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História SeduzenT - A floresta Jactai!


Escrita por: Hueitir10-NEW

Notas do Autor


Mais uma vez, não desistam do capítulo antes de termina-lo, por favor <4!

Capítulo 2 - A floresta Jactai!


Fanfic / Fanfiction SeduzenT - A floresta Jactai!

Após uma longa aula introduzida sobre as devidas leis iniciais, um sinal sonoro começa a soar, dando fim à aula.

Ponho a me levantar e a guardar meus pertences não utilizados. Olho de relance para o lado e vejo meus “colegas de sala” saírem, enquanto alguns cochicham e dão uma risadinha – claramente por causa do professor Robert, que foi o primeiro a sair da sala.

Sou um dos últimos a passar a porta e deixar a sala. E avisto a quantidade exorbitante de pessoas “calmas” que passam em minha frente, pelo corredor.

O meu celular treme em meu bolso, fazendo-me rapidamente pega-lo. O nome imposto no centro da tela “Adam-PRIMO” – desse mesmo modo. -. Aceito a chamada, mas não ponho o celular em meu ouvido. O lugar está muito barulhento para poder falar por ele, preciso de um local calmo.

Olho para o corredor largo e vejo ao longe um sinal feminino e masculino, denominando um dos banheiros da faculdade. Provavelmente lá está silencioso. Passo na frente de alguns alunos, quase esbarrando em alguns deles.

Levo minhas mãos para a maçaneta da porta azul com o símbolo masculino destacado acima dela, abro-a.

O banheiro – grande – está completamente vazio em relação a pessoas. Há tantas portas para tantas privadas, não há ninguém em nenhuma delas. Levo o celular ao meu ouvido.

“Desculpa, estava muito barulhento.” – digo. – “Tive que entrar no banheiro para poder falar com você.”.

“Ah... Já acabou a aula aí na faculdade?” – Indagam Adam.

“Sim.” – afirmo, indo em direção ao estreio espelho posicionado no centro da parede.

“Posso ir te buscar?” – Pergunta meu primo, e é quando um susto me vem ao ver a porta do banheiro sendo aberta.

Viro o rosto para o lado oposto, para não ver quem quer que seja entrando – manias de timidez -. Ponho meus olhos para o chão.

“Miles?” – Adam chama meu nome, e volto meu foco para o celular.

“Ah, sim. Pode sim.” – respondo-o. – “Tenho que te contar da viagem que terá amanhã”.

“Viagem?” – pergunta confusamente.

“Coisa da faculdade, provavelmente não vou.” – murmuro. – “Estarei te esperando na frente da faculdade.”. – A chamada se encerra.

Guardo o celular no bolso, ergo a cabeça, e quando olho para o lado, vejo o professor Robert lavando suas úmidas mãos em uma das torneiras do banheiro. Então foi que ele entrou agora. Estamos a sós.

“Se eu fosse você, eu iria.” – sua voz séria vem à tona, surpreendendo-me. – “Já vi a floresta por imagens, é bem bonita. E... Vai ser de graça.” – sorri, virando o rosto para mim.

“Interessante.” – digo – “O que houve com o banheiro dos professores?”.

“Está um pouco lotado.” – responde-me, enquanto seus olhos voltam a encarar a pia em sua frente. – “Eu sei que é chato viajar, e logo mais sem preparo algum, mas tenta fazer um esforço.”. – Ele move sua mão para um botão eletrônico grudado na parede, que ao apertar, sai um papel lúcido e higiênico de um pequeno tubo. – “Acredite, só nesses dez minutos, eu já tentei convencer mais de quatro alunos para irem nessa viagem, contando com você.”.

Eu até perguntaria o porquê, mas já sei bem a sua resposta: quanto mais alunos, mais aprendizado. – sendo que eu não faço a mínima ideia do que poderemos aprender em uma floresta.

Não falo nada. Apenas fico em silêncio – este acaba sendo meu modo de viver em sociedade. -. Os olhos do professor fitam os seus dedos que se limpam com o higiênico papel. E aproveito o momento para sair calmamente do banheiro.

