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História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Como vou dizer?


Escrita por: Werliane

Notas do Autor


Olá meninas, desculpe a demora💜

Capítulo 22 - Como vou dizer?


Pov  Henrique

Cheguei a dois dias na residência de meus pais, consideravelmente meu pai melhorou e hoje irá receber alta, eu deveria estar embarcando no próximo avião para o Rio, não estou suportando mais a saudade da Mary e do Bernardo, principalmente dele, todos os dias ligo para a Mary e para o Fabrício, porem nenhuma novidade no caso, tudo indicava a algo que não consigo assimilar. Sinto-me impotente e dividido, são duas pessoas que eu amo, meu pai, meu herói a quem lhe devo a vida e de outro lado meu filho, a quem eu amo incondicionalmente  e faço de tudo por ele.

Ao mesmo tempo em que sinto meu coração apertado por estar longe da minha mulher e do meu filho sei que ela está fazendo o impossível para que sua recuperação, estar ao lado da minha família é a melhor coisa que existe, receber o carinho de minha mãe, cuidar de me pai e até mesmo agüentar minha irmã são momentos que se tornam extremamente raros. Assim que tive a oportunidade contei a minha mãe e irmã sobre o Bernardo, não me referi ao exame de DNA, nem a possibilidade dele se meu filho, mas do sentimento que tenho por ele. Percebi a apreensão de ambas, porem minha mãe pareceu se animar com a minha ligação por Bernardo, ela nunca teve nada contra a Mary, muito pelo ao contrario muitas vezes recebi criticas merecidas pelo fato de como tratei nosso relacionamento, aparentemente demonstrava afeto para com o garoto e uma perceptível felicidade por eu estar novamente me entendendo com Mariana, meu pai não sabe de toda a história, mas se animou com a ideia de um neto a única que não gostou e foi infeliz com seus comentários foi minha irmã, definitivamente ela odiava a Mariana e por conseqüência o Bernardo, não moveu muitas criticas apenas disse as seguintes palavras que gravaram meu coração: “ Não quero saber dessa sua família de mentirinha, desse seu casinho com aquela mulher e muito menos do filho dela, pois assim como a mesma ele se torna um qualquer para mim”. Por mais que ela fosse minha irmã e que eu a amasse nunca iria conseguir perdoar por suas palavras, porém continuava acreditando que ela iria se render ao Beny assim que o conhecesse.

POV Mariana

Os dias sem Henrique pareciam mais longos, Bernardo continuava doente, sem melhoras, como médica me sentia a pior profissional do mundo,  as horas livre e que Bernardo estava dormindo eu passava ao seu lado estudando e  pesquisando, tentando encontrar uma solução, me negava a  pensar  na possibilidade de uma doença mais agressiva, porém meu coração diminuía a cada doença descartada. Para meu alivio minha irmã Vera e meu cunhado Gustavo chegou de viajem e estavam a caminho do hospital. Bernardo havia acordado e então resolvi ajudar o mesmo a tomar um banho.

M: Beny meu anjo, vamos levantar dessa cama, e ir tomar um banho, alguém muito especial está a caminho para uma visita.

B: quem mamãe? Meu pai já está de volta?

M: Não meu amor, infelizmente não é seu pai ainda, mas é sua madrinha e seu padrinho.

B: Ebaaa minha madrinha voltou! Estou morrendo de saudades dela.

M: eu sei, eu também, acho melhor tomarmos um banho para recebê-la.

Caminhamos para o banheiro eu o ajudei a tirar a roupa, assim que retirei sua camiseta notei uma mancha arroxeada em eu ombro.

M: Beny, você caiu em algum lugar do hospital ou bateu na mesinha enquanto brincava?

B: não mamãe eu nem tenho muita vontade de brincar, me divirto com os brinquedos na cama mesmo.

M: é porque tem uma mancha em sua pele, é estranho.

B: é uma mancha roxinha?

M: sim, por quê?

B: eu tenho uma na minha perna.

M: deixa a mamãe ver- retirei seu calção e percebi o hematoma realmente algo de errado estava ocorrendo com o Bernardo, ajudei a se banhar e vestir a roupa. Assim que voltamos para o quarto observei atentamente seu corpo a procura de vestígios, se realmente fosse o que eu estivesse pensando poderia eliminar como o tempo, pedi que chamasse o Dr. Fabrício, não demorou muito e ele chegou ao quarto.

F: Mary alguma coisa de errado?

M: Fabrício, eu não posso fazer isso pois sou mãe do Bernardo, mas como médica eu peço que assim que os resultados do chek up que o Henry mandou fazer você por gentileza me informe que eu irei até a sua sala.

F: Mary, pelo amor de deus eu estou ficando preocupado. O que está acontecendo?

M: desconfio que o Bernardo esteja com algo muito grave- meus olhos enchiam-se de lagrima.

F: Calma, vou pedir urgência nos resultado, você sabe que alguns exames foram pedidos mais de uma analise e por isso a demora, mas por favor fica calma- disse me abraçando.

