História Segunda Chance - Você fode bem

Baekhyun POV

Eu não sei o que é pior, acordar com uma puta ressaca ou ser acordado em pleno sábado com várias mensagens de numero desconhecido...

Todas contendo imagens do meu irmão beijando Jooheon!

Eu passei o dia puto? Claro!

Estou com vontade de socar Jongdae? Com certeza!

Como ele pode fazer isso comigo? Ele sabia dos meus sentimentos e mesmo assim foi lá e ficou com ele!... Ta, ele não sabia exatamente, mas ele não devia ter feito isso!

Estou passando a odiar esse "novo Jongdae", agora que ele pega todo o tipo de pessoa, minhas chances com Jooheon, que já estavam em estaca zero, passou para numero negativo!

O único ponto positivo disso tudo é que ele me comia todo o fim de semana, e Jongdae fode de um jeito que me fazia quase tocar as portas do paraíso.

–Jongdae a gente precisa conversar. –Disse assim que o vi entrar no quarto. Ele trancou a porta e se sentou em sua cama, olhando para mim.

–Fala pinguço! Me falaram que depois que eu fui embora tu encheu a cara e...

–Posso saber que putaria é essa!? –O cortei e joguei meu celular em suas mãos... Seu sorriso morreu na hora. –Grande amigo você hein!

–Eu poderia dizer o famoso "eu posso explicar", mas não tenho que explicar nada, ele pediu pra ficar comigo e eu pensei "por que não?" –Jongdae falou na maior tranquilidade e eu acabei me irritando ainda mais.

–Você nem pensou em mim quando ficou com ele? –Levantei o tom de voz e sai de cima da cama.

–Baek você não ama esse cara!

–Você sou eu para saber quem eu amo ou deixo de amar?

–Eu te conheço melhor que você mesmo! –Ele se levantou e me encarou. –Você é o tipo de pessoa que muda por quem você ama, e tu nunca moveu um dedo para ser diferente com Jooheon... Acredite, eu estava te fazendo um favor!

–Favor? Tenha dó Jongdae, você é um traíra!

–Baek, na época que você era hetero, quantas vezes você ficou com uma garota que eu gostava, mesmo sabendo dos meus sentimentos por ela? –Ele me olhou sério e eu me calei... Já peguei muita garota que meu irmão era apaixonado e ele nunca falou nada.

–Então fez isso por vingança? Por causa de algo que aconteceu a milhões de anos atrás!?

–Não Baekhyun, eu só estou dizendo que não faz sentido você reclamar, não é como se eu fosse ter algo serio com Jooheon, esse beijo morreu naquele mesmo dia, tenho bocas melhores para beijar.

–Tipo qual? A minha? –Falei brincando e sorri, indicando que eu iria esquecer essa história... Por que eu perdoo as pessoas tão fácil assim? Eu sou idiota?

Ah! Dane-se! Enquanto eu tiver Jongdae me beijando e me fodendo, eu estou de bem com a vida.

–Não seria a sua, mas acredite, você beija bem melhor que ele. –Ele riu e eu o acompanhei. –Bom se era só isso, eu já vou descer, vou com Jongin comprar algo para comermos, ninguém quer fazer comida aqui. –Ele foi em direção a saída e eu fui correndo ate ele antes dele destrancar a porta e o encurralei entre a parede.

–Dae, vamos brincar um pouquinho? Já estou com tanta saudade. –Usei o melhor tom de malícia que eu consegui e o encarei com um sorriso no rosto.

–Claro que não! Ta maluco? Hoje todo mundo decidiu faltar nos cursinhos pra ficar em casa... E você disse que não iria ficar pedindo o tempo todo!

–Eu não peço o tempo todo, e faz uma semana já! –Falei manhoso.

–Ah não Baekhyun! Hoje não, você foi à festa ontem e podia muito bem ter descabaçado lá. –Ele me empurrou de leve e se virou para a porta, destrancando-a.

–Não tenho culpa se você fode bem Jongdae. –O puxei de novo e o beijei, porem o beijo não durou nem cinco minutos, ele fez o favor de quebrar o encanto.

–Para com esse fogo caralho! Se alguém nos pega e nos dedura fudeu!

–Ai você é muito cuzão!

–Calado! –Ele saiu do quarto e eu comecei a rir, logo em seguida voltando para minha cama.

Jongdae era um gay engraçado, ele era assumido para uns e para outros não, em festinhas e boates ele diz pra todo mundo que ele é flex, já na escola ele assume a pose de hetero...

Mal sabe as garotas daquela escola que ele me enrraba quase todo o fim de semana.

E antes que perguntem... Não, nós não estamos em um relacionamento! A gente só se pega quando eu estou necessitado... O que é com frequência, mas beleza.

