim – ele diz. – Ele removeu aquele idiota de Hagrid e mandou mandá-lo para Azkaban. Dumbledore foi removido como diretor, um ataque duplo aconteceu e Lockhart se tornou ainda mais insuportável. 

– O QUÊ?! – ela exclama. – Realmente parece o inferno.

Os garotos assentiram em concordância. – O que você se lembra?

Ela faz uma pausa. – Eu estava tirando uma selfie do lado de fora da sala comunal da Sonserina...

Draco abre a boca para perguntar o que era isso, mas Nico dá uma cotovelada nas costelas dele.

– Então eu vi um par de grandes olhos amarelos no reflexo… – ela diz, pensativa. – Então eu vim para cá.

Um reflexo…

Nico assente. – Você se lembra de mais alguma coisa?

Draco suspira. Aparentemente, não se importando muito com os ataques.

– Eu lembro que fiz as pazes com o cara de furão aqui – ela diz, sorrindo para ele.

– Não temos muito mais tempo – o filho de Hades avisa. – Não consigo nos manter nesse estado por muito mais tempo.

Draco suspira. – Tudo bem, Madame Pomfrey provavelmente nos encontraria em breve.

Kat faz beicinho. – Tudo bem, mas é melhor vocês virem me visitar em breve.

– Improvável! – Nico exclama. – Isso drena minhas forças rápido, além disso você não vai se lembrar de nada quando acordar.

Ela faz um beicinho de novo. – Então me acorde em breve!

Nico resmunga, antes de pegar o braço de Malfoy novamente.

O ambiente muda de volta para a enfermaria.

Nico abre a cortina do leito para ver Hermione e corpos de outros alunos. – Hermione não foi encontrada com um espelho?

Draco encolhe os ombros. – Acho que sim, por quê?

O moreno olha para Justino. – Ele estava olhando através de Sir Nicolas… – murmura antes de se virar para Colin. – Ele tinha a câmera dele...

– Sobre o que você está divagando? – Malfoy resmunga.

– Todos viram uma versão distorcida dos olhos da besta. É como medusa, ver seus olhos mata... mas nenhum dessas vezes realmente matou alguém. Eles viram o reflexo dos olhos da besta – Nico divaga.

Nico lembrou-se do que Bianca disse sobre o cadáver da Murta Que Geme: ela parecia ter morrido de puro medo. A Murta viu a criatura.

– Ótimo, você descobriu como isso mata, agora vamos embora antes que Madame Pomfrey nos encontre. Dois puro-sangues inspecionando sangue rui… nascidos trouxas não parece uma imagem exatamente inocente – Draco afirma.

Kat estava começando a educá-lo. Ótimo.

Nico o pega pelo braço e a viaja pelas sombras até um corredor vazio. – Não conte a ninguém sobre isso Malfoy – Nico diz a ele, antes de desaparecer até seu dormitório e cair na cama.



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