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História Segundos - O Agente de Mycroft


Escrita por: Lucidium09

Notas do Autor


Gente, obrigada por chegarem até aqui.

Capítulo 4 - O Agente de Mycroft


Fanfic / Fanfiction Segundos - O Agente de Mycroft

 

                John obviamente segurava uma gargalhada, não pela cena de sua amiga aos beijos com o estranho que entrara a pouco, mas sim pela cara que Sherlock fazia ao presenciar a cena, mãos cerradas em punho, maxilar trincado e olhos vidrados, Sherlock claramente estava a ponto de ter uma crise de ciúmes bem ali e John não poderia está mais agradecido por estar vendo aquilo acontecer, tiraria sarro da cara do Holmes por um bom tempo por isso. Mas havia uma coisa que concordava com Holmes, aquela imagem estava quase o constrangendo, afinal sua amiga era uma pessoa reservada e tímida e o que ocorria na sua frente não fazia o estilo da Hooper.

                - Coff coff... – Tosse fingidamente John na tentativa de acordar o casal de seu momento. O que funcionou pois o homem afasta Molly de si terminando aquele beijo com três selinhos consecutivos.

                Molly visivelmente constrangida abraça o homem a sua frente escondendo o rosto vermelho em seu peitoral. O homem a beija na cabeça enquanto olha os demais na sala e começa a falar:

                - Bom dia Greg, Dr. Watson e Sr. Holmes, desculpe se não os cumprimentei na entrada e por mais qualquer outro desconforto que eu possa ter causado com minha chegada. – Ele sorri.

                - Dia. – Responde Greg amistosamente. Os dois já se conheciam, e o inspetor sabia que Molly estava namorando o rapaz.

                - Bom dia, desculpe, mas nós nos conhecemos? Não me recordo de ser apresentado ao senhor. – Responde um curioso Watson. O homem abri mais o sorriso e está pronto para responder quando é interrompido por um Sherlock desperto de seu transe.

                - Não perca seu tempo Jonh, é claro que não fomos apresentados, eu lembraria, ou seja, nosso visitante inoportuno nos conhece, e arrisco a dizer que nos conhece bem, pois está forjando uma relação com nossa amiga legista para aproximasse de nós. Posso deduzir pela bolsa que jogou no chão ao chegar aqui que acabou de chegar de uma viagem internacional, não uma mala grande ou uma mala de viagem, mas sim uma mochila, o que indica que é uma pessoa prática, não um homem de negócio. Está vestido de forma casual, mas pelas marcas de sol em sua pele é alguém que costuma usar terno, isso só demostra não ter um estilo único de se vestir, ou seja, é alguém que costuma se disfarçar. Tem o porte físico de alguém que se exercita costumeiramente, não para manter a forma física, mas para manter as habilidades. É um homem que chegou de viagem e resolve encontrar a “namorada” no trabalho armado com uma pistola de ultima geração, vi o cabo quando levantou os braços em torno da Hooper. Tem uma expressão suave mesmo sendo sumariamente desmascarado por mim, o que indica ser uma pessoa fria e calculista, além de ser um péssimo ser humano por se aproveitar de uma pessoa abalada emocionalmente para se aproximar de mim de do Dr. Watson aqui do lado. Então o que é você? Um assassino, um matador de aluguel ou um psicopata? – Sherlock termina encarando o homem fortemente.

                - Vou logo avisando que a Hooper é de muita importância para mim e se você a machucar não vou ter piedade. Então... eu estou aqui e posso ir com você onde quiser, mas solte Molly agora! – Sherlock avança para ele, Molly só aperta mais o abraço em torno de homem, o que deixa Sherlock desconcertado com sua atitude. – Molly, solte-o e vem pra traz de mim. – Exigiu Sherlock.