Jongdae chega a ser mais estranho ainda pelo fato de não ter pegado outros homens, pois é, ele só fica comigo e agora pegou o Jooheon.

Mas eu tenho a impressão de que ele ta pegando outra pessoa e não quer me contar... Na verdade eu tenho certeza que tem outro alguém na jogada.

Esse viado no início da sua passagem para a purpurina nunca recusou sequer um pedido meu, se eu queria um beijo ele me beijava, se eu queria transar a gente conseguia fazer geral sair de casa pra ficarmos sozinhos e podermos ficar a sós... E ele nunca reclamou! Mas agora ele tem sempre uma desculpa diferente, semana passada pra gente transar foi o maior custo, não tinha ninguém em casa, a gente sabia que eles iam demorar e mesmo assim ele ficou de graça.

Eu vou descobrir quem é Jongdae, só fique no aguardo!

Eu desci e todos os meninos estavam na sala, exceto Jongdae e Jongin.

–Por que todo mundo decidiu faltar nos cursos hoje? –Me sentei ao lado de Sehun, que estava trocando mensagens com a menininha dele.

–Hoje todo mundo perdeu o horário, papai sempre manda mensagem para a gente ir acordando, mas ele não mandou nada hoje. –Kyungsoo tinha um tom leve de preocupação na voz.

–Vocês estão muito dependentes do papai, comecem a acordar sozinhos! –Minseok disse em tom de autoridade. –Papai não vai ser o despertador de vocês a vida inteira não.

–A gente sabe disso, mas não deixo de ficar preocupado, ele nunca esquece Minseok... Será que aconteceu alguma coisa? –Chanyeol parecia bem preocupado.

–Ai credo, virem essa boca pra lá! –Disse em alto tom.

–Eu quero acreditar que ele estava ocupado demais fazendo as pazes com o tio Yixing. –Sehun disse sem tirar os olhos do celular e todos o olharam.

–É melhor você parar de chamar ele assim Sehun, você já foi repreendido por causa disso e papai foi claro quando disse que da próxima você fica de castigo. –O alertei e ele me olhou, fazendo uma cara brava.

–Eu não vou deixar de chama-lo assim! Eu sei que o tio Yixing ama nosso pai, eu sentia isso nele!

–Pare de ser besta! Yixing mentiu para nosso pai Sehun, é isso que você quer para ele? Que ele fique com outro mentiroso!? –Chanyeol se levantou e o encarou.

–Yixing não é mentiroso, ele ama o papai! –Sehun foi ate Chanyeol e o empurrou, deixando o mesmo puto.

–Ama tanto que tratou nosso pai como um amante medíocre! Lindo o amor que ele tem! –Chanyeol gritou e o empurrou também, fazendo Sehun tropeçar e quase cair.

–Cale a boca Chanyeol! Só você não conseguiu enxergar o quanto um gostava do outro, eu acredito nas palavras de Yixing!

–Dá para vocês dois calarem a maldita boca!? –Minseok se levantou e tentou afastar Chanyeol, mas o mesmo o empurrou.

–Isso! Continue apoiando o traidor! Saiba que quanto mais você fala e da razão a ele, mais nosso pai se entristece com você... Coitado do Junmyeon, carregou a criança por nove meses pra ela crescer e se tornar uma pessoa fraca que só sabe ir na ideia dos outros! –Chanyeol disse debochado e Sehun se irritou.

Uma cena inédita aconteceu diante dos meus olhos, Sehun, o menino da familia Wu que sempre foi um dos mais quietinhos, meteu a bofetada de mão fechada no rosto de Chanyeol, o fazendo cair com o grande impacto.

Logo que Chanyeol foi ao chão, Sehun se jogou em cima dele e os dois começaram a se bater, ninguém conseguia separar os dois sem acabar levando um soco.

–Gente olha quem eu encontrei... Mas que porra é essa!? –Jongdae apareceu na porta de entrada junto com Jongin, Tao e Luhan e logo saiu correndo para ajudar Minseok a apartar a briga.

Depois de muito custo Jongdae e Luhan conseguiram tirar Sehun de cima do Chanyeol e o levaram lá para cima, para saber o que aconteceu, e ficamos segurando Chanyeol no andar debaixo, pois o mesmo estava louco pra continuar dando umas no Sehun.

–Chega Yeol! Já deu! –Minseok o jogou no sofá com força.

–Já deu? Você viu a audácia desse pirralho? Quem ele pensa que é pra meter um soco em mim!? –Yeol estava bem alterado.

–Sehun está de cabeça quente desde que acordou e você o ajudou a estourar a bomba dele, agora aguente.

–Só acho que quando o papai chegar você vai escutar e muito, deixou o rostinho do mais novo dele todo marcado. –Tao se sentou onde Sehun estava anteriormente e começou a analisar Chanyeol. –Sehun é bem fortinho né? Estou impressionado!

