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História Sem conexão(Now United) - Colônia


Escrita por: 1cara_eu

Notas do Autor


Boa leitura!!!
Espero que gostem!!!
Sugestão de música para o capítulo: Guns N'Roses - Estranged e Patience

Capítulo 7 - Colônia


Fanfic / Fanfiction Sem conexão(Now United) - Colônia

Dan acordou com uma briga de seus pais. Eles não se cansavam de ofender um ao outro. O rapaz sentou sobre a cama ouvindo os gritos de sua mãe acusando seu pai de traição. Ele se levantou trocando de roupa, não valia a pena ficar lá escutando aquela discutição, afinal ele já havia escutado tudo isso no dia anterior.

_Onde você vai? _A mãe do rapaz perguntou o segurando pelo braço.

_Não sei.

_Que ótimo! Você é inútil igual seu pai. _Dan puxou o braço saindo de casa.

O rapaz seguiu rumo ao bar de Marcus, comeria algo lá e depois tentaria encontrar os outros para irem conversar com a mulher que o dono do bar havia mencionado. Camila olhou para Dan enquanto ele entrava no local, o dia mal tinha começado e ele já estava lá.

_Seus pais brigaram de novo? _Ela perguntou se aproximando.

_Quando eles não fazem isso? _Ele riu. _Eu vou querer o de sempre.

_Ok.

 

Sabina olhou para o espelho, ela queria saber como aquilo a fez parar naquele lugar. A garota bufou antes de cobrir o espelho novamente. O som da campainha fez com que ela fosse ver quem era através do olho mágico. Eram os garotos, provavelmente para buscá-la para irem falar com a tal mulher.

_Já está pronta? –Rafael perguntou após Sabina abrir a porta.

_Sim.

_Então vamos, ainda temos que passar no bar do Marcus para buscar ele e o Dan.

Eles seguiram para o carro de Thomas. Sabina sentou próxima a janela observando as casinhas, aquele lugar era lindo, pelo menos durante o verão. O carro parou e apenas Rafael desceu indo buscar os outros dois dentro do bar. Os três retornaram entrando no veículo. Marcus olhou para os lados resmungando por estar espremido entre Sabina e Dan.

_Que inferno! _O homem resmungou. _Acho que eu deveria ir na frente já que sou eu quem sabe o caminho.

_Vai poder guiar eles quando chegarem à estação. _Thomas falou rindo.

_Estação? _Sabina olhou assustada para eles. Ela achava que a mulher vivia em Cochem.

_Mia vive em Colônia assim como meu irmão. _Marcus respondeu. _Eu liguei pra Vagner e ele disse que podemos ficar lá.

Sabina respirou fundo olhando novamente pela janela. Thomas parou o carro em frente à estação. Sabina, Marcus e Dan desceram apenas eles iriam para Colônia. O trio embarcou no trem, logo chegariam à outra cidade.

Dan sentou-se entre Sabina e a janela. O rapaz olhou pelo vidro vendo a paisagem mudar aos poucos. Sabina escorou a cabeça no banco sentindo-se sonolenta, ela não tinha dormido muito bem aquela noite.

 

Marcus acordou os dois jovens ao chegarem a Colônia. O homem chacoalhou o braço de Dan e em seguida o de Sabina, ele queria ir logo para casa de seu irmão. O trio desembarcou sendo guiado por Marcus. Sabina esfregou os olhos que estavam ardendo, ela só queria poder descansar, e de preferência em dois mil e dezenove.

Vagner encontrou os três na saída da estação. Marcus abraçou o irmão antes de apresentar os dois garotos:

_Essa é a Sabina, e esse o Dan.

_O Dan é seu neto? _Vagner brincou com o irmão.

_Vai se ferrar! _Os dois riram enquanto seguiam para o carro de Vagner.

_Eu não entendo nada. _Sabina cochichou para Dan.

_Eles estão disputando quem é mais velho. _Dan falou a fazendo rir. _Te aviso quando for algo importante. 

Vagner ligou o carro os levando até sua casa. Era óbvio que ele era o irmão bem sucedido, sua residência era grande e muito mais aconchegante do que a de Marcus. O grupo desceu do carro entrando na propriedade, na parece da sala havia um diploma, porém Sabina não conseguia decifrar em que o homem era formado.

Uma empregada guiou Dan e Sabina até o quarto onde eles dormiriam aquela noite, afinal o trem que os levaria de volta para Cochem só sairia de Colônia na manhã do dia seguinte. Sabina andou pelo quarto, não era algo grande, mas tinha uma varanda com vista para uma enorme igreja no estilo gótico. A garota apoiou os cotovelos sobre o parapeito da varanda apreciando a vista da cidade.

_Marcus disse para comermos algo antes de ir falar com Mia. _Dan falou parando ao lado da garota. _Gostou da vista?

_Sim, é bem diferente pra mim.

_Eu acho sem graça, é praticamente a mesma coisa que todas as outras cidades alemãs.

