História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Quase um casal!

Narrado por Mariana

Já era quase 23 horas e eu estava colocando uma parte da minha pesquisa em dia, aproveitava o silencio e a calma que a noite me proporcionava, hoje com 43 anos de idade eu continuava sendo uma das melhores Neuro do pais, minhas pesquisas deram certo e eu tinha acabado de receber um premio Nobel, escutei a porta do quarto se abrindo e um barulho de passos rápidos no assoalho do apartamento, quando levantei os olhos enxerguei o motivo da minha vida, Bernardo.

B: mamãe, por está acordada a essa hora? Disse caminhado em direção ao colo de Mariana.

M: oi, meu amor, a mamãe está trabalhando! Pegando o no colo.

B: mas você já trabalha durante o dia, é outro emprego?

M: é o mesmo emprego, durante o dia a mamãe salva vidas e a noite eu estudo para salvar ainda mais.

B: você é uma super heroína!

M: não, a mamãe é apenas uma médica.

B: para mim a senhora é a melhor e mais poderosa heroína.

M: não era para o mocinho estar dormindo? Eu me lembro de te- lo deixado no seu quarto e você já havia adormecido, o que aconteceu?

B: não sei, eu acordei e ia para o seu quarto, mas vi que estava aqui, quero dormir com a senhora mamãe!

M: oh, meu amor- disse o abraçando- Então já que você veio, nos vamos dormir juntinhos, tudo bem?

B: tudo bem- disse gritando animadamente

Marina desligou o notebook, guardou todos os materiais, pegou Bernardo no colo e seguiu para seu quarto, após depositá-lo na cama e deitar ao seu lado ela ficou durante um tempo velando o sono do seu pequeno príncipe, há ele era uma fofura em miniatura, seus cabelos eram cacheados assim como os dela e do mesmo tom, o olhos porem era um misto dos seus e do pai, um verde quase azulado e intensos, apesar de ser uma criança amável Bernardo possuía uma personalidade marcante, era carismático, educado, confiante, inteligente, mas tinha seus momentos irredutíveis, bem ele foi a maior surpresa que a vida lhe deu, após a confraternização de quinze anos da sua turma de medicina Mariana acabou passando uma noite de amor com o Henrique, na mesma noite ela concebeu o dom de ser mãe e não ela não havia contado a ele sobre a gravidez, uma semana depois do encontro amoroso ficou sabendo que o mesmo tinha se mudado para o Haiti em uma missão  humanitária, ambos tinham perdido o contato, quando soube da gravidez Mariana achou que era melhor que ninguém ficasse sabendo da origem do filho, quando  Bernardo a questionava sobre sua origem ela repetia a mesma história de sempre: “Você é uma sementinha que estava congelada em um laboratório e que depois foi colocada na barriga da mamãe e você nasceu, a mamãe não sabe quem era o papai dessa sementinha”. Sua irmã Vera era quem mais lhe ajudava a cuidar de Bernardo, durante a semana ele freqüentava a escola, natação e inglês, porém quando alguns plantões de Mariana caia aos fins de semana, Bernardo é enviado a casa da tia/ madrinha até o fim de seu expediente, os únicos que sabem sobre a verdadeira origem de Bernardo é sua irmã Vera e seu cunhado Gustavo, Vera muitas vezes chegou a colocar Mariana contra a parede para que ela revelasse a Henrique sobre o filho, entretanto ela é irredutível ao assunto, tem la seus motivos, um caso era ela ser abandona outro era o filho, se estava errando ou não era com a intenção de privar  o garotinho de aborrecimentos, a formação de uma família sempre foi seu sonho e não o de Henrique, não achava justo privar o mesmo de obrigações indesejável. Mariana dormiu abraçada com o filho, na manhã seguinte teria de realizar uma intracraniana.

Não muito longe de seu apartamento Henrique comemorava a volta definitiva ao Brasil, tinha recebido uma proposta tentadora do amigo Fabrício diretor do mesmo hospital que Mariana trabalhava, no dia seguinte Henrique já começaria a trabalhar, estava em um bar comemorando seu retorno juntamente com Fabrício:

F: quando lhe fiz o convite não imaginava que iria aceitar, e olha você aqui na minha frente comemorando o retorno, amanha estaremos trabalhando na mesma equipe, qual a sensação de estar de volta?

H: confesso que estou me sentindo nostálgico, não imaginava voltar tão cedo assim para o Brasil, minha ultima passagem por aqui foi a quase quatro anos atrás, na época ia ficar mas recebi uma proposta de ir para o Haiti e não consegui recusar, acho que está na hora de sossegar, já fiz a minha parte, ajudei muito lá fora está na hora de ajudar o meu país!

F: é assim que eu gosto de ver, preparado para ser o novo deus grego do hospital?Garanto que a mulherada vai cair matando, rsrsrs.

H: para isto eu sempre estarei, mas confesso que minha maior vontade é de reencontrar a Mariana, de todas as vezes que nos vemos algo sempre fica pendente, mas da ultima eu sinto que foi mais serio, não sei o que é, talvez é apenas uma impressão- disse pensativo.

F: a boa e de sempre Mariana, com todo respeito, eu sei que você ainda tem uma queda por ela e ela por você mesmo que não admita, mas não sei, acho que está na hora de você seguir em frente. Há não te contei, vocês vão trabalhar juntos, apenas em alas separadas.

H: está brincando?

F: não estou falando serio, a mariana faz parte do nosso quadro, na verdade é uma das melhores Neuro do país, acredito que não vão se esbarrar, pois o plantão será em horários diferentes.

H: meu amigo, eu confio muito no acaso! Quem sabe amanhã, não nos vemos....

Narrado por Henrique

Assim que cheguei ao pequeno flat em que me encontrava hospedado, fiz minha higiene pessoal, tomei um banho e me deitei, fiquei horas e horas olhando para o teto, tudo que eu mais desejava era encontrar ela novamente, dessa vez queria ser diferente, ser menos egoísta, estava disposto a lutar por ela, só desistiria caso ela realmente não me quisesse, mas eu vou insistir até o fim.