–Quando eu falar o motivo da briga é certeza que nosso pai irá dar razão para mim! Yixing alienou o coitado do Sehun! –Chanyeol cuspiu num pano um pouco de sangue, resultado dos socos no rosto que recebeu de Sehun.

–Você vai me bater também se eu disser que concordo com Sehun? –Ouvimos a voz calma de Luhan e Chanyeol se virou, olhando nosso irmão parado na escada.

–Não acredito que você vai dar razão a ele Luhan! Logo você? –Chanyeol se levantou e esperou Luhan vir a seu encontro.

–Não estou dando razão a ninguém, mas uma coisa Sehun tem razão, Yixing tem sim sentimentos por mamãe, e ele nunca escondeu isso de nenhum de nós. –Vi Kyungsoo afirmar com a cabeça as palavras de Luhan.

–Ok ele pode até ter amado nosso pai, mas isso não justifica a trairagem que ele fez com ele e com a mulher que ele ia se casar! –Chanyeol ainda estava alterado enquanto Luhan continuava com sua pose calma.

–O que ele fez foi errado sim! Mas você nunca parou para pensar que as palavras de Yixing podem ter sido verdadeiras? Que ele realmente iria terminar tudo para ficar com nosso pai? Eu conversei com ele, Yixing adiou o casamento dele duas vezes para poder terminar com a garota... Mas às vezes o medo bate na hora, o medo de magoar a menina, de acabar sendo rejeitado pelo nosso pai, isso acontece Chanyeol!

–Ele falou isso para mim também. –Confirmei as palavras de Luhan.

–Não acredito que vocês estão ao lado dele! Ele mentiu para nosso pai e isso não tem perdão!

–E você queria o que? Que ele contasse que era quase casado para nosso pai?! Mesmo tendo sentimentos por ele? Junmyeon nunca iria querer nada se ele falasse isso e quem ia sair sofrendo era Yixing! Sem falar que nosso pai estaria bem pior sem o cara na vida dele! –Eu me alterei, era nítido o sentimento reciproco de meu pai e Yixing, e ele fez meu pai muito feliz em pouco tempo, eu queria eles juntos.

–Nosso pai está bem pior por causa dele! Já vi que Baekhyun gosta de relacionamentos baseados em mentiras. –Chnayeol riu inconformado e se sentou no sofá, passando a mão pelos cabelos.

–É ai que ta! Yixing e papai nunca tiveram um relacionamento, eles apenas ficavam. –Tao disse de forma tranquila e Chanyeol o fuzilou. –Papai está sendo equivocado em relação a isso, afinal se você só esta ficando com alguém, a pessoa não tem que exigir nada da outra.

–Eu sei disso! Mas eles disseram um para o outro que se amavam, isso não conta? E outra, papai viu de perto que Yixing é uma pessoa que trai, acha que ele vai querer correr esse risco de novo? –Ok, agora Chanyeol tem razão.

–Chega! Eu não aguento mais essa historia! Não quero mais ouvir ninguem falando da vida amorosa nem de papai e nem do Yixing, fui claro? Cada vez que eu ouvir um “aí” sequer, a pessoa vai receber uma punição, e eu estou pouco me fudendo se o pai vai brigar comigo depois ou não. –Minseok disse com a voz firme e nos calamos. Assim que ele percebeu que não iriamos falar nada ele foi em direção as escadas.

–Só defende o irmão porque é apaixonadinho por ele. –Chanyeol resmungou baixo assim que passou por Luhan para ir para a cozinha, porem falou alto o bastante para ouvirmos.

–Ele disse o que Luhan? –Minseok parou na escada e o encarou surpreso, Luhan baixou o olhar e assim que eu relacionei as coisas, meu queixo foi ao chão. –Sobe agora. –Minseok suspirou e falou pausadamente, subindo as escadas, com Luhan indo logo atrás.

–Eu ouvi direito? –Kyungsoo nos olhou com os olhos arregalados.

–Luhan apaixonado pelo Sehun? Nosso próprio irmão? –Tao fitava o nada, parecia pensativo.

–Olha eu não sei se foi isso mesmo, mas é melhor todos nós ficarmos quietinhos em relação a isso, papai iria ter um troço. –Eu poderia falar que achava isso um absurdo, porem estaria mentindo, Luhan incestuava com Sehun apenas em seus pensamentos.

Já eu incestuava de maneiras bem piores.

Minseok POV

–O que ele disse é verdade? –Assim que subimos pra o meu quarto eu tranquei a porta e comecei a conversar com Luhan, ficarei o mais calmo possível para esclarecer essa situação.

Afinal quem sou eu para julga-lo?

–Ele me prometeu que não ia falar com ninguem, aquele mentiroso! –Luhan se sentou em sua antiga cama, derramando algumas lagrimas, essas de extrema raiva.

