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História Segredo - Quatro


Escrita por: Dai-san

Notas do Autor


Yo, minna 0/
Depois de alguns dias enfim aqui estou com outra atualização.
Posso dizer que esse capítulo serve para preparar o terreno para os próximos capítulos. Bom, vocês entenderão assim que lerem ^^
Espero, sinceramente, que apreciem o momento. Desculpa qualquer erro, revisei mas posso ter deixado passar algo.
— Caso goste da história adiciona aos favoritos, comenta e coloca na biblioteca para tu receber todas as atualizações ^^ Desde já agradeço.
— Boa leitura a todos!!!

Capítulo 4 - Quatro


Fanfic / Fanfiction Segredo - Quatro

Konohagakure, 24 Dezembro de 2019

Terça-feira, 19:09

O barulho do sininho se fez presente quando saímos de outra loja a procura do presente ideal para a senhora Kushina, novamente falhamos em achar o que queríamos. O soprar gélido e cortante do vento incomodou minhas bochechas desprotegidas, afinal estava acostumado com o calor da loja, instintivamente levei as mãos cobertas pelo par de luvas preto até o local e massageio para aquecer temporariamente. Todavia me senti um idiota ao perceber que minha parceira encarava-me de soslaio e com um sorrisinho de canto que teimava em surgir nos seus rosados lábios finos. Foi impossível evitar de corar e sorrir sem jeito para a mulher.

Samui Nii tinha chegado em Konoha há um pouco mais de um mês porque fora contratada para ser a secretária da minha mãe, o que significava que o currículo beirava a perfeição já que a ruiva costumava ser bem exigente na escolha dos funcionários, indo ao extremo quando se tratava de alguém que trabalharia diretamente para ela como era o caso. No auge dos seus 28 anos, era uma mulher de pele clara e alta estatura, com expressão distante do rosto. Ela tem olhos azuis e cabelo liso, os fios dourados emolduravam seu rosto cortado num estilo pêndulo assimétrico com a frente franja alcançando os ombros; Sua tamanha beleza se destoava da maioria, muito mesmo. Porém o que mais chamava atenção, sem sombra de dúvida, era seu busto considerável e que mesmo coberto por casacos grossos ficavam proeminentes devido ao tamanho avantajado. Eu ouso dizer que aqueles seios se comparavam com o da tia Tsunade ou até mesmo fossem maiores, algo que não podia afirmar com certeza.

Balancei a cabeça para afastar as conclusões idiotas que estava tendo sem ao menos me dar conta. Me focaria no que realmente importava, o motivo que me fez sair de casa na véspera de Natal.

Mais cedo Samui havia me chamado para ajudá-la a escolher os presentes que daria para os meus progenitores. Pelo que entendi ela queria agradecer a hospitalidade e a gentileza de termos chamado-a para passar a noite festiva conosco, além do convite para viajar até Sunagakure amanhã de tarde. Claro que não pensei duas vezes antes de aceitar — mesmo já tendo comprado todos os meus presentes —, afinal a loira ainda não conhecia bem a cidade e tampouco as lojas que poderiam ter o que procurávamos. E confesso que estava sendo um passeio muito mais agradável do que imaginei, aproveitávamos para ver as belas e chamativas iluminações natalinas no distrito, uma melhor que a outra. Cada ano os moradores e lojistas vinham se esforçado para deixarem a época ainda mais bonita e esse ano até a neve deu as caras para deixar o clima bem mais charmoso que o comum.

Voltamos a caminhar pelas ruas aglomeradas de pessoas, entrando numa outra loja pouco depois. Ambos suspiramos quando, novamente, não encontramos o presente para minha mãe. Era engraçado, porque achar a lembrança para o meu pai tinha sido fácil e já estávamos a quase quatro horas tentando achar o da ruiva.

— Está mais difícil do que imaginei — Samui disse quando saímos, a decepção palpável em sua voz. — Sinto muito por ocupar tanto do seu tempo.

— Vamos encontrar, relaxa — sorri compreensível. — E não precisa se desculpar, eu estava atoa em casa mesmo. Esticar as pernas é sempre bom, apesar do frio.

Nós dois rimos e continuamos a busca implacável pelo presente.

