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História Segunda Chance (Jungkook) - "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"


Escrita por: miawoshmer

Notas do Autor


Boa noite coelhinhos e coelhinhas!!!!!!!!
O capítulo de ontem foi tão fofinho :33

Eu acho que não tenho nenhuma aviso, mas gostaria d dizer que o Tae está maravilhoso nessa foto :333
É isso kkkkk

Capítulo narrado pela Amy, boa leitura ^^

Capítulo 31 - "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"


Fanfic / Fanfiction Segunda Chance (Jungkook) - "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"

 

Acordei espaçosa na cama, estava com tanta preguiça de levantar-me, queria continuar ali repassando a noite anterior, porém precisava ir para a escola e ainda por cima trabalhar, o que a gente não faz por quem ama, não é? 

Droga! Justamente o que eu não estou fazendo! 

Eu não consigo entender por que sou tão idiota! Quem está escrevendo a minha história deve ter raiva de mim, só pode! Ou então estão querendo me testar, se isso for um teste estou perdida, tenho certeza de que não passei nele.

Pensei em Tae, como explicaria a ele toda aquela situação, não podia continuar mentindo e não podia falar a verdade, mas depois do que aconteceu só havia uma coisa que eu poderia fazer. 

Movi minha mão de mau jeito e senti uma fisgada. 

- Ai! 

- O que foi? – resmungou preocupado. 

- Oppa... – por um momento até me esqueci que ele dormia comigo – Bom dia! – sorri envergonhada. 

Droga ele me viu sem roupa, isso é tão constrangedor depois que passa. Ontem me pareceu tão certo, hoje eu não acho tanto assim, o que será que ele achou de mim?

Ele disse que eu parecia uma tabua uma vez, Oppa malvado. Aposto que ele continua achando isso. Franzi o cenho. 

- No que tanto pensa para fazer essa cara de irritação? Achei que fosse acordar feliz hoje! – Diz com um sorrisinho malicioso. 

- Não estou pensando nada demais. Quer saber? Eu preciso tomar um banho. – Fiz um cara de nojinho. – E preciso trocar os lençóis...

- Na verdade não, eu limpei tudo ontem enquanto você dormia, até os lençóis.

- Como? – perguntei surpresa. 

- Quando você pega no sono parece uma pedra, se a casa pegasse fogo você não ia ver. 

- Idiota! – faço meu famoso bico irritada. 

- Pensa pelo lado bom. 

- E qual é o lado bom? 

- Foi o seu fantasma que dormiu com você na primeira vez. – Corei violentamente. 

- Sabe que isso não é tão bom, não é? Conversamos sobre isso ontem. 

- Vai falar daquele imbecil de novo? 

- Ele não é um imbecil e o que eu fiz foi errado e eu pensei muito sobre isso quando acordei

- E o que pretende fazer? Chegar nele e dizer: Então Tae eu te traí ontem, transei com um fantasma que mora no meu quarto, aquele gostosão. – Ele disse fazendo uma voz fina e irritante que me fez rir. 

- Não seu bobo, para de caçoar de mim! Você me faz parecer uma doida! Eu deveria ficar brava por você me dizer isso, mas você tem razão e isso me irrita tanto. 

- Você sabe qual é a solução. 

- O pior é que eu sei mesmo. 

- E você tem medo dela. 

- Tenho. 

- Se eu estivesse no seu lugar também teria, não é fácil terminar um relacionamento. – Ele diz fazendo um biquinho que achei a coisinha mais fofa. 

Não podia achar as coisas que ele fazia fofo.

Suspirei pesado. 

- Ele vai me odiar para sempre. 

- Talvez não. Quando eu voltar à vida e ele vê que você o trocou por um cara muito mais bonito e melhor... 

- Meu Deus você é muito convencido! Será que você não é da família dele? – eu digo rindo e ele me acompanha. 

- Eu estou sendo realista! E não me coloque na mesma família que ele.

- Eu não vejo a hora de você voltar. 

- Não parece! Você já achou meu corpo? 

- Não... – digo tentando esconder a culpa. 

- Então. 

- Você é muito malvado comigo! – finjo irritação. 

- Você que é malvada comigo. Eu como fantasma já fiz mais coisas do que você como humana. – Ele franziu o cenho para mim. 

- Você tem razão. – Digo. – Mas eu vou fazer você se orgulhar de mim! – sorrio. 

- Hã? 

- Eu prometi e vou cumprir, se eu não consegui vou tentar de novo. Vou te provar que tudo que fez por mim até agora valeu a pena. Vou me esforçar e a primeira coisa que irei fazer é procurar seu corpo! 

