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História Selva de Vidro - Rei


Escrita por: PervassWorldd

Capítulo 6 - Rei


Rei ♫

 

O sol já havia se posto quando ChanYeol, depois de esperar por meia hora, enfim avistou BaekHyun adentrando o estacionamento. Ele calmante caminhava para o lado oposto de onde estava o esperando, mas assim que notou sua presença refez o caminho em sua direção.

 

Os dedos longos se puseram a batucar sobre a própria coxa, ansiosamente lutando contra a comichão que insistia em buscar morada em seu estômago gelado. Os dedos inquietos apenas pararam seus movimentos quando precisou limpar a palma das mãos em sua calça jeans, voltando rapidamente a criar sons desconexos, reflexo de sua tensão, assim que conseguiu se livrar do suor pegajoso.

 

Era ridículo que estivesse tão nervoso, visto que fazia somente algumas poucas horas que esteve ao lado do garoto cor-de-rosa, mas seu coração, agitado dentro do peito feito de um colegial, parecia agir como se fosse a primeira vez que o visse. Patético, de fato, mas aceitava de bom grado, porque, no fundo, secretamente apreciava sentir-se idiota de um modo tão jovial, como se a qualquer momento sua música favorita fosse irromper do além possibilitando que dançasse com BaekHyun no meio do estacionamento, uma cena digna de um filme da década de 80. ChanYeol jamais se imaginou fantasiando tal coisa, mas ali estava ele perdido dentro de uma síndrome de cinderela enquanto assistia, como quem observa sua estrela favorita por um telescópio, o garoto menor caminhar até si com passos místicos, que o fazia devanear até mesmo sobre a sombra no concreto.

 

Era um completo idiota por Byun BaekHyun, com todas as letras e um pouco mais, em suas variações e concordâncias. Estranhamente não se importava com tal fato, não dava à mínima para qual título patético fosse carregar, por BaekHyun portaria todos eles, seria o piso em que seus pés andariam, a tinta em seus cabelos, o tecido em sua pele, o ar em seus pulmões. Transformar-se-ia em música para que ele o dançasse por horas a fim, sem parar. Cacete! Realmente havia sido pego pelos olhos cor de mel, preso a ele enquanto sentia-se ridiculamente livre como nunca o fora.

 

Seus lábios quase se abriram em um sorriso quando notou que o Byun estava usando os tênis que havia lhe dado. O vestido branco de botões a qual ele trajava balançava-se no embalo em que o vento soprava, tão sinuoso quanto as nuvens de uma tarde ensolarada, deixando o começo das coxas roliças amostra, as portas do paraíso diante dos seus olhos. Quis colocar a cabeça no meio delas, ser esmagado pela carne febril.

 

BaekHyun parou em sua frente, mas o vestido ainda ricochetava junto a rajada de ar, o tecido quase dançava enquanto cobria o corpo viril. Segurava a alça da mochila com força, os dedos estavam brancos nas extremidades, mexendo o pé direito para lá e para cá, talvez tão inquieto como a si próprio, de um jeitinho tão afável que ChanYeol quase se ajoelhou para beijar seus tornozelos. 

 

— Oi. — Disse baixinho, os lábios rosados se repuxando em um sorrisinho tímido, destoando da sagacidade embebecida nos olhos mel, que nem mesmo em seu acanhamento desviaram-se dos seus. BaekHyun despertava o leão, o qual arranhava o peito de ChanYeol de dentro pra fora, até mesmo com a delicadeza de seus gestos. Bastava um olhar, banhado em tesão ou em ternura, para que BaekHyun coloca-se toda a selva de ChanYeol a baixo, moldando-o na frequência das batidas de seu coração.

 

— Não teve ensaio hoje? — ChanYeol perguntou quando notou que ele não estava usando o costumeiro uniforme de lidere de torcida. Precisou engolir em seco para lutar contra a vontade sufocante de meter a língua dentro da boca rosada, gemer sobre os lábios róseos todas as coisas sujas e ruins que ansiava fazer com ele para logo depois lhe sussurrar ao ouvido as coisas bregas que ele o fazia sentir. ChanYeol sentia-se tonto, ébrio, de tanto desejo e nem ao menos havia tocado em BaekHyun ainda, podia sentir, inclusive, os dedos formigando para faze-lo. Esfregou-o com força contra o jeans, vendo o momento exato em que BaekHyun fez o mesmo na alça da mochila. Mordeu a língua para conter o gemido ferido que quase escapou por entre seus lábios, reverberando dentro de seu peito.

