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História Sem coroa por você - Sasunaru (ABO) - Meu ponto fraco


Escrita por: 4St44fd4 e Aest_

Notas do Autor


Oiii
@Sasuke-nyan aqui de novo, geeente esse capítulo está gigantesco (não se acostumem) o fato é que eu e a pudim concordamos que vocês iriam nos caçar até a morte se a gente dividisse, entãaaao bem pelo das nossas vidas ele está inteirinho aqui pra vcs em toda a sua glória.

Já aviso que ele contém muuuitas surpresas (todas friamente calculadas quando eu e a pudim trabalhamos na ideia dessa fic) hahahahha

Nos vemos nas notas finais,
Boa leitura ♥️

Capítulo 9 - Meu ponto fraco


Pov's Sasuke

A porta foi aberta e um Naruto descabelado e com cara de sono apareceu na minha frente, estranhamente seus cabelos despenteados e em um estado rebelde pareciam lindos demais pra mim.

- Sasuke...? - Ainda com sono ele parecia confuso e falou meu nome sem nenhum honorífico, o que me deixou muito feliz.

- Naruto. - O abracei.

Sim, literalmente, coloquei meus braços em volta do seu pescoço e aproximei meu corpo do seu, eu não sei porque fiz isso, eu simplesmente pensei que seria bom fazer e fiz.

- Sasuke?? - Ele deu alguns passos pra trás mas eu já estava agarrado a ele então fui junto.

Ele cheirava bem, sem nenhum perfume, só o seu cheiro puro mesmo, era magnífico então aproximei mais meu nariz do ponto entre seu pescoço e sua clavícula onde o cheiro parecia ser mais forte.

- Ãn... - Ele segurava a blusa em meu abdômen. - Você está bem? Está cheirando a álcool. - Falou tentando se afastar mas não permiti.

- E você cheira a baunilha e coco. - Respondi.

- Baunilha? O que é isso? - Não devia existir essa planta em seu reino.

- Não importa, só é bom, muito bom. - Inspirei forte como se pudesse  guardar dentro de mim aquele cheiro.

- Sasuke, ãn... você pode me soltar?

- Não! - O abracei mais forte. - Se eu soltar você vai fugir. - Reclamei como uma criança. - E eu vim aqui pra falar uma coisa pra você. - As palavras pareciam enrolar ao sair da minha boca.

Eu não fazia ideia do porque estar agindo daquele jeito, alguma parte de mim sabia que estava agindo como um idiota mas eu não conseguia pensar, só conseguia fazer e falar o que vinha a minha mente.

- Sasuke, eu não vou fugir eu juro, eu só preciso fechar a porta, estaremos com problemas se alguém nos ver assim. - Suas palavras estavam certas mas eu ainda estava com medo de soltá-lo.

- Você está me chamando só de Sasuke... Várias vezes...

Pude sentir o grunhindo em seu peito.

- Foco Sasuke, a porta, preciso fechar. - Ele tentou me empurrar mais uma vez e acabei deixando.

Quando ele saiu dos meus braços comecei a notar seu quarto, era pequeno, muito pequeno, até o banheiro do meu era maior do que aquilo, a meros dois passos atrás de mim estava a porta e a mais três pra frente a cama encostada na parede, uma mala vermelha podia ser vista meio embaixo da cama e sorri ao constatar que suas coisas haviam chego como pedi.

- Pronto, agora estamos bem. - Ele voltou até mim puxando meu braço para que eu me sentasse na sua cama, o que fiz sem reclamar. - O que quer me falar?

Ele ficou de pé na minha frente, minha cabeça batia um pouco acima de sua barriga daquele jeito, sem pensar muito me encostei ali. Não sei se intencionalmente ou não mas suas mãos foram para minha cabeça, acariciando os fios devagar. Deus, como aquilo era bom, eu poderia morrer feliz se em meus últimos momentos pudesse desfrutar daquela sensação sendo envolvido por aquele cheiro.

- Isso não devia ser tão bom. - Murmurrei contra o tecido de sua blusa laranja.

Eu podia sentir sua respiração então ficou claro quando ele puxou o ar mais fundo.

- Sasuke, você está bêbado. - Fiquei esperando que ele continuasse. - Precisa tomar água. - Senti seu corpo se virando mas não desencostei, ele também não pareceu querer que eu fizesse isso já que continuou segurando minha cabeça com uma das mãos. - Aqui. - Me afastei só o bastante para ver que era uma garrafa de vidro que parecia cheia.

- O que é isso? - Voltei minha cabeça pra posição anterior.