–Luhan, não se desespere, eu não irei te julgar nem nada disso, eu só quero compreender essa historia... Desde o divorcio você me disse que nessa casa eu sou o segundo pai, se lembra? Pode se abrir para mim. –Me sentei ao seu lado e lhe lancei um olhar compreensível.

–É verdade... Eu sei que isso é um pecado e nossos pais vão querer me matar se descobrirem, mas, por favor, não me peça para esquecer esse sentimento! Eu já tentei tantas vezes, mas eu não consigo! –Luhan começou a chorar ainda mais e eu o abracei, tentando lhe confortar.

–Esta tudo bem Luhan, eu nunca iria pedir uma coisa dessas para você... Eu te entendo... Mas o Sehun está namorando, como você se sente sobre isso? –Afrouxei um pouco o abraço para poder olha-lo.

–Péssimo, me sinto ainda mais triste ao saber que é uma mulher.

–Sehun ainda tem muito tempo para mudar de ideia, Yixing tem 35 anos e se apaixonou por um homem apenas agora.

–O que adianta? Ele é meu irmão e nunca poderei ficar junto com ele.

–Não é seu irmão de sangue. –Ele me olhou confuso.

–Você apoia esse amor? Mesmo não sendo reciproco?

–Eu já falei que entendo sua situação, não sei se você percebeu. –Eu sorri e ele me soltou, me fitando surpreso.

–Quem é?

–Eu acho que tenho sentimentos por Jongdae. –Baixei a cabeça e sorri sem graça, mas assim que ouvi o suspiro de Luhan eu a levantei e olhei.

–Logo por ele?... Vai acabar ficando igual a mim Minseok. –Luhan colocou a mão em meu ombro e eu dei uma leve risada.

–Luhan, Jongdae sabe disfarçar muito bem... Eu não sei há quanto tempo ele pega garotos também, mas já ficamos algumas vezes, numas boates por ai. –O queixo de Luhan foi ao chão e ele jogou o corpo na cama.

–Morar com pai Kris está me fazendo ficar desatualizado completamente de tudo! –Luhan colocou a mão no rosto e eu ri de sua reação.

–Ninguem sabe, calma! Talvez Baekhyun saiba que ele fica com meninos também, mas só ele, então é o nosso segredinho. –Ele fez um sinal de zíper fechando rente a boca e sorriu.

–Eu não falarei com Chanyeol nunca mais! Estou chateado com que ele fez... Ele me prometeu! –Luhan se sentou novamente e fechou a cara.

–Yeol estava nervoso, logo ele irá se desculpar.

–Eu podia ser igual a ele e contar para todo mundo sobre ele, mas eu não serei assim.

–Não me diga que ele está na mesma situação que nós? –O olhei curioso.

–Esta! Por Wu Baekhyun! Mas isso não vai sair daqui, por favor! –Ele juntou as mãos e fez carinha de pidão.

–Não vai sair daqui, eu prometo... Olha que engraçado, todos nós estamos gostando de alguém que não tem nosso sangue. –Rimos juntos e ele me fitou.

–Como você imagina a reação de nossos pais ao falarmos a verdade?... Por que você sabe que uma hora teremos que confessar isso.

–Eu não sei... Provavelmente vai ser um choque para os dois. –Meus pensamentos foram longe, tentando imaginar como meus pais ficariam com tal noticia.

–Sem incomodar o papo dos dois ai dentro... –Ouvimos a voz de Jongdae por detrás da porta. –Mas o papai ta lá embaixo todo alegre e quer todos os filhos na sala. –Nos olhamos curiosos e logo nos levantamos para sair do quarto.

–Papai chegou cedo hoje. –Disse assim que sai do quarto com Luhan.

–Ele sai todo o sábado nesse horário agora esqueceu? –Ele me fitou e passou a língua pelo lábio inferior, percebi que seu lábio estava cortado, corte feito ontem à noite, por mim.

–Vamos descendo? –Luhan limpou a garganta e nos chamou, indo até as escadas e a descendo.

–Estão todos lá embaixo? –Perguntei enquanto fitava a escada.

–Sim, falta só nós dois. –Jongdae pegou na minha mão e me puxou levemente, me dando um beijo carinhoso, que foi correspondido imediatamente.

–Hey, a gente resolve isso depois, vamos ver o que papai tem a falar. –Sorrimos um para o outro e descemos em seguida.

–Ate que enfim chegaram! Meninos, meu advogado me trouxe hoje de manhã uma noticia muito boa! –Papai disse assim que nos viu. Nos acomodamos no chão mesmo, esperando papai contar a novidade...

É impressão minha ou o papai anda pálido demais ultimamente? Não creio que ele voltou a parar de comer!

–Que noticia!? –Sehun perguntou e assim que papai o olhou se assustou, pelo visto ele não tinha reparado nos rostos de seus dois filhos as marcas, de tão alegre que ele estava.