Em determinado momento, no entanto, acabamos nos separando porque fiquei tempo demais admirando a decoração chamativa de um restaurante bem movimentado. Mas, caramba, o boneco de neve era simplesmente enorme, mais de dois metros, como não ficar contemplando algo tão incomum? Por mais que procurasse por qualquer sinal da minha acompanhante ficava difícil quando se tinha uma aglomeração enorme pelas ruas, tanto que vez ou outra acabava tombando em alguém sem querer. Bufei mau humorado e meu nariz ardeu por conta do frio, obrigando-me a fechar os olhos por uma pequena fração de segundos. Como se não fosse o suficiente a pouca neve acumulada no chão começara a incomodar meus pés protegido pela bota preta.

Tirei o celular do bolso do casaco, fazendo o mesmo com a luva direita e em seguida desbloqueei a tela, abri o aplicativo de mensagens e enviei para Samui, avisando que esperaria no carro caso não nos encontrássemos em trinta minutos. Óbvio que aquela era a opção mais lógica, afinal ela não tinha outro meio de ir para casa sem ser comigo porque talvez não saberia o caminho para retornar. O Hyundai Santa Fe estava estacionado no shopping principal de Konoha, há pouco menos de cinco minutos daqui, ou seja, seria fácil para ambos.

Passado pouco mais de dez minutos parei numa barraquinha para tomar amazake. Eu nunca fui muito fã da bebida, porém ajudava a esquentar o corpo em dias com temperaturas negativas, além de ter um teor alcoólico bem baixo e isso significava que não atrapalharia em dirigir mais tarde. Quando terminei de beber, assustei-me com a aproximação repentina de alguém e principalmente com o pano quentinho que fora jogado em cima dos meus ombros.

— Finalmente te achei — a figura feminina loira comentou com um sorriso alegre. — Foi graças ao seu chamativo casaco laranja.

Não sei se minhas bochechas esquentaram por conta da bebida ou pelo fato do rosto dela estar tão próximo do meu.

— … huh? É mesmo? — pisquei os olhos azuis rapidamente, em seguida encarei a peça sob meus ombros. — Um cachecol?

— Sim! — Samui afirmou. — Percebi que estava sem e quis comprar ‘pra você — explicou, ajeitando-o envolta do meu pescoço.

— Que gentileza — agora foi minha vez de sorrir. — Mas não precisava.

— Era o mínimo que podia fazer por estar me ajudando. Por favor, aceite, Naruto — enfim afastou-se um pouco. — Tudo bem que o vermelho não combina muito com seu casaco, mas ao menos ficará quentinho até chegarmos.

— Obrigado então — agradeci, feliz pela consideração e presente. — O que tem aí?

Encarava com a sobrancelha franzida o embrulho vermelho na mão direita dela. O sorriso contagiante que a Nii deu aqueceu meu peito mais que todas as peças de roupas grossas que eu estava usando.

— Achei o presente perfeito para dar à sua mãe! — comemorou, erguendo e balançando o pacote alegremente. Num gesto inesperado abraçou-me. — Agradecida por ter vindo comigo. Sem você não conseguiria.

Continuei em silêncio por alguns segundos, observando com atenção cada traço do belo rosto dela, e o cheiro gostoso dos fios dourados invadiu minhas narinas. Meio que timidamente enfim retribui o gesto carinhoso.

— Foi divertido passar esse tempo contigo — falei com sinceridade. — Quer ir para mais algum lugar ou voltar?

Não tínhamos motivos para se apressar já que o Natal não era considerado feriado no Japão, servia apenas para festejar e aumentar a economia do país. Entretanto, de qualquer forma, não queria que Samui se sentisse obrigada a continuar no centro da cidade mesmo após terminar o que viemos fazer. Estava tarde, além do mais. Precisávamos tomar banho e nos arrumar antes do jantar que seria às 22:30.

— Podemos voltar sim. — respondeu assim que afastou do abraço. — Mas se tiver alguma outra coisa para fazer não me importo de ser sua companhia.

— Não tenho — neguei com um manear de cabeça rápido. — Vamos então?

— Claro!


          *****

20:02

Depois que deixar a Nii em casa, que ficava no fim do quarteirão, e chegar na minha, pude, finalmente, me livrar daquelas roupas pesadas, deixando no cesto para levar até a lavanderia. Enrolei uma toalha escura na cintura e caminhei pelos cômodos até chegar na parte do lavabo, estranhado o fato de não notar movimentação alguma dos meus pais pela mansão. Eles costumavam ficar em casa no Natal o dia todo, tanto que dispensavam os funcionários da empresa para isso, e eu acreditava que a data significava tanto para os dois pois pegaram carinho pela comemoração quando moraram nos Estados Unidos por causa da época da Universidade.

