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História Security - 31 - Deveria ser eu.


Escrita por: shadesofselena

Notas do Autor


REPOSTANDO!

Capítulo 32 - 31 - Deveria ser eu.


Fanfic / Fanfiction Security - 31 - Deveria ser eu.

That should be me, holding your hand
That should be me, making you laugh
That should be me, this is so sad
That should be me, that should be me
That should be me, feeling your kiss
That should be me, buying you gifts
This is so wrong, I can’t go on
Till you believe, that should be me

 

 

(Pov Selena)

 

 

 Enquanto eu andava apressadamente a caminho de volta a minha casa, ouvi uma voz já reconhecida por mim chamar pelo meu nome. Por minuto, decidi ignorar, mas a voz insistia. Não estava afim de falar com ninguém, então parei de andar e me virei para ver quem era a pessoa que me chamava com a expressão fechada.

E bom… Eu me surpreendi.

– Oi! - Sorriu fraco, e tinha um brilho leve no olhar. – Selena não, é?

– S-Sim… - Eu gaguejei, e depois tentei me recompor.

– Acho que não se lembra de mim… Eu estava na boate com Justin quando te conheci. - Ela tentou me lembrar, mas eu já me lembrava dela. Como eu poderia esquecer?

– Vanessa, certo? - Ela assentiu, e seu sorriso se aumentou.

– Você está indo pra algum lugar específico?

– Não. Só estou voltando pra casa.

– Ah, posso te acompanhar? Eu irei me encontrar com Justin numa cafeteria aqui por perto, e eu acho que sei onde você mora, então posso pegar o caminho.

– Ah… Claro. - Tentei sorrir para que a situação se tornasse normal, mas não me sentia muito confortável com isso. Ela agia de um jeito tão livre e natural, que era como se quisesse realmente ter algum tipo de amizade comigo.

 Mas por que iria querer?

 Afinal, eu era a ex de seu atual namorado. E que no momento, estava querendo mais que ela e seu relacionamento se fodessem, mas ela agia de outra forma… Como se realmente estivesse simpatizando-se comigo. O que de fato era estranho e novo pra mim.

 Começamos a andar, e não demorou para que ela se pronunciasse novamente:

– Então… Você mora aqui a quanto tempo?

– Em Manhattan? - Ela assentiu. – Desde que nasci. Nunca sai daqui e de Nova York, por mais que eu quisesse.

– Sério? Eu já morei em alguns lugares diversificados, é tudo muito lindo lá fora, mas eu sempre vou preferir Nova York.

– Em que lugares você já morou?

– Ah… Em Paris, em Londres, Las Vegas… - Eu a cortei na fala.

– Você está brincando comigo?! Como que Nova York pode ser comparado a um lugar desses? Londres deve ser incrível! - Olhei-a incrédula, e ela riu suavemente.

– Eu não analiso o lugar apenas por ele e sua própria natureza. Analiso pelas pessoas, e pela cultura também. E acredite, os ingleses são muito egocêntricos. - Fez uma careta, e depois voltou com seu sorriso. – Las Vegas é legal, mas as pessoas só querem saber de curtir e não levam nada a sério. Paris é linda, então acho que pode ficar empatada com Nova York.

– Quem dera eu fosse sair daqui e poder conhecer todos esses lugares… - Suspirei frustradamente, e ouvi-a rindo de novo.

– Eu trabalho com moda. Tenho uma linha de roupas. Posso ir a todos os lugares quando eu quiser, mas só essa é realmente a parte mais divertida. Talvez eu possa te levar algum dia comigo para uma de minhas viagens, se você quiser. - Senti meus olhos brilharam um pouco. Nunca me imaginei viajando pra longe, mas isso seria uma opção que eu não queria descartar.

– Bom, eu iria adorar! - E ela sorriu pra mim contente com minha resposta. Quando eu percebi, já estava em frente a minha casa. – Eu moro aqui. - Disse, parando de andar, e ela parou em minha frente.

– Ah, sim… - Desviou seu olhar do meu, e depois voltou a me olhar. Ela já não sorria mais, e seu olhar estava um pouco sério. – Eu não sei ao certo o que aconteceu, pois Justin me contou só o principal, mas eu sinto muito pelo seu pai Selena.

– Está tudo bem. - Sorri fraco, e ela fez o mesmo. – Ele está bem melhor agora.