O corredor está menos movimentado e com pequenos murmúrios. E só agora percebo que meu coração está muito acelerado. Por que meu coração ficou assim de uma hora para outra? Só porque falei com esse professor? Estranho.

Alguma coisa me incomoda nesse professor. Não pelo fato dele parecer um galã de novela, mas sim pelo seu jeito tão estranho – ou suspeito, por assim dizer -. Mas convenhamos, é apenas um professor atrás de alunos para uma excursão do diretor.

Ao passar pelo corredor principal e sair do prédio da faculdade, me deparo com uma placa enorme estampada bem no meio do campus, ao qual acabaram de colocar – está colada em um poste -, anunciando a pequena excursão da floresta. E então me lembro das palavras do professor Robert.

“Miles.” – reconheço bem a voz da pessoa que grita meu nome, é o Adam, e o vejo ao longe acenando. Sigo em sua direção.

“Veio de carro?” – indago ao chegar próximo a ele.

“Sim, vamos.”.

Atravessamos a rua e adentramos em seu veículo verde – cor de grama -, é um carro simples, o que acaba me surpreendendo, porque com o dinheiro que ele tem daria para comprar umas dez limusines.

Quando ele dá a partida e o carro começa a se movimentar, é que eu explico toda a pequena excursão que a faculdade fará amanhã.

“Vai, ué.” – murmura Adam, após o término de minha explicação. – “Pelo menos você esfria a cabeça, Miles. Porque olha bem... Você passou várias semanas enfiado naquele apartamento, sem sair para nada. Então, aproveita e vai.”.

“Mas é apenas uma floresta.” – sussurro.

“Você que sabe.” – conclui.

Ao chegar ao apartamento, vou para o meu quarto. O cansaço acaba me fazendo passar o resto do dia deitado. Mesmo com o olhar malicioso que o Adam apontava para mim ao longo do apartamento, dessa vez não pude ceder, realmente estava cansado.

E eu tinha decidido bem, eu iria para essa excursão. Seria apenas um dia, e eu não iria pagar absolutamente nada.

(...)

Quando na aula, o professor Robert perguntou quem iria para a excursão, me senti um pouco constrangido a ser o único a levantar a mão da sala, mas o constrangimento se foi ao ver um pequeno sorriso estampado no professor.

Todo o período de estudo do dia havia acabado, e com a mesma roupa que eu vim para a faculdade foi à mesma roupa ao qual me preparava para ir para excursão.

Quando deu uma hora da tarde foi que o primeiro ônibus chegou – e apenas ele, porque mais nenhum veio -. Apenas um ônibus para uma pequena quantidade de alunos. Realmente, mesmo com a quantidade enorme de alunos que a faculdade comporta, apenas uma minoria – bem minoria mesmo – veio. E olha que é de graça.

Não há ninguém da minha sala no ônibus, como já era previsto. Sento-me na poltrona azul do transporte, bem ao lado da janela retangular que é escondida por uma pequena cortina em sua frente. E uma mulher que aparenta já estar em seus trinta anos senta ao meu lado. Seus cabelos escuros e pele morena ficam tão bonitos em si.

A duração da viagem do ônibus é curta – e durante toda ela, nenhum sussurro sequer foi dado pelos alunos, tudo bem silencioso -, e em menos de uma hora chegamos a um local totalmente vasto e aberto.

O ônibus estaciona em um campo sem nenhum centímetro de grama, facilitando o seu posicionamento no lugar.

“Atenção!” – Exclama o diretor, levantando lentamente de sua poltrona. As pequenas rugas que compõe seu rosto incrivelmente não o fazem ter uma aparência velha, nem muito menos os seus cabelos grisalhos. – “Tanto eu, quanto os professores Alexandre, Paula, Aurora e Robert serão os responsáveis por todos vocês.”. – suspira. – “Mesmo todos vocês tendo mais de dezoito anos, isso não dá o direito de não serem mais cuidados por ninguém.”. – finaliza, dando uma pequena risada em seguida.

A lista de chamada para averiguar cada aluno. E as regras são impostas:

1- Não sair de perto do perímetro do seu professor responsável.