Eu sentia minha língua muito pesada para falar, tinha que usar muito da minha concentração pra conseguir pronunciar o que eu queria.

- Água Sasuke, água. - Ele tentou me empurrar mas passei os braços pela sua cintura me prendendo mais firme. - Sasuke, você precisa beber, vai ajudar o álcool a sair mais rápido do seu corpo.

- Não quero. - Respondi abafado pelo tecido da sua blusa.

- Não quer o que? Beber água ou que o álcool saia do seu corpo? - Ele ria mas eu não via a graça na sua frase.

- Sem o álcool eu não estaria aqui então não quero beber. - Respondi e aquilo fazia total sentido na minha cabeça.

Ele ficou algum tempo sem falar depois disso, a mão direita ainda mexendo suavemente no meu cabelo como se estivesse em modo automático e a esquerda devia estar segurando a garrafa mas eu não via.

- Sasuke, você já está aqui beber água não vai mudar isso. - Sua voz implorava e eu queria ver a cara que ele fazia então olhei pra cima apoiando o queixo agora em sua barriga. - Vai beber?

Analisei o movimento de seus lábios, eram lindos, nem tão cheios nem tão finos, eu diria que eram a porção exata, levemente rosados. Eu estava hipnotizado olhando pra eles pensando em como tinha sido beijá-los e no quanto eu queria experimentar a sensação gostosa mais uma vez.

- Me beija. - Pedi me afastando um pouco mas ainda mantendo as mãos em sua cintura.

- O que?? - Ele parecia em choque. - Para de besteiras. - Riu nervoso.

- Não é besteira, se me beijar eu tomo isso. - Ofereci.

- Não, não. - Ele balançou a cabeça negativamente empurrando levemente meu ombro com a mão que antes me fazia carinho. - Sasuke você está bêbado e não sabe o que está dizendo, anda, precisa de água. - Empurrou a garrafa gelada no meu rosto.

Tirei uma mão da sua cintura e afastei a garrafa.

- Não estou dizendo nenhuma besteira, é sério, se me beijar eu tomo, se não... - Dei de ombros.

- Mas que porra. - Ele olhou pro teto, parecia estar pedindo paciência.

- Vamos... Eu sei que você quer. - Tentei chamar sua atenção de volta a mim.

- Se eu te beijar você toma? - Voltou a me olhar e me senti abrir um grande sorriso quando o ouvi ceder.

Balancei a cabeça positivamente e esperei, ele ainda hesitou um pouquinho mas juntou nossos lábios, porém, quando eu ia fechar os olhos para aproveitar ele se afastou vermelho.

- Pronto, agora bebe.

Não aguentei e comecei a rir, rir muito, como não ria em muito tempo.

- Sasuke! Fica quieto, vão te ouvir. - Ele tampou minha boca e eu diminuí o barulho mas continuei sorrindo. - O que deu em você? - Tirou a mão devagar da minha boca.

- Esse beijo não valeu. - Avisei ainda sorrindo igual besta.

- Aaah valeu sim, nossas bocas se encostaram então valeu, bebe logo isso antes que eu jogue na sua cabeça. - Ele estava irritado mas ainda constrangido e eu só conseguia pensar em como era lindo.

- Mas não teve língua! Todos sabem que um beijo sem língua não é um beijo sério. - Repeti o que uma vez Gaara me falou quando criança.

- Você está bêbado e eu estou falando que foi um beijo sério então bebe o caralho dessa água. - Empurrou a garrafa no meu peito.

- Não se fala assim com seu futuro rei. - Sorri malicioso. - Mas tudo bem, eu tomo.

Sua expressão se refez em alívio e eu levei a garrafa a boca, quando o líquido gelado encostou nos meus lábios voltei a garrafa e a entreguei a ele que a pegou atônito.

- Tá brincando comigo? Você não bebeu! - Ele ainda olhou a quantidade de líquido ali dentro para conferir.

- E você não me beijou. - Voltei meu sorriso ao rosto enquanto sua expressão se fechava.

- Meu Deus que bêbado irritante! Vou te jogar pra fora desse quarto. - Ameaçou.

- Aí eu grito, acordo todos e faço uma cena. - Dei de ombros pensando porque parecia que a parede atrás dele rodava.

Quando voltei minha atenção a ele vi um bico na sua boca.

- Fazendo isso só me dá mais vontade de ganhar um beijo. - Avisei olhando atentamente para seus lábios.

