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História Século XXII - Uma história de sobrevivência - Um inicio de tarde diferente I


Escrita por: AbraON

Capítulo 2 - Um inicio de tarde diferente I


ADRIANA LUIZA

Eu cheguei no acampamento desesperada. Desde quando estava com o macaquinho preguiçoso já tinha sentido algo errado. E não era pra menos. Um grande animal estava por lá. Bem mais ameaçador que os animais que costumamos espantar. E os dois coelhinhos indefesos estavam na mira do bicho, e isso com certeza é coisa demais pra eles. Bom, ao meu ver, finalmente teria alguma diversão depois de algum tempo.

Eu atirei uma das minhas machadinhas nele atraindo a atenção dele pra mim. Eu escapei da primeira investida e contra ataquei com um belo chute. Faz tempo que meu sangue não ferve assim com tanta tensão! Estou animada. 

Ainda estávamos encarando um ao outro. E com o canto do olho pude perceber que os dois porquinhos medrosos já estavam a uma certa distância. Isso me aliviou, já que não preciso me preocupar tanto com eles. Vou esperar uma nova investida  e contra atacar com tudo!

Os olhos do felino estavam alinhados com os meus. Os músculos estavam a ponto de explodir por causa da adrenalina. Ele veio! Em um salto muito veloz ele começou a se aproximar de mim. Vem cá seu monstrinho que agora eu te pego!

Eu escapei do primeiro golpe por milímetros. Do segundo e do terceiro mais facilmente pois já tinha pego o timing da fera. Para cada um deles acertei um golpe no dorso do animal. Esse parece mais durão que os demais, porque pelo visto nem cócegas ele sentiu.

Depois de brincar mais alguns momentos com o animal, eu acertei uma machadada embaixo da mandíbula. Mas o que? A pata estava vindo na minha direção. Eu consigo vê-la. Acho que dá pra desviar milimetricamente mais uma vez. caso eu consiga, irei desferir um lindíssimo golpe na cabeça do animal. Quero ver se ele vai conseguir levantar.

Mas espera... ela tá vindo rápido demais... ou será que eu que não consigo acompanhar? Acho que esse não vai dar pra desviar...

merda...

levei um cortezinho no braço. Nada demais.  Mas o pior estava por vir. Os dentes já estavam prontos pra me dilacerar. 

merda... merda... merda....

Minhas roupas e pele foram rasgadas. Por pouco que desvio, tenho que acertá-lo. e com muita força. 

AGORA!

Eu desferi um golpe frontal entre os olhos do animal. A machadinha já era. Foi quebrada com a força do impacto. Esse maldito finalmente vai dormir agora.

Por que está tudo rodando??? o que está acontecendo??? Por que o animal está de cabeça pra baixo??? Sangue??? meu???

Eu caí. Minha perna foi acertada pela pata do monstrinho. Eu rodopiei no ar e caí no chão. Eu comecei a me levantar, mas o animal pulou em cima de mim. Com as duas mãos eu estava empurrando a cabeça dele impedindo que ele me mordesse. Mas esse miserável é mais forte do que eu pensava

Não tenho tempo pra pensar, ele já está em cima de mim. A saliva e o bafo dele estão se aproximando do meu pescoço, meus braços e pernas não são fortes o suficiente para afastá-lo. Como eu vou sair dessa??

PENSA LUIZA PENSA LUIZA PENSA LUIZA

Uma sombra apareceu atrás do animal. Era Davi, e com um belo movimento ele acertou a fera com seu bastão. Aquilo foi o suficiente pra eu poder me levantar. Sem minhas armas e com um braço e uma perna feridos, o máximo que consigo é um chute. Firmei o pé de apoio, e num único movimento muito rápido eu acertei o maxilar do animal. Esse golpe foi lindo! Faz tempo que não me sinto tão empolgada. 

Senti uma fisgada na perna que usei para golpear o animal, ele parece ser mais resistente do que eu imaginava. MUITO BOM, posso bater nele a vontade. Mas acho que isso não será necessário.

 A fera se foi. 

 Os dois ainda estavam paralisados de medo.

O macaquinho tirado começou a falar algumas coisas na minha cabeça mas eu tava afim de ouvir ele não. mandei que fizessem um curativo em mim e que arrumassem as coisas para partirmos. Enquanto faziam isso continuaram falando coisas que eu não me importei muito. 

Eles começaram a falar muito alto de que eu estava mal, e outras abobrinhas do tipo.

Eu tive que gritar um "Vamos!" para mostrar que eu estava bem. Uns arranhãozinho de nada assim não vão me parar. Se dependesse dessas lesminhas, nós ficaríamos o dia inteiro aqui chorando e falando abobrinhas.  Os outros dois ursinhos carinhosos continuam se cagando de medo toda vez que eu falo em levantar acampamento, ainda mais aquele ratinho de merda.

Como sempre, fizemos a formação padrão que nos foi ensinada quando éramos mais jovens. Era uma fila, onde eu era a primeira porque tenho os sentidos mais aguçados e posso reagir bem a qualquer situação que necessite de força e velocidade, e justamente por isso consigo evitar todos os animais e demais perigos, ou correr em direção a eles dependendo da situação. Logo atrás de mim vem o Viadinho, porque ele se borra todinho se não estiver a pelo menos dois metros de distancia de mim enquanto andamos pela floresta, mas pelo menos ele costuma consertar as coisas enquanto caminhamos, hoje por exemplo ele está trabalhando na machadinha que eu quebrei. Atrás dele vem a coelhinha curiosa, ela fica caçando as coisas enquanto andamos, e por isso costuma atrasar a gente. É um pé no saco ter que desacelerar quando ela encontra alguma coisa. E por último na fila, vem o corujinha, que pelo visto é o menos inútil dos três (por isso confio nele a retaguarda), mas infelizmente ele continua sendo bastante inútil mesmo assim. É um saco ter que salvar ele das enrascadas, mas pelo menos ele vai treinar comigo de vez em quando. É bom ter um bicho diferente pra eu bater.

As feridas doíam um pouco. Mas nada demais. Dava para continuar a caminhada. Além disso, eu estava sentindo algo diferente... E isso me animou bastante! Esse dia parece que vai ser cheio de surpresas! Vamos ver o que mais nos aguarda.

 



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