2- Não gritar ou abusar no local.

3- Não gastar um centavo sequer, tudo será pago pela faculdade em si.

E outras dezenas de regras adicionais que acabam não fazendo o mínimo sentido de estarem ali.

Quando os últimos papéis são dados, é que nós somos liberados para sair do ônibus e pousar nossos pés no expresso chão.

Fora do ônibus, olho pra o lado direito, vendo a entrada da floresta que se põe ao longe.

“Você foi o único da sala ao qual dou aula que veio.” – a voz do professor Robert me assusta. E posiciono meus olhos para ele calmamente. – “Então... Você acaba sendo minha prioridade em questão de responsabilidade.”.

“Mas você tem que ser responsável pelos outros alunos, mesmo não sendo de sua sala, sabia?” – sussurro, e o vejo sorrir. – “Só há esses professores?”.

“Não.” – responde-me. – “É que os professores que não vieram não entendem a questão de obrigação.”. – conclui.

E então, começamos a caminhada pela floresta.

Todos os alunos são posicionados em seu local, e os professores ficam juntos bem ao fundo de nós, enquanto o diretor e um guia turístico nos guia por volta da floresta – muito bonita, por sinal.

Há tantos pássaros, tantas preciosidades e beleza. Há até uma estátua parecendo ser banhada em prata de um leão. Tantos lugares para tirar foto ou apreciar. Há outras pessoas na floresta fora o pessoal da faculdade, pessoas que vem visitar.

Todo o tipo de árvore que você imaginar tem por aqui. Das mais belas, até as mais feias e esquisitas. E a introdução que o guia turístico dá para cada uma delas acaba trazendo uma gargalhada vinda de todos os alunos.

É quando olho em direção ao diretor, e o vejo preocupado enquanto fala no celular. Alguns alunos também parecem ter notado, porque cochicham sobre isso logo atrás de mim.

“Alunos, atenção!” – grita o diretor, guardando seu celular. – “Houve um grave problema no ônibus que está estacionado no campus. O motor espatifou.”.

Todos ficam em silêncio.

“E já está muito tarde para outro ônibus vir nos buscar.” – continua ele. – “Então, iremos todos passar a noite aqui.”.

O silêncio se esvai, substituído por várias palavras e sons de surpresa, confusão e desespero. Apenas fico calado enquanto olho para os rostos preocupados dos professores.

O diretor pede calma de todos, e certifica-se de que falará com os pais ou parentes de cada aluno. E somos guiados para sair do local e voltar para o campus, onde o ônibus quebrado estaciona.

Por sorte – bem sorte mesmo – há várias dezenas de barracas, aquelas de acampamento, postas na pequena mala da parte de baixo do ônibus.

“Acampamento!” – Exclama o diretor, tentando fazer a situação não virar um caos. – “Só por essa noite, vocês vão gostar.”.

Aproveito o momento que os professores fazem os preparativos para pôr todas as barracas no campus, e levo minha mão para o meu celular para ligar pro meu primo.

“Irei dormir aqui.” – digo ao Adam, quando ele atende, logo o contando de todo o ocorrido. – “Não se preocupa, que tá de boas.” – Não tá nada de boas.

Dou um longo suspiro, guardo o celular e observo os alunos. Poucos dos alunos parecem ter amigos com alguns que estão aqui, e até os que têm amigos permanecem em um silêncio demasiado. Realmente, não é todo dia que um ônibus quebra e você é forçado a dormir em uma cabana com a mesma roupa ao qual foi pra escola, estudou e passou o dia todo com ela.

Escuto passos vindo em minha direção. Viro-me para o som deles.

“Miles.” – diz o professor Robert, secamente. – “Esse é seu nome, não é?”.

“Sim.” – respondo.

“Bem, Miles. Você vai dormir na minha barraca... Ordens do diretor.” – explica. – “A chuva logo começará a cair, irei ajudar os professores nas barracas, quando terminar lhe chamo.”.

Eu nem consigo sequer falar algo, apenas aceno com a cabeça e o professor se vai. Isso que dá ser o único da sala a vir.