- Urgg... Ótimo, quer um beijo de verdade? Então tudo bem, mas é bom que sua cabeça de bêbado se lembre que você que pediu. - Colocou a garrafa com mais força do que necessário na mesinha de canto e me puxou pela blusa colando mais uma vez nossas bocas, dessa vez ele permaneceu parado, seus olhos fechados com força, algumas rugas aparecendo na testa pela força de sua expressão.

Alguns segundos se passaram e ele não fez um único movimento até se afastar de novo me olhando consternado.

- Porque não fez nada? - Perguntou.

- Porque eu pedi pra você me beijar então você tem que fazer. - Ele ainda segurava minha blusa, levemente curvado.

- Você é inacreditável. - Soltou não muito mais alto que um sussurro.

Não respondi, ele não me deu tempo, suas mãos saíram da minha blusa indo para ambos os lados do meu rosto, entre o queixo e o pescoço, suas mãos estavam quentes e a sensação era confortável, seu rosto se aproximou mais e mais, seus olhos já fechados, fechei os meus tão logo senti o sabor de sua boca sobre a minha e dessa vez não houve espera nem afastamentos, sua boca se abriu pedindo que eu fizesse o mesmo, quando fiz sua língua prontamente entrou procurando a minha, e quando se encontraram.... Podia ser efeito da bebida mas poxa, eu com certeza afirmaria pra qualquer um depois disso que era possível ver luzes de olhos fechados.

Soltei um gemido inebriado por aquele gosto, sem nenhuma intenção de esconder como me sentia, então segurei sua cintura e o trouxe pra mim e assim que ele chegou mais perto o senti subindo na cama com os joelhos ao lado da minha coxa e o quadril sob mim.

Suguei sua língua dando a ele a vez de gemer contra minha boca, suas mãos subiram para meus cabelos passeando por ali, puxando e soltando os fios que achavam pelo caminho.

Seu feromônio doce era irresistível, me deixava louco e eu me senti egoísta, queria sentir sua pele quente em meus dedos, queria mais, então desci as mãos e subi a barra de sua blusa colocando a mão diretamente onde eu queria explorar. Passeei por ali sem nunca parar de o beijar e quando achei que queria outro lugar não pensei muito, desci para sua bunda e apertei.

Ele gemeu separando nossas bocas e eu aproveitei para descer meus lábios por seu pescoço, beijando cada pedaço de pele disponível.

- Sas... Sasuke - Me chamou com dificuldade.

Meus lábios estavam muito ocupados então murmurei para que ele entendesse que eu estava ouvindo.

- Sasuke. - Ele empurrou meu ombro me fazendo soltar sua clavícula já levemente marcada.

- O que? - Voltei minha atenção ao seu rosto corado, seus lábios inchados, sua respiração difícil.

- Nós... Precisamos parar. - Falou descendo uma perna da cama para o chão.

- Porque? - Segurei sua outra coxa para que ele não me deixasse.

- Porque. - Ele segurou minha mão e a tirou dali. - Você precisa cumprir sua parte do trato. - Terminou de descer e pegou a garrafa me estendendo.

Fiquei parado, sentindo falta do seu corpo, vendo tudo rodar novamente, agora sem saber se o efeito era devido ao álcool ou ao seu beijo, mas me recuperei o suficiente pra sorrir e pegar o objeto de sua mão.

- Tudo bem, trato é trato. - Respondi levando novamente o líquido a boca e dessa vez deixando que vários goles descessem por minha garganta seca.

Percebi que por mais que tivesse evitado aquilo, precisava, então sequei a garrafa em um instante.

Quando voltei a ele Naruto estava me olhando com uma expressão convencida.

- O que? - Perguntei secando a boca com as costas da mão.

- Estava bom é? - Perguntou debochado.

- Depende ao que você está se referindo, os dois estavam ótimos mas um foi melhor que o outro. - Soltei a frase e tenho certeza pela cor de suas bochechas que entendeu o que eu quis dizer.

- Tá. - Pegou a garrafa que eu ainda segurava deixando-a ali ao lado. - Agora vamos, você vai pro seu quarto, tomar um banho e depois deitar. - Pegou meus pulsos pra que eu me levantasse.

- Nããão, não quero ir. - Torci o pulso para me soltar, o que funcionou rápido já que eu tinha muito treinamento e ele aparentemente nenhum, logo eu que o estava segurando. - Não quero ir, não tive o suficiente de você. - Puxei ele vindo para trás e ele caiu por cima de mim.

- Sasuke! - Reclamou se apoiando no meu peito.

- Shiii, me beija. - Puxei seu rosto e ele não resistiu muito antes de voltar a me beijar.

