História Selfie - Capitulo 28; Um par de brincos e um anel.

Konohamaru P.O.V

Geralmente não faria aquele favor, porém era um dia especial para nossa equipe, dessa vez não ia reclamar.

Como pedido, me dirigi até o escritório. Parei na frente da porta procurando as chaves em meu bolso, enquanto pensava em nada senti alguém passando atrás de mim, tentei avistar quem era, porém apenas pude ver seu vulto.

Finalmente, chaves nas mãos!

Entrei no escritório, lá estava a mesa. Procurei nas gavetas e encontrei a tal caixa, estava com um embrulho de presente, provavelmente deve ser para irmã da Hanabi. Bem como a Hanabi havia comentado, eles realmente estavam juntos.

~POW~

-O que foi isso? –Pude perceber um som alto, parecia que era algo batendo.

Coloquei a tal caixinha no meu bolso, não era tão grande. Voltei para perto da porta, novamente passei a chave mas dessa vez para trancar. Cogitei a ideia de tentar espiar no que tinha naquela caixinha, mas creio que Naruto-nii-san ficaria bravo.

Mais uma vez ouço um som estranho, estava vindo do outro corredor. Me aproximei com cautela, no chão pude ver sombras de duas pessoas, fiquei escorado na parede evitando fazer muito barulho.

-Eu estou surpreso que você não serviu pra nada até agora! –Essa voz irritante, parece ser do Toneri.

-Eu já disse para ter paciência! –Guren?

-Estou tendo paciência, mas sabe o que é incrível? Eles estão juntos lá na festa! –Deu para notar que ele estava ficando mais estressado.

-Acredita que estão juntos de verdade?

-Ainda pergunta?

-Bom, andei observando ele. Não parece que é algo sério.

-Você observa ele já faz algum tempo e até agora não fez nada! Olha aqui, Guren, estou perdendo a paciência contigo. Tente resolver isso o mais rápido possível!

Realmente, estava fazendo certo em desconfiar dos dois. Mas quem será que eles estão planejando separar?

...

Será que é contra a alguém daqui? Não é hora de conversar sobre isso, preciso retornar para o salão e entregar a caixa.

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Hinata P.O.V

Minha febre poderia ter abaixado porém a dor de cabeça estava aumentando graças aos gritos de Mei e Tsunade. Elas não paravam de beber e falar alto, encostei o copo em minha cabeça, talvez o frio da bebida fizesse algum efeito.

-Você está bem? –Mei voltou sua atenção em mim.

-Só uma dor de cabeça. –Sorri, procurando ser um pouco amigável. –Acho que vou andar um pouco na rua, talvez um pouco de ar puro melhore.

-Claro, qualquer coisa estaremos aqui! –Tsunade ergueu o copo em minha direção.

-Obrigada.

Tentei desviar dos convidados, todos estavam distraídos dançando com os copos nas mãos. Ter roupa manchada de bebida não era minha intenção, precisava ter cuidado ao desviar dos copos.

Finalmente estava na frente da porta principal, apressei o passo, já estava tendo dificuldades para respirar. Na porta, apoiei minha mão no braço do segurança, agora eu conseguia respirar normalmente.

-Lá dentro está sufocante demais. –Procurei puxar papo com os seguranças.

-Imaginamos, senhorita.

-Vou ficar um pouco por aqui, tudo bem?

-Pode ficar.

Eles pareciam ser gentis, permaneceram ali conversando sobre suas vidas.

Eu caminhei até um banco ali perto, passei a mão conferindo se não estava pintando. Sentei, joguei a cabeça para trás, o vento morno balançava meu cabelo como estivesse fazendo uma massagem, aquela sensação era maravilhosa.

-Hoje o céu está bonito...

-Verdade.

-Ah? –Coloquei a cabeça para trás, pude ver Naruto atrás do banco. –Oi?

-Saiu do salão por qual motivo?

-Dor de cabeça. –Ele sentou no meu lado. –Os gritos da Tsunade e da Mei estava me deixando louca! –Revirei os olhos.

-Elas juntas são assim mesmo.

Um silêncio surgiu após nossa risada, reparei que ele estava segurando algo entre as mãos. Tentei demonstrar interesse mas nem tanto.

-E essa caixinha aí?

-É para você.

-Aah... –Encarei aquela caixa por alguns segundos. –Posso ver?

-Claro. –Colocou a caixinha sob meu colo.

Estava nervosa, fazia um tempo que não recebia um presente sem ser em datas comemorativas. Passei as mãos por cima, balancei um pouco tentando adivinhar o que tinha. Aos poucos retirava o embrulho, tomei cuidado para abri-la. Dentro dela havia uma carta, peguei ela olhando ao redor.

-Uma carta?

-Tem mais uma coisa ali.

Voltei a minha atenção para caixa, e sim tinha mais uma coisa. Era um anel com uma pedra de tonalidade verde,junto com o anel  um par de brincos , ambos com pedras generosas. “São esmeraldas?” Fiquei me perguntando por algum tempo.

-Não gostou? –A expressão de desespero dele era tão fofa.

-Gostei sim... er... Estou curiosa...

-Abre a carta.

Nem pensei duas vezes, abri o papel com tanta vontade parecia que o envelope havia desmanchado em minhas mãos. Comecei a ler tudo, parecia uma proposta de trabalho.

