História Segundas Chances - Shirlipe - Capítulo 18 - Ajudinha parte 2

Felipe De Souza Miranda

Peripécia.

Logo depois que Shirley saiu da peripécia, Felipe suspirou irritado. Não com Shirley, mas sim com a escolha dela em não delatar a irmã que fez mal contra ela própria.

Felipe não era nem um pouco idiota e sabia que havia grandes chances de Carmela e Jéssica serem cúmplices naquilo tudo.

- E então Felipe, oque você tem em mente? - Rodrigo o fez despertar daquela reflexão.

- Eu pensei em fazer a Jéssica confessar tudo, mas não consigo chegar a uma conclusão...

Felipe disse passando a não nos cabelos.

- Você poderia trazê-la para ca. Poderíamos instalar câmeras e alguns microfones sem que ela perceba... - Henrique sugeriu

- Isso pode dar certo, meninos. Mas tem um problema...

Rodrigo pontuou.

- Qual? - Felipe e Henrique perguntaram em uníssono.

- Como é aqui na peripécia, ela poderia perceber... ela é esperta,  tem que ser num lugar onde ela não desconfie. - Rodrigo sugeriu.

- Já sei. Poderia ter na sua casa Felipe. Ela ja não passou um tempo com você lá, por causa da gravidez? - Henrique perguntou.

Felipe assentiu interessado.

- E oque eu faria pra arrancar uma confissão dela? - Felipe perguntou erguendo uma sobrancelha.

- No caso, você teria que seduzi-la... fingir que vai levar ela pra cama até que ela confesse...

Felipe não conseguiu disfarçar a cara de nojo enquanto negava com veemência.

Henrique e Rodrigo riram da cara que ele fez.

- Ela é tão ruim assim? - Henrique perguntou rindo.

Felipe assentiu com a cabeça.

- Eu não vou fazer isso... so de pensar me embrulha o estômago.

Felipe disse com nojo na voz.

- Eu entendo a sua recusa, mas esse parece ser o único jeito, Felipe...

Rodrigo comentou.

- Mas ela está grávida também, Tenho que ter cautela, gente...

- Nós sabemos, e é justamente por isso que ela jamais desconfiaria de você e suas intenções... é a nossa chance Felipe.

Rodrigo disse.

Felipe ponderou um pouco, mas a verdade é que ele não iria adiante naquele plano se Shirley não estivesse de acordo.

Pediu um momento aos amigos e tentou falar com Shirley pelo celular, mas por algum motivo ela não o atendeu.

Tempos depois pensando, decidiu concordar com aquele plano maluco.

- Tudo bem gente, eu concordo. - Ele disse.

- Que ótimo, cara! Dessa a Jéssica não escapa. - Henrique exclamou contente.

Felipe sorriu forçado, não largou o celular nenhum momento se quer. Precisava falar com Shirley, a recusa dela em atender o celular estava deixando-o ansioso.

Felipe e seus amigos ficaram mais alguns minutos planejando os detalhes, a hora, como fariam para colocar todas as câmeras para flagrar o momento exato em que a loira confessaria tudo oque fez.

Ao fim de tudo planejamento, Felipe tentou novamente falar com a namorada, esperando ansiosamente que ela o atendesse no quarto toque.

- Amor, onde você está? Estou louco atrás de você... - Felipe disse preocupado.

- Em casa... - Ela respondeu com voz de choro.

- Oque aconteceu, está chorando? - Perguntou.

- Eu conversei com a Carmela, ela acabou de sair, e...- Shirley disse mas sua voz se perdeu em meio ao choro.

- Eu tô indo aí. Me espera por favor! - Felipe disse finalizando a ligação.

Pôs o celular no bolso traseiro da calça, despediu-se de Henrique e Rodrigo pegando sua bolsa e saindo da sala com pressa.

Logo estava tirando seu carro do estacionamento da peripécia e tomando o caminho do prédio em que ele e Shirley morava.

Estacionou o carro e desceu dele com a mesma rapidez que entrou, e com mais rapidez ainda chegou de elevador no décimo primeiro andar.

Parou em frente a porta do apartamento de Shirley, tocando a campanhia.

Não demorou nada e a porta se abriu, revelando uma Shirley aos prantos e descalça. Felipe apenas a tomou nos braços e entrou no apartamento.

- Oque aconteceu, meu amor? - Ele perguntou enquanto a envolvia num abraço carinhoso.

- Foi ela, Felipe. A minha própria irmã... - Shirley disse chorando.

- Eu sinto muito, meu amor...

Felipe a consolava.

- Ela ajudou a Jéssica, mas ainda assim eu não consigo odiá-la. Ela é apenas uma pessoa traumatizada.

- Traumatizada? - Felipe estranhou.

- O problema que eu tinha na perna, Felipe. Foi por que a Carmela me deixou cair da escada quando eu ainda era um bebê... - Shirley disse.

- Nossa, eu sinto muito. Mas ela tem que pagar pelo fez, ela e a vadia da Jéssica.

- Não Felipe... - Shirley pediu.

Felipe a encarou decepcionado, mas não disse nada para demove-la desta ideia. Apenas tomou coragem para contar de seu plano.

- Shirley, precisamos conversar...

- Sobre oque? 

- O Henrique, Rodrigo e eu conversamos depois que saiu da peripécia e... Chegamos num plano para desmascarar a Jéssica... - Felipe começou.

- Que plano é esse? - Ela perguntou.

- Nele eu tenho que seduzir a Jéssica até que ela confesse oque fez. - Ele falou de cabeça baixa. - Mas se você não concordar comigo, eu não vou adiante com esse plano. A única mulher que eu quero tocar é você...

- Você teria que transar com ela? - Shirley perguntou se afastando dele.

- Não, apenas uns beijos, mas isso não me faz sentir menos nojo dessa ideia.

Felipe disse com uma expressão de nojo.

- Felipe, ela está próxima de dar a luz ao seu filho... - Shirley ponderou.

- Eu sei, e é por isso que eu não vou fazer nada demais, eu juro. - prometeu. - Mas não vou fazer isso se você não estiver do meu lado..

Eles ficaram em silêncio por um tempo, Felipe estava bem apreensivo. Shirley estava num conflito interno enorme, pois essa confissão levaria sua irmã a cadeia de qualquer forma.

Mas no fim, abriu mão de seu pensamento anterior e decidiu apoiar o namorado.

- Tudo bem Felipe, vá em frente com esse plano. - Shirley concordou. - Mas cuidado, ela é a mãe do seu filho.

Felipe abriu um sorriso largo de alívio, dando um beijo longo m morena, abraçando-a em seguida.

- Mas você é a mulher da minha vida, e eu faço de tudo pra te ver bem... - Felipe disse dando-lhe um selinho.

- E quando vai ser isso? - Shirley perguntou depois de um tempo.

- Amanhã a noite, mas por agora tudo que eu quero é ficar com você...

O casal foi para o sofá e ficaram deitados lá, sem malícia, sem carícias, apenas apoiando um ao outro como o casal apaixonado que são.

Logo pegaram no sono juntos, cada um com suas preocupações.