–O que aconteceu aqui? –Papai olhou para Chanyeol que estava no mesmo estado e bufou. –Ah! Falarei com os dois depois, vou contar a noticia antes.

–Conte logo pai! Estamos curiosos! –Jongin disse impaciente.

–O advogado Choi conversou comigo, o juiz ligou para ele dizendo que o processo de divorcio foi concluído, eu e Yifan estamos oficialmente separados. –Notei um pouco de desanimo na voz de papai, já que desde que ele e Yixing brigaram, Yifan e ele começaram a ter laços de amizade, o que eu acho uma boa ação, para deixar a família inteira próxima. –O advogado me contou que na ultima audição que tivemos, o pai de vocês ficou lá com o juiz, e acertou todos os últimos detalhes, como só faltava o lance da pensão, ele resolveu tudo... Minseok pode largar seu emprego noturno, por que o que eu vou ganhar de pensão de cada um vai nos tirar de todas as dividas e preocupações. –Todos suspiraram aliviados, principalmente eu.

Nunca mais vou pisar naquele lugar.

Nunca vai vou ter que beijar gente desconhecida.

Apenas os lábios daquele que eu realmente gosto!

–E quanto é essa pensão papai? –Chanyeol perguntou.

–É o dobro do meu salario e o salario de Minseok juntos. –Ele sorriu.

–Eu não sei quanto é, mas deve ser muito! –Baekhyun riu junto com todos.

–Sim, sim. –Papai disse com a voz baixa. –Minseok pode vir aqui comigo, por favor?

Eu fui até papai e ele segurou na minha mão, logo em seguida caindo em cima de mim...

Papai havia desmaiado em meus braços.

~*~*~*~*~*~

Tudo aconteceu de forma muito rápida, papai desmaiou no mesmo momento em que Yifan havia chegado para levar Luhan e Zitao para casa e levar os papeis do divorcio para ele assinar, ele aproveitou e foi correndo levar Junmyeon no hospital.

Na sala de espera estavam todos os filhos da família Wu mais Jonghyun e Kibum, esses últimos estando desesperados atrás de noticias.

–Já faz trinta minutos que ele ta fazendo exames e nada de falarem dele, eu vou fazer um barraco aqui jaja! –Kibum disse alterado e Jonghyun foi tentar acalma-lo.

–Amor se você fizer barraco aqui, não vão te deixar vê-lo, então é melhor ficar quietinho aqui. –Jonghyun conseguiu fazer ele se sentar.

–Parentes de Kim Junmyeon? –Um doutor chegou à sala de espera e um coro de “sou eu” foi entoado, assustando o profissional.

–Como está meu pai doutor? –Fui para mais perto do medico e disse calmamente.

–Ah não foi nada que vocês devam se preocupar, ele só estava com falta de energia... Poderiam me informar a quantos dias ele não come? Por que em um dos exames deu para ver que ele não se alimenta bem há um tempo. –Virei-me aos meus irmãos e todos estavam pensativos.

–Não acredito, não adianta falar com Junmyeon! –Kibum se exaltou. –Doutor eu não sei se ele come em casa, mas sempre que está comigo eu o obrigo a comer, por que ele sempre se recusa... Como eu o vejo todo dia, suponho que ele só almoça e é bem pouco.

–Vocês não se viram hoje... Então papai deve não ter comido nada ainda. –Kyungsoo se levantou e veio para o meu lado, ele me abraçou e eu retribui.

–Eu aconselho todos vocês a ficarem de olho na alimentação de Kim Junmyeon, ele não pode ficar sem comer por muito tempo, nem comer apenas uma refeição por dia, isso pode complicar a saúde dele no futuro... Bom, ele ficará aqui e será devidamente alimentado, só será liberado a noite. Alguém quer vê-lo? –Depois da pergunta do medico, começou uma arruaça e gritaria, porem Yifan conseguiu calar todos.

–Todos poderão ver o Jun, mas quem continuar com a arruaça ficará sem vê-lo! –Ele disse a todos com tom de autoridade. –Minseok vai primeiro. –Ele me olhou e deu um meio sorriso.

–Venha comigo então Yifan. –Ele me olhou surpreso. –Bom eu acho que Jia deve estar te esperando, então é melhor você ir logo, depois vai Luhan e Tao. –Sugeri e ele concordou, indo comigo até o quarto onde estava papai.

Eu fui o primeiro a entrar e logo atrás veio Yifan, papai olhou para ele surpreso e curioso ao mesmo tempo.

Eu expliquei o que aconteceu depois que ele caiu duro em meus braços e ele me ouviu atentamente, ouviu calado quando eu dei sermão nele também.

Parecia até que os papeis estavam sendo invertidos.