                 O homem piscou aturdido pela primeira vez demonstrando espanto com as deduções de Sherlock e disse:

                - Ok. Você está me dizendo que acha que sou perigoso por conta da minha forma de me vestir e meu bronzeado e que só me envolvi com Molls por sua causa, é isso? Estou realmente fascinado, o senhor realmente é muito bom como detetive, mas confesso que esperava um índice de acerto um pouco mais alto senhor Holmes, mal conseguiu ter 50% de acertos de suas deduções sobre mim. – O homem falou simplesmente.

                - Duvido muito, costumo errar só uma das deduções. – Sherlock rebateu. – Molly! Por favor largue esse homem, ele é perigoso!

                - Não mais que você Sherlock! – Falou Molly ainda com o rosto colado no peitoral do visitante desconhecido.

                - Por favor... – Choraminga Sherlock tal qual uma criança birrenta.

                - Bom senhor Holmes, com suas habilidades com certeza saberia se eu mentisse ou não para o senhor, correto? – Disse o homem em tom de desafio.

                - Certamente.  – Confirma Sherlock.

                - Então eu vou dizer onde errou ou acertou em suas deduções e você me diz se eu disse ou não a verdade. Combinado?

                - De acordo, mas se pegá-lo mentindo você sai da vida da Hooper. – Barganha Sherlock.

                - De acordo, vamos lá, meu nome verdadeiro, desculpem, mas pouquíssimas pessoas o sabem, Molls é uma delas, mas o nome pelo qual sou chamado atualmente é David Ausubel e é assim que vocês podem me chamar. Antes que queiram saber por que não digo meu nome verdadeiro, bom... sou um agente do MI6, agente de campo, então senhor Sherlock o senhor acertou quando deduzir que sou alguém que se disfarça, que é versado em vários tipos de luta corporal e que carrega e usa uma arma muito bem, em resumo eu sou sim perigoso. Acabei de chegar de uma missão na Bulgária, cheguei num voo particular e como fiquei alguns dias sem comunicação com a Molls na missão, ela estava ansiosa e preocupada comigo e me mandou uma mensagem dizendo que iria trabalhar para se distrair e por isso eu vim procura-la aqui no hospital. Conheço vocês por que trabalho pro seu irmão, Mycroft Holmes, e sobre sua dedução de que eu só tinha me aproximado da Molly por sua causa, bom... ela está meio certa. Afinal eu fui o agente designado pra retirar o sistema de monitoramento da casa dela, sistema que estava lá por sua causa. Então é meio que sua culpa mesmo.

                - Está querendo me dizer que um agente de campo do MI6 estava fazendo trabalho de desmontagem de equipamento? – Fala John tentando ajudar Sherlock no interrogatório.

                - Eu tinha acabado de chegar de uma outra missão e todos os outros agentes estavam numa missão retomando o controle da prisão secreta que acho que vocês visitaram, estranhei o pedido de Mycroft Holmes de início, mas eu cumpro ordens.

                - Quer dizer que se apaixonou por Molly quando desmontava o sistema de monitoramento na casa dela? – Era Greg que perguntava agora bem curioso.

                - Disse que me aproximei dela naquele momento, não que me apaixonei. – Neste momento ele levanta o rosto de Molly e lhe encara docemente. – Conheço Molly desde criança, sou apaixonado por esse rosto desde meus oito anos de idade. – Ele termina a frase acariciando o rosto da patologista. – Minha família se mudou da cidade onde morávamos e perdi o contato com aquela garotinha tímida, vocês não acreditam o quanto eu me assustei quando a mulher que abriu a porta do apartamento pra mim era a minha Molls. Ela me reconheceu imediatamente e quase uma semana depois estávamos namorando, quer dizer, Molls foi minha primeira namorada e a mais especial, então foi ótimo que ela ainda sentisse algo por mim também.

                - Molly, isso é verdade? – Pergunta um Sherlock friamente.

                Ela se vira e encarando os amigos diz:

                - Sim é, David e eu nos conhecemos a anos e ele me faz muito feliz. E se vocês já terminaram de discutir minha vida pessoal, eu gostaria de continuar meu trabalho. – Disse Molly se soltando de David e indo para a bancada de exames de laboratório.