- Agora eu vi firmeza! – diz empolgado. 

- Eu tenho uma hora para pesquisar algumas coisas e buscarmos pistas antes de ir trabalhar. 

- Ótimo!

- E você vai comigo. 

- O que? – perguntou surpreso. 

- Se nós vamos procurar por você, é obvio que precisa vir junto. 

- Agora eu acredito que você mudou mesmo. 

Nós dois ficamos rindo mais um pouco, até eu decidir me levantar. 

- Oppa?... Você pode fechar os olhos? 

- Por quê? 

- Eu quero me levantar. 

- Está com vergonha de mim? – pergunta espantado. 

- Eu est... 

- Não precisa eu já vi tudo ontem. 

- Eu sei que viu, mas ainda assim... – Digo zangada. 

- Amy o que está incomodando você? – perguntou apoquentado. 

- Eu? 

- Não tente mentir para o doutor Oppa. – Ele diz sorrindo. – Doutor Oppa que droga! 

- Você é o especialista, me diz você. – Provoquei. 

- Está com vergonha de seu corpo, não é? – como ele faz isso? – Não tenha ele é perfeito. – Ele diz com um sorriso ladino nos lábios e suspirando em seguida, de repente se perdeu em seus próprios pensamentos. No que será que estava pensando? 

- Por que disse que pareço uma tabua então? – chamei sua atenção de volta. 

- Eu nunca disse isso! – O encarei irritada. – Eu só disse isso para você não ficar pensando que eu estava tendo pensamentos maliciosos com você, embora eu estivesse, achei que se você soubesse iria me expulsar. 

- Então você não me acha uma tabua? 

- Claro que não! Seu corpo é uma obra de arte, e seus seios são maravilhosos. Tanto que dormi segurando um deles ontem, eu ainda consigo sentir a maciez deles em minhas mãos. Quando eu voltar a ser humano Noona... Não vejo a hora. – Ele me olhou malicioso mordendo o lábio inferior. 

- Você é o tarado dos peitos é? – pergunto brincalhona. 

- Eu gosto dos seus seios, o que posso fazer? Eu também tenho uma tara por bunda, ontem não tivemos muito tempo, mas no futuro ainda quero tentar muitas coisas, inclusive mordê-la e quem sabe... 

Senti meu corpo estremecer com suas palavras. 

- Vamos mudar de assunto! Você não pode me deixar excitada logo cedo, até porque você voltou a ser fantasma. 

- Tem razão. – Ele acaba se conformando.

Peguei meu colar que estava em cima da minha estante ao lado do relógio e fiquei namorando o mesmo. 

- Sem dúvidas esse é o melhor presente que já ganhei. – Não consigo esconder a voz emocionada. 

- Não seja hipócrita você já deve ter ganhado presentes melhores. 

- Talvez. Mas esse aqui tem um significado especial para mim. – Ele me olhou curioso, esperando que eu continuasse. – Além de ser presente do Oppa. – Sorriu. – Me faz lembrar do que você disse, que eu não podia enterrar meus sonhos por ninguém, você me fez prometer que eu continuaria tentando mesmo se eu fracassasse. Para vencer essa batalha é isso que eu preciso fazer. Então esse pingente está aqui para me lembrar de que eu fiz uma promessa e preciso cumpri-la. 

- Então esse pingente é um símbolo para você? 

- Um amuleto. Que vai sempre me levar até você. – Ele sorri mostrando seus dentinhos de coelho. – Mas estou curiosa, você não me disse como conseguiu o pingente. – Ele pigarra. 

- Presente é presente, desde quando eu preciso dizer como consegui? 

- Você é fantasma como iria conseguir me dar um presente? 

- Dando! Do mesmo jeito que te dei uma boa foda ontem... Se sinta privilegiada, você é a única que tem um namorado fantasma bem dotado.

- Namorado? Já somos namorados? – perguntei rindo.

- Amy namora comigo?

O encarei perplexa, por mais que quisesse muito, como diria sim sem ter terminado com o outro?

- Não precisa me responder agora. – Acho que no fundo ele entendia. – Eu tenho mais uma pergunta para te fazer. Você ainda acha que sou gay?

Olhei para ele corada.

- Quer mesmo saber?

- Quero.

- Eu só tenho uma coisa para dizer para você... – sorri travessa. 

- O que? 

- Ontem foi maravilhoso. – Me levantei rapidamente da cama e corri para o banheiro. Deixando um Oppa com um sorriso largo e satisfeito nos lábios ainda deitado na cama. 