Deixando isso de lado voltei para o aposento, sem pensar duas vezes rumei até o banheiro interligado no meu quarto e entrei debaixo do chuveiro, ligando a água com certa força, não se importando já que viria quente do mesmo jeito. Quando os pingos ferventes molharam-me o corpo todo soltei um suspiro baixo, agradecendo tanto pelo relaxamento dos músculos como pela sensação agradável que me proporcionava. Nem sei ao certo quantos minutos passei aproveitando o banho, mas suponho que extrapolei facilmente dos quinze e só desliguei porque ainda precisava escolher a roupa que usaria no jantar.

Tomei todo cuidado do mundo para sair do banheiro só quando estava sequinho, sem pingar até mesmo os fios de cabelo. Enrolado com a toalha na cintura abri o gigantesco guarda-roupa, pegando primeiro a primeira cueca boxer que encontrei e em seguida o desodorante aerosol, gemendo de leve ao espirrar aquele negócio gelado debaixo dos braços. Enfim cheguei na parte mais complicada: Escolher as peças de roupa! Bom, apesar de ser uma comemoração íntima, eu precisava estar bem-arrumado e apresentável. Com isso em mente peguei uma camisa social em tom azul-claro e uma gravata azul-marinho, por cima vesti o suéter da cor mostarda e em seguida a calça jeans slim azul-escuro. Por fim, mas não menos importante, calcei as meias e o tênis de camurça. Foi impossível não sorrir quando encarei o meu reflexo no espelho, porra, eu estava elegante ‘pra caramba!

Comecei a escutar uma movimentação vinda lá de baixo, ou seja, meus pais haviam chegado seja lá de onde foram. Arrumei os fios de cabelo, borrifei o melhor perfume no pescoço, pulsos e tronco, para só então sair. As vozes animadas acompanhadas de risos me fizeram sorrir também, mas, por uma pequena fração de segundos, fiquei completamente imóvel no último degrau da escada quando meus olhos encontraram os castanhos da mulher que deixou Minato de lado e passou a me encarar também com um sorriso ladino nos lábios.

Tsunade. Minha tia. Estava ali, há poucos metros de distância de mim. Usando uma calça jeans preta, a camisa da mesma cor e por cima um casaco marrom que combinava com a bota de cano baixo. Linda, deslumbrante, maravilhosa e todos os sinônimos existentes! Permaneci estático, piscando algumas vezes e de boca aberta. Foi impossível não ficar surpreso com a presença da loira, mesmo que ela tenha dito no bilhete que viria, porque nos últimos dias nem tinha confirmado que apareceria na cidade e tampouco que ficaria conosco na data. Meio a contragosto já havia aceitado que seria outro Natal sem a ilustre presença da Senju, mas gostei de estar redondamente enganado sobre isso.

Como se não bastasse todas as lembranças da Noruega inundaram meu cérebro e as imagens passaram como um filme na minha cabeça. A primeira vez que reparei no quão gostosa a loira era, no nosso encontro noturno no meio do corredor, no jogo da Verdade ou Consequência e, principalmente, nas várias vezes que trepamos num curto espaço de tempo. Céus, como eu queria repetir aquilo!

— Filho, alô… — a voz do meu pai despertou-me do transe. — Está tudo bem? Por que essa cara?

— … hã? Não é nada, ‘tô ótimo! — disse, esbanjando um sorriso forçado e descendo, enfim, o último degrau. — Tia, a senhora por aqui, que inesperado.

— Né? — Minato animou-se de repente. — Imagine a minha cara quando ela ligou avisando que estava no aeroporto? Eu e sua mãe fomos buscá-la na hora.

— Só queria fazer uma surpresa para todos — ela disse, soltando um riso anasalado e divertido. — Parece que deu certo.

Não estava esperando que ela viesse em minha direção, tampouco que me puxaria para um abraço consideravelmente apertado. Eu fervi por dentro pela proximidade e por sentir os seios fartos apertarem contra meu tórax. Nem precisei pensar duas vezes antes de retribuir e, porra, era tão gostoso sentir o calor dela de novo. Se pudesse não a soltaria nunca mais, afinal o que mais desejava nos últimos meses estava se realizando por tê-la por perto.