– Isso é um alívio. Espero que fique tudo bem com vocês daqui pra frente. - Ela ia se virar para já ir embora, mas eu não resisti em fazer-lhe uma pergunta, que por pegá-la de surpresa a fez parar e voltar a me encarar:

– Por que está sendo tão legal comigo?

– Desculpe, eu não entendi?

– É que… Eu sou a ex de Justin, e agora você é a atual namorada… Não vejo muitos motivos pra você simpatizar comigo. Já não te disseram que eu sou uma vadia? - Brinquei, fazendo-a rir, e depois voltar a ficar um pouco séria.

– Ahnm, eu não sou assim. Não gosto de fazer inimizades, quando vejo que não é realmente necessário. Você parece ser uma boa pessoa… Aliás, se Justin gosta de você, com certeza você é alguém importante e que valha a pena conhecer. - Eu paralisei por alguns segundos.

– O que quer dizer com Justin gostar de mim?!

– Selena… - Ela tentou sorrir naturalmente, mas ao invés disso seu sorriso se tornou um pouco triste. – Posso não ser lá muito inteligente, mas reconheço quando alguém está apaixonado. Justin está. E eu posso te garantir que não é por mim. Eu vi o jeito que ele te olhou na boate, e como ele ficou preocupado com você depois que descobriu que você tinha ido embora… Ele mal se despediu de mim, e já foi correndo para você. Mas também não é só por isso… No começo de nosso namoro, eu via que apesar de estarmos juntos, ele sempre andava disperso, e com algo ou alguém ocupando todos os seus pensamentos. Ele estava machucado. E a única coisa que eu fiz, foi consolá-lo, e ajudá-lo a se recuperar… Acabamos ficando juntos, mas isso não significa que ele me ame, ou que é apaixonado por mim. No fundo, ele ainda te espera…

 Eu analisei. Frase por frase. Palavra por palavra. E era como se eu estivesse recebendo facadas em meu coração. Ela havia admito o que eu duvidava ser ainda verdade. E havia admito de um jeito tão natural… Porém, sabia que ela não se sentia totalmente confortável com essa situação.

– Você o ama? - Perguntei, pegando-a de surpresa. Ela sorriu fraco, e negou com a cabeça.

– Posso dizer que nunca conheci alguém como ele… Mas amor é algo muito forte, e no momento não é isso que eu sinto. Eu apenas gosto de ficar com ele, e gosto da sua presença. Ele é bom pra mim. Eu não o deixaria, e nem o trocaria por nada. - Também sorri fraco por ouvi-la. Ela podia não amá-lo, mas ainda sim era boa pra ele também. Eles deviam se combinar muito… E eu podia imaginar o quanto ela estava fazendo-o feliz.

– Obrigada por ter estado lá por ele, quando eu não pude.

– Está tudo bem. - Colocou uma mecha de seu próprio cabelo atrás da orelha, e agora sorriu mais segura. – Nos vemos depois?

– Claro. - Respondo sem hesitar. Ela me deu um beijo no rosto, e depois foi seguindo seu caminho, andando naturalmente e despreocupada.

 Sim, eu havia tirado conclusões precipitadas dessa mulher… Na verdade, é, ela era uma boa pessoa, e realmente merecia Justin. Eu havia o deixado, e ela não se aproveitou disso. Pelo contrário, ajudou-o a passar por isso, ajudou-o a cobrir o buraco que eu havia deixado em seu coração. Ela merecia meu total respeito e gratidão. Fiz algo ruim, e ela conseguiu consertar o meu erro. Era isso.

 Entrei em casa sem perder mais tempo, e me deparei com uma garotinha brigando com a sua mãe. Ri involuntariamente da cena de bagunça que se fazia na sala, enquanto chegava mais perto dela, e me sentava em um sofá em sua frente.

– O que está acontecendo aqui? - Perguntei despreocupada, e Demi me olhou como se pedisse ajuda. Julie bufou.

– Mamãe não quer me deixar comer chocolate antes do café. Eu disse pra ela que eu sou uma princesa como ela sempre diz, e princesas podem comer o que quiserem em qualquer hora, mas ela não entende isso, tia!

– É Demi, como você pode não entender isso? - Perguntei a minha amiga, e ela me fuzilou com o olhar. Segurei minha risada.

– Ela é a princesa, mas eu ainda sou a rainha daqui. E a rainha manda mais do que a princesa, então Juliana, vá tomar seu café da manhã e depois discutimos sobre o chocolate. - Não me aguentei e ri. Eram tantas ilusões… Como uma criança podia deixar-se levar tão fácil?