_Todo lugar é assim. No México as cidades também são bem parecidas... _A garota pensou por um momento. _Na verdade a America Latina inteira é bem parecida.

Dan olhou na direção da catedral, ele não via beleza alguma naquele trambolho cheio de exageros. Aquilo para ele não passava de um monte de pedras empilhadas em nome de uma fé.

 

Marcus tocou a campainha esperando Mia os atender. A mulher abriu a porta e para surpresa de Sabina ela não se parecia nenhum pouco com as outras mulheres daquele lugar. Sua pele era acastanhada, os cabelos estavam escondidos sob um lenço enrolando como se fosse um turbante, os olhos eram de um tom castanho esverdeado e suas sobrancelhas davam a entender que seu cabelo fosse escuro. Mia aparentava ser da idade de Marcus, ou mais velha, ela usava roupas coloridas e um número extravagante de adornos como anéis, pulseiras e colares dourados.     

_Sejam bem vindos! _Ela falou de forma que Sabina conseguisse entende-la. _Aceitam um pouco de chá?

_Não obrigado! _Marcus falou enquanto seguiam a mulher até a sala. _Queríamos saber um pouco mais sobre o espelho de Reichsburg, meu irmão me disse que sabe um pouco sobre ele.

Mia sorriu sentando-se em uma poltrona se servido de chá.

_Aquele não é um espelho comum. _Ela falou adoçando sua bebida. _Me contaram sobre ele quando ainda tinha dez anos, minha avó tinha fascínio por ele e as coisas que era capaz de fazer. O espelho de Reichsburg na verdade era um espelho negro, um oráculo feito na Espanha durante a inquisição espanhola, algo extremamente arriscado de se fazer. Seus donos mandaram forjar uma moldura no estilo barroco para que a igreja não suspeitasse de seu uso na magia. Com o espelho negro eles eram capazes de ver o futuro e o passado, porém a família que o possuía foi denunciada e julgada, o espelho foi confiscado e anos depois leiloado. Foi ai que Ravené o comprou, porém ele percebeu que o vidro negro havia sido danificado e pediu para que o trocassem por um espelho de cristal, mantendo apenas a moldura. Minha família foi a responsável pela troca... _Ela parou de falar ficando de pé.

Marcus e Dan se entreolharam enquanto ela apanhava um caderno dentro de uma gaveta que antes estava trancada.

_”Um enorme buraco negro surgiu sendo contido apenas por aquela moldura, que somente agora condizia com a utilidade do oráculo. Aquilo parecia querer nos engolir e só então percebi que a moldura contava uma história, de um lado o Gênesis e do outro o Apocalipse, o passado e o futuro...” _Mia parou de ler. _Essas palavras foram escritas por meu antepassado. Depois disso eles conseguiram colocar o espelho de cristal no lugar do vidro negro, porém o espelho continuou funcionando como oráculo, mas desta vez os cristais pareciam ajudar a fazer uma espécie de projeção levando pessoas de um plano para o outro. O irmão do homem que deixou esse diário desapareceu neste dia.  

_Ele foi levado pelo espelho? _Sabina perguntou preocupada, se este homem nunca retornou isso significava que talvez ela nunca voltasse para casa.

_Sim.

Marcus coçou a nuca preocupado, o mundo estava conspirando contra suas crenças. Até então ele conhecia uma realidade única e certeira, mas agora estava sentado ao lado de uma viajante do tempo, que passou por um portal mágico aberto por um espelho.

_E seu antepassado deixou escrito como usar o espelho? _Dan perguntou antes de a mulher negar com um gesto de cabeça.

_Porém aquilo é um oráculo, ou seja, qualquer oraculisata é capaz de usá-lo. _Ela falou antes de olhar para Sabina. _Se querem usar o espelho para alguma coisa procurem alguém com dons mediúnicos.

Dan bufou cobrindo o rosto com as mãos. Sabina estava pensativa, se ela não era uma oraculista, como aquilo funcionou com ela?

_Obrigado senhora Mia! _Marcus agradeceu antes deles se levantarem.

A mulher segurou o braço de Sabina antes de lhe falar algo em espanhol, para que apenas as duas entendessem:

_A espiritualidade age de formas misteriosas. Você pode ser uma garota comum, mas está aqui, em outro tempo. Lembre-se de que nada é por um acaso, e talvez você encontre algo valioso neste mundo. _Sabina olhava assustada para mulher. _Nossas almas vagam por séculos a procura da única coisa capaz de deixá-la partir... Não poderá ir embora sem encontrar o que lhe falta.

_Vamos Sabina! _Marcus falou olhando para trás.

_Claro! _A jovem falou ainda olhando para Mia. _E o que eu devo encontrar?

_Apenas você e a espiritualidade sabem, eu sou apenas um instrumento de sinalização. Essa era a mensagem que eu deveria lhe passar. _Mia deu um passo para trás. _Boa sorte!


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!
Obrigada por lerem!!!
Beijos no coração!!!!


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