— Vim por sua causa — Tsunade sussurrou próximo do meu ouvido, fazendo todos os meus pelos arrepiarem na hora. — Estava com saudade.

Por mais que tivesse vontade de dizer “eu também!”, me limitei apenas em ficar calado aproveitando o momento, afinal o meu pai encarava a cena diante seus olhos cristalinos arregalados em pura e sincera surpresa. Não o culpava já que até meses atrás minha tia nem fazia questão de demostrar qualquer afeto para comigo e suponho que deve ser chocante presenciar algo assim do nada. Mesmo que tenha ficado abismado o loiro não disse nada, simplesmente sorriu satisfeito por finalmente a irmã estar se dando bem com o filho, algo que sempre ouvi ele comentando pelos cantos da mansão que seria um sonho se realizando. Ah, se soubesse o real motivo de estarmos nos dando bem!

— Bom… — a advogada se afastou de mim, virando-se para o homem mais velho. — Qual será o meu quarto?

— Deixa que te mostro — minha mãe comentou, vindo da cozinha apressadamente. — E filho, pega a mala da sua tia que ficou no carro, por favor.

— Pode deixar — acenei animado.

As duas começaram a subir os degraus. Era possível ouvir elas conversando com certo ânimo, inclusive davam risadas vez ou outra. Eu e o meu pai víamos tudo estupefatos, já que elas não costumavam se dar bem, trocamos breves olhares sem entender direito o que estava acontecendo. Nisso as mulheres enfim sumiram quando viraram no corredor, deixando-nos a sós. Não pretendia dar alguma brecha para perguntas que certamente o Namikaze faria, por isso me apressei para sair dali e quase tive sucesso. Quase!

— Naruto, espera — ele pediu, obrigando-me e parar e encará-lo por cima dos ombros. Diante meu franzir de sobrancelhas, prosseguiu: — O que foi isso que acabou de acontecer? Quero dizer, minha irmã está diferente de antes. Tem alguma coisa a ver com a viagem da Noruega?

Quase tive um ataque do coração. Parei de respirar e meu corpo ficou tenso, além de precisar fazer um esforço tremendo para não arregalar os olhos. Não estava esperando por questionamentos tão precisos assim e para piorar a situação o loiro me encarava com os braços cruzados, sem contar na sobrancelha direita arqueada.

— Hã… bem… — engoli em seco, nervoso. — Nós tivemos tempo de sobra para conversar e a tia Tsunade expôs algumas coisas, assim como eu. No fim até que nos demos bem e ela disse que ia tentar dar uma trégua em relação aos conflitos com mamãe. Foi isso.

Esperava que meu pai acreditasse nas mentiras descaradas que falei.

— Hm. — semicerrou os olhos, desconfiado. — Tudo bem então. Fico feliz que tenham se acertado! — a postura séria dele deu lugar a uma mais relaxada e feliz, até mesmo sorriu abertamente para mim. — Agora se apresse em pegar as malas da Tsu. A qualquer momento Karin, Mito, Nagato e Samui chegarão.

Manuseei a cabeça positivo, girei os calcanhares e sai ligeiro para pegar os pertences da loira no carro. Confesso que estou mais animado do que normal, afinal vai ser a primeira vez em muito tempo que toda família estará reunida, tanto do lado materno quanto paterno.


Notas Finais


E então, curtiram? KKKKKK
Foi um capítulo bem leve, né? Também está consideravelmente pequeno, mas, como eu disse: serviu para preparar as coisas.
O próximo vai ficar bem grande e se juntasse com esse ficaria MUITO enorme, confesso que não sou fã de capítulos enormes. Tanto para escrever como para ler.
Como perceberam o próximo vai ter a participação de vários personagens. Todos os Uzumakis, Minato, Tsunade, Samui... Expectativas? ;-;
Ainda essa semana começarei a escrever o próximo capítulo, ou seja, pretendo atualizar no prazo de até sete dias
Enfim....
Caso queira deixar algum comentário será um prazer imenso saber o que acharam ^^ Seja elogio, criticas, sugestões, sinta-se a vontade. Adoro interagir com vocês sempre.
Até o próximo!


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