História Sem Amanhã - The Walking Dead - A Prisão

Tá. Estamos na prisão. Sorte? Bastante.

Pov's Alice

Quando descemos do carro, Alysson me ajudou a ficar de pé. A prisão era enorme, cheia de alas, e celas. Muros altos, que eram os limites da prisão. 

Um dos caras que nos ajudaram, nos levou lá para dentro e os outros foram para um outro lado. Em uma das torres.

Chegamos lá e um outro homem nos esperava. Ele usava um chapéu de xerife, botas, calça justa e uma camisa.

-Bob, quem são elas? - O homem a nossa frente falou.

-Rick, encontramos elas na floresta. Os zumbis iriam as atacar. Conseguimos salvá-las. -Ele falava pausadamente.

-Certo. -Rick concordou com a cabeça. -Bom, sigam-me, iremos interrogar vocês. -Rick, deu as costas e caminhou para uma outra ala.

Eu e Alysson se olhamos e seguimos o homem.

-Rick! Não é melhor dar umas roupas secas para as duas? Elas podem estar com frio. -Bob disse.

Rick olhou de canto de olho para Bob.

-Depois. -E continuou andando.

Prosseguimos até chegar em uma outra sala. Onde havia mais dois caras. Um homem com cara fechada com um colete preto. E um rapaz de cabelos compridos. Bem bonito por sinal.

-Pai, quem são elas? - O rapaz disse olhando para mim e para Alysson. Pai? Então são pai e filho. Percebi que tinha uma semelhança entre os dois

-Carl, são umas garotas que Bob, Tyrese e Gleen acharam na floresta.

Carl, então esse é o seu nome.

-Ata. -Carl disse, nos encarando.

Rick falou para nós sertarmos e os três começaram a fazer perguntas para nós. Nome, idade, história, e por aí vai. Alysson respondia todas as perguntas, mas eu, estava apenas encarando o chão.

- Você não é de falar muito né? - O outro homem se manifestou olhando para mim.

O encarei por alguns instantes e respondi.

-Só falo quando eu quero. - Deviei o olhar e voltei a encarar o chão.

-Beleza então! - Ele respondeu e deu de ombros.

Revirei os olhos e Alysson riu.

Pov's Alysson

Depois das interrogações, pediram se eu ou Alice estávamos feridas. Eu disse que ela tinha torcido o pé e não estava conseguindo andar direiro. Ela beliscou meu braço com força e sorriu. Ai. Depois, disse que estava bem.

-Eu vi que você não consegue andar mesmo. Hershel vai dar uma olhada. -Carl disse, olhando para minha irmã.

-Eu 'tô bem, já falei. -Alice disse olhando para o chão.

Não sei o que estava acontecendo com Alice, mas sei que ela detesta parecer fraca na frente dos outros. (rindo)

Carl suspirou e olhou novamente pra ela.

-Se quiser continuar com o pé assim, tudo bem,  a escolha é sua. Mas, é melhor dar uma olhada e fazer isso melhorar rápido. Você não acha? - O moreno continuou.

-Mas que merda, eu já falei que tô bem! -Alice agora o encarava também.

-Você não tá. -Carl disse.

- É você que tá sentindo? Não! Se eu falei que tô bem, é por que eu tô. Mas que saco. 

Alice estava nervosa.

-Alice, pare ser teimosa. -Eu disse e comecei a rir - Você não está bem. Vai dar uma olhada nisso. 

-Af, tá. -Ela levantou e foi até Carl - Cadê esse tal de Hershel?

Carl sorriu e avisou seu pai que levaria ela até à enfermaria. Rick concordou e voltou o seu olhar para mim.

-Então vocês são de Woodbury? 

Concordei com a cabeça.

-Somos sim, moramos lá por bastante tempo.

- E por quê decidiram sair? - Rick disse, enquanto os dois me olhavam.

 - Decidimos sair de lá pra viver uma vida nova -Parei de falar e suspirei -Respirar novos ares. 

Daryl encarou Rick e depois os dois me encararam.