 

— Não gostou do meu vestido? —Segurou a peça pelas pontinhas nas extremidades dando meias voltas sem sair do lugar antes de se curva em uma formosa mesura. Os olhos piscaram duas vezes bem rapidamente, os cílios longos criavam sombras nas maças de seu rosto. A luz do poste que havia ali perto tomava as costas de BaekHyun assemelhando-o ao um anjo de luz. ChanYeol quis colocar a mão sobre o próprio coração naquilo que seria uma tentativa patética de o acalmar, era quase doloroso senti-lo batendo com tanta pressa. Caralho! Iria explodir se não o tocasse.

 

— Você está lindo BaekHyun, é lindo com a porra de qualquer roupa. — ChanYeol não notou, mas estava devorando BaekHyun enquanto despia-o com o olhar. Mordeu o lábio inferior, sentindo o corpo descer ao inferno quando as imagens libidinosas de BaekHyun nu com o corpo colado ao seu queimaram suas retinas. Lembranças vividas por demais, quase podia sentir tudo novamente.  — Queria tirar seu vestido com a boca. — Foi sincero, quase não estava conseguindo lidar com os seus desejos.

 

O sorriso de BaekHyun, até então doce, converteu-se para o repuxar sacana nos lábios finos, esses que foram molhados pela pontinha da língua acerejada, tão sapeca quanto ele próprio. Os olhos mel eram quentes em sua direção, ChanYeol sentiu-se lambuzado pelo ardor, atado ao arquear da sobrancelha rosada que parecia o desafiar, querendo leva-lo ao extremo. Certamente iria, seguiria BaekHyun aonde ele bem quisesse ir.

 

— Porque você não vem tirar, ChanYeol? — A mão bonita rumou para a alça da mochila, descendo-a juntamente com a do vestido, relevando a pela clara. — Vem. — Chamou baixinho, sugestivo, os dedos tocando a própria pele. Os olhos batalhavam, espadas para o alto, céu negro e dourado, contudo não era a vitória que ansiavam, estavam mais do que dispostos a desarmarem-se, derreter as espadas com o calor dos corpos, o fervor dos corações.

 

BaekHyun era tal qual a sinfonia de uma orquestra, essa que tem seu começo aprazível como um afago cálido, entrando em seus ouvidos de modo suave, chamando-o parar perde-se em meio a melodia como quem puxa uma criança pelas mãos, entrelaçando os dedos, percorrendo os quatro cantos de seu corpo com suavidade, e, quando se está preso a serenidade entorpecente explode em seu tímpanos, disparando o coração, quebrando tudo dentro de você, tocando sua alma enquanto rouba suas lágrimas.

 

— Desagrado do caralho. — ChanYeol findou a pequena distância que os separava como quem salta na beira de um precipício, abrindo os braços para se jogar no infinito. Suspirou ruidosamente quando sua mão esquerda puxou BaekHyun pela cintura, sentindo o tecido do vestido em seus dedos,  a direita infiltrou-se na nuca pequena,  levando a boca para o pescoço alvo. Sem pestanejar lambeu a pele que prontamente se arrepiou, revirou os olhos quando o gemido estregue chegou aos seus ouvidos, injetando uma dose quase palpável de tesão dentro de seu ser.  

 

— Beija a minha boca, Yeol. — apesar do tom doce BaekHyun estava ordenando, sem meios termos ou acordos. A mochila escorregou por seus braços caindo no piso com um som abafado. Aproveitando que não tinha mais nem um peso sobre suas costas colocou-se nas pontas dos pés, entrelaçando os dedos nos fios negros com certa brutalidade, empurrando a boca dele para perto da sua. — Quero sua língua fodendo a minha boca. 

 

Tentando matar sua vontade ChanYeol deixou um chupão no queixo marcado, gemendo quando as unhas curtas descerem por sua nuca em reposta, criando um ardor gostoso em sua pele, alastrando tentação para todos os lados.

 

 — Se eu fizer isso não vou conseguir parar. — Confessou sentindo o gosto amargo de ter que se reprimir, nem ao menos conseguia imaginar como havia durado tanto tempo atado a suas arramas. O leão não era capaz de aceitar a opressão depois de ter bebido da liberdade diretamente da fonte que era o corpo de BaekHyun.

 

— Você não tem que parar. — BaekHyun subiu sobre os coturnos de ChanYeol colando seus corpos. Com as duas mãos trouxe o rosto dele para perto do seu, segurando-o pelas bochechas. — Eu não quero que você pare, ChanYeol. Vá o mais fundo que puder dentro de mim.