 

 

❁ ════ ❃•❃ ════ ❁

 

 

- Bom dia Amy! – Nanny me cumprimentou com uma voz sarcástica. – Você tem aula e depois vai direto trabalhar certo? 

- Certo. – Concordei. 

- Eu preparei um lanche reforçado para você. Toma. – Me estendeu uma de suas tupperware. 

- Obrigada. – Agradeci sem jeito. 

- Por nada. Agora me diga, tem alguma coisa que precisa me contar sobre ontem? – perguntou me encarando com aquelas duas grandes esmeraldas verdes e cintilantes, capazes de esquadrinhar até a minha alma. 

É O QUÊ? 

Minha nossa ontem à noite eu me esqueci da Nanny! 

- Estou esperando uma resposta.

Que faro é esse? É assustador. 

- Não tem nada... – minha cara já me entregava. 

Estou me segurando para não ter um treco. 

- Não é o que parece. – Ela diz arqueando uma das sobrancelhas. 

 

Pensa rápido Amy. 

 

- O Tae me chamou para passar o restante da semana na casa de praia dos pais dele já que não teremos aula por causa dos preparativos para o baile. – Digo rapidamente.

- Só vocês dois? 

- Não! Não... Nossos amigos vão também, tipo a Maisie, o Jimin, a Jeongyeon... 

- Eu não confio na Jeongyeon. – diz séria. 

- Por quê? Ela é minha amiga. 

- Meu faro nunca me engana Amy, e ela não é alguém que eu gostaria de manter ao meu lado. 

- Acho que está exagerando. 

- Talvez, mas você desconfia tanto de mim, achei que também desconfiasse dela. 

A Nanny acordou com a macaca hoje, porque eu deveria desconfiar da Jeongyeon? Será que a Nanny sabe de algo que eu não sei? Eu já ando tão absorta com os problemas que me rodeiam, já estava quase esquecendo o mistério Jeongyeon e ela vem jogar mais suspeitas em cima de mim. O que está bem a frente e eu não consigo ver?

Não tem nada de errado.

 

Sai de casa indo em direção ao ponto, era ótimo quando Tae vinha me buscar, mas quando não dava eu não me sentia chateada. Não gostava de andar de ônibus, entretanto, hoje tinha companhia então nem estava ligando para esse fato inusitado. 

- Escola. Nem me lembro mais o que é isso. 

- Não se meta em nenhuma confusão viu? 

- Sim mamãe! – ele diz imitando o KIKO do Chaves. Não devia ter assistido com ele;

- Idiota para de me fazer rir. 

- Desculpe. Boa aula Noona eu volto mais tarde. 

Sinto meu coração acelerar. Quem esse garoto está pensando que é para fazer isso comigo? 

 - Até mais tarde... – digo um pouco corada.

Meu Deus todo mundo vai notar. 

- Porque está vermelha Dongsaeng? 

- Jimin! – digo assustada. 

- Oxi por que gritou? Viu uma assombração por acaso? – perguntou rindo. Não me diga que... 

- Não briga comigo ele já foi, eu o deixei sair. 

- Não vou brigar. 

- Por que não? – perguntei desconfiada.

- Porque ele está me deven... 

- Fofos, vocês não vão acreditar! – diz Maisie chegando do nada, super empolgada. – Eu estava assistindo um filme “Quem vai ficar com a Mary” Interpretado pela Cameron Diaz aquela diva! E me veio uma inspiração! Acho que vou escrever outra história e vou postar no Spirit! 

- Você escreve? – perguntou Jimin surpreso. 

- Sim. É o meu passatempo preferido, me sinto livre para me expressar quando escrevo, não sou só autora, sou conselheira, amiga e aprendo muito também. 

- Isso é incrível! – diz Jimin admirado.

- Por que escolheu logo essa história? – perguntei encabulada. 

- Por nada, só achei interessante narrar um romance entre uma mulher e dois homens. – Ela diz sorrindo e Jimin me olhou de soslaio. Ele havia entendido minha preocupação. – Quem vai ficar com a Mary? 

- É, e quem vai ficar com a Amy? – brinca Jimin. 

- Com a Amy? Por que a Amy? Você tem dois amores? – me perguntou finalmente. 

- Você quem está dizendo. – Eu digo irônica. 

Jimin eu mato você. 

Jimin apenas ria. 