- Como que você pode ter esse gosto tão... Bom? - Falei entre o beijo enquanto segurava em sua cintura.

Suas pernas se dobraram para que ele tivesse mais base e logo que se posicionou, seu membro e o meu fizeram pressão um no outro através de nossas calças.

- Nghh... - Gemeu fazendo movimentos indecentes com o quadril para ter mais contato.

- Naru... - Gemi com sua mão arranhando por dentro da minha blusa perto da costela.

Estava ficando extremamente quente naquele quarto minúsculo, eu precisava tirar nossas roupas então separei o beijo tentando puxar sua blusa mas antes que eu pudesse realmente tirá-la ele segurou minha mão.

- Sasuke espera. - Ele passou a mão pelo cabelo olhando pro teto. - Não podemos continuar. - Falou ainda sem olhar pra mim.

- Naru, qual é... - Coloquei minhas mãos na testa tentando suprimir a frustração com sua recusa. - Porque não podemos?

Ele voltou a me olhar agora meio com raiva.

- Como assim porque? - Ele começou a sair do meu colo. - Porque você vai se casar? Porque você é o futuro rei e eu sou uma merda de plebeu? - Se sentou com as pernas dobradas a frente do corpo no canto mais longe da cama (o  que não era tão longe assim já que o móvel mal comportava nós dois). - Será que algum desses porquês serve?

- Naruto, me escuta. - Me sentei também em frente a ele. - Meu casamento não importa, você ser um plebeu não importa, tudo que importa agora é eu e você aqui, eu quero você e posso dizer que você também me quer. - Tentei fazer com que ele entendesse. - Posso ver que você me quer. - Olhei para sua ereção marcando sua roupa.

Ele desviou o olhar fechando as pernas um pouco.

- Como se fosse uma grande surpresa eu te querer. - Resmungou baixo mas eu ouvi.

- Então você admite?

- É isso que você quer? Tá, ótimo, sim eu admito, eu te quero Sasuke Uchiha, como nunca quis outra pessoa. - Aquelas palavras fizeram uma sensação muito estranha nascer no meu estômago. - Mas não posso te ter então pra que fazer isso?

- Porque, porque, porque. - Repeti as palavras me levantando. - Você quer uma explicação pra tudo, Naruto para de pensar por um momento e se concentra aqui. - O puxei para se levantar também e ele veio no impulso.

Segurei direto em sua cintura e o beijei, com força, com vontade, apesar de hesitante ele retribuiu o toque, finalizei rápido e o soltei para terminar o que precisava dizer.

- Fica comigo essa noite Naruto. - Pedi com nossos rostos muito próximos ainda. - Só mais uma vez, preciso sentir você daquele jeito mais uma vez. - Eu não sabia se me contentaria com isso de "só mais uma vez" mas  naquele momento eu só queria que ele concordasse.

Ele não respondeu, mas nem precisou porque quando tomou a iniciativa de um beijo claramente havia aceitado.

Dei alguns passos pra frente com ele, queria chegar até a cama mais uma vez mas ele me parou com as mão no meu peito.

- Espera... Não podemos - Eu estava pronto para gritar de desgosto mas ele continuou rápido. - Não aqui pelo menos.... É muito pequeno. - Eu ainda enlaçava sua cintura o prendendo a mim.

- Devo te lembrar que nossa primeira vez não foi em um lugar muito maior ou com mais luxo? - Brinquei.

- Eu sei! - Ele desviou o olhar do meu envergonhado. - O que quis dizer é que tem vários outros criados dormindo nos quartos ao lado, eles vão ouvir.

- Então é só você ficar quietinho. - Beijei sua bochecha já que seu rosto ainda estava virado e eu precisava ter meus lábios nele.

- Sabe que não consigo. - Até sua orelha ficou vermelha com essa confissão.

Não pude evitar de rir e o soltei.

- Tudo bem, então quer ir ao meu quarto? - Ofereci o primeiro lugar que pensei.

- Não sei...

- Vamos Naruto, decida pra onde vamos logo se não vai ser aqui mesmo. - Alertei impaciente.

- Tá!! Tudo bem, vamos. - Ele pegou o lampião que estava trazendo a fraca iluminação para o quarto e o apagou antes de sairmos.

Ainda era difícil coordenar meus passos, o álcool realmente parecia ter diminuído depois de toda aquela água mas ainda estava no meu corpo me fazendo tropeçar várias vezes pelo caminho.

- Pelos Deuses Sasuke, desaprendeu a andar? - Ele passou meu braço direito pelo seu ombro tentando tornar nosso caminho mais fácil.