Assim que Fabrício saiu do quarto tentei entreter Bernardo para que ele não dormisse novamente, não demorou muito e Vera chegou com meu cunhado.O som da batida iluminou o rosto do meu pequeno. Assim que Vera abriu a porta juntamente com Gustavo, Bernardo soltou um grito de felicidade.

B: Madrinhaaaaaa, padrinhoooooo- ambos caminharam até a cama e abraçaram o mesmo.

V: ai meu príncipe que saudades eu senti de você- Fique no quanto apenas observando, era mágico ver o amor que minha irmã e cunhado tinham pelo Bernardo. Um tempo depois voltaram se para mim, Gustavo me cumprimentou e voltou a sua atenção para Bernardo que aparentava estar mais animado, Vera caminhou até mim e me abraçou.

V: Me dá um abraço minha irmã preferida- ambas rimos, estava me controlando para não me emocionar.

M: Ai que saudades eu senti de você- apertei mais o abraço.

V: Onde está o Henry?- ela perguntou assim que me soltou

M: O pai dele está doente, ele teve de ir, mas em breve estará de volta, era para chegar hoje, porem a pedido da irmã- fiz uma cara de nojo- ele ficou.

V: Você e a Milena é um caso de amor.

M: ódio, eu diria. Como foi de viagem e o Matheus como está?

V: está bem, mandou abraços e beijos, disse que morre de saudade de você e do Bernardo e logo estará de volta para uma visita

M: Ai que felicidade, também morro de saudades dele.

V: mas e o Bernardo, o que ele tem?

M: ainda não tenho certeza os exames não estão prontos, mas eu suplico a Deus para não ser nada de grave.

V:  E não vai ser- assim que  Vera terminou e falar a enfermeira bateu a porta.

Enf: Com licença, desculpe a interrupção, Dr. Mary o Dr. Fabrício pediu para que a senhora fosse até a sala dele, os resultados dos exames estão prontos- minhas mãos gelaram, deixei Bernardo aos cuidados de meu cunhado e subi com Vera até o andar da diretoria.

Estava tremula, as portas do elevador se abriram, caminhei até a secretaria, porem antes mesmo de perguntar se poderia conversar com Fabrício a mesma adiantou-se.

Sec: Bom dia Dra Mary, pode entrar o doutor Fabrício a espera.

M: Bom dia! Com licença- caminhei até a sala juntamente com Vera, a secretaria já havia me anunciado- Bom dia Fabrício- falei assim que entrei.

F: sente-se Mary- ele estava juntamente com a Dra Louren.

M: Bom dia Louren, você por aqui, quase na nos cruzamos!- disse ao cmprimenta-lá.

L: Bom Dia Mary,, nossos horários são confusos, mas  Fabrício acabou de me ligar  pedindo que viesse

F: Mary eu sei que está confusa, mas o diagnostico do Bernardo não é simples, eu apenas vou ler o resultado e a Louren vai me ajudar a explicar, apesar de que você é médica vai entender.

M: Então Fabrício acaba com essa agonia, o que o meu filho tem? O que o Bernardo tem?

Todos da sala olhavam apreensivos para mim, eu estava com medo do que iria ouvir, então Vera segurou firme a minha mão. Fabrício respirou fundo e as palavras que saltaram de sua boca eu jamais irei esquecer.

F:Ele tem leucemia aguda- Paralisei ao ouvir.

M: Não, não, não.... não pode ser, meu filho não tem leucemia- eu me negava a acreditar.

F: Mary eu sei que é difícil, mas é a realidade, o hospital tem suporte para atender e realizar todos os procedimentos necessários.- seu olhar era piedade, minha lagrimas manchavam meu rosto descontroladamente.

M: eu sou a pior mãe do mundo, a pior médica, como eu não percebi.

L: Para de se culpar Mary, errar é humano e você não tinha como saber, você sabe muito bem que a leucemia é silenciosa e durante os primeiros estágios pode não haver sintomas.

M: eu sou médica, eu deveria ter percebido antes, os sinais gritando para mim, o cansaço excessivo, sinais de anemia, palidez, cansaço. O problema estava gritando para mim.

F: Mary, entendemos a sua dor, mas não se culpe por algo que não é sua culpa. O diagnostico da leucemia só é possível por meio dos exames.

V: minha irmã para de se culpar- nitidamente emocionada Vera enxugava minhas lagrimas, mas nada me controlava.

F: Mary, por favor, fica calma ou tenta se acalmar, a culpa não é sua. Ninguém imagina o pior, sempre optamos pelas doenças leves e a leucemia pode muito bem se mascarar.

M: Vocês não entendem que eu não posso viver sem meu filho, eu não posso imaginar nessa possibilidade, eu só quero que esse tormento acabe. Eu não sei por onde começar a lutar. Como eu vou dizer a ele? Como vou falar que ele terá de passar dias no hospital? Como vou dizer que sua vida ficará resumida a remédios? Como vou dizer para ser forte, quando nem mesmo eu sei? Como vou dizer que ele vai ficar careca? Me diz, porque eu não sei o que fazer...




Notas Finais


Gostaria de agradecer os comentários anteriores e desde já a leitura desse capítulo.😘


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