– Mas mamãe… - Demi cortou-a na fala.

– Eu disse para ir tomar o café agora, Juliana Gomez Lovato! - A menina fez um bico, e então se levantou do sofá num pulo, e andou marchando para a cozinha. Demi respirou fundo, e me olhou. – Se quer um conselho, não tenha filhos! Eles vão te fazer perder a cabeça alguma hora, acredite.

– Não fale assim da Julie, ela é um amor!

– Quando não vem com essas histórias de princesas, sim.

– Bom, foi você quem começou com tudo isso, agora aguente. - Me fuzilou de novo com o olhar, e eu me mantive calada dessa vez.

– Falando nisso… Você não tem algo para me contar não?

– Hmm… Acho que não. - Tentei me fazer de cínica, e ela me olhou de modo feio.

– Vamos, Selena! Você já está me enrolando a semanas, o que tem pra me contar que ainda não me disse?

– Sabe Demi… - Comecei a me levantar do sofá depressa. – Eu estou muito cansada sabe, preciso tomar um banho e esfriar minha cabeça. Depois disso eu volto aqui e venho conversar com você, ok?

– Se você ousar fugir dessa conversa de novo, eu juro que te mato Gomez! - Disse meio brava, mas depois suspirou profundamente. – Vá logo! Quanto antes tomar seu banho, mais rápido poderemos ter enfim essa conversa.

– Volto logo. - Ou talvez não.

 Caminhei para o meu quarto, pensando na possibilidade de talvez que quando eu saísse de lá não pudesse escapar dessa conversa com Demi, e me odiei por não ter ficado na rua e ter decidido voltar pra casa.

 Quando entrei no quarto, me surpreendi um pouco por ver Austin dormindo em minha cama. Olhei pro relógio e ainda eram 10hrs da manhã… Eu devia ter acordado muito cedo mesmo. Fui até ele, me deitei, e comecei a distribuir selinhos em seu lábios.

 Aos poucos ele foi abrindo os olhos, e sorriu quando me viu.

– Bom dia, dorminhoco. - Falei, fitando-o, também com um sorriso no rosto.

– Bom dia, meu amor… - Me analiso um pouco. – Hm, você está arrumada, pra onde foi?

– Fiquei com vontade de tomar um cappuccino, então fui comprar um.

– Trouxe um pra mim?

– Hm, não. - Ele fez um bico, e eu ri. – Mas eu posso voltar lá e te comprar um se você quiser.

– Não, tudo bem, prefiro te cansar com outras coisas… - Sorriu malicioso, e eu revirei os olhos voltando a rir.

– Será que você só pensa nisso?!

– Em que mais eu posso pensar? Antigamente, era só isso que você também pensava enquanto estava comigo…

– Ah Austin… Eu mudei! - Tentei usar isso como desculpa, e agora foi a vez dele de rir meio sem graça.

– Percebi que você mudou. Ficou mais bonita, mais gostosa, e com certeza seus gemidos ficaram mais excitantes. - Eu lhe dei um tapinha no ombro.

– EI! - Repreendi-o, sentindo um rubor crescer em minhas bochechas enquanto ele achava graça na situação.

– Ok, eu parei. Não quero que você me acha um pervertido…

– Como se você não fosse, né?! - Ri, e fui me levantando da cama. Ele se ajeitou na mesma, e continuou a me olhar.

– A onde vai?

– Tomar um banho. - Respondi, voltando a olhá-lo. Ele se levantou da cama.

– Ótimo. - Veio caminhando até mim, e ele vestia apenas uma box branca, o que me fez involuntariamente morder os lábios. Seu cabelo estava um pouco bagunçado dando a ele um ar mais sexy do que de costume, e eu tive que respirar fundo e levantar minha cabeça, para olhá-lo nos olhos – Eu irei junto.

– E por acaso eu te convidei? - Austin riu maroto, enquanto colocava suas mãos ao redor de minha cintura, me apertando contra si.

– Você me rejeitaria então?

– Bom… Eu não disse isso. Mas também não disse que autorizava sua entrada.