- Não, eu só queria que você chegasse mais perto. - Provoquei.

- Onde eu fui me meter. - Ele reclamou mas não conseguiu disfarçar o sorriso.

Quando chegamos até o corredor que virava para o meu quarto ouvimos algumas vozes, Naruto processou mais rápido, virou comigo e andamos com velocidade na direção Sul.

- Pra onde estamos indo? - Perguntei logo sendo repreendido.

- Fala mais baixo! - Sussurrou enquanto virávamos pelo terceiro corredor na ala Sul. Eu lembrava vagamente de terem me dito que esta área do castelo estava vazia devido a algumas reformas para expandimento. - Não vai dar pra chegar lá com aquelas pessoas, além do que era uma péssima ideia já que iriam nos ouvir do mesmo jeito.

- Mas não vão me questionar, eu vou ser o rei. - Respondi fazendo careta, não queria usar o título pra essas coisas, não queria que ninguém soubesse para não ter que aguentar encheção de saco, principalmente da minha família, mas não posso dizer que não o faria para ficar com loiro aquela noite.

- Não interessa, ninguém pode saber. - Ele foi firme. - Será só por essa noite, você vai embora amanhã e vamos fingir que nada aconteceu. - Não parecia que ele estava falando comigo e eu também não sabia o que responder, apesar de não gostar, era verdade. - Aqui, chegamos.

Ele saiu de baixo do meu braço, pegou um dos lampiões que iluminavam o corredor e abriu a porta de um dos quartos entrando e acendendo os lampiões de dentro, quando tudo se iluminou pude ver a cama estava coberta por um grande pano, assim como as mesas e cômodas, no chão não havia tapete e parecia levemente empoeirado mas no geral era um quarto bonito como o meu.

Ele logo trancou a porta atrás de nós.

- Que quarto é esse? - Perguntei enquanto ele tirava o grande pano de cima da cama revelando um colchão coberto por uma colcha vermelha e alguns travesseiros.

- É um quarto de hóspedes como o seu, a ala está vazia, é usada só durante o dia já que está em reformas.- Explicou. - Acho que aqui ninguém vai nos ouvir. - Ele voltou até mim nos fazendo ficar de frente um para o outro, ainda parados no meio do cômodo. - Tem certeza que quer continuar? Você ainda está meio bêbado. - Fez uma careta.

- Cala a boca, já me fez esperar demais. - Fui em sua direção e peguei seu rosto trazendo sua boca a minha, seus braços foram para meu pescoço me enlaçando, seu corpo relaxou contra o meu, ele estava abaixando suas guardas, cedendo ao que queria.

Cortei o beijo para tirar minha própria blusa, eu precisava de mais contato e ele parecia compartilhar da minha vontade já que espelhou meus movimentos logo em seguida chutando seus sapatos para qualquer canto, como eu só usava chinelos foi mais fácil e logo eu já o peguei de novo pela cintura dando impulso para que ele passasse as pernas em volta de mim.

Voltamos a disputar espaço na boca um do outro, era um beijo selvagem e cheio de desejo, o carreguei para a parede mais próxima conseguindo apoio para suas costas. Pressionei meu pau duro contra ele e o senti estremecer de prazer arranhando minha nuca com as unhas curtas.

Fazendo movimentos de pressão eu estimulava a mim e a ele ao mesmo tempo enquanto tomava aquele sabor pra mim sem nunca parecer suficiente.

- Sasuke... preciso de você, logo. - Pediu entre nossas bocas, ele era muito insolente quando estava excitado mas eu gostava desse seu lado, me inflamava pra caralho.

Eu o sentia liberando feromônios e os meus também começaram a se intensificar desmedidamente em resposta.

- Ainda não, quero mais...- Admiti em meias palavras colando nossas testas, eu não queria que aquilo acabasse tão rápido.

- Podemos fazer de novo com mais calma depois mas agora eu realmente preciso. - Ele voltou a me beijar desesperado pra continuarmos, eu também não estava muito diferente então voltei com ele para a cama caindo por cima de seu corpo enquanto ele forçava minha calça para baixo.

- Você é sempre tão impaciente assim na cama ou é só comigo? - Cortei o beijo para terminar de tirar o que me restava de roupas e ele fez o mesmo erguendo o quadril fazendo nossos membros se encontrarem, quentes e pegajosos.

- Vou deixar essa pra você adivinhar. - Fugiu da minha pergunta sorrindo travesso.

Não paramos de nos olhar em nenhum momento, os seus azuis, os meus pretos, se fixando tão intensamente que era impossível de desviar.

