História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Novo integrante.

** Personagens: Fabrício ( Marcelo Serrado) e João: (Paulo Rocha)

Não, nos não somos uma família, mas me sinto pai do Bernardo, nossa ligação é forte, quando penso que estou conseguindo tocar os sentimentos da Mary ela foge, foi assim com a noite em que dormi na casa dela, tudo maravilhoso, finalmente tinha conseguido provar do seu corpo, só de pensar em nós novamente me sinto excitado, ela despertar todos os sentidos em mim. Porém, é como se nada houvesse ocorrido, nenhuma mensagem, nenhuma ligação, no trabalho nos tratamos educadamente, mas não vai alem de uma parceria profissional, ela me trata como se fosse qualquer outro colega. Depois de dois dias tentando falar com ela, sem sucesso, voltei  me relacionar com a enfermeira Maisa, não sei se mariana tem conhecimento desse fato, acredito que sim, pois está me evitando, na verdade nem olha no meu rosto.

Cheguei ao hospital como de costume e me encaminhei para a sala dos médicos, hoje estaria atendendo as consultas marcadas, mas segundo as recomendações  de Fabrício deveríamos chegar antecipadamente pois haveria uma reunião antes mesmo do inicio do plantão, logo após me trocar, quando estava me retirando da sala acabei acidentalmente  esbarrando  em Mariana que estava chegando, o clima do rio é absurdamente quente, mesmo com todos os ar condicionados em funcionamento as vezes era difícil controlar o clima, por essa razão, acredito eu, que o vestuário de mariana tinha se diversificado para o dia de hoje, ele usava um vestido branco, colado ao corpo que definiu muito bem suas curvas, não minto que durante todo o decorrer do dia fiquei a pensar na visão dela com aquela roupa. Ao esbarrar em seu corpo percebi o quanto ela ficou tensa.

M: Bom dia! Não olha por onde anda Henrique?

H: Bom dia! Observo muito bem os caminhos que percorro, se é que me entende?

M: rá,rá,rá, como você é engraçado! Me dá licença, agora! – disse tentando passar por ele que trancava a entrada para a sala.

H: não vai me dar um beijo?

M: não, eu não beijo qualquer boca!

H: é concordo, por isso que anda assim!- disse a avaliando.

M: assim como?

H: estressada, você está precisando beijar na boca, transar- aproximou-se de seu ouvido e sussurrou- gozar.

M: cala a sua boca- disse o empurrando- realmente eu preciso gozar, há homens que não nos satisfazem- piscou.

H: ah é?

M: é, e sai da minha frente ou eu vou me atrasar para a reunião.

 Eu a deixei entrar para a sala, já havia conseguido o que queria, tirar ela do pedestal, não que o insulto foi aceito de bom grado, eu ainda iria me vingar e seria doce e prazerosa, me dirigi para a sala de reuniões, estavam quase todos da equipe médica por lá, entrei e logo avistei Fabrício conversando com um homem que não me recordo de já tê-lo visto antes.

H: bom dia!- cumprimentei ambos.

F:Bom dia, Henrique, gostaria de lhe apresentar o João! João esse é o Henrique.

H: Bom dia , João, é um prazer conhecê-lo!- estendeu a mão.

J: Bom dia! Finalmente eu vou conhecer o famoso Dr. Henrique!- apertou a mão de volta e sorriu educadamente.

H: famoso? Nem tanto- sorri amistosamente.

J: pode ter certeza que é, pelo menos para mim.

F: bom, acho que estão todos aqui! Vou começar.

H: falta a Marina- notei que João me observou quando disso o nome dela, porem não dei importância.

F: bom dia a todos, gostaria que  cada um tomasse seu devido lugar, já vamos começar a reunião, estou apenas esperando a doutora Mariana.- todos se sentavam quando Mariana chegou.

M: Bom dia a todos! Pode começar a reunião Fabrício.

Tinha me sentando distante de Mariana, porém notei que ela ficou frente a frente com o então João, não gostei de ver os sorrisos que ela jogava para ele, muito menos da piscada de olho dele. Esse cara que eu nem sabia quem era já tinha chego me causando problemas.

F: Bom  dia, novamente! O motivo da reunião é um assunto brevíssimo, eu gostaria de apresentar ao corpo médico o nosso novo ortopedista o Dr. João, ele começa os trabalhos hoje, gostaria que todos o conhecessem e o ajudasse a se familiarizar com o ambiente, acredito que a Mariana deve ficar responsável por ajudá-lo hoje, já que ela é amiga do nosso novo colega, porem não será a todo o momento que ela estará disponível, então peço a cordialidade de todos para apresentar as dependências hospitalares ao João. E mais um vem, seja bem vindo!

Todos se levantaram e foi em direção ao tal João, eu permaneci sentado onde estava apenas observando, quando chegou à vez de mariana fiquei inquieto tudo que ouvi e vi na sala só serviam para aumentar minhas suspeitas e ciúmes, eu estava louco por dentro, então vi quando ela se aproximou dele e prestei atenção em todos os seus passos, ela sorria encantada e ele retribuía, era um abarco caloroso, demorado, cheio de sentimento, percebi que ele sussurrava algo em seu ouvido porem devido ao contingente de pessoas na sala não consegui diagnosticar do que se tratava, assim que ela saiu de seus braços percebi a felicidade esbanjada em seu olhar, era a minha vez então fui novamente até ele e o cumprimentei, desejando boas vindas, no fundo não era esse tipo de cumprimento que queria oferecer, Fabrício me chamou no canto da sala para uma conversa  rápida, João e Mariana se retiraram da sala assim como os demais porem abraçados e conversando, ah que ódio eu sentia desse homem, e principalmente dela, por me esnobar e me tratar como um ninguém, talvez fosse isso que eu representava a ela.

Durante minha hora de descanso fiquei responsável por lhe apresentar a pediatria, não conseguia olhar na cara do sujeito, todos o amavam.

H: bem, João, aqui está a ala pediátrica, meu campo de oficio- disse sendo indiferente e ele.

J: percebo que é um profissional dedicado a sua área.

H: sim eu gosto muito da minha especialidade.

J: a Mary sempre destacou seu potencial como pediatra, você é reconhecido mundialmente, parabéns!

H: A Dr. Mariana? Fico lisonjeado com os elogios dela. Vocês são ótimos amigos, não é?

J: sim eu e a Mary temos uma relação de muito companheirismo e fidelidade, ela é muito especial para mim, assim como o filho dela, conhece o Beny?

H: sim, o conheço é uma criança fantástica.

J: sim, o amo como um pai ama um filho.

Com sua ultima frase, me veio a mente que esse tal João pode vir a ser o pai do Bernardo. Talvez essa proximidade e carinho da Mariana com ele, não há outra explicação, eles tem um caso, um romance e vão se assumir logo, e eu? Fomos interrompidos por ela, que bateu a porta e o chamou para almoçarem juntos, quando isso ia ocorrer comigo? Nunca.

M: desculpe interromper, João vamos almoçar?

J: sim, obrigado Henrique por sua disponibilidade!

H: Por nada, sempre que precisar estou às ordens- assenti com a cabeça evitando olhar para Mariana que simplesmente me ignorava, me fazendo pensar se eu nunca tinha sido homem suficiente para ela.