(...)

Todas as barracas são feitas e posicionadas, e todas as instruções dadas. Somos ordenados para adentrarmos nas barracas laranja que estão enfileiradas ao redor do campo. O suporte é de duas pessoas para cada barraca, e os outros três professores também foram selecionados para dormir em barraca com algum certo aluno, por causa da responsabilidade.

O zíper da barraca se fecha, e cá estou eu, dentro da barraca com o professor Robert, o que puxou suspiros de homens e mulheres. O barulho de pingos de chuva se inicia, foi há tempo.

A chuva respinga do lado de fora da barraca, e o barulho parece estar aumentando cada vez mais. Estamos secos, seguros e completamente dentro da barraca.

“Há apenas um cobertor?” – Indago, ao ver o liso e azulado cobertor ao lado do professor.

“Sim.” – responde. – “Não se preocupa, cabemos nós dois nele.”.

É nesse exato momento que eu acabo perdendo a voz.

“O que foi?” – pergunta ele, vendo meu rosto travado.

“Nada.” – sussurro. – “É que eu estava preocupado. Nem falei com meu primo, nem nada.”- Minto, eu falei com ele sim.

“Os coordenadores irão avisa-lo, não se preocupe.”. – murmura, enquanto se deita, colocando a metade do cobertor em seu corpo. – “A outra metade estará aí, caso queira.”.

Meu silêncio é a resposta. Realmente não vai ser dessa vez que irei dividir um cobertor com um professor nele. Deito-me e encolho-me. Meus olhos encontram a lona da cabana posta em minha frente.

Estou há alguns centímetros longe do professor, e tento controlar meu nervosismo.

Fecho os olhos, e as gotas de chuvas começam a se tornar em uma tonalidade de fúria, porque escuto as fortes rajadas baterem do lado de fora da cabana, mas nenhuma gota de água adentra o local.

E quando menos percebo, estou tremendo. Não por conta do nervosismo, mas sim por causa do frio que parece ter se tornado cada vez mais forte.

Sinto meu corpo friento e gelado. E seguro fortemente meus braços, tento força-los a pararem de tremer, mas não consigo.

“Você tá quase morrendo de frio.” – A voz de Robert faz meu coração voltar a acelerar, pensei que ele estava dormindo. – “Sério, vem cá.”.

Olho para trás e o vejo levantando a outra metade do cobertor, com seus olhos bem apontados aos meus. Realmente vou ter que deixar o orgulho de lado. Levanto-me e vou em sua direção.

Entro no cobertor, e me deito de frente para ele. O seu braço direito contorna minhas costas e me puxa totalmente para seu corpo, fazendo meus olhos se aproximarem aos dele e meu corpo paralisar.

“Quanto mais calor humano você sentir, melhor. Logo sua temperatura voltará ao normal.” – sussurra o professor, fechando seus olhos.

Todo o frio do meu corpo parece ter sido substituído por um forte calor que suga cada parte de um ser. Nunca pensei que meu corpo ficaria tão próximo ao dele, mesmo estando-nos com tantas camadas de roupa entre nós.

O cobertor realmente nos cobre por completo, mas por causa de seu corpo – que está colado ao meu. -. Sinto seu forte braço em minhas costas, me segurando com tanta firmeza.

Viro-me de lado, seus olhos não se abrem.

Agora estou deitado de costas para ele, e seu braço que havia saído, volta, e agora contorna minha barriga, puxando-me e colando-me novamente junto a ele. Estamos realmente dormindo de coxinha.

Estou quente, e paralisado. E quando me sinto excitado é que meu coração dispara, ele não perceberá.

Seu peito estufando em minhas costas, a sua respiração indo ao encontro do meu pescoço, e seu braço me segurando. Ele dormiu completamente.

Demora alguns minutos, talvez horas até eu finalmente pegar em um sono profundo, tranquilo e quente. Ao som das chuvas que diminuem sua quantidade durante a noite.


Notas Finais


Obrigado por ter lido todo o capítulo e chegado até aqui, agradeço desde já por qualquer comentário ou favorito posto ^^!!


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