–Me desculpe por te dar trabalho Yifan, eu vou começar a me cuidar. –Ele olhou para o pai e ele sorriu.

–Não se desculpe, só quero que volte a comer, afinal você tem sete meninos dentro de casa que precisam de você, e os dois que estão comigo vão pirar se algo pior acontecer. –Ele se levantou da poltrona que estava sentado. –Acho melhor deixarmos os outros virem ver ele né Minseok? –Assenti e levantei da maca, já que estava sentado nela.

–Já vão? Não podem ficar mais um pouco? –Essa pergunta foi direcionada somente a Yifan, tenho certeza, ele só disfarçou.

–Tem muita gente querendo te ver ainda pai, se Kibum não vier aqui logo ele vai enfartar. –Comentei sobre o melhor amigo de papai e ele riu.

–Tão desesperado esse meu amigo... Tudo bem então, podem ir, te vejo mais tarde filho... Te vejo algum dia Yifan. –Ele o olhou com uma carinha de “eu queria que você ficasse mais” que não passou despercebida por mim e imagino que nem por ele.

Afinal ele conviveu com o cara mais de dezoito anos da vida dele.

–Nos veremos em breve, afinal quero levar alguns dos meninos para irem dormir lá em casa. Até mais e se recupere bem. –Yifan saiu e eu fui em seguida.

Essa aproximação dos dois poderia indicar alguma coisa?... Não, se Kris quisesse voltar ele teria cancelado o divorcio.

E Junmyeon não daria a mínima pelo Yixing ter mentido para ele.

~*~*~*~*~*~

Hoje foi minha ultima apresentação na boate Two Moons, e eu estava extremamente feliz por nunca mais botar meus pés lá, estava quase glorificando a Deus por me tirar daquele lugar...

Mas não posso falar que aquele lugar não me trouxe coisas boas, porque trouxe sim e muitas.

Trouxe minha homossexualidade a tona, e o mais importante...

Trouxe Jongdae para perto de mim.

–O que está fazendo aqui? –Disse assim que entrei no camarim de vi Jongdae olhando as roupas que estavam no cabide.

–Eu vim ver a ultima apresentação do Mr. Xiumin, que arrasou, como de costume... Por que não chamou ninguém no palco hoje? –Ele me olhou e sorriu, indo até a penteadeira e se olhando no espelho.

–Não queria beijar alguém desconhecido hoje... Baekhyun está ai? –Eu o olhava de costas no espelho, o admirando em silencio.

–Não, hoje Baekhyun decidiu ficar em casa, eu sai escondido e cheguei a tempo de te ver. –Ele ficou mexendo nas coisas da penteadeira e eu me sentei no sofá.

–Entendi. –Continuei o observando até ele perceber, ele me olhou com um sorriso provocador através do espelho.

–Sabe, Minseok, não me canso de me perguntar da onde você tirou coragem para frequentar um lugar como esse.

–Não sei por que você ficou tão espantado, irmãozinho... Afinal, você também frequenta um lugar desse não é mesmo? –Sorri maroto para ele.

–Mas é diferente! –Disse fazendo indiferença.

–Ora, diferente por quê? Por que ao invés de eu estar sentado no bar, eu estou em cima do palco? –Me levantei e conforme ia falando, dava passos cada vez mais largos em direção a ele, encarando seus olhos através do espelho com um sorriso divertido em meu rosto.

Ao chegar perto o suficiente ele se virou e inclinei-me em direção de seu rosto, ao ponto de sentir sua respiração resvalar em minhas bochechas.

–Isso mesmo. –Falou provocativo.

–E onde, exatamente, você queria estar quando me viu dançando daquele jeito, irmãozinho? –Sussurrei em seu ouvido, minha voz soando mais sensual do que eu imaginei.

Jongdae deu um sorriso de lado, um tanto quanto malicioso, e me respondeu sem hesitar.

–Exatamente onde estou agora, com você aqui, bem perto de mim. –Ele botou a mão em minha cintura e me trouxe para mais perto dele.

–Comigo sussurrando em sua orelha desse jeito? –Mordi seu lóbulo, vendo os pelos de sua nuca se arrepiarem.

–Eu preferia que você estivesse murmurando outras coisas em meu ouvido, pra ser sincero... –Jongdae me encarou, e por alguns instantes eu me perdi dentro de suas orbes escuras.

–Então me fale o que você gostaria que eu dissesse, e eu falarei... Ah! –Exclamei ao ter uma ideia melhor. –Que tal você simplesmente fazer o que tem vontade de fazer? Está liberado para fazer o que quiser.

Depois de alguns segundos de silêncio e um Jongdae me encarando um pouco surpreso, senti seu impulso em minha direção e logo ele encaixava seus lábios com os meus, arrancando-me um gemido surpreso.