– Ah Marie… - Suspirou, e foi passando seus lábios pelos meus num movimento suave e lento. Isso me frustrava, e eu torcia para ele me beijar logo, mas ele apenas brincava comigo. – Você está sendo tão difícil… Mas tudo bem… - Se afastou de mim, e tirou seus braços de minha cintura. – Se quer tomar um banho sozinha, vá! Eu fico aqui e espero a minha vez. - Ele sorriu esperto. E por deus, como ele era esperto! Maldito garoto.

– A-ahnm… Então tá. - Respirei fundo, e ele se segurava para não rir de mim e de minha situação. – Então, tchau.

– Tchau. - Me respondeu sem perder tempo, e eu entrei dentro do banheiro.

 Nem tive tempo de fechar a porta, e já pude ouvir meu consciente dizer “Burra! Você é muito, muito burra!” . Bufei, e me virei novamente para ele que ainda me observava. Andei até o mesmo apressadamente, e enlacei meus braços ao redor de seu pescoço, beijando-o logo em seguida. Ele retribuiu o beijo, e voltou a me segurar firmemente pela cintura. Não demorou para que nosso beijo se tornasse ofegante, e então termos que nos separar em busca de ar.

– Você é um homem muito, muito mal! - Falei, vendo-o sorrir de lado e concordar.

– Of course I’m!

 

(…)

 

 Já havia me arrumado, e fui indo pra sala pra finalmente ter minha conversa com Demi, mas Julie acabou insistindo muito para que hoje ela e Demi saíssem, e por fim minha amiga cedeu. Agradeci mentalmente por isso. Austin também havia saído, e Taylor estava na casa de seus pais, então eu fiquei sozinha em minha própria casa.

 Estava fazendo um dia lindo lá fora, e eu pensei em sair também, então peguei uma bolsa qualquer e abri a porta para sair… Mas esbarrei com alguém na entrada de casa.

– Ashley? - Falei meio confusa por vê-la. Já fazia um bom tempo que eu não a encontrava…

– Oi, Selena. - Ela sorriu fraco. – Eu precisava conversar com você. Tem um minuto?

– Hmm… Claro. Entra. - Entrei novamente para dentro de casa, e ela me seguiu. Nos dirigimos até a sala, e eu me sentei no sofá. Ela se sentou ao meu lado, ficando de frente pra mim.

 Eu estava meio sem jeito por essa situação. Não podia mentir, eu sentia um pouco de raiva de Ashley por ter mentido pra mim, e me enganado. Mas se eu pude perdoar Justin, por que ela não?

– Selena… - Ela começou a dizer cortando nosso silêncio, e eu fitei-a esperando que ela continuasse. – Eu não estou aqui para pedir o seu perdão, ou vir conversar sobre as coisas que aconteceram no passado. Eu sinto muito pelo o que fiz, mas aquilo foi uma escolha minha, e eu não voltaria atrás. Em todo caso… - Suspirou. – Eu vim aqui para falar com você sobre essa sua ideia de se encontrar com Jeremy.

 Me calei por alguns segundos, e respirei fundo.

– Como você sabe disso?

– Ele é meu chefe. E no momento em que você o ligou hoje cedo, eu estava presente. Então acho que isso esclarece tudo…

– Ashley, eu sei que você deve pensar que essa é uma ideia insana e impossível, mas eu estou realmente disposta a arriscar. Eu preciso por um fim nisso tudo. - Ela sorriu de um jeito esperto.

– Selena, eu nunca disse que sua ideia era insana. Pelo contrário, eu vim te oferecer a minha ajuda para acabar com Jeremy.

– O que?! - Me surpreendi, e arregalei levemente os meus olhos.

– Isso mesmo que você ouviu. Infelizmente, preciso te deixar claro que você sozinha nunca vai conseguir acabar com a vida de alguém como ele. Mas você pode me usar como um bônus, e uma ajuda extra. Posso te dizer os dias que ele estará livre, ou sozinho em sua casa… Você pode armar seu próprio plano daí.

– Mas… Eu não entendo. Ele é seu tio. Por que razão você me ajudaria? - Ela suspirou profundamente, e a seguir disse suas palavras com mais segurança do que eu imaginei:

– Digamos que eu cansei de prestar serviços pra ele. Quando pedi sua ajuda, não sabia que isso me condenaria pelo resto de minha vida. E eu odeio me sentir dependente.

– Ashley… Sua ajuda seria ótima, mas eu ainda não sei… Não quero colocar a vida de alguém em perigo. - Ela sorriu achando um pouco de graça, e se levantou do sofá.