 

ChanYeol gemeu, resignado. Em um rompente içou BaekHyun puxando-o pela cintura, colocando-os cara a cara. Os olhos mel ardiam sobre os seus, era estonteante como o menor conseguia deixa-lo sem fôlego apenas com a porra de um olhar. Se fosse humanamente possível meteria a língua dentro dos olhos pequenos para que pudesse sentir o gosto misturar-se a sua saliva. O leão sempre estava faminto. Faminto por BaekHyun.

 

— Te foderia agora mesmo meu bebê, do jeito mais sujo que você possa imaginar. — ChanYeol sussurrou sobre os lábios finos, lambendo as bochechas avermelhadas lutando o quanto podia para se conter ao mesmo tempo em que queimava em sua mente as expressões devassas do menor. Podia sentir a boca salivando tamanha era a vontade de junta-las. — Só pararia quando sua porra estivesse sobre o meu corpo.

 

 ChanYeol assistiu, maravilhado, BaekHyun gemer enquanto revirava os olhos. Partiu os lábios o hálito quente banhando sua face em um convide nada cálido para que o devorasse. Ele envolveu as pernas ao redor de sua cintura, deixando que sentisse o pau duro contra o estômago. ChanYeol gemeu um palavrão levando as mãos para a bunda de BaekHyun, apertando com vontade a medida em que forçava o corpo para mais perto do seu. Queria o pau dele contra a pele, esfrega-lo em si até sentir a porra lavar seu corpo, quente, extremante quente. Quase não reconhecia suas vontades, todas elas surgiram no momento em que quis mergulhar no mar cor-de-rosa, perde-se em meio às ondas revoltas que lhe entregavam ressacas de descobertas.  

 

— Não faz assim, BaekHyun... — Suplicou, o próprio pau pesado em seus jeans. Os músculos dos braços tremiam tamanho era o controle que estava impondo em seus atos. Sua visão, olfato, paladar, audição e tato encontravam-se inundados por BaekHyun, sentia-o vibrar em volta de si e era enlouquecedor, ao ponto de doer-lhe fisicamente não poder tomá-lo. O cheiro de loção pós-barba que se desprendia da pele do menor excitava ChanYeol de um modo tão fodido que precisou mastigar a própria língua para não lamber lhe o maxilar. O leão berrava dentro de si, cuspindo em sua face, ameaçando escapar pelas frestas de sua mente e devorar o garoto que ainda esfregava o pau contra seu corpo.

 

BaekHyun meteu as mãos nos fios negros, puxando-os com tanta força que ChanYeol sentiu o couro cabeludo arder. Gemeu, apreciando a sensação. Deslumbrado assistiu a face de expressões libertinas moldarem-se em uma pintura realista do desejo.

 

— Eu vou gozar na sua boca. — Sussurrou sobre os lábios grossos de ChanYeol, tão próximos que as lábios se esbaravam, os hábitos sendo engolidos pelas bocas que se mantinham abertas, avidas por contado. Os olhos negros lhe fitavam como se pudessem o comer a qualquer momento, era violento, quase cruel, o céu noturno do inferno, com lampejos de sentimentos tão conflitantes que chegavam a ser amáveis. Por um segundo BaekHyun prendeu a respiração, mergulhando na escuridão. Soltou o ar pela boca, o peito subindo e descendo rapidamente. — Para te deixar saber que o gosto da minha porra vai ser a melhor coisa que você vai provar na vida.

 

ChanYeol chupou a bochecha esquerda de BaekHyun, esmagando a vontade de morde-lo por inteiro. As mãos grandes subiram da bunda para as costas, elas tremiam no meio do frenesi de vontades que o consumia. Queria desesperadamente meter a mão dentro do vestido de BaekHyun, segurar o pau rosado e descobri o quão molhado ele já deveria está. ChanYeol não esperava gostar tanto de pau, mas puta que pariu, cairia de joelhos ali mesmo para chupar o do menor, beberia da porra dele como um bom garoto apenas por ser BaekHyun ali. Tudo nele o excitava, o levava a extremos inimagináveis. BaekHyun incitava seu corpo na mesma medida em que fodia com seu coração.  Era desconcertante, demais até mesmo para guardar dentro do próprio peito, por isso sentia tudo querer escapar dentro de si, o leão gritando em agonia. Por alguma motivo que não fazia o menor sentido quis chorar. Caralho, o que estava acontecendo consigo?