Ergui sua coxa para que ele subisse a perna direita em meu quadril me dando caminho, suas mãos apertavam meus ombros enquanto eu me posicionava em sua entrada que já estava mais do que pronta.

- Vai. - Ele acenou me pedindo para entrar e eu o fiz enquanto ele me puxava para um abraço.

Beijei a curva de seu pescoço enquanto escorregava centímetro por centímetro, cada vez mais fundo até o preencher por inteiro ouvindo-o arfar quando atingi o máximo de seu interior.

Nesse momento confirmei que ele era tão gostoso quanto minhas memórias tentaram me convencer depois daquela noite.

- Puta que pariu. - Ele gemeu deixando marcas na minha pele.

Comecei a sair de dentro dele para logo em seguida voltar rápido e forte, e em todas as vezes que fazia ele gemia um pouco mais alto, ainda bem que estávamos em um cômodo afastado porque claramente ele não era um ômega silencioso.

- Naruto, me morde. - Falei em seu ouvido enquanto estocava sem parar. - Ou o castelo inteiro vai te ouvir quando eu te fizer gozar. - Expliquei já sentindo meu limite próximo.

Ele não me respondeu mas fez o que eu pedi cravando os dentes fundo na pele exposta do meu ombro.

- Nhghhh. - Gemi com a dor prazerosa voltando duro para dentro dele em um ponto que o fez gritar através da mordida. - Achei. - Comentei satisfeito com o som voltando várias vezes seguidas ao mesmo lugar sem me importar com a pressão de seus dentes.

Eu não precisei masturbá-lo, o sentia pulsar entre nós, ele estava pronto. Só mais duas vezes foram necessárias para que ele destravasse os dentes de minha pele, soltando a cabeça pra trás enquanto maltratava os próprios lábios e vinha em jatos em quentes, aquela visão dele era surreal mas eu já tinha ultrapassado meu próprio limite então me apressei em tirar e quase sem tempo gozei por sua barriga fazendo nossos dois líquidos se misturarem em seu corpo.

- Porra. - Caí por cima dele sem me importar em como estava melado, naquele momento minha mente estava em branco.

Ele abraçou minhas costas suadas me recebendo e eu sentia sua dificuldade em respirar então me mexi para lhe aliviar um pouco caindo ao seu lado, ficamos em silêncio, o cheiro de sexo e dos nossos feromônios misturados no ar, o ambiente quente, cada um tentando restaurar o controle do próprio corpo, algum tempo se passou e eu nunca saberia dizer quanto até que sua voz se fez presente.

- O que foi isso. - Não era uma pergunta, pelo menos não pra mim, virei o rosto vendo que ele havia coberto o seu com o antebraço, deixando só a boca descoberta puxando o ar em intervalos de tempo mais consistentes.

Me virei de lado tirando seu braço dali e ele me olhou confuso, as bochechas extremamente coradas, os olhos satisfeitos depois de um orgasmo lindo, o cabelo em desordem completa, Naruto era a própria visão do pecado e eu não queria perder nem um detalhe.

- Preciso te ver. - Era verdade, era uma necessidade tão vital quanto respirar.

- Ver a destruição que aprontou em mim? - Ele sorriu relaxado.

- Isso, eu fiz um belo trabalho. - Respondi levando meus lábios a sua pele mais uma vez, no canto da sua boca vermelha enquanto descia uma mão para massagear suas bolas.

- Quem disse? - Ele me provocou mas mesmo assim trouxe sua mão para minha nuca se virando mais pra mim, aproveitando a carícia numa posição melhor.

- Seu corpo pareceu satisfeito. - Respondi caminhando até sua orelha. - Mas acho que já quer mais. - Voltei a mão encontrando seu pau semiereto e ele gemeu baixinho quando o apertei.

- Então me dá mais. - Pediu segurando uma porção de cabelo na minha nuca levando minha boca a sua mais uma vez.

Apesar do que achamos não estávamos conseguindo ter mais calma nessa segunda vez, nossas mãos desesperadas trabalhavam para agir tão rápido quanto necessitávamos ao nos masturbar simultaneamente, de lado um pro outro, ele olhava meu pau e eu o seu enquanto nos dávamos prazer.

- Chega disso. - Falei soltando o seu primeiro. - Fica de quatro. - Ordenei.

Ele se levantou e virou-se sem reclamar, sem comentar, sem emitir nenhum som maior que um gemido, o que significava que estava tão sedento quanto eu.

Sua bunda era linda, redonda, perfeita, acariciei a pele branca antes de desferir um tapa que emitiu um som estalado seguido pelo seu gemido rouco de surpresa.