– Eu sei me cuidar, Selena. Vou deixar você pensar sobre o assunto… Quando tiver sua resposta, me ligue. - Me passou um cartão que continha informações sua. – Foi bom te ver novamente. Fico feliz de saber que você está bem. - Seu sorrio ainda era sincero. – Nos vemos logo. - E então sem mais dizer, ela saiu da minha casa.

 

(Pov Justin)

 

 

 Já estava de noite, e eu estava em meu closet me arrumando para a festa de aniversário que daria para Vanessa em minha casa.

– Ok, qual dos dois ficaria melhor em mim? - Minha namorada me perguntou, de pé, com dois vestidos em mãos. Um era roxo, meio longo e de manga longa, e o outro era de duas cores, curto e parecia ser agarrado ao corpo. Optei pelo segundo, óbvio, e ela riu. – Já imaginava que você fosse escolher esse. - Ela disse revirando os olhos.

– Bom… O que eu posso dizer? Você fica bem em vestidos desse tipo. - Dei de ombros, sorrindo meio malicioso.

– Se eu não te conhecesse, poderia até acreditar nisso. - Eu fui até ela, e lhe dei um selinho. Logo depois mudei de assunto:

– Está animada para a sua festa?

– Hmm, sim.

– Sua resposta não me convenceu. - Sorri fraco, e ela suspirou pesadamente.

– Só estou com um pouco de medo por ter que conhecer seus amigos… Será que eles vão gostar de mim?

– Claro que sim! Quem não gostaria de te conhecer? Você é maravilhosa, Srta.Hudgens! - Ela sorriu grande, e depois me deu um selinho.

– Hm… A sua amiga também vai vir?

– Que amiga?

– Selena. - Eu me calei por alguns segundos. Não havia contado da festa para ela.

– Bom… Selena não sabe da festa, mas Joe convidou Demi, e a Demi é amiga dela, então talvez ela venha…

– E por que você mesmo não a convidou?

– Porque a festa é sua, e eu não sabia se você iria querer convidá-la. - Falei um pouco sério, e ela riu.

– Esqueci de te contar… Mas eu falei com Selena hoje cedo.

– Sério?! - Não contaria a ela, mas saber disso havia me preocupado um pouco.

– Sim. Antes de eu me encontrar na cafeteria com você, eu vim caminhando e conversando com ela. Selena é uma garota muito legal, eu gostei de ter a conhecido.

– Hmm, isso é bom! Eu posso saber sobre o que vocês conversaram? - Ela fez uma rápida careta, e negou.

– Isso é coisa de mulher. - Riu um pouco. – Mas talvez, se você for bonzinho em minha festa eu te conte, ok? - Piscou pra mim, e então saiu andando me deixando um tanto quanto curioso em relação a isso tudo.

 

(Pov Selena)

 

 

– SELENA! SELENA, ACORDA! - Senti alguém me chacoalhar, e abri meus olhos devagar. Vi Demi de pé, ao lado da minha cama, com uma cara um pouco brava. – Ótimo, agora se levante!

– O que foi, Demi? O que você quer?

– Quero que se levante! - Ela continuava com aquela expressão, eu bufei, e então me levantei da cama ficando em sua frente. Ela sorriu de lado. – Agora pegue isso, e vista. - Ela tirou de trás de si um vestido, e me entregou.

– Posso saber pra que eu irei me vestir?

– Claro. Você irá comigo na festa que terá na casa do seu ex-namoradinho que tem um penteado de bicha.

– Uma festa na casa do Justin? - Assentiu. – Demi, por que iríamos nessa festa?

– Ele esta dando uma festa de aniversário pra nova namorada… Bom, Joe me convidou e disse que precisava falar comigo. Se eu recusasse o convite, ele viria até aqui para me buscar. A força. - Vi ela tremer ao dizer a última frase, e depois ela continuou. – E como você ainda não me contou, seja lá o que você tem a me falar, é bom ir nessa festa comigo e me contar, antes que Joe me conte.

– Eu realmente não acho uma boa ideia eu ir nessa festa…

– Tá, mas eu não perguntei o que você achava. Você vai e pronto. - Engoli em seco, decidida a não contrariar Demi, que me parecia bem nervosa e ela continuou: – Anda, vai tomar um banho, se vestir, e arrumar esse seu cabelo porque desse jeito ele tá horrível! - Obrigada pela parte em que me toca, de verdade.