 

— Quero de levar a um lugar. — ChanYeol sussurrou, o tom rouco entregava o quão excitado estava. — Se não fosse por isso comeria você aqui mesmo, em cima da porra do carro que você escolhesse. 

 

BaekHyun sorriu, faceiro, mordendo o  lábio inferior como se tivesse gostado mais do que deveria das palavras de ChanYeol. Sem mais nem menos se afastou do corpo alto, pulando para o chão.

 

— Descobriu o caminho para a toca do coelho? — BaekHyun questionou, sorrindo daquele jeito que ChanYeol achava fofo pra caralho. — Siga o coelho! — Apontou para frente, como se realmente estivesse vendo um.

 

— Acho que estou seguindo o meu coração. — Confidenciou em um murmúrio. Os dedos ásperos correram por sobre a bochechas de BaekHyun, essas que tornaram-se extremamente vermelhas, os olhos fechando em pequenas meias luas. ChanYeol queria esmaga-lo contra o peito, alinhá-lo em seus braços por hora a fio. 

 

       — Mostre-me aonde ele o leva.

 

       ChanYeol sentiu-se ser abraçado pela voz suave do garoto cor-de-rosa, enlaçado por cada pequena letra, amparado de um modo que nunca o fora na vida, nem ao menos sabia que carecia de tal alento, mas gostou tanto da sensação que ansiou perde-se nela mais uma vez, misturar-se as palavras e as sensações. O modo como os olhos mel lhe fitavam enquanto jogava sobre si enxurradas de sentimentos em forma de palavras era abraçador como uma morada, enchia-lhe de carinhos velados, as quais se revelavam em meio a um sopro, com promessas que durarem por toda a eternidade. Aturdido ChanYeol notou que olhar para dentro dos olhos de BaekHyun era como encontrar um lar, o seu lar.

 

       O menor se curvou, por certo intuindo pegar sua mochila, mas antes que pudesse de fato faze-lo ChanYeol a pegou, jogando-a sobre os ombros.

 

— Cadê o Impala? — BaekHyun questionou assim que viu ChanYeol dando a volta na caminhonete a qual ele estivera escorado por todo esse tempo.

 

— Estou ‘te levando para vê às estrelas na traseira de uma caminhonete. — O tom de ChanYeol era quase mélico enquanto soltava palavra por palavra, um sorriso pequeno, apenas um repuxar de lábios, emoldurou-se em sua boca sem que desse conta desse fato. Não podia enxergar a forma como seus olhos fitavam BaekHyun, algo dentro de si implorava para deixar seu peito e perde-se dentre dos olhos cor de mel, olhava-o com tanta sinceridade que por aqueles segundos não existia nada dentro de si, nem ao menos um leão com sua selva, nem Park  ChanYeol, apenas existia, pairando sobre o ar, preso dentro do sentimento que vinha de si para o menor em ondas, inundando seu mundo, arrastando para o fundo apenas para jogá-lo ao céu logo depois. O estômago revirou-se daquele jeito que já lhe era conhecido, fazendo-o sentir-se ridiculamente idiota, mas era bom, bom pra caralho, ainda mais quando BaekHyun, notavelmente acanhado mordeu o lábio inferior antes de solta-lo naquele sorriso que era fofo pra caralho. BaekHyun estava emocionado ao ponto de seus olhos encherem-se de lágrimas, essas que nunca foram derramadas, permitindo que as ires cor de mel se tornassem o reflexo dos sentimentos que abrigavam seu peito. ChanYeol queria encurtar a distancia entre eles e beijar BaekHyun, beija-lhe o corpo inteiro, tocar a alma rosada com a ponta da língua. — Não me olhe assim... — A voz saiu esganiçada. — Não está me ajudando a ter controle.

 

BaekHyun levantou a sobrancelha como se estivesse zombando de ChanYeol, sorrindo travesso enquanto caminhava para o lado esquerdo da caminhonete, apoiando-se na porta para que pudesse enxerga-lo do outro lado.

 

 — Não conte comigo pra isso, Yeollie. — BaekHyun sussurrou, um cântico suave contra o vento, os olhos flechando os negros de ChanYeol como se prontos a lhe perfurar a alma. — Eu te quero insano, solto, livre como seus dedos sobre as cordas de uma guitarra.

 

O leão colocou-se em posição de ataque correndo tão veloz quanto o coração de ChanYeol.

 

Que se foda!