- Minha historia com mais favoritos é inspirada no dorama Hotel del luna, é uma moça que tem um hotel fantasma ela é humana e fantasma, transita entre os dois mundos de uma maneira misteriosa, e por ter muitas pendencias no mundo real nenhum dos fantasmas encontram o caminho para casa, quer dizer não até concluírem a missão deles, depois disso eles vão para o além, é bem dramático e triste. Por isso decidi dar um final diferente... – falava sem parar.

Jimin olhou para mim de um jeito diferente, dessa vez parecia preocupado com o que Maisie tagarelava.

- ... Até que eles cumprissem sua missão eles não iriam embora, mas depois disso... – Ela continuou, e de repente eu senti um aperto no peito.

Maisie parou de falar e me encarou, ela não estava entendendo minha reação, e como poderia?

- Nesse drama... o que acontece para eles virarem fantasmas? – perguntei hesitante.

- Morreram. – respondeu como se fosse obvio. – Todos os fantasmas desse dorama já estavam mortos Amy... – ela diz, como se estivesse se desculpando.

Se ela soubesse a verdade, talvez fizesse mais sentido seu pedido de desculpas, eu não havia contado nada e sei que Jimin também não, então quem era Maisie afinal? Como ela conseguia ser assim?

- Talvez eu seja a Jang Manwol. – disse tentando mudar aquele clima pesado com uma travessura, fazendo com que Jimin e eu a encarássemos assustados. – É brincadeira, vocês deveriam ver a cara de vocês! – diz abrindo um sorriso largo.

Essa garota... É maluquinha.

- Você acabou de dizer que é uma morta viva e não quer que nos assustemos? – eu perguntei e ela apenas sorriu, Maisie tinha tantos segredos...

Adentramos a escola juntos, resolvi abandonar aquela conversa, não podia deixar ela me abalar. Avistei Tae e Yeon numa mesa um pouco afastada do centro sorrindo como velhos conhecidos, os dois pareciam se entender muito bem e enquanto conversavam olhavam um dentro dos olhos do outro. 

 

“Eu não confio na Jeongyeon. 

- Por que, ela é minha amiga? 

- Meu faro nunca me engana Amy, e ela não é alguém que eu gostaria de manter ao meu lado”. 

 

A voz de Nanny soou em meus ouvidos, Tae e Jeongyeon? Será? A Nanny nunca erra, mas eu realmente espero que esteja errada agora. 

- Vai ficar parada aí? Olha o V e a Yeon ali, vamos até lá! – diz Jimin. 

Eu me deixei ser guiada cegamente até a mesa dos dois. 

- Amor que bom chegou, eu estava aqui falando para a Jeongyeon sobre a viagem... 

Tae estava tão concentrado no que dizia, porém eu não conseguia esquecer o que havia acabado de ver. Já não bastasse a conversa estranha que ouvi. 

 

- Não adianta ficar fazendo essa cara, não vai mudar nada. 

- Por que não? 

- Você sabe por quê. 

- E ela sabe? 

- A Amy não sabe de nada, e não precisa saber. 

- Por quanto tempo pretende esconder isso dela? 

- Até eu ter o que preciso. 

 

O que ele precisa? Ele está mentindo para mim? 

- Você está me ouvindo? 

- Sim... Quer dizer não... Me desculpa eu estou meio atordoada com algumas coisas... 

- O que aconteceu? – perguntou Yeon preocupada. 

- Nada demais. – Tento não transparecer minha desconfiança. Tem alguma coisa errada acontecendo aqui e eu espero que seja só paranoia minha, porque se for verdade... 

 

 

❁ ════ ❃•❃ ════ ❁

 

 

Estava no café torcendo para que o tempo passasse o mais depressa possível, eu já estava ali há quase uma hora, porem o relógio se arrastava lentamente para me pirraçar. Queria ver o Oppa e isso estava acabado comigo. 

Até tentei me concentrar no meu serviço, mas minha mente não estava nele, ela vagava naquele quarto, a imagem de seu corpo por cima do meu, seus dedos em minha pele, a firmeza de seu toque, seu beijo, o modo como me deu prazer, não conseguia esquecer.  

Aquele sorriso travesso em seus lábios, aquele peito duro, o som dos nossos sexos se tocando, os gemidos dele. Ó Céus! Ele foi só meu ontem à noite, eu ainda não acredito que ele foi meu. Meu Deus Amarílis esquece isso e se concentra nos pedidos. 

Respirei fundo e levei o pedido até uma das mesas. 

- Aqui está. – Fui o mais cordial possível. 

- Só um momento. Este pedido não é meu. – disse o cliente. 

