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História Sem Escolha - Sem escolha - XVII


Escrita por: bonalisk

Notas do Autor


Boa leitura ~

Capítulo 17 - Sem escolha - XVII


Havia passado dois dias desde que Yaebin teve seu último encontro com Yuha, fazem 48 horas que ela não sabe exatamente o que sentir em relação a isso. Todos dizem que ela fez o certo, especialmente Minkyung e Irene, a jovem sabia que elas estavam certas, que tinha que proteger Seulgi, mas era difícil saber que era assassina da própria meia irmã. Era por esse motivo que estava sentada sobre a grama de uma área do enorme bosque que envolvia uma das terras dos Kang, encarando um pequeno e discreto templo que havia perto do pequeno lago alguns bons e seguros metros de distância da sua localização.

 

De onde estava podia observar a movimentação do local em que estava acontecendo o velório de Yuha, o fato dela ser uma sem honra tirou o privilégio de um sepultamento que normalmente aconteceria de alguém de alta classe como um Kang, por isso a presença de pessoas era quase nula, viu apenas alguns Parks, entre eles Joy e Siyeon, Irene e outras pessoas que não reconheceu e alguns membros da equipe de Minkyung. Os próprios Kim não vieram, primeiro porque não era digno um sem honra ter a presença de um Kim, ainda mais sendo a pessoa que colocou um herdeiro direto em perigo.

 

O único sinal de condolência dos Kim era uma coroa de flores com o nome da família, sabia que era um ato de Minkyung mais por carinho a Seulgi que alguma consideração por Yuha, especialmente depois de tudo que ela fez. Aquele templo era normalmente usado para trabalhadores e alguns amigos dos Kang, nenhum membro da família principal iria ser sepultado em lugar tão “distante” das honras que a elite merecia, havia um templo luxuoso para isso. Mas agora, aquele pequeno templo era o único local que Yuha poderia ter algum tipo de homenagem. A própria Yaebin possivelmente quando fosse para o inferno, não teria autorização de ser sepultada ali, não que realmente ligasse para isso.

 

Rena se encolheu no seu lugar, soltando um triste suspiro, enquanto abraçava os próprios joelhos. Era estranho estar ali depois de tudo que sofreu nos últimos dias, especialmente por ser parte por causa da pessoa que estava sendo sepultada ali. Seu corpo dolorido, os curativos em seu rosto, o roxo que tinha no canto dos lábios, tudo isso parecia ser o suficiente para lhe dizer que não precisava estar ali, mas ainda se sentia na obrigação, mesmo sendo irônico depois de ter sido a pessoa que tirou aquela vida. - Os deuses devem me odiar… - Murmura ao pensar como a sua vida estava sendo irônica com ela mais uma vez, mas dessa vez não sentiu graça na brincadeira dos deuses com a sua vida.

 

- Ô, pelo visto eu peguei o caminho errado em algum lugar. - Uma voz atrás de Yaebin fez a jovem pular em seu lugar, olhando por cima do ombro vendo um senhor já idosos, mas com o corpo forte coçando o queixo parecendo divagar sobre onde havia errado o caminho e perdido o caminho de pedras que levava ao templo. Logo o homem deu de ombros quando seus olhos encontraram de Rena e sorriu para a jovem. - Eu bem que estranhei quando a subida começou a ficar cansativa. Você sabe o que está acontecendo no templo?- A loira acabou soltando um pequeno riso, afinal de contas estavam em um dos morros mais altos imenso jardim.

 

- O velório de um Kang… - Rena falava baixinho, o idoso concordou com a cabeça e logo  fez menção de descer em direção ao templo, a jovem se levantou instintivamente e segurou o ombro do homem. - O senhor quer ajuda? - O idoso prontamente sorriu para a loira, pegando a sua mão e os dois desceram devagar, enquanto a loira agradecia que o local não fosse tão íngreme para a descida do homem. Enquanto os olhos da loira estavam no chão, o homem parecia avaliar a mais nova com curiosidade, e Yaebin não podia culpá-lo quando uma estranha estava a espreita de um templo que acontecia um velório, em vez de estar no local. Bem, ele não tinha como saber que ela não tinha autorização para frequentar um lugar sagrado de um Kang.