 Respirei fundo, e fui para o banheiro. Nem demorei muito por lá, e me vesti. Pranchei meu cabelo, e deixei um pouco enrolado nas pontas, Demi já estava me apressando, e então eu sai logo de casa com ela. Entramos em seu carro, e ela deu a partida.

– Ainda não acredito que você tenha me obrigado a ir nessa festa. - Falei, um pouco irritada, e a mulher ao meu lado sorriu de modo sarcástico.

– Achou que eu iria deixar você fugir de novo?! - Decidi não responder, e mantive minha boca fechada o resto do caminho.

 Quando chegamos a festa, eu me surpreendi por toda a decoração bem feita. Estava tudo bem animado, Skrillex tocava, e muitas pessoas estavam dançando, enquanto outras conversavam em rodinhas. Algumas bexigas e fitas da cor preta e rosa estavam espalhadas pelo alto dos cantos, e garçons passavam toda hora oferecendo uma bebida ou um aperitivo. Justin devia ter gastado um bom dinheiro, pra ela… Só pra ela.

 Espantei esses pensamentos, e peguei uma taça de vinho branco que um garçom me ofereceu. Demi fez o mesmo, parando de olhar surpresa para a decoração, e pousando seus olhos nos meus.

– Droga! Será que alguém vai perceber que nós viemos sem um presente?

– Isso é problema seu. Que eu saiba, você foi convidada, não eu. - Falei, ainda brava por ela ter me obrigado a vir, e ela revirou os olhos.

– Para de birra! Ao menos aqui tem um bom vinho, e coisas pra comer. O quão ruim essa festa pode estar sendo pra você? - Eu ia responder, mas então ouvi alguns aplausos e assobios. Uma roda se fazia um pouco a nossa frente, e depois de alguns segundos, quando eu finalmente consegui ver o que se passava, avistei Vanessa entrando, toda sorridente, com Justin ao seu lado. Vanessa estava linda! Usava um vestido de duas cores que realmente realçava seu corpo e suas curvas, e seu cabelo estava posto de um lado só, com leves cachos nas pontas. Justin vestia uma calça jeans escura, e uma blusa de manga curta preta que deixava a mostra todas as suas tatuagens que ele tinha em um de seus braços. Ele estava muito, muito sexy. E involuntariamente, eu bufei nervosa por não ser eu a sua garota.

– Bom, acho que isso te responde.

 Depois disso Demi continuou me fazendo perguntas chatas, enquanto eu as respondia na maior má vontade, e bebericava de mais três ou quatro copos de vinho. Gemi de dor, quando senti ela beliscar meu braço.

– Que foi?!

– Joe está vindo! Merda! Não me deixe sozinha com ele, por favor. - Dei de ombros, e quando o mesmo chegou vi Demi estremecer.

– Olá meninas. - Ele disse, sorrindo de lado, e eu assenti.

– Oi Jonas. - Minha amiga nem o respondeu. – Bom, eu tenho que ir ao banheiro. Se vocês me dão licença… - Demi quase arrancou minha pele, me puxando para continuar ali, mas eu a mandei um olhar fuzilante, e ela me soltou pelo medo.

 Queria ir embora. Queria muito mesmo. Mas não sabia o caminho de volta pra minha casa, então teria que esperar a donzela da Lovato se resolver. Fiquei de pé em um canto mais vazio daquele pátio, olhando todos ao meu redor. Meu olhar parou em Ashley. Ela estava aqui… E estava conversando com Justin. Pela expressão do Bieber, ele parecia nervoso com algo. E em seguida, como se fosse mágica, ele virou o rosto e seu olhar se encontrou com o meu. Senti um arrepio percorrer meu corpo, e algo me alertou de que o motivo de seu nervosismo fosse comigo. Ashley devia ter aberto a boca, e contado tudo a ele! Merda!

 Queria escapar! O mais rápido possível, para qualquer lugar que fosse! Então sem pensar duas vezes eu andei apressadamente por aquela casa, saindo do pátio onde estava acontecendo a festa, e indo para a sala. Estava meio vazio, mas ainda assim tinham algumas pessoas, então eu continuei andando… Subi as escadas indo pro andar de cima, e entrei em um quarto de hóspedes qualquer.

 Eu mal tive tempo de soltar um suspiro de alívio, que ouvi a porta se abrir novamente, e então o homem que eu estava fugindo, estava agora em minha frente. Ele fechou e trancou a porta atrás de si, e eu senti medo. Engoli em seco enquanto ele se aproximava de mim, com a expressão fechada.