- Mil perdões, por favor, eu cometi um erro, mas concertarei imediatamente. Por favor, me desculpe. – O que estava acontecendo comigo? Eu nunca havia errado meu serviço. 

Levei o pedido certo até a mesa do cliente morrendo de vergonha pelo erro por mim cometido. Olhei para o homem a minha frente e, o mesmo, sorriu. 

- Eu posso perceber que algo a perturba. Estou certo? 

Assenti sem graça. 

- Sabe criança, a vida é um mistério, nós sempre vivemos o dia de hoje sem saber como será o dia de amanhã, mas se parar para pensar não existe amanhã. Então para que se preocupar? 

O que ele estava querendo dizer com isso? 

- O que eu quero dizer é que você deve ter certeza sobre o que quer seu coração antes que faça algo que possa se arrepender depois. A vida é feita de escolhas e você está caminhando em direção a elas, então faça a escolha certa, não se deixe levar pelas aparências. Não haverá um amanhã se não começar a construí-lo hoje.

Olhei para ele incrédula, eu já havia ouvido aquelas palavras antes e se estou as ouvindo novamente acredito que a hora está chegando. Que escolha é essa que eu preciso fazer? Será que quando chegar a hora eu vou saber? 

 

 

❁ ════ ❃•❃ ════ ❁

 

 

- Amarílis! – Jerry grita me assustando. – O que está acontecendo com você criatura? Trocou o pedido dos clientes, está tão aérea desde que chegou, você não me parece bem. 

- Eu estou bem Jerry. 

- Não, não está. Eu sou gay e não cego! 

- Jerry... 

- Amy... O que está acontecendo? – como se tivesse tido uma ideia Jerry comemora. – Você e o Taehyung tiveram a primeira vez! Ai que maravilha! É por isso minha menininha virou mulher e agora está impressionada, faz todo sentido. – Ele dizia com um misto de empolgação e emoção.

- Não Jerry!

Sim Jerry, mas não com o Tae. Consciência não se mete.

- Então está assim por que ele não fez nada? – perguntou espantado. – Eu não sabia que ele era brocha! 

- Nenhum e nem outro. – Me permiti rir de seu comentário. O Tae brocha? 

- Então o que pode ser? 

- Eu estou preocupada... 

- Cansada? 

- Não, eu... – meu telefone começou a tocar. Olhei no visor e vi o nome de Tae. 

- Atende. – ele ordenou mais aflito e curiosos do que eu.

- Você pode me dar licença? 

- Não. Atenda-o. Eu vou ficar bem aqui. 

Bufei irritada. E atendi o telefone.

- Alô? 

- Amor? Como você está? Aconteceu algo hoje de manhã? 

- Não. Eu estou bem. 

- Ah! 

- Eu só fiquei um pouco impressionada hoje. 

- Com o que? 

- Nada demais. O Jerry que me esgota a paciência. 

- Ah sim! Você falou com a Nanny sobre a casa de praia? 

- Sim. 

- O que ela disse? 

- Que sim. 

Jerry arregalou os olhos, com espanto. 

 - Posso te buscar mais tarde? 

- Hoje não, eu vou resolver algumas coisas e vou para casa arrumar minhas malas. – Respondi sorrindo. 

- Entendo, tudo bem então nos vemos amanhã de manhã, até mais amor. 

- Até. – Desliguei. 

- AAAAA VOCÊEEEEEEE 

- Jerry! 

- O bofe escândalo te chama pra sair e você rejeita? Você é louca? – com certeza o escândalo de Jerry dava para ser ouvido do lado de fora. 

- Nós vamos passar o final de semana todo juntos.

- Melhor. – diz aliviado.

- Jerry você é inacreditável 

- Por acaso está com medo do garanhão? 

- Não! – respondo rápido. 

- Você é uma moça inteligente, bonita, esforçada, na hora H ninguém vai ficar preocupado em ser perfeito, vai se preocupar em ser gostoso. – disse malicioso. 

- Oshi. 

- Eu sou péssimo para dar conselhos, mas eu sei que você entende, está escrito sexo na sua testa.

- O que? – Isso é sério? Jerry sai com um sorriso malicioso e me deixa espantada na sala de reuniões.

Será que o que Tae planejava mesmo ter nossa primeira noite juntos? Eu quis tanto isso, mas agora eu não quero mais. Já tive a minha primeira vez, e se eu deixar que ele consiga o que acabarei traindo os dois. Desde aquele dia em que o Oppa me fez ter o primeiro orgasmo, venho pensado em sua voz me dizendo tudo aquilo de um jeito tão sexy, não consegui evitar. Depois veio o beijo. Para matar o restante da minha inocência veio à noite passada, que presente.