 

- Você não vai para o templo? - O homem questionou quando estavam no meio da descida, a loira desviou o olhar para o local, podendo reconhecer a presença que apareceu na porta conversando com algum convidado, era seu pai. Era a segunda vez que olhava ele na vida, era bem mais velho, mas ainda com a postura rígida que havia visto da primeira vez. O homem parecia sério, não abatido como esperaria de um pai, mas depois de tantas decepções com Yuha, parece que endureceram o coração dos Kang, a loira sabia disso porque até mesmo Seulgi não parecia tão abalada como poderia esperar.

 

- Eu… Não pertenço a esse lugar. - A loira se limitou a dizer, voltando a prestar atenção no chão em que pisavam. Para seu alívio, o homem não questionou o que aquilo queria dizer, mesmo que fosse uma resposta um tanto vaga da sua parte. Outro suspiro aliviado escapou dos lábios da médica quando estavam em segurança na parte nivelada da grama.

 

- Me diga, jovem… Você sabe porque os Kim escolheram os Kang como seus protetores? - A pergunta repentina deixou a loira confusa, ainda mais porque não sabia, ela não teve o aprendizado dos demais membros com o mesmo nome.

 

- Porque eles eram guerreiros ágeis e protetores? - Responde um pouco incerta, arrancando uma risada do velho homem que deu dois tapinhas em sua costa.

 

- Esses são os Bae, mas é uma tentativa interessante. - A loira se limita em rir um pouco sem jeito. - Família. - A resposta fez a loira erguer a sobrancelha, de longe não era o que esperava ouvir. - Um Kang sempre foi visto por bons olhos pelos Kim, por sua visão de família, como algo sagrado o qual merece a sua proteção acima de qualquer coisa. Pela família um Kang é capaz de lutar contra mil homens e desafiar mais mil homens se isso garantir a honra de um dos seus membros. E é isso que os Kangs fazem pelos Kims, os protegem como se fosse um dos seus. - A jovem se limita em acenar com a cabeça, dessa vez olhando pro lago, era triste saber que Yuha tinha jogado justamente isso fora por uma obsessão, mesmo que fosse por um Kim, ou melhor, pela sua Kim.

 

- Às vezes, um Kang comete um erro, como qualquer ser humano é capaz de cometer… - A frase faz com que Yaebin volte a olhar para o homem, logo os dois se encaram, enquanto se perguntava se o homem sabia quem ela era. - Mas, independente de erros, o que define um Kang é seu instinto de proteção com o outro. É isso que se mostra o quanto um Kang é honrado ou não. Sempre lembre disso…

 

- Finalmente lhe achei! Estava preocupada com você. - Um voz chama atenção dos dois antes que a loira diga qualquer coisa. Assim que a jovem levanta o olhar seu corpo congela e a tensão toma conta de si. Quem está andando em direção a eles é ninguém menos que a mãe de Seulgi e sabia que aquilo seria muito problemático, ainda mais depois do ocorrido.

 

- E-eu pre-preciso ir. Creio que já pode continuar o seu trajeto sem problemas. - A loira faz uma reverência rápida apressando os passos para a direção que veio no intuito de ir embora.

 

- Meu sogro, eu disse que iria buscá-lo na porta. - Yaebin ao escutar aquilo arregala os olhos, isso significava que aquele senhor era seu avô? A jovem não se atreve a olhar para trás, temia ser reconhecida, tudo que não precisava era trazer mais problemas para si ou para Seulgi com a sua presença indesejada. - Ei, você! - Fingi não ouvir ao continuar seu trajeto. - Ei, garota. Você é a irregular, não é? - Seu corpo petrificado no lugar, sabia que estava com problemas agora. Não corria risco de vida, já que pela segunda vez tinha salvado Minkyung isso a dava proteção total dos Kim, mas ainda assim não tirava o fato que ela havia apertado o gatilho. - Venha aqui. - O tom autoritário a fez engolir a seco, se arrastando para se virar para Sra. Kang, mas mantendo a cabeça e olhar baixo.

 

-  Você é diferente do que eu imaginava… Bem mais bonita. - O comentário a pegou de surpresa, chegando a erguer a sobrancelha, mas não disse nada, não sabia como a matriarca do Kang deveria estar se sentindo com toda aquela situação. - Olhe pra mim… - Yaebin obedece com um pouco de relutância, encontrando os olhos que lembravam muito da sua irmã mais velha. - Foi...ela? - A loira fica confusa por um momento, mas ao notar os olhos da mulher sobre seus curativos entende a situação e discretamente concorda com a cabeça. A Kang mais velha demora para reagir, mas concorda com a cabeça uma única vez. - Eu… - Era notável a incerteza da mulher com as próprias palavras. -  Bem...Obrigada por ter salvado a minha filha - Existe uma pausa na fala fazendo a jovem se pergunta se ela se arrependeu das suas palavras. - E… ter libertado a outra do seu mundo de sofrimento e desonra.