Sorri antes de corresponder ao beijo que já começara um tanto quanto afoito, enroscando minha língua com a sua, ao mesmo tempo em que enlaçava sua cintura com minhas duas mãos.

Sem quebrar nosso ósculo, empurrei meu irmãozinho, prensando ele na penteadeira com o grande espelho, derrubando metade daqueles cosméticos caríssimos no chão.

Como se eu me importasse!

Jongdae abriu suas pernas, e eu não esperei nem um segundo para me enfiar no meio destas, infiltrando minhas mãos dentro de sua camisa, sentindo sua pele quente arrepiar-se ao mínimo contato com a minha. Encerrei o beijo quando o ar se fez necessário, logo rumando meus beijos para seu queixo e partindo logo para seu pescoço. Lambi e mordisquei toda aquela área, sentindo alguns gemidinhos manhosos escapando dos lábios do moreno, conforme ele inclinava a cabeça para me dar mais espaço.

Embriagado pela luxúria que nos rodeava, as mãos afoitas de meu irmão rasgaram a blusa que tinha colocado minutos antes de entrar no camarim, seguindo em direção aos passantes da minha calça e desafivelando meu cinto. Encarei seu olhar, quase me perdendo naquele oceano profundo de luxúria que eles exalavam.

Sorri sacana e me aproximei de sua nuca.

–Então era isso o que você queria fazer, meu irmãozinho querido?! –Perguntei, com um timbre rouco que demonstrava o quanto eu aprovava tudo aquilo que estávamos fazendo e que iriamos fazer.

–Use sua boca para outra coisa, Minseok. –Murmurou malicioso, enquanto com um manear de cabeça apontou para o meio de suas pernas, onde eu podia perceber certo volume tentador entre suas pernas abertas. Lambi meu lábio inferior antes de arrancar aquela calça que de nada nos ajudaria. Puxei sua boxer úmida pelo líquido pré-seminal até seu calcanhar, deixando-o se livrar da mesma e de seus sapatos enquanto arrancava sua camiseta que de muito já me atrapalhava.

Gemi ao observar aquele corpo totalmente a mercê de meus toques, e não perdi tempo antes de juntar nossos lábios de novo, começando a acariciar primeiro seu abdômen levemente definido, mas logo partindo para seus mamilos róseos. Suguei forte sua língua enquanto estimulava seu mamilo esquerdo, sentindo-o arfar entre nosso beijo.

Parti em direção de seu peito, sentindo um leve gosto salgado devido ao suor que começava a aparecer em nossos corpos devido a excitação, e rumei para onde minhas mãos acariciavam antes, mordendo aquele ponto róseo que aos poucos ficava cada vez mais umedecido. Senti as mãos de Dae acariciando meus cabelos enquanto ele soltava gemidos cada vez mais altos, e, céus, eu estava adorando saber que eu era o causador de cada um deles.

Quando o aperto de minha calça sobre meu membro tornara-se algo insuportável de se aguentar, não pensei duas vezes antes de arrancá-la junto de minha boxer clara e completamente manchada com o meu pré-gozo que escorria cada vez mais que Jongdae gemia daquele jeito para mim, e me aproximei novamente, dessa vez com meu pênis inchado e ereto em mãos, roçando a glande molhada nas coxas alvas de Dae.

Senti as mãos de meu irmão me empurrarem para baixo, até que eu estivesse praticamente de joelhos, e seu olhar intimidador e provocador para mim já me deixava claro o que ele queria, e eu não perderia a oportunidade de dar o que ele quer.

Arreganhei mais suas pernas para mim, vendo o quão duro seu membro se encontrava. Pensando em livrá-lo o mais rápido possível da provável dor que ele já sentia, fiz com que suas pernas abraçassem meu pescoço, e Dae arrepiou-se ao sentir minha respiração quente resvalar em sua ereção pulsante.

Dei um leve tapa em suas coxas que tanto chamavam minha atenção antes de por a língua para fora e lamber toda a extensão de seu pênis, desde sua fenda até seus testículos, me demorando um pouco neles. Retornei ao topo, relaxando minha boca e encaixando metade de seu membro em minha cavidade bucal, acariciando as veias estufadas com a língua, enquanto que com o auxílio de minhas mãos estimulava sua base. Ouvia os gemidos, ou melhor dizendo, gritos, de Dae chegarem ao meus ouvidos, o que fez com que eu só me empenhasse mais. Senti seu gosto levemente salgado assim que sua glande alcançou minha garganta. Voltei e dei uma atenção especial a cabeça de seu pênis, que escorria o líquido branco em abundância, e sabia que meu irmão logo chegaria ao orgasmo quando o mesmo começara a quase arrancar meus cabelos e seus gemidos ficaram mais altos, então, com o dedo indicador, pressionei a fenda de seu pênis, retardando seu orgasmo.