 

Se o tal controle fosse humano ele gargalharia na cara de ChanYeol. Não havia resistência e controle em si quando se tratava do garoto cor-de-rosa. BaekHyun trazia suas verdades e vontades a tona, jogava-o para o lugar mais fundo de seu ser, colorindo, com tanta graça que por certo existia um toque de inocência em seus pincéis, sua alma. O leão, depois de ter comido da liberdade, não queria passar um segundo sequer dentro da jaula. Quando ChanYeol fez a volta na caminhonete indo em sua direção BaekHyun sorriu de um jeito quase sacana, mas seus olhos eram doces, doces como mel.

 

— Eu quero ser a sua única guitarra. — BaekHyun sussurrou assim que o maior estava em sua frente, olhando-o com os olhos negros de um demônio, um anjo caído sobre a terra, desesperado para voltar para casa.

 

Filho da mãe. — ChanYeol quase não podia acreditar no peso do próprio coração que corria insolente dentro de seu peito. Julgava-se mentecapto com todas as letras em seu profundo conceito, porém não estava dando a mínima para qualquer avaliação de sua mente ou coração, queria apenas rasga-se por inteiro e se dar a BaekHyun, unir muito além do que os corpos, fundir-se a ele até que fosse possível tirar sons de suas almas. Completamente insano, sabia disso, mas sua loucura banhava-se em uma estranha razão.

 

O sorriso arteiro nos lábios finos foi a última coisa que ChanYeol viu antes de juntar as bocas, bebendo do gemidinho quase adorável que o menor soltou assim que o lambeu, chupando a carne delicada com certa violência. BaekHyun retribui deixando uma mordida no lábio inferior de ChanYeol, cravando as unhas no couro de sua jaqueta quando ele imprensou seu corpo contra o metal da porta, as mãos subindo por dentro do vestido, tocando-lhe o pau duro por cima da roupa íntima.  

 

— Você não é uma guitarra, BaekHyun. — Havia tanta sinceridade em suas palavras que por alguns segundos sentiu-se assustado. Era apavorante olhar o garoto cor-de-rosa e vê dentro de si mesmo, todos os sentimentos que ele havia feito nascer em seu ser eram demais para lidar, não deveria entender, apenas sentir. Iria continuar sua sentença, mas assim que se colocou a falar BaekHyun rumou com a boca para o seu pescoço, lhe chupando o pomo-de-adão ao passo em que jogou o quadril para cima, fazendo o pau duro deslizar em sua mão.

 

— Nem mesmo meu pau, ChanYeollie? — Insolente, cuspindo na face da santa moralidade. Os olhos pequenos lhe fitavam safados, o reflexo perfeito do tesão, o sorrisinho nos lábios finos, esse com variados tons de uma falsa inocência,  deixava-o ainda mais pecaminoso, o próprio demônio da profanação.

 

Desgraçado. — ChanYeol já estava solto a sua volta, existindo em torno do pequeno país das maravilhas do garoto cor-de-rosa. Chupou os lábios rosados com certa ira, puto da vida por assistir o controle que um dia jurou possuir ruir diante seus olhos. BaekHyun gemeu alto, jogando o quadril para cima, movendo-se com reboladas ritmadas, mostrando o quanto havia apreciado a brutalidade que lhe era oferecida.

 

       — Me beija, ChanYeol. — As mãos pequenas o seguravam pelo pescoço, cravando as unhas curtas na pele sensível, arranhando até o começo do peito, puxando o tecido da camisa para baixo para que pudesse ter um maior acesso. — Come a minha boca.

 

       ChanYeol nem ao menos foi capaz de xingar, conseguiu apenas, com a mão que não segurava o pau de BaekHyun, socar a porta, sentindo o metal gelado extasiar suas falanges. Faminto procurou pela boca pequena, os lábios finos abrigavam os seu de forma primorosa. BaekHyun o mordia, chupando sua língua, essa que adentrava sua boca quente e afoita, tomando tudo o que queria de si porque ele podia, o garoto cor-de-rosa não fazia pedidos ele jogava sobre a selva de ChanYeol todos os seus desejos aos quais o leão prontamente estava disposto a realizar. Um cãozinho sobre a pele de um leão. 

 

       Em meio ao beijo ChanYeol segurou BaekHyun em seu colo, afastando-o da caminhonete para que pudesse abrir a porta, sentando no banco do passageiro com ele em seu colo. BaekHyun desceu com a boca para o pescoço longo, lhe mordendo com força, chiando feito um animal. ChanYeol sentia suas bolas doendo tamanho era o tesão que se apoderava de seu corpo. Com pressa suas mãos buscaram morada na cintura viril do menor, ajudando-o a rebolar em seu pau, esfregando-o em si.