-Está me convidando para trabalhar contigo?

-Não... mais ou menos... –Ele parecia nervoso, tentou completar a frase porém era visível sua vergonha.

-Não precisa explicar. –Estava arrumando a caixa. –Seria divertido aparecer em alguma das cenas. Sabe...ver como é produzido um episódio.

-Vai ser divertir.

-Tenho certeza disso.  –Joguei a cabeça para trás, suspirei bem alto. Minha cabeça ainda estava doendo bastante.

-Quer ir embora? –Ele pôs sua mão em minha testa.

-Posso ficar mais um pouco, está tudo bem.

-Não. Acho melhor você voltar para casa. E não foi uma decisão inteligente para vir para rua doente.

-Verdade.

Encarei ele por alguns segundos, depois começamos a ri. Não havia reparado que tinha cometido uma besteira.

Tentamos sair às escondidas, minha febre estava piorando junto com a dor de cabeça, ficar mais um tempo ali me faria mal. Me deixou na minha casa, ficou algum tempo comigo até Asuna terminar de fazer um chá.

~~Outro dia~~

Hanabi P.O.V

-Sério que não havia percebido antes?

Como todos os dias normais na faculdade, Konohamaru e eu ficávamos na fonte da praça do campus conversando e comendo algo. Ele havia me contado sobre o comportamento de minha irmã com o amigo dele.

-Claro que não! Estou falando sério! –Abriu aquela boca cheia de pão e restos da salsicha do cachorro quente.

-Não fale de boca cheia, já te falei!

-Desculpe. –Engoliu. –Voltando aqui, nunca tinha percebido que eles estavam tendo algo. Como você soube?

-Meu primo, Neji. Toda vez que tem um cara perto da minha irmã, ele age estranho. E umas conversas com a minha irmã me fez perceber também. –Terminei de tomar meu refrigerante. –E durante a festa, eles fizeram algo?

-Nada. Ela estava bastante quieta, sempre com a mão apoiada na cabeça. Mas ele me pediu para buscar um presente da sala dele.

-E viu o que tinha dentro?

-Claro que não, por que eu faria? –A minha vontade era arrancar aquela latinha de refrigerante das mãos dele.

-Sério que vou ter que explicar novamente? –Apoiei minha mão na cabeça, aquela conversa já estava me dando dor de cabeça.

-Só que eu ouvi algo estranho. Uma conversa estranha na verdade.

-Sobre?

-Lembra daquele cara irritante do Toneri? –Novamente ele abocanhou o pão.

-Como não lembrar. O que tem ele?

-Vi ele conversando com aquela mulher, a Guren. Estavam conversando sobre fazer algo para separar alguém. Parece aquelas dores de cotovelo.

-Esse tal de Toneri não era aquele cara que vive perseguindo minha irmã quando vai lá?

-Sim.

-Conte-me tudo!

Enquanto ele comida o outro cachorro conte, contou toda história para mim. Fiz algumas perguntas para saber como era o comportamento da Guren perto deles e do tal Toneri. Passou pela minha cabeça que eles estavam falando de minha irmã. Porém não poderia tirar conclusões assim, precisava conversar com a minha irmã antes.

-Melhor irmos para aula, já está quase no horário. –Ele me alertou, estava ocupada mandando uma mensagem com uma simples desculpas para ir na casa de minha irmã.

-Ok, vamos lá.

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Hinata P.O.V

Comecei o dia com uma dor terrível no corpo, estava impossível de fazer algo naquele dia. Pedi para Asuna avisar a Mikasa que não ia trabalhar naquele dia na empresa, porém já tinha algo pronto.

-Sinto muito a festa não tenha sido como havia imagino, Hinata-sama. –Asuna pegava a xícara colocando na penteadeira. –Mas não fique triste, ele mostrou se preocupar bastante com a senhora.

-Sim, era pra ser algo divertido. Já viu o que ele me deu?

-O conjunto? Achei tudo lindo!

-Ele quer que eu passe um dia trabalhando no estúdio, participar de um episódio.

-Oh vai ser divertido, Hinata-sama. –Asuna estava olhando para os lados, mexendo os dedos como se estivesse querendo falar algo.

-Diga, Asuna!

-Me desculpe Hinata-sama. –Se sentou na beira da cama. –Mas o namoro de vocês está devagar demais!

-Nem me fale! –Bati forte a mão no colchão. –Parece que estou com karma! Tudo dá errado! TUDO!

-Será que é mau olhado? –Asuna aproximou suas mãos até a boca.

-Acredita mesmo nisso, Asuna?

-Em algumas coisas precisamos acreditar, Hinata-sama.

Desviei o olhar por um momento, a tela do meu celular estava piscando. Estranhei, era primeira vez que havia deixando-o no silencioso.

-Acho que devo concordar contigo, Asuna. –Comecei a ler as mensagens que havia chegado para mim.

-Por que, Hinata-sama?

-Minha irmã acabou de mandar uma mensagem dizendo que quer vir aqui em casa.

-Haha, ela não é tão ruim assim.

-Não é sua irmã.

-Bom, vou para cozinhar preparar algo. Ela vai chegar faminta aqui. –Asuna ficou de pé, andou uns passos até se aproximar da porta. –Não se esqueça de tomar o chá, Hinata-sam

 -Não, obrigada mais uma vez, Asuna.