O agarro em meu couro cabeludo aumentou conforme Dae rosnava e me puxava para cima, estalando um tapa em minha bochecha direita.

Tá, ok. Eu mereci aquilo.

–Seu filho da puta! Como pode fazer isso comigo!? – Resmungou com uma careta. Eu sabia que aquilo doía, mas ele era lindinho demais todo marrento.

Gargalhei e quando estava quase o puxando para me perder entre seus lábios novamente, senti o baque de minhas costas sobre a arara de roupas e logo em seguida da parede.

Caralho, como doeu!

Só consegui reparar nas roupas espalhadas pelo chão antes de ter todo meu fôlego roubado pelos lábios quentes e desconcertantes de meu irmãozinho. Sorri antes de corresponder ao seu beijo que não continha nem um pouquinho de carinho e exalava pura luxuria e desejo. Quando nos afastamos por causa do maldito ar, Dae começou a praguejar baixinho e a se perguntar porque caralhos eu ainda possuía uma calça e uma boxer em meu corpo, enquanto eu o achava uma gracinha com toda aquela pose estressada.

–Se pensa que irei te pedir desculpas por ter acabado com sua alegria, pode esquecer, irmãozinho. –Forcei um sorriso sacana enquanto ele passava o jeans pelas minhas coxas. –A diversão acabaria cedo demais e nós ainda temos muito que fazer.

–Minseok... –Trincou o maxilar antes de continuar a falar. –Quando você vai calar essa sua maldita boca deliciosa e fazer algo de útil? –Inquiriu com aquela pose toda de machão.

Claro, maninho... Se você quer desse jeito, assim será.

De um segundo para outro, eu encontrava-me completamente nu no meio das pernas de meu irmão, enquanto o preparava com a ajuda de meus dedos e saliva. Dae arqueava as costas em cima do espaçoso sofá em que estávamos, o que só me empenhava a continuar.

Como eu achava que era sua primeira vez sendo passivo (e eu sabia que era), tentei ser o mais paciente e carinhoso possível na hora de invadi-lo com meu membro que já doía por manter-se tanto tempo ereto daquele jeito. Mesmo com todo o amor que eu nutria por ele, eu sabia que doeria, e ver sua expressão sofrida enquanto eu forçava espaço dentro de sua entrada apertadinha me deixava chateado. Mas também sentir aquele aperto extremamente delicioso em meu pênis conseguia me deixar nas nuvens, com uma vontade louca de mandar tudo ao inferno e foder aquele lugar o mais rápido e forte que eu conseguisse.

Mas, era meu Jongdae ali. E eu esperaria o tempo que fosse necessário.

Porém não demorou muito, e tanto eu quanto Dae aproveitávamos aquilo ao máximo, eu sentia minhas costas serem totalmente cortadas pelas suas unhas curtas, cada vez com mais intensidade conforme eu aumentava a força com que entrava e saia de si. Aumentei o agarre em seu quadril e joguei minha cabeça para trás conforme suas pernas rodearam-se em volta de mim, aumentando a pressão de seu interior em meu membro.

Aquele cheiro de suor e sexo, somado com nossos gemidos (que eram quase gritos) só fazia com que a aura daquela sala aumentasse e nos deixasse mais empenhados em continuar aquela dança deliciosa de corpos.  Quando minhas pernas já estavam doendo, mudei de posição e coloquei Dae sentado em cima de meu pênis, segurando mais firme em sua cintura para ajuda-lo nos movimentos.

Lambi e chupei aquele pescoço orvalhado de suor a minha frente, sentindo-o rebolar em cima de mim enquanto jogava sua cabeça para o lado e soltava palavras desconexas por entre seus lábios.

Após vários minutos de beijos e gemidos trocados, senti o interior do moreno se contrair deliciosamente em volta do meu pau enquanto gritava e mordia meu ombro ao mesmo tempo em que gozava deliciosamente em nossos abdomens suados, e eu, vendo a carinha linda que ele fazia juntamente daquele aperto maravilhoso em mim, não aguentei e logo era eu quem preenchia Dae, enquanto sustentava um sorriso satisfeito em minha face.

A única coisa que era ouvida naquela sala era o barulho de nossas respirações descompassadas, e eu sentia o olhar de meu irmão em minha direção.

–Eu nunca imaginei que um dia seria o passivo... Mas eu gostei. –Ele sorriu e  eu acariciei seus cabelos.

–Um dia te deixo trocar as posições.

–Achei que você fosse todo cheio de manha com esse seu cú. –Eu ri do modo que ele falou.

–Como você disse para mim uma vez, eu sou flex. –Rimos e eu o abracei.

–Ok, um dia vamos tentar inverter os papeis.

–Vamos ficar aqui mais um pouquinho e logo nós vamos embora. –Ele assentiu com a cabeça e se aconchegou em meus braços.

Foi uma ótima despedida daquela boate.