- É uma comunidade boa? -Agora, foi a vez de Daryl falar.

- Bom, é sim. É claro que toda comunidade tem as suas desvantagens. Mas até que é legalzinha.

- Certo, então. Sejam bem vindas! -Daryl disse e Rick sorriu.

- Muito obrigada. -Me levantei do banco. 

- As suas coisas estão ali em cima, poderão se trocar na sua cela. -Rick falou e foi andando ao lado de Daryl.

-Tá bom. Ah, e a propósito. Qual é a minha? -Perguntei.

- Sua cela? Bom, tem umas livres na Área C e na Área D. Pode ir até lá e escolher. -Daryl disse.

Concordei com a cabeça. Obrigada mundo.

-Bom, eu e Daryl temos algumas coisas pra resolver. Fique a vontade.

-Obrigada. -Respondi Rick, e fui até a Área C, procurar uma cela para mim e para Alice. 

Só sei que vai ser demais.

Pov's Alice

-Ai. 

-Por sorte você não quebrou o pé, apenas torceu. Eu indico você passar essa pomada diariamente. Até a dor passar. - O velho na minha frente, disse.

-Valeu. - O respondi.

-Obrigada Hershel, foi de grande ajuda. -Carl disse com um aperto de mão.

-Foi um prazer ajudá-los. -O perneta, sorriu.

-Vamos? -Carl disse me encarando.

- E eu tenho opção? 

Nos despedimos de Hershel e fomos andar pela prisão.

Passamos por umas celas até chegar no pátio principal, eu não parava de observar aquele lugar. Era tão legal.

-Aqui é bem grande né? -Puxei um assunto.

-Poisé.- Carl, olhava para frente. - Faz mais de quatro anos que estamos aqui. A prisão é um lar bom. Tem enfermaria, biblioteca, refeitório. Umas hortas ali fora e as Áreas com as celas. 

-Hm. Interessante. - Dei uma olhada ao redor. 

Ficamos em silêncio.

-Como era a vida em Woodbury?

O encarei, depois olhei para frente.

-Era legalzinho até. - Suspirei -Lá a gente tinha tudo, casa, quarto, roupas de todos os tipos, cores e tamanhos. Comida, remédios, armas e blá blá. Era uma comunidade unida. Não gosto de falar de lá. Não tenho boas lembranças.

- Enfim, obrigada por me levar até o velho perneta, meu pé parece que está melhor. 

-Pra sua informação, o 'velho perneta' tem nome. E, não foi nada, imagina. -Carl me respondeu.

-Tá né - Eu disse ousadamente. -Bom, a gente se vê, vou atrás da minha irmã agora. Até mais. - Acenei e virei as costas, fui atrás daquele tal de Daryl. Ele com certeza sabe onde Aly está.

-Tchau. -Carl se virou também e foi atrás de seus assuntos.

A chuva parou de cair e um grande sol se abriu fazendo torrar tudo o que estivesse em baixo. Calor dos infernos. Carl, por que não está ali né?

Daryl estava ali fora, dentro dos limites da prisão, fui até ele e perguntei aonde minha irmã poderia estar. Me disse que ela estava na Área C, procurando uma cela para nós. 

-Ata, muito obrigada Daryl.

-De nada. -Ele deu as costas e começou a observar a floresta. Cara esquisito. Dei de ombros e entrei novamente na prisão.

Se bem eu conheço a Alysson, ela deve estar pintando um arco-íris na nossa parede agora.

Pov's Alysson

Cheguei a Área C. Ela parecia ser bem aconchegante e espaçosa. Alguns moradores da prisão me cumprimentaram e conversamos um pouco sobre as nossas histórias. Uma mulher morena, disse que havia uma cela livre na parte de cima da Área. Então, ali seria o nosso 'quartinho'. Subi até lá e encontrei a cela. É, bem que a moça avisou. Ela estava livre, quer dizer, estáva mais pra abandonada, e lá estava uma bagunça. Acho que terei que arrumar isso tudo. Tirei as mochilas dos ombros, e comecei arrumar as camas, depois levantei algumas cadeiras e aproveitei a vassoura que estava no canto para varrer. Pronto. Agora estava tudo arrumadinho.