Você só me coloca em apuros Oppa. 

Fechei os olhos em frustração e deixei que os meus pensamentos me levassem até aquele momento. Quando senti meu coração quase parar no peito e o meu único conforto foram seus dedos gélidos, ele estava mesmo ali comigo. E depois de uma, duas, três, dez eu gozei junto com ele. Que absurdo! Ele é um fantasma. Mas um fantasma tão gostoso. Não tentei lutar contra isso nenhuma vez, a proximidade de nossos rostos, nossas bocas, nossos corpos. Não tive forças para resistir, não tentei resistir.

Se fosse outro garoto provavelmente eu estaria lutando para que não acontecesse, mas era ele, meu coelhinho que estava me beijando e me fazendo mulher de verdade, eram as mãos dele que apertavam minha cintura com força, era os lábios dele que me traziam o desejo de ser só dele. 

Tae me perdoa, mas foi tão bom. Não acredito que isso estava acontecendo comigo, eu estava dividindo meu pensamento entre dois homens, a Maisie tinha razão, apesar de diferentes pareciam ocupar um espaço igualitário em meu coração, ou não.

Droga! Quem vai ficar com a Amy no final? O fantasma que fazia meu quarto de hotel ou o bofe escândalo?

 

 

❁ ════ ❃•❃ ════ ❁

 

 

Já eram 7 horas da noite e eu estava na lavanderia lavando algumas coisas. 

- Porque está lavando roupa a essa hora? – Nanny chegou do nada me assustando. 

- Por nada, eu só vi que tinha muitas roupas sujas, lençóis... 

- Eu lavei todos os lençóis há dois dias, como sujaram tantos assim tão rapidamente? 

- Eu derramei café neles. 

- Café? Coloque água sanitária neles então para não ficar o cheiro, quero dizer a mancha. – diz irônica. 

- Tá bom. 

- Já arrumou as malas? 

- Já, estão lá no quarto. 

- E que horas ele vem te buscar amanhã? 

- 9 horas da manhã. 

- Que bom. Vou subir tá? Não deixa bagunça na lavanderia. 

- Ok. 

- E toma cuidado com essa mão. Se abrir o corte eu vou costurá-lo de novo, mas sem a anestesia. 

- Credo Nanny! 

Ela me deixou sozinha na lavanderia, fiquei um tempo por lá terminando as peças e me peguei cantando uma música que nunca achei que lembraria tão facilmente.

 

Às vezes me pergunto se
Eu viverei sem ter você
Se saberei te esquecer

Passa um momento e eu já sei
Você é o que eu quero ter
Inesquecível para amar

Mais que uma história pra viver
O tempo parece dizer
Não, não me deixe mais
Nunca me deixe

Quanto mais longe possa estar
É tudo o que eu quero pensar
Não, não me deixe mais
Porque eu te quero aqui
Inesquecível em mim

 

Talvez aquela não fosse a música mais apropriada para o momento, mas ela de alguma forma tinha um significado extraordinário em mim.

Oppa.

Subi para o meu quarto assim que terminei de lavar os lençóis cantarolando a mesma canção, ela não saia da minha mente. Eu não podia deixar as provas da noite anterior, por isso lavei tudo que consegui. Tomei um banho rápido e quando sai do banheiro, coloquei um filme qualquer para assistirmos enquanto tentávamos dormir, mas nem eu e nem o Oppa prestávamos a atenção no mesmo, pois flertávamos mais do que tudo um com o outro. As horas se passaram rapidamente e quando me dei conta já eram 8 horas da manhã. Tae era extremamente pontual e chegou no horário marcado para me buscar. Seguimos para o seu jatinho, que eu nem sabia que ele tinha.

O Tae deve ser muito rico mesmo. 

Passamos a maior parte da viajem intrigados. Sim, intrigados. Porque nenhum de nós desconfiava que Maisie o levaria. 

- Suga! Me ajude aqui. – Ela o chamou para ajudar com as malas. 

Suga? De onde ela tirou isso? Yoongi parecia sem jeito, fora Jeongyeon e a própria Maisie, ele não falava com nenhum de nós, por que diabos aceitou vir numa viajem dessas? 

 

 

❁ ════ ❃•❃ ════ ❁

 

 

Quando chegamos a casa de praia de Tae eu quase cai de costas, ela era incrivelmente enorme, mas ele disse que só havia três quartos desocupados, ou seja, teríamos que dormir em duplas. 

