História Segue Em Frente! (FlyBr, Nathan Barone) - Primeiro Show do Ano.

Pov's Paulo Castagnoli.

Duas semanas depois. . .

Alegre. Grato. E muito realizado.

É assim que estou me sentindo, essas três palavras definem exatamente como estou me sentindo no momento.

Olhei as horas no relógio que ainda marcavam seis e vinte da manhã, minha morena ainda dormia tranquilamente ao meu lado, ela estava completamente nua e seu corpo exposto a mim, sua carinha é de um anjo, mas acordada ninguém bem imagina o que se passa por essa cabeça.

Eu amo essa mulher!

As marcas por seu pescoço são bem evidentes, assim como sei que as marcas em mim não estavam diferentes. Nós dois temos um jeito louco de nos amar, nada selvagem, só diferente, e nos amamos de uma forma tão boa e gostosa, que eu só queria poder fazer isso pra sempre.

E desde que resolvemos nossas diferenças e acabamos com as brigas, as coisas só melhoraram nas últimas semanas, e era somente isso que eu queria, ficar bem com a mulher da minha vida. Com nossa cumplicidade o amor só tende a aumentar ainda mais.

Passei minha mão por seu rosto a admirando, tirei alguns fios de cabelos que estavam espalhados, fui deslizando minhas mãos por seu pescoço, cintura, até parar em sua barriga fazendo um carinho. Ainda não existia volume algum ali, mas me sinto feliz por saber que em alguns meses vamos ter mais um filho vindo ao mundo.

A cada que passa eu me sinto muito mais encantado por ela, e apesar das brigas e desentendimentos, eu não vejo minha vida sem ela e meu filho. Por até soar possessivo, mas essa mulher é tudo pra mim.

- Vai ficar me velando até quando? - Sua voz rouca me chama a atenção, ela tem um sorriso fraco e ainda mantém seus olhos fechados.

- Só estou admirando a mulher mais linda desse mundo! - Deixo um beijo em sua testa.

- Quero ver me dizer isso daqui alguns meses, quando eu estiver enorme de gorda. - Ela ri abrindo os olhos. 

- Você é linda de qualquer jeito! Independente se estiver gorda ou magra, eu amo você até com bafo as seis da manhã.

- Paulo. . . - Deixa um tapa em meu braço e tampa sua boca.

- Belle. - tentei tirar suas mãos da boca. - Vida?

- Nem vem. Você disse que eu tenho bafo!

- Estava só brincando! - Tirei suas mãos da boca e deixei um beijo em seus lábios. - Amo você! O Bernardo, nosso pequeno. - Passei minhas mãos por sua barriga acariciando a mesma.

- Também amamos você! - Diz e vejo seus olhos marejados.

- Chorona!

- Eu não sou chorona! São só os hormônios que estão um pouquinho alterados.

- Um pouquinho? - Dou risada.

- Me promete uma coisa?

- Qualquer coisa.

- Que vamos ficar sempre assim, nesse clima, que não iremos brigar mais.

- Não posso prometer isso. Mas posso prometer que sempre que brigarmos, eu vou fazer o impossível pra ver esse sorriso lindo em seus lábios.

- Você não existe, Paulo. Onde eu encontrei um cara tão perfeito quanto você.

- Eu não sou perfeito, só sou completo por ter vocês em minha vida.

Minha esposa sorri largamente e me puxa beijando meus lábios, a puxo pro meu colo sem desgrudar nossos lábios um do outro, seus beijos foram descendo por meu pescoço, enquanto minhas mãos acariciavam cada parte existente do seu corpo, ela rebolava em meu colo arrancando alguns suspiros meus. Quando o clima havia esquentado mais ouvimos batidas na porta, ela apenas me encarou saindo de cima de mim. 

- Mamãe, papai. . . - Ouvimos a voz do Bê do outro lado da porta. 

Me levanto rapidamente da cama suspirando e  vestindo minha cueca e jogo minha camiseta pra Belle vestir, abri a porta e meu filho entrou apenas de fralda, chupeta e arrastando seu ursinho de pelúcia, ele estendeu os braços e eu o peguei no colo caminhando de volta pra cama. O coloquei na cama e o mesmo foi abraçar a mãe, eu eu me sentei com eles.

- Bom dia, amor. - Deixa beijos em sua bochecha.

- Com fome, mamãe. - Passa as mãozinhas pela barriga.

- É mesmo? Sabe que a mamãe também está. - Se levanta da cama com ele nos braços. - Terminamos isso depois. - Sussurra deixando um selinho em meus lábios.

Ela saí do quarto conversando com o pequeno, me jogo no cama com as mãos no rosto frustado, meu filho é com certeza um reloginho programado. 