 

A loira sente um nó na sua garganta, nunca esperaria ouvir aquilo da mãe de Seulgi, especialmente depois de todo o sofrimento que causou a família dela por todos esses anos. Logo desperta da sua surpresa, abrindo a boca algumas vezes, mas sem muita noção do que poderia fazer ou dizer. - Eu...Me desculpe por… - A mulher impede de continuar a falar e negou com a cabeça algumas vezes.

 

- Tudo que aconteceu… De uma forma ou de outra acabou sendo uma compensação. Graças a você, eu não perdi as minhas duas filhas, especialmente uma pela mão da outra. Podemos chamar de compensação, certo? Isso nos colocar em termos neutros. - A loira realmente não conseguia entender o ponto de vista de um Kang no fim das contas, mas agora compreendia quando Irene dizia que o fato de ter uma sem honra, deixava a família com o coração endurecido de alguma forma, tamanha era decepção que isso causava.

 

- Se prefere colocar nesses termos, eu concordo. - A voz da irregular saiu baixa, quase sussurrada, mas o suficiente para ser ouvida. Um silêncio constrangedor surge no local, mas logo a loira limpa a garganta quebrando o incômodo. -  Pode ser algo irrelevante, mas eu realmente amo a Seulgi, ela sempre foi a minha família, eu realmente a protegerei quando for possível. - Podia sentir os olhos da Kang mais velha lhe avaliando com cuidado diante das suas palavras, mas seus olhos parecem suavizar um pouco, especialmente depois do comentário do avô de Seulgi, que parecia ter orgulho na sua fala.

 

- Pelo visto, a Seulgi realmente soube educar você. - Rena consentiu no mesmo instante, a mais alta realmente tinha sua parcela muito grande na sua vida, por isso suas palavras eram bem verdadeiras. De alguma forma a confirmação da loira fez os ombros da Kang mais velha perderem a tensão em seus ombros, talvez a mulher estivesse convencida que Yaebin não era uma total vergonha a família e seus atos estavam ali para provar isso.

 

- Você… - A mãe de Seulgi interrompe o devaneio da médica quando fala. Ao levantar o olhar percebe o olhar da mais velha saindo dela e indo para o templo onde seu marido ainda falava com alguém, agora com Seulgi ao seu lado. Ao perceber a pergunta implícita a jovem rapidamente negou com a cabeça não era certo ir ao templo.

 

- Eu… Só senti que precisava vir aqui… - Seu olhos vagam pelo templo, parando por um tempo sobre o homem que seria seu pai, chegando a imaginar o que passava na mente dele sobre tudo que aconteceu alguns dias. - Melhor eu ir, antes que mais alguém me perceba por aqui. Eu não devia ousar em estar na presença de vocês. - A jovem faz uma reverência de 90º se desculpando, de relance viu o antigo patriarca dos Kang olhando para a jovem com serenidade, mesmo que ele devesse estar bravo pela petulância de uma irregular estar por ali. - Eu realmente sinto muito. - É tudo que consegue dizer antes de sair dali.

 

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- Então você está em um tipo de licença por causa dos ferimentos causados pelo sequestro? Nossa, isso foi mesmo perigoso, Yaebs. Tudo bem que você ganhou a totalidade da sua herança agora que se formou e cumpriu os requisitos do testamento da sua mãe, mas confundir você com a filha de empresário rico? Isso é assustador. - Kyulkyung comenta com uma expressão alarmada tomando um gole do seu café.

 

Yaebin concorda com a cabeça enquanto cutuca a sua torta de chocolate, antes de levar aos lábios. Ela realmente estava agradecida que a história criada pela Pledis realmente tenha as convencido que  era isso que tinha acontecido, nunca conseguiria dizer a verdade para elas. Sem mencionar que as garotas realmente aceitaram melhor do que a jovem esperava sobre o seu “enriquecimento instantâneo” por causa da herança, o que era um alívio para si, porque realmente não gostava de mentir para as amigas, mas precisava mantê-las protegidas de todo o risco que ser envolvido com a Pledis trazia, especialmente agora que estava envolvida com Minkyung.