- Caralho, que visão maravilhosa. - Comentei vendo a pele se avermelhar instantaneamente.

Naruto devia ter esquecido como se falava palavras entendíveis porque era impossível identificar seus sons, mas eu sabia que significavam puro deleite.

Me posicionei corretamente atrás dele, meu pau duro e pronto bem no inicio da sua entrada enquanto ele rebolava minimamente em antecipação.

Segurei seu quadril e comecei a entrar mais uma vez naquele que facilmente podia se tornar meu lugar favorito.

A posição que estávamos facilitava muito a entrada e era impossível controlar a velocidade então acabei dentro muito rápido fazendo ele gritar.

- Naruto. - Joguei um dos travesseiros que alcancei para ele que entendeu o que precisava fazer instantaneamente.

Pegou o objeto macio e se agarrou nele, trocando minha pele por sua espuma.

Me deitei sobre ele apoiando um braço ao lado do seu e o outro mantendo seu quadril onde eu queria e voltei a sair rápido e entrar numa velocidade maior ainda, atingindo repetidas vezes o ponto que eu já sabia perfeitamente onde era.

Naruto gritava através do travesseiro em cada uma das vezes, com certeza ele perderia a voz no dia seguinte mas aquilo certamente nem se passava pela sua cabeça.

Tendo a visão dos seu cabelo loiro indo e vindo conforme nos movíamos, sentindo seu ferômonio forte e liberando o meu na mesma intensidade, fiquei repentinamente desesperado, antes eu sabia que teríamos mais, mas agora era provavelmente a última vez, nenhum de nós aguentaria muito mais depois disso e em algumas horas eu estaria indo embora pra sabe Deus quando voltar a vê-lo novamente. Ele também tinha deixado bem claro que seria só essa noite, minha mente tinha se recuperado um pouco mas mesmo assim ainda estava difícil demais pensar, e tudo que eu conseguia era dividir meu cérebro na parte em que continuava as estocadas e na parte que sofria porque não queria que ele sumisse da minha vida.

Naquele momento eu desejei não ser a última vez, eu desejei egoistamente tê-lo só pra mim, e tão logo desejei isso meu lado alfa rosnou tentando assumir o controle, prometendo que se eu lhe passasse o comando Naruto não se separaria de mim, e eu passei.

Parei de suprimir meus feromônios tentando levar Naruto a perder o controle sobre os seus.

- Sasuke? - Ele percebeu.

Não respondi, continuei forçando até que ele não conseguiu se manter.

Parei dentro dele, o mais fundo que podia e não precisei ir muito longe já que estava exatamente na posição. Abri a boca e finquei os dentes onde meu instinto mandava, se Naruto gritou eu não ouvi, só sei que me prendi ali sentindo todo meu corpo se acender.

Eu esperava enquanto o processo se completava, se por segundos ou minutos eu não fazia ideia, o tempo não existia mais, eu só conseguia sentir, experimentar e apreciar o momento que o ômega Naruto se tornava meu.

Era um processo magnífico, eu comecei a sentir o que ele sentia, comecei a participar de suas emoções, conseguia sentir que ele estava apavorado mas que naquele momento também me desejava tanto quanto eu, conseguia sentir como seu corpo me pertencia e agora como ele todo era meu.

Quando acabou tirei minha boca de onde se estendia uma marca redonda vermelha com o perfeito desenho dos meus dentes em sua pele. Beijei delicadamente o local para que amenizasse a dor que eu sabia que ele sentia.

Eu também sabia que ele tinha acabado de gozar, enquanto sua marcação se finalizava ele também se desmanchava, eu pude sentir junto dele sua onda de prazer e isso quase tinha me feito ter a minha própria perigosamente fundo nele mas consegui me impedir e quando ele acabou fui atrás da minha própria liberação voltando para fora e para dentro pela última vez antes de sair totalmente e gozar pela base de suas costas.

Caí ao seu lado acabado, satisfeito e perplexo pelo que tinha feito, a consciência da seriedade dos meus atos brotando lentamente em mim.

Dessa vez eu que cobri meu rosto, com medo de o encarar.

Eu sabia que ele estava começando a esquecer a parte que desejou aquilo tanto quanto eu e estava deixando a fúria assumir o lugar.

- Mas que caralhos que você fez? O que deu em você?? - O ouvi falando.

Me neguei a responder ou a sequer o olhar.

- Sasuke, puta merda eu sei que você não apagou aí. - Ele puxou meu braço do rosto me fazendo vê-lo, bravo, olhos abertos, cabelos totalmente despenteados, lindo.