– Será que você pode me explicar o motivo de Ashley estar me “convidando” para participar de uma vingança insana conta o meu pai, que você e ela estão armando?

– E-Eu não sei de nada sobre isso. - Droga! Por que gaguejar logo agora?

– Não? Tem certeza, Selena? - Ele voltou a se aproximar, e eu me afastava nesses mesmos segundos. Quando já estava contra uma escrivaninha que estava atrás de mim impedindo meus passos, ele parou em minha frente. – Pois eu acho que você está mentindo.

– Justin…

– Não tem porra nenhuma de Justin! Caralho Selena, você realmente não quer enxergar onde você está se metendo? Abra seus olhos! Você vai morrer! - Ele estava exaltado, e praticamente gritando comigo. Me senti ofendida por todos me acharem impotente, e também me exaltei.

– Vou morrer? Por que você não abre seus olhos, e vê que eu posso realmente fazer isso?! Eu não sou uma garotinha indefesa, eu posso muito bem me cuidar sozinha!

– Ah claro, eu vi o jeito que você sabe cuidar de si mesma quando tentou se suicidar. - Agora ele havia sido sarcástico, e essas suas palavras haviam me machucado profundamente. Eu engoli o choro, e segurei as lágrimas que queriam cair de meus olhos. Não daria esse gostinho a ele… Justin percebeu o que havia dito, e sua expressão se suavizou. – Me desculpe… Não foi isso que eu quis dizer.

– Na verdade, foi exatamente isso. - Agradeci mentalmente por minha voz estar firme, e continuei: – Eu vou ser sempre a garota suicida, que é fraca, e precisa da porra de um segurança pra defendê-la! Todo mundo já me vê assim, só que a última coisa que eu preciso é de você jogando isso na minha cara!

– Alguém tem que se preocupar com a sua vida!

– E por que esse alguém teria que ser logo você?!

– Porque eu ainda te amo! - Ele respirou fundo, e eu paralisei. – Essa é a verdade, ok? Eu ainda te amo, Selena. E essa é a merda do motivo de eu ainda me preocupar com você.

 Era mais do que eu podia imaginar… Eu queria tanto assim ouvir ele me dizer novamente essas palavras? Queria, certo? Pois só esse podia ser o motivo mais plausível de eu estar beijando-o agora. Eu queria senti-lo, tocá-lo, beijá-lo… Para todo o sempre. Eu queria que Justin fosse novamente meu.

 Minha mão se moveu por vontade própria e foi parar em sua nuca, quando eu o senti me levantar, e me colocar sentada na escrivaninha atrás de mim. Minhas pernas se enlaçaram ao redor de seu quadril, e uma de suas mãos foram para minha cintura puxando-me mais pra ele, enquanto sua outra alisava minha coxa, já por baixo do pano de meu vestido. O nosso beijo já estava ofegante, mas nem por isso nos afastamos. Eu arranhei levemente seu abdômen por debaixo de sua camiseta, e ele arfou baixinho. Cortei o beijo quando estava realmente difícil de se respirar, e comecei a beijar seu pescoço, e a chupar o mesmo. Justin soltava alguns gemidos roucos em meio ao meu ato, o que de certo modo já me excitava, e eu subi minha mão que estava em seu abdômen, logo depois tirando sua camisa. Cheguei ao pé de seu ouvido, e sussurrei:

– Eu quero você. Agora!

 Justin não perdeu tempo, e me pegou no colo. Meus saltos saíram de meus pés. Em seguida, me colocou em cima da cama que havia ali, e ficou por cima de mim, controlando seu peso com o braço estendido, cada um ao meu lado.

– Antes de tudo… Eu preciso te perguntar uma coisa. - Sua voz estava rouca e baixa. Assim como a minha, a segundos atrás. Eu já imaginava o que ele iria me perguntar, então sorri de canto, e respondi-o sem o deixar fazer a pergunta.

– Eu também te amo. - Vi um sorriso crescer nos lábios de Justin, e continuei: – Nunca deixei de te amar. E saiba que o Austin nunca irá te substituir. Você é o único pra mim.