                Os quatro homens se entreolharam e David perguntou?

                - Então senhor Holmes, menti ou falei a verdade?

                - A verdade tem muitas caras, mas confesso que não lhe identifiquei mentindo, mas ainda não confio em você. – Disse Sherlock quando Molly tinha saído pro outro laboratório.

                - A Molly estava muita nervosa com a aprovação dos amigos dela, espero que eu passe nos testes de vocês, mas lhe digo uma coisa senhor Holmes, gosto de saber que Molls tem pessoas que se importam com ela e se preocupam com qualquer pessoa que possa a machucar, mas senhor Holmes, não se importe demais, eu posso muito bem proteger a Molls, afinal, pelo estado que reencontrei ela naquele dia, você faz um péssimo trabalho tentado protege-la.

                Sherlock engoliu em seco e saiu do necrotério fumaçando, seguido por John e Greg. Nos corredores do hospital Sherlock amaldiçoava mentalmente seu irmão mais velho, por que isso só devia ser obra de Mycroft, achar um babaca que a Hooper conheceu a anos para consola-la. Seu irmão iria ouvir muito, falaria com ele para confirmar a história do “agente” e para chama-lo de estupido um pouco mais.

                Quando Molly voltou a sala principal do necrotério encontrou seu namorado sozinho.

                - Então? Como eu fui? Deu pra acreditar em tudo?  - Perguntou uma Molly ansiosa.

                - Sim, deu sim, como eu te disse Molls, com Sherlock Holmes só podemos falar a verdade, então falamos a verdade que nos é conveniente. Mas mudando de assunto, hoje voltamos a treinar certo?

                - Sim, sim... Depois do meu expediente podemos treinar um pouco.

                - Ótimo Molls, precisa ficar forte e sabe disso, além do que vou querer matar a saudades da minha velha amiga de infância né. – Disse abraçando a legista fraternalmente.

                - Aquele beijo foi um pouco demais, não acha? – Disse Molly meio constrangida.

                - Que nada, vai dizer que não gostou de presenciar a quase crise de ciúmes de Sherlock?

                - De que adianta, eu não poderei ficar com ele mesmo, afinal eu vou morrer. Além do mais, você não conhece o Sherlock, ele só está preocupado com a entrada dele aqui no Bart’s. – Falou uma Molly bem magoada. David beijou a cabeça de Molly novamente e depois saiu, deixando Molly ali pensativa.

Naquele mesmo quarto de hotel em Londres, 27 segundos depois da meia noite.

- Como foi com o Sherlock, Ausubel? – Perguntou Arcanjo de frente ao seu notebook.

- Ele é tudo o que dizem, brilhante, mas passional. Você tem razão, ele ama a Molly Hooper.

-  Previsível, conto com essa relação pra meus planos correrem bem.

- Arcanjo, Mycroft concordou com tudo?

- Sim, ele sabe muito bem o que Caos pode fazer! Faz um mês que esse jogo começou e essa brincadeira já teve muitas vítimas inocentes, mas pela primeira vez Caos deixou uma pista, significa que está nos chamando para jogar também, o jogo vai começar de verdade e é agora que temos que tentar dominar a maior quantidade de variáveis. Molly está pronta? Falta quanto tempo?

- Ela é uma pessoa que foge ao comum, estará pronta em breve.

- Você está gostando dela Ausubel? Aquele beijo me pareceu bem real.

- Eu disse e não menti Arcanjo, você sabe... Sou apaixonado por aquele rosto desde criança, aproveitei a chance que nunca tive.

- Cuidado Ausubel, não se apaixone por uma moribunda.

- Tarde demais Arcanjo, me perdoe.


Notas Finais


Ausubel é cúmplice de Arcanjo?
David se apaixonou por Molly?
Quem ou o que é Caos?


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