Em todas as celas tem beliches, então, decidi ficar com a cama de baixo. Improvisei uma arara e coloquei as minhas roupas de um lado e sapatos de outro. Aproveitei e fiz uma arara pra Alice também, e arrumei suas roupas ali. 

Decidi que precisaríamos de uma penteadeira. No canto tinha uma mesa, então coloquei de frente a parede. Peguei uma das cadeiras e posicionei na frente da mesa. Agora falta um espelho. Espelhos não são fáceis aqui. Mas eu encontrarei um.

Quando estava tudo pronto, Alice chegou.

-Oi Alysson.

-Ah, oi Alice, como está o seu pé? 

-Esta melhor, eu acho. Hershel me deu essa pomada, disse que tenho que passar todos os dias.

-Que bom! Vai ser melhor. -Eu disse a encarando - O que achou? -Olhei ao redor do 'quarto'

-Você arrumou tudo isso? -Ela disse, apontando pra ele.

-Aham. -Dei um sorriso -Gostou?

-Ah, dá pro gasto.-Ela deu de ombros e se jogou na cama. 

Alice ainda estava com as suas roupas molhadas. E se jogou na cama que supostamente é minha. Ai Alice.

-Por que não troca de roupa? Está toda molhada ainda. 

-Agora já secou né. -Ela tirou sua camiseta e colocou outra. Eu apenas a encarei.

-É. -Concordei com a cabeça. Mudei de assunto. -O que achou do Carl?

-Eu não achei nada. Ele é um chato que fica querendo se meter na vida dos outros. Simples. 

Agora isso tá ficando sério, por que Alice detesta tanto o Carl?

-Por que você os tratou mal hoje? Quando estávamos na sala com eles. Carl queria te ajudar.

-Ele queria era cuidar da minha vida. Isso sim.

-Ai Alice. - Comecei a rir -Por que pensa assim dos outros? 

Ela me encarou, e depois deu um suspiro.

-Por que as coisas são assim. E temos que aprender a conviver com isso. Entendeu? -Alice disse, tirando o seu par de all stars. -Não pode dar confiança tão fácil assim para estranhos.

-Ok então, se pensa dessa forma. -Eu disse, por fim.

-Eu penso assim, por eu tô certa. Tem que parar de ser tão ingênua Alysson. Acorda pra vida. Estamos vivendo uma realidade diferente agora.

Eu apenas a encarei e concordei com a cabeça.

-Se pensa assim, quem sou eu pra fazer você mudar né? -Dei de ombros. -Enfim, vai pra sua cama que essa ai é minha. Xô. 

Ela levantou e subiu em cima da beliche. 

-O que vamos fazer agora? Agora que vivemos aqui, temos que fazer alguma coisa. -Alice disse.

-A gente pode arrumar um emprego. Tipo, até ajudar o Hershel na enfermaria, ou ajudar as pessoas no refeitório. Precisamos ser úteis. -Eu a respondi.

-Eu sei. Bom, como já escureceu. Vou descansar. Falou. -Alice virou-se para a parede e fechou os seus olhos.

-Boa noite Alice. 

Aproveitei que Alice foi dormir e abri o pote de 3kg de pudim de chocolate. É maravilhoso, e eu vou comer tudo sozinha, haha.

-Alysson, isso ai é pudim? 

-O que? Não, não -Guardei o pote as pressas em baixo da minha cama e fingi demência -Imagina, puuf, pudim de chocolate?

-Para de ser ridícula, eu vi tá? Me dá um pouco disso aí. Mas que coisa, ela não ia dormir?

-Tá. -Entreguei o pote pra ela -Mas não come muito, temos que guardar.

-Eu sei. -Alice disse de boca cheia, e suja.

Comecei a rir, e ela entregou o pote pra mim.

Amanhã será o nosso dia!