 

ChanYeol afastou-se minimamente, o suficiente para que pudesse fitar BaekHyun. Algo dentro de si gostava pra caralho de assistir as feições másculas talhadas no tesão. Era insano o que apenas olhar para BaekHyun, enquanto ele estava imerso em seu prazer, fazia com seu corpo e sua mente.  Fitou todas as partes visíveis do corpo masculino sentindo saudade daquelas que não conseguia enxergar. A alça do vestido escorregou pelo ombro largo, um convite para que se perdesse na pela pálida. Os dedos calejados contornaram a clavícula marcada passeando pelos contornos do garoto cor de rosa sem vontade de retornar. Queria desparecer na essência de BaekHyun.

 

Como se estivesse caçando BaekHyun atacou os lábios de ChanYeol, a boca pequena estava quente e molhada na sua, movendo-se quase em fúria, roubando de sua língua seu desejos, deixando em sua saliva o tesão que o possuía. Beijavam-se com tanta afobação que quase não lhe sobrava espaço para respirar, por isso roubavam o hálito alheio, buscando uma forma de sobreviver em meio a loucura que os consumiam.

 

ChanYeol desceu as mãos para as coxas nuas, subindo por elas até tocar a cintura de BaekHyun diretamente, sentindo nas pontas dos dedos os movimento descompassados que o quadril dele fazia em seu colo, esmagando seu pau com a  bunda. A cada novo ir e vir sobre seu colo conseguia sentir o caralho de BaekHyun em seu estômago, ele estava tão molhado que facilmente podia sentir o tecido do vestido úmido. Com pressa levantou sua camisa na altura do tórax apenas para que pudesse sentir o pau molhado, mesmo que ainda coberto pela boxer, em sua pele. Gemeu, metendo a língua na boca de BaekHyun no exato momento em que ele tentava puxar uma lufada de ar pela boca.

 

BaekHyun quebrou o contado das bocas, o som, um pequeno ploc, arrepiou ChanYeol inteirinho. O queixo marcado estava completamente babado, a saliva era tanta que escoria pelo pescoço sinuoso criando um caminho brilhante que descia pelo busto adentrando o vestido, indo para onde ChanYeol queria enfiar a cara. Puta merda... O sorriso nos lábios inchados era sexy pra caralho, fez seu pau pulsar. As pressinhas pontiagudas mordicavam o lábio inferior como se ele estivesse com fome, um gatinho faminto. Os cabelos rosados estavam emaranhados, o peito subia e descia de um modo quase doloroso, mas ele nunca deixava de se mover, quase quicando em seu pau.

 

Você me faz sentir como uma cadela no cio. —BaekHyun confidenciou em um sussurro melódico contra a orelha de ChanYeol, fazendo-o se arrepiar com o hálito quente jogado em sua pele, mordiscando lhe o lóbulo como um gatinho.  — Ninguém nunca me deixou com tanto tesão. — Os dedinhos, em um contraste com sua fala regada por sacanagem, brincaram amorosamente com os cabelos negros, um carinho velado.

 

Como se tivesse seus 13 anos ChanYeol acreditou que pudesse realmente gozar apenas por escutar as palavras que BaekHyun gemia em seus ouvidos. Lá estava Park ChanYeol  o cara do álcool, da nicotina, do sexo fácil e dos prazeres torpe do mundo molhando a cueca por escutar outro cara sussurrando sacanagem em seus ouvidos. Mas não era qualquer cara, era a porra daquele garoto cor-de-rosa.

 

ChanYeol gemeu sôfrego virando o rosto para encontrar os olhos mel de BaekHyun. Ele estava tão bonito lhe fitando de volta que por alguns segundos esqueceu-se de respirar.  Fisicamente era o mais forte entre os dois, mas bastava um sopro da respiração do garoto cor-de-rosa sobre seu corpo para que caísse de joelhos diante dele.

 

 BaekHyun era o rei de sua selva.

 


Notas Finais


Se existe algo que eu não tenho mais é autoestima literária, principalmente se tratando de Selva de Vidro, mas estou na luta contra meus demônios e espero sobreviver de alguma forma ou ao menos salvar minhas palavras.
Obrigada pelo carinho e pela paciência, estou de joelhos para vocês.
Sou grata por todas as palavras que vocês deixam aqui pra mim, não imaginam como isso faz diferença.

Espero que tenham gostado ^_^


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