Não gostei muito da ideia, principalmente porque a divisão já havia sido feita por ele, Jeongyeon e Maisie ficariam com um quarto, Suga com Jimin em outro, e o que sobrou seria nosso. 

- Está tudo bem? – perguntou se aproximando da sacada da varanda onde eu estava escorada. 

- Não. Jimin eu não quero dividir o quarto com o Tae. – Choraminguei. 

- Por que não? Vocês são namorados. 

- Eu sei, mas... 

- Você o trouxe? – perguntou espantado. 

- Só para garantir. 

- Amy... Não acredito que... 

- Eu não posso controlá-lo. 

- Ouça, não fique com medo do Tae, se tiver que fazer faça. Esse garoto não pode mandar na sua vida.

- Ele não manda na minha vida, eu queria ter essa confiança que você tem. 

- Não eu não sou confiante não, mas é aquele ditado: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. – Nós dois rimos. 

- Você é hilário Jimin. 

- Ele não vai tocar em você se não quiser, ele não é assim. 

- Estranho, como entramos nessa conversa mesmo? 

- Sei lá, parece até que somos amigos íntimos. 

- Somos mais que isso, somos irmãos! 

- Cabeçuda. – diz Jimin me apertando em seus braços me fazendo rir. 

- Socorro! – tentei desviar de seus dedos, não queria receber cocegas dele.

- Vou te jogar do outro lado, garota! – me ameaçou.

- Vai nada, socorro Tae! Jimin minha mão! Você vai machucá-la! 

Nós dois riamos como crianças levadas enquanto eu tentava me desvencilhar de seus braços. Era engraçado ter Jimin tão perto, ele realmente me fazia sentir como se fossemos irmãos.

- Eu te odeio! 

- Se disser que me odeia eu te encho de cocegas de novo. 

- Não! Tae socorro! Olha minha mão Jimin! – tentei negociar.

 

- Solta minha namorada Jimin. – diz Tae sério. Deixando tanto Jimin quanto eu sem graça. 

 

- Taehyung só estávamos brincando. – ele diz sem jeito.

- Não precisa tocar nela para brincar com ela, só eu posso tocar nela. – Seu olhar era tão frio quanto um iceberg. 

- Desculpe. – Jimin se retirou me deixando com um Taehyung muito zangado na varanda. 

- Tae nós só estávamos brincando! 

- Isso é brincadeira? Ele estava encostando o pau na sua bunda e quase agarrando seus seios! 

- Claro que não! Você está louco? – De onde ele tirou isso?

- Louco? Eu louco? Você não viu nada. – Ele estava bravo. 

- Tae não é o que parece. 

- Eu vi com meus próprios olhos, estava aqui o tempo inteiro. – diz irritado me dando as costas. 

- Tae! 

- Já estão tendo uma DR? – pergunta Jeongyeon aparecendo na varanda assim que Tae saiu. 

- Yeon eu juro que não foi nada grave. 

- Tomara que não mesmo. – Eu sinto o descaso em sua voz. 

Antes que eu faça uma besteira me retirei da varanda, e entrei em casa. Avistei Maisie e Yoongi na cozinha, os dois estavam fazendo o almoço juntos, já que eu não podia ajudar por causa da minha mão ainda machucada, entretanto acho que nenhum dos dois estava precisando da minha ajuda, eles pareciam se entender muito bem. Yoongi parecia ser exper na cozinha o que para mim, foi um pouco inusitado, afinal nunca o imaginei de avental preparando alguma coisa comestível. Ele sempre foi tão rude e mimado. 

- Maisie não exagera, esse tanto de arroz está bom. – A aconselhava.

- Mas Suguinha o V come muito. – Ela fazia uma voz manhosa. 

- Ayshi, já disse para parar de me chamar de Suguinha. – Ele diz irritado. 

- Suguinha combina com você, ou quer que eu te chame de leite? 

- Só se você for meu café. 

 

Espera ele estava flertando com a prima dele? 

 

- Não quero ser café, não posso ser outra coisa? 

- Tipo o que? Não consigo pensar em nada que não seja malicioso quando falo de leite. – Ele dizia concentrado no que fazia. 

- Sua mente é muito suja. – ela diz fazendo um biquinho fofo e irritado.

- A sua também já que entendeu o que quis dizer. 

Maisie se engasga. 

- O que foi? Você está bem? – ele perguntou preocupado e eu me segurei para não começar a rir, agora sei por que ele veio. 