- O quer que eu diga? - Perguntei me levantando. - Que eu não sei o que deu em mim? EU não sei o que deu em mim. - Procurei minha calça e a achei jogada ali no canto da cama.

- Você sabe o que você fez? Você entende que essa merda é definitiva e pra sempre? - Ele ainda me olhava sentado enquanto eu vestia minha calça e jogava as suas a ele.

- Eu entendo tá? Eu sei que merda significa ter te mordido, eu sei! - Peguei minha blusa toda amassada já a passando pela cabeça enquanto ele se levantava.

- Meu Deus, que inferno, eu sabia que não devia ter cedido. - Ele terminou de se vestir enquanto eu passava a mão pelos cabelos suados tentando pensar.

- Você não parecia estar achando ruim. - Pra que que eu fui falar isso.

Sua fúria chegou a me esquentar por dentro e ele veio em minha direção.

- Acha que isso é uma piada?? Você me marcou! Eu, um plebeu, a merda de um plebeu, e isso é pra sempre. - Começou a jogar tudo que eu já sabia na minha cara. - Você é o futuro rei, vai se casar e.... - Ele parou, seu olhar crescendo e seu súbito medo me fazendo temer algo que eu nem sabia o que.

- O que foi? Do que está com tanto medo? - Perguntei segurando seus ombros.

Ele se afastou.

- Você... Não planeja me matar ou algo assim né?

- O que???? - Cheguei mais perto e ele se afastou mais.

- Quer dizer. - Ele tremia. - Eu sou só um plebeu e você o futuro rei, pode facilmente me matar pra se livrar disso e...

- Para! - Ordenei em pânico, só o simples pensamento dele não existir mais já me causou ânsia de vômito. - Ficou maluco? Eu nunca poderia te matar, seria como matar uma parte de mim.

Ele ficou em silêncio com isso, corando, meu Deus, ele tinha ficado constrangido com isso, nessa situação.

- Você... Ficou envergonhado? - Perguntei.

- Para de ver o que eu tô sentindo! - Ficou ainda mais vermelho, como se fosse possível.

- Como se desse. - Respondi enquanto ele terminava de se vestir e calçava os sapatos.

- Tá, o que vamos fazer agora?

- Porque está perguntando pra mim? - Fiz uma careta.

- Porque você que nos colocou nisso. - Respondeu cruzando os braços esperando.

- Acha que eu sou algum tipo de detentor de todas as respostas? Tipo um ancião? - Eu ri sem humor. - Sinto lhe informar que sobre esse assunto eu sei tanto quanto você, ou até menos, nobres não se marcam Naruto, somos treinados pra controlar esses impulsos e...

- Então porque você não controlou? - Ele me interrompeu.

- Porque você mexe com a minha cabeça! - Respondi no calor do momento e isso nos fez parar por alguns segundos nos encarando mas ele desviou o olhar primeiro então continuei o que estava falando para me impedir de ficar pensando sobre o que tinha dito. - Temos que evitar ao máximo que uma coisa assim aconteça porque é considerado uma fraqueza máxima.

- Fraqueza máxima? - Ele perguntou voltando a me olhar.

- Sim, você agora é minha fraqueza e se qualquer inimigo descobrir que o rei tem uma vulnerabilidade dessas... - Parei não querendo continuar.

- Então não vamos contar pra ninguém. - Sua voz era bem baixa.

- Concordo. - Andei até a janela, o céu começava a se alaranjar denunciando que o dia já começava. - Preciso ir. - Suspirei.

- Ir? - Me virei de novo pra ele. - Vai voltar pro seu reino com essa situação? Precisamos nos resolver. - Gesticulou com a mão pelo espaço entre nós.

- Nos resolver? Naruto você sabe um jeito de "resolver"? Se me disser que sabe como desfazer isso eu fico pelo tempo que precisar. - O encarei, ele permaneceu em silêncio sem resposta. - Como eu pensei... Não podemos fazer nada de qualquer jeito e não podemos levantar suspeitas, então eu vou, quando voltar conversamos melhor, com a mente mais limpa, agora eu nem consigo diferenciar o que estou sentindo do que é você.

- Eu também não. - Ele fez uma careta.

- Então é isso. - Me afastei em direção a porta sentindo meu peito queimar mais a cada passo para longe dele.


Notas Finais


Foi um desafio escrever esse capítulo pessoal, e acho que o resultado final não recepcionou o que vcs acham?

O que será desses dois agora? Teorias?

Beijinhos,
Até o próximo!


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