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História SEM AVISAR - Sem Avisar


Escrita por: AnnaBSilva

Capítulo 46 - Sem Avisar



— Me perdoa amor. Falo chorosa enquanto o abraçava. Depois o afasto e coloco minhas mãos em seu rosto, olhando em seus olhos. — Não é que eu goste de procurar encrenca, mas sim, me sinto insegura, as vezes não acredito que tenho alguém como você ao meu lado, parece sonho... E por isso pequenos detalhes, como um sonho, uma resposta que não é da altura que esperava, me faz desconfiar que talvez não queira mais, que esta cansado do meu jeito, sei lá. Reviro os olhos, limpando as lágrimas. — Me perdoa? Volto a encara-lo.
— Não precisa pedir perdão, só acredita que te amo, assim como você me ama. Só acredita em mim.
Ele aproxima-se, me dando um beijo tão carinhoso, tão cheio de sentimento, mexendo em meu cabelo, acariciando meu rosto. Se não estivéssemos parados no meio de uma BR, acabaríamos na cama.
— Agora vamos. Rouba um selinho.
Coloco minhas pernas para dentro do carro, Henrique fecha a porta e em segundos estava no banco de motorista, dando partida no motor.
— Então mô, vamos almoçar onde ? Me pergunta animado.
— Lá em casa. Ia te pedir pra chamar o Juliano, a Mo, sua equipe, o Brava...
— Tem certeza amor? É muita gente. Enfatiza. — Apesar que metade da equipe já foi, só a banda esta comigo.
— Eu sei amor, eu sei, mas eu e a dona Jacira damos conta. Sorrio animada.
— E tu sabe cozinhar? Desacredita, caçoando da minha cara.
— Não sei não. Respondo irônica. — Sei desde laçar boi, o mais bravo mestiço, até fazer um simples almoço. Coloco a mão abaixo do queixo, para que simbolizasse erguer o mesmo caído.
— Sério Lo? Sabe laçar Boi?
— Lo não pelo amor de Deus. Sorrimos. — Mas sei sim, criei no meio do mato meu bem, só ia pra cidade para estudar, só.
— Vou casar com A Mulher então. Enfatiza. — Ta, ta, você vai falar que nem te pedi em namoro ainda, e eu lhe falo que não falta muito. Dou uma risada escandalosa de costume, quando algo me fazia rir de verdade.
— Maaas gente, eu não falei nada.
Falo com tom dramático e ele ri, pego o celular já contatando a dona Jacira que iria almoçar um povo em casa. Ligo também para Rafa e Hellen.
— É festa, é Gandaia é? Pergunta risonho ao pararmos em frente ao mercado. Ao ele descer do carro, uma mulher voa em cima dele o esmagando, com gritos estéricos.
— Que porra é essa? Pergunto para mim mesmo.
Ainda vendo aquela cena, a mulher estava vestida escandalosamente vulgar para o horário, ou para o local. Com certeza era outra que queria ter uma noite ou dia mesmo com o Henrique.
Arrependo-me um pouco pelo pensamento machista, pois a mulher poderia se vestir como, e na hora que quiser, como quisesse. Mas e aquela agarração? Chamando Henrique de gostoso e outros nomes.
— Lorena, tira uma foto nossa. Henrique me estende o celular, e a tal mulher me olha dos pés a cabeça, torcendo o nariz após.
— Mereço... 
    Pego o celular e tiro duas fotos. Eles dois lado a lado, e a outra, ele dando um beijo na bochecha dela. Atraindo assim outras pessoas, homens, crianças, mulheres, outras atiradas se aproximaram e tiraram fotos também. Depois de quase meia hora conseguimos entrar no mercado.
— Eu hein. Reclamo ofendida. — Para rolar um ato sexual, só faltou estarem nús. Tudo no cio, essas porra. Mal descemos do carro, vem uma racha quase pendurando na sua cintura, me medindo, fazendo de pouco caso. A puta ainda te chama de gostoso, na minha frente.
Vou reclamando até o fim do corredor, onde pegaria os peitos de frangos. Ouço as risadas baixas do Henrique.
— Ta rindo do que palhaço? O encaro com a mão na cintura tentando parecer séria. Mas acabo rindo pelo riso dele. Henrique me puxa para um abraço, me olhando de perto. Sentia sua respiração.
— Você ta com ciumes, que gracinha. Ri com os olhos, e aperto os meus como os de águia.
— Vai pra baixa da égua. Falo pausadamente.
— Ela é tão romantica. Olha para cima enquanto falava e depois para mim.
— Um dia também irei te fazer ciúmes, e nesse dia estarei rindo da sua cara.
— Ha, Ha, Ha. Fala irônico.
— Duvida da minha capacidade?
— Claro que não mô.
— Foi o que pensei. Me solto dele e vamos até o açougue do mercado. Nunca fiz uma compra tão grande para um único dia, excerto pelo dia que a Dona Jacira e eu fizemos almoço para as pessoas que estavam reformando nossa casa. Que sim, também era dela. Estava conosco á tanto tempo.
Compramos todos os ingredientes que a Jacira tinha me pedido por telefone, Henrique me deixa em casa após a compra e vai ao hotel onde seu irmão e a equipe estavam hospedados. Eu e a Jacira vamos para a beira do fogão. Hoje recepcionariamos uma grande quantidade de convidados.
— Eu queria saber o motivo de porque desde ontem meu pai ta dormindo tanto assim.
— Cansaço, filha. Responde compreensível.
— Jacira, já vi meu pai ruim, pós químio e radio, e nunca, nunca ! Enfatizo. — Vi meu pai assim, olha a hora. Vejo o relógio que trazia em punho. — Onze e meia da manhã e seu Sérgio dormindo? Não é possível. Balanço a cabeça em desaprovação.
— É os remédios Lorena.
— E ques remédio da porra são esses? Estão Dopando meu pai, vou falar com os médicos.
— Fala outro dia, a noite ele não dormiu tão bem, deixa ele descansar...
— Ta bom. Me dou por vencida e coloco algumas músicas sertanejas enquanto preparávamos o almoço. Modões, mas também tinha no repertório meus amores, Henrique e Juliano, Brava e Gusttavo. E por pensar nele, mando uma mensagem perguntando se tinha morrido. Por um motivo inexplicável, me preocupei com ele.
Após a comida estar preparada, apenas os filés de frangos a milanesa estarem no forno, a campainha toca e vou atender, com o pano de prato no ombro e com o avental na cintura. Só percebo no meio do caminho, mas ignoro e atendo mesmo assim.
 



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