 Não foi preciso dizer mais nada. Justin me beijou, e dessa vez como ambos já sabíamos dos sentimentos do outro, isso tornava todo o momento mais fácil. Ele puxou a alça de meu vestido, e o arrastou pra baixo até o mesmo estar fora de meu corpo. Logo depois, senti-o abrindo meu sutiã, e o atirando pra longe. Suas mãos foram de encontro aos meus seios enquanto ele me beijava, e me fazia arfar e gemer abafado entre o mesmo. Eu sentia toda a sua excitação bater em minha coxa, e isso já estava me incomodando, então cortei o nosso beijo, e abri os primeiros botões de sua calça. Ele tirou a mesma do seu corpo, juntamente com sua box, e seus sapatos, e sorriu maliciosamente pra mim, o que me fez rir envergonhada, e voltar a beijá-lo mais uma vez.

 Enquanto uma de suas mãos brincava com um de meus seios, deixando-me louca, a outra foi parar em minha intimidade, sem aviso, e mesmo por cima do pano de minha calcinha, ele alisou-a, em um movimento de vai e vem que me fazia gemer alto, pedindo por mais. E foi exatamente o que ele me deu, fazendo-me então, chegar ao meu ápice, e deixando-me leve. Mas eu ainda precisava dele… E foi por isso que eu mesma tomei a iniciativa de tirar a única peça de roupa que me deixava em desvantagem, e o segurei pela nuca, beijando-o ofegantemente mais uma vez. Ele retribuiu como o esperado, e em seguida senti-o me penetrar. Minhas mãos foram parar em suas costas, e eu arranhei-o involuntariamente. Eu havia esquecido como era a sensação de tê-lo por completo em mim… E devo admitir que era ótima. Justin era melhor que qualquer outro homem. Sempre seria.

 O gemidos eram um tanto altos, mas duvido muito que alguém do andar de baixo fosse nos ouvir. Após mais algumas estocadas, chegamos juntos ao ápice, e ele se deitou ao meu lado. Justin passou o lençol sobre nossos corpos, e me abraçou por trás. Quando nossas respirações se normalizaram, senti ele começar a distribuir beijos por meu pescoço, e ri baixinho por isso. Me virei para ficar de frente pra ele, e nossos olhares se encontraram. Nós sorriamos como dois adolescentes idiotas e apaixonados, e eu ri de novo.

– Eu acho que você fica ainda mais bonita depois do sexo.

– Acha, é? - Perguntei, ainda sorrindo e ele assentiu. – Bom, eu acho que você fica muito mais sexy também. - Passei uma de minhas mãos por seu cabelo, bagunçando-o um pouco, e Justin fez uma careta por isso.

 O seu perfume exalava no quarto, e eu percebi o quanto eu sentia falta daquele seu cheiro. De estar tão próxima a ele, de sentir o seu abraço, de saber que eu era o motivo de seu sorriso… Eu sentia falta disso tudo. Mais do que eu poderia imaginar.

– O que acontecerá agora? - Perguntei, quebrando os poucos segundos de silêncio que havia ficado ali. O sorriso dele desapareceu um pouco.

– Eu não sei… - Fez uma pausa. – Mas… Eu não posso deixar a Vanessa. - Já senti um incomodo e uma dor se fazer em mim por ouvir isso, então ia me virar e dar as costas para Justin, mas ele me apertou mais ainda contra seu corpo. – Não fique com raiva de mim Sel, por favor… Eu só não quero magoar ela.

– E ao invés de magoar ela você prefere me magoar? - Olhei em seus olhos novamente, e ele negou com a cabeça.

– Não é isso. É que… Me dê um tempo, e eu verei o que posso fazer. As coisas não são tão simples assim. - Agora fora ele quem levou sua mão para meu cabelo, e mexeu no mesmo. – Mas você também tem que fazer sua parte.

– Eu farei… - Disse meio baixinho, por pensar na possibilidade de terminar com Austin. Ele iria sofrer. E eu não queria isso. Respirei fundo, e parei de pensar nesse assunto. – Vanessa parece mesmo ser boa pra você… - Ele sorriu de um modo sonhador e afirmativo, que me fez ficar com um nó na garganta.

– E ela é.

– Você está apaixonado por ela? - Eu mal pude impedir que as palavras saíssem. Minha boca tinha vida própria.

– Não. - Sua resposta foi um alivio pra mim. E então ele continuou: – Você é a única que eu amo. E sempre será. - Eu sorri de lado por estar ciente de que era correspondida de verdade, e que não precisava me preocupar com Vanessa.

– Você promete que eu sempre serei a única?

– Sim. Eu prometo.


Notas Finais




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