*        *         *

Caíque e eu estávamos muito empolgados, era nosso primeiro show como duo depois de quase dois anos sem subir em um palco. A algumas semanas atrás lançamos nosso novo EP, e foi muito bom ainda ter todos nossos fãs torcendo e pedindo para que voltássemos logo. E hoje é nosso show de estreia após assinar contrato com uma gravadora importante, o que me deixou mais animado ainda. Já havíamos atendido várias fãs do meet e greet, recebemos muitas cartas e presentes de todas elas, é sensacional o amor e carinho que todos pela gente.

Isa veio junto comigo e trouxe o Bernardo, fizemos poucos shows, e ele também não entendia muito bem e por ser pequeno achamos melhor não leva - lo, e quando cresceu um pouco mais, já tínhamos feito nossa pausa. E agora poder traze - lo aqui e ver ele se divertindo fazendo parte desse meu sonho é a melhor coisa que um homem como eu poderia tem em sua vida. Sua esposa e seu filho ali, torcendo por você.

- Cinco minutos meninos. - O produtor diz abrindo a porta do camarim. 

- É hora do show moleque. - Caíque se levanta.

- Estão prontos? - Isa pergunta.

- Eu já nasci pronto. - Brinquei.

A puxei pela cintura rodando meus braços por sua cintura, levantei seu queixo beijando o mesmo e em seguida beijei carinhosamente seus lábios. 

- Obrigado por estar aqui comigo, me apoiando. - Agradeço já ela sempre aqui me incentivando.

- Você sabe que eu sempre vou estar aqui, pra tudo e qualquer coisa. - Sela rapidamente meus lábios. - Pra sempre!

A abracei fortemente deixando um beijo em seu pescoço, desfizemos o abraço e ela sorri me encarando, colo nossos corpos e os lábios novamente em um beijo rápido. 

- Anda logo, sobe naquele palco e arrasa. Você merece isso, tudo mais que a vida ainda tem pra te oferecer.

- Você é a melhor!

- Disso eu sei. - Deixa um beijo no ar. - Agora vão meninos e dêem seu melhor, vocês dois merecem.

Deixo um beijo na testa do meu pequeno e caminhamos para fora do camarim, paramos de frente pro palco e esperamos a contagem do produtor. Assim que pisamos no mesmo fomos recebidos por uma chuva de gritos e palmas vindos da multidão ali presentes. Sempre que subimos em um palco eu me sinto em casa, e eu sempre tenho a certeza de que é isso que quero pro resto da minha vida.

- Boa noite São Paulo! - Digo e ouço o público gritar. 

Eu amo essa energia de subir em um palcos e liberar minha voz e ouvir cada pessoa, cada fã, cantando juntamente conosco. Começamos com a música  "Vem Dançar", nos pulávamos juntos com pessoal enquanto os canhões soltavam fumaça por todo local e se misturavam com as luzes deixando o clima ainda melhor.

*        *        *

Terminávamos de cantar nosso penúltima música, assim que acabamos, alguns dos produtores do show entraram deixando duas banquetas e meu violão ao lado. Nos sentamos arrumando os microfones, peguei o violão arriscando algumas notas.

- Antes de cantarmos a próxima música gostaríamos de fazer alguns agradecimentos. - Diz Caíque. 

- Queríamos agradecer a todos vocês presentes aqui hoje. - Ouvimos mais gritos e sorri com aquilo. - Um agradecimento especial a todos aqueles que estiveram ao nosso lado em todos os momentos, agradecer por aqueles que estiveram aqui, torcendo e sempre acreditando em nós, isso aqui jamais seria possível se vocês. . . - Apontei pra plateia. - Não estivessem aqui conosco. 

- Então muito obrigado, nosso sonho nunca teria se realizado se não fosse por vocês.

- E pra finalizarmos nosso show de hoje, com vocês, Segue Em Frente.

Dedilho os dedos pelas cordas do violão e logo começamos tocar e cantar, todos balançam seus braços enquanto cantam cada verso conosco. 

Assim que acabamos de cantar nos despedimos de todos os fãs e descemos do palco, peguei uma garrafa d'água e fui em direção ao corredor, Caíque foi direto pro camarim enquanto parei pra falar com Isa que me esperava.

- O que acharam? - Perguntei me aproximando deles.

- Você Foi muito bem, amor. - Deixo um beijo em seus lábios.

- E você? - Peguei Bernardo nos braços. - Gostou do papai cantando?

- Xim. - Balançou a cabeça afirmando.

- Eu estava um pouco nervoso.

- Eu sempre acreditei em você, e não estou dizendo isso como sua esposa, e sim como sua fã número um.

- Fico muito feliz em ouvir isso. 

- Estou muito orgulhosa de você, loiro, por tudo que tem conquistado e tudo que ainda tem pela frente. Você merece o mundo meu amor.

- Meu mundo são vocês, morena. 

Ela sorri abertamente e me abraça enquanto caminhamos de volta pro camarim. Eu não menti quanto isso, e bom saber que sou o orgulho dela, e que sempre vou te - lá ao meu lado. Eu amo essa minha família e desistiria dos meus sonhos por ele se fosse preciso.