 

- Sobre ser confundida, realmente foi uma má sorte da Yaebs, mas quem manda ela ter esse ar de intocável? Dúvido que me sequestrariam por isso, seria únicamente pela minha beleza. - A dupla restante na mesa se limita em olhar com descrença para a enfermeira.

- Até porque tenho certeza que se eles te sequestrasse, vinham o mais rápido possível te devolver para Kyulkyung, ao descobrir que você é completamente louca. - Yaebin rebateu arrancando uma gargalhada da chinesa. - Eu realmente não entendo como você consegue viver com ela, Pinky.  - A loira dá um tapinha de consolação no ombro da estrangeira que rir ainda mais.

 

- Sacrifícios…

 

A enfermeira faz uma careta antes de limpar a garganta e continuar a falar, ignorando completamente a fala das duas. - Mas foi uma escolha sábia dos seus chefes, Binnie. Olhando para você assim, um paciente ia achar no mínimo que ele está sendo atendido por uma médica gangster que atende as pessoas durante o dia, enquanto entra em torneios de lutas clandestinas durante a noite. - Eunwoo facilmente vagueia sobre a própria ideia, fazendo a loira rir baixo. - Nossa já pensou uma médica gangster? Isso soa tão...Sexy. Pena que não combina com a Yaebin, com os olhares que ela lança, tem mais cara de serial killer.

 

- Como é, Eunwoo? - A jovem lança um olhar frio para a amiga ameaçando ela com a sua faca de sobremesa, enquanto a chinesa simplesmente ria da situação. - Pois saiba que eu sou mais gangster do que qualquer uma de vocês podem imaginar. - Ouviu a dupla passou a rir, fazendo a loira revirar os olhos, mas começar a rir também. Não podia negar que estava sentindo falta de ver suas amigas, era reconfortante passar um tempo longe de qualquer coisa que seja pensar na Pledis e tudo que aconteceu nos últimos dias. - Qual o problema de vocês em aceitar que eu sou uma gangster?

 

- Ah, qualé, Yaebs. Você da outra vez falou que a Minkyung era uma gangster, agora você? Sério… Acho que você precisa reler alguns romances policiais para entender melhor o que são mafiosos. - Kyulkyung brinca provocando risadas na mesa, especialmente em Yaebin tamanha era ironia do que estava ouvindo.

 

- A sua namorada uma gangster? - Eunwoo riu alto com a ideia, deixando a loira ainda mais divertida com a situação. - Com todo o respeito, Yaebs… Uma gangster como a Minkyung seria sonho de consumo exagerado até mesmo para um autor de romance policial. Ela seria... Tentadora demais para qualquer fetiche sobre namorar alguém da máfia, alta daquela maneira, com aquele corpo cheio de curvas, aquele olhar que nossa senhora…

 

- O que disse, Eunwoo? - Yaebin e Kyulkyung falam ao mesmo tempo com bastante ciúme, mas por motivos bem diferentes. A enfermeira pisca algumas vezes, diante do comportamento “agressivo” das duas com o seu inocente comentário, ou nem tanto.

 

- Isso é modo de falar da namorada dos outros, Eunwoo? - A loira ergueu a sobrancelha, tentando de maneira falha esconder que realmente estava com ciúmes, mesmo sabendo o quanto inofensiva a enfermeira era, mas por culpa de Wonwoo e seus longos contos sobre as pessoas interessadas na sua namorada, a jovem estava com o seu lado possessivo a flor da pele.

 

- É isso que você gosta? Mulheres altas com corpos esculturais? É por isso que você anda colocando tantos dentes para fora perto da Dabin? - Kyulkyung aponta ameaçadoramente para Eunwoo, que parece começar a suar frio diante do comportamento da chinesa. Ouvir aquilo fez a loira notar uma pequena tensão se criando na mesa, a deixando perdida na conversa.

 

- Kyulkyung, não sei de onde você tirou isso. Eu estou apenas sendo educada com ela, até porque ela é assim com todo mundo.

 

- “Com todo mundo” mudou de significado agora? E passou a significar “que ela é legal com a  Eunwoo”, você quer dizer, não é?

 

- Dabin? Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Ela é tão bonita quanto a Minkyung? - Yaebin ignora o olhar de Eunwoo implorando para ajudar a mudar de assunto. Dessa vez não iria facilitar a situação, primeiro por estar curiosa, segundo pelo simples fato de Kyulkyung estava tão óbvia por seu ciúmes que não entendia como a enfermeira ficava postergando em se declarar.