Tentei recobrar a postura e entrei na cozinha inocentemente, como se nada tivesse acontecido. Yoongi se afastou de Maisie rapidamente, um pouco vermelho. 

- Vim pegar uma água. 

- Pega, quem está te empatando? – Educado como sempre. 

Peguei o copo no armário e a garrafa na geladeira e comecei a beber minha água lentamente só para poder observar o embaraço dos dois seres a minha frente. Como sou maldosa. Aprendi com o Oppa!

- Anda logo aí, você está atrapalhando. 

- Desculpa senhor Min Yoongi. 

Sai da cozinha.

Inacreditável.

 

 

❁ ════ ❃•❃ ════ ❁

 

 

Almoçamos tarde, Tae ainda estava irritado comigo e quando chegou a hora de dormir a situação só piorou. Todos já haviam ido para seus respectivos quartos e eu e Tae estávamos sozinhos no nosso. 

Corri para o banheiro para tomar um banho e me trocar, mas tive uma tremenda surpresa ao abrir minha mala. 

Não acredito que ela havia feito isso comigo. 

Encarei o espelho diversas vezes, não podia sair daquele jeito de dentro do banheiro, não com aquele baby doll vermelho que não cobria absolutamente nada.

Não acredito que a Nanny trocou minha mala! 

Não havia nada decente naquela mala, aquela roupa era muito escandalosa, eu estava praticamente exposta o Tae iria pensar que eu era uma vadia.

Nanny eu mato você quando voltar. 

- Amor vai demorar muito aí dentro? – sua voz não era irritada. 

- Eu já estou saindo! – gritei. 

Não, eu não vou sair daqui. Talvez se eu esperar mais um pouco ele pegue no sono. Isso! 

- Amor eu quero usar o banheiro. – A voz dele estava muito alta, o que significava que ele estava perto da porta. Ai que droga! 

- Só um minuto. – Vasculhei o banheiro em busca de alguma coisa que pudesse me cobrir, não tinha nenhuma blusa cumprida o bastante para isso, então peguei o roupão e vesti, foi à única solução que encontrei para aquele problema. 

Abri a porta em seguida e não avistei Taehyung, o mesmo, estava jogado na cama de casal com os olhos fechados. Acho que havia dormido. Suspirei aliviada.

Eu já disse que vou matar a Nanny quando voltar? Como ela pode fazer isso comigo? 

Fechei os olhos em irritação, e fui surpreendida ao sentir dedos firmes me agarrarem pela cintura. Abri os olhos rapidamente num susto, mas paralisei ao sentir a proximidade do outro, que deixava com que seu hálito quente tocasse a pele do meu pescoço com naturalidade. 

- Achei que não fosse mais sair de lá. – diz rouco, me fazendo tremer em seus braços. 

- A Nanny trocou minha mala. – Eu disse me segurando para não gaguejar de nervoso. 

- Qual é a desse roupão? – ele pergunta curioso. 

- Eu... 

- Não precisa dele. – ele diz me virando de frente para si. Desamarrou o roupão rapidamente, e antes que eu pudesse protestar, o mesmo, já estava no chão. 

Corei violentamente assim que vi os olhos do outro sobre mim, cheios de desejo e luxuria sedentos de prazer. Tae me observou por alguns segundos que mais pareceram a eternidade, e antes que eu pudesse protestar se aproximou de mim colando nossos corpos, e bem próximo do meu ouvido disse. 

- Me lembre de matar a Nanny por isso. – Ele diz se ajoelhando e pegando o roupão do chão para me vestir novamente. – Assim está melhor. – Ele me dá às costas e se deita na cama de novo. 

Fiquei parada igual uma estátua no mesmo lugar, sem entender o que havia acabado de acontecer.

Eu havia sido rejeitada, foi isso? 

 

- Não vai vir dormir? 

- Vou. 

- Então vem, aproveite e apague a luz, eu odeio dormir com a luz acesa. 

- Tá bom. – Concordei. 

Me deitei na cama de costas para Taehyung já que ele estava de costas para mim. Parecíamos crianças birrentas, não acreditava que ele ainda estava bravo comigo por causa da brincadeira com Jimin? Ele estava vendo coisa onde não tinha! Droga falando assim me sinto uma hipócrita, e se eu também estiver vendo coisa onde não tem?  

 

Preciso conversar com o Oppa sobre isso. 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, Maisie sempre nos deixando intrigada kkkk
Amanhã eu conto para vocês como vai ser esse fim de semana na casa de praia do Tae kkkkk
Nunca vi levar fantasma para passeio!

Até amanhã amoras <333


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