 

- Ela é uma das pediatras do hospital em que estamos trabalhando. - Kyulkyung comenta sem esconder o desgosto das suas palavras. - Ela sem dúvida é uma das médicas mais desejadas do lugar. Até mesmo a sua amiga ai, fica babando perto dela. - Os olhos irritados recaem sobre Eunwoo que nega veemente com a cabeça.

 

- Ela é tão bonita assim? - A loira finge interesse fazendo a chinesa suspirar ficando ainda mais irritada.

 

- Sim.

 

- Talvez… - Eunwoo diz meio incerta como responder quando a chinesa parecia pronta para lhe matar.

 

- Tão bonita e interessante quanto a Kyulkyu-...

 

- Claro que não! Ninguém é mais bonita e interessante quanto a… a…. Kyulkyung… - Yaebin esconde o sorriso triunfante atrás da sua xícara de café, quando Eunwoo mais uma vez embalada por sua impulsividade corta a frase da loira, rapidamente defendendo a chinesa, mas ao perceber o que estava dizendo o tom de voz diminuía ao mesmo tempo que o vermelho ficava mais evidente de seu rosto. O rosto da chinesa não estava tão diferente da enfermeira, aquilo divertiu ainda mais a loira.

 

- Você… Realmente acha isso…? - A chinesa perguntou devagar um tanto sem jeito, aquilo fez a jovem agradecer mentalmente ao fato de Minkyung ter sido mais direta nos seus objetivos, mesmo que tenha sido até demais em certos momentos.

 

- Eu…

 

- Deve ser por isso que que o cara da mesa perto da porta não tira os olhos dela. - Cantarolou colocando a sua xícara no lugar impedindo a enfermeira de falar, já que conhecia a amiga que no mínimo iria inventar uma resposta idiota demais e cortar o clima. O casal olhou para a mesa, logo o homem que parecia um universitário sorriu para a chinesa com mais dentes que o necessário, pelo menos foi o que conseguiu entender dos resmungos de Eunwoo.

 

- Ele é bonito… - Rena provoca ignorando o chute que a enfermeira deu nela por debaixo da mesa. Antes que pudesse revidar, o garçom se aproxima da mesa entregando o guardanapo para Kyulkyung antes de apontar para cara em questão. Não precisava ser um gênio para saber que era o número dele. - Cara com atitude, gosto…

 

- Ele é só um idiota, Kyulkyung. Não ligue para ele. - Eunwoo não escondeu o desgosto enquanto enfiava um pedaço de bolo enorme na boca para evitar de listar todos os motivos que o homem que nem conhecia era um grande idiota que não devia ter atenção da chinesa.

 

- O que? Só porque você tem a Dabin lhe dando atenção, eu não posso ter meus admiradores? - A chinesa questionou, enquanto a enfermeira ficou sem palavras e Rena teve que segurar o riso. - Talvez eu devesse ligar para ele e chamar para sair.

 

- Vai ter aquela apresentação de fogos no Rio Han no sábado em comemoração ao festival de Primavera… Dessa vez, eu não vou poder ir com você, acho difícil que a minha irritante e possessiva namorada me deixe ir a um encontro, mesmo que seja com a minha melhor amiga. -  A loira revira os olhos fazendo a dupla rir um pouco mais alto, já que as poucas vezes que viam o casal junto dava para ver o comportamento singular entre Yaebin e Minkyung. - Então, você realmente vai precisar de um encontro para esse ano, e ele parece interessado em você. - Observa o homem ainda todo sorridente olhando para a mesa.

 

- Poderíamos fazer um encontro de casal, que tal? - A chinesa sugere enquanto brinca com papel com o número do homem, enquanto a loira observa Eunwoo ficar particularmente quieta, como não via a muito tempo.

 

- Eu adoraria, mas acho difícil quando o trabalho da Minkyung é especialmente a noite. - A jovem finalmente volta o olhar para a chinesa, tomando um gole do seu café. Ao notar o olhar curioso da amiga, lembrou que nunca tinha dito no que Minkyung trabalhava. Na verdade, nem  ela sabia como abordar isso, mas depois de perguntar a morena, descobriu que ironicamente a boate Pristin era um local legalizado, a medida do possível, e era como dona daquele lugar que a mais velha se apresentava no mundo civil. - Ela é dona de uma boate. - A jovem respondeu ganhando um sorriso malicioso da melhor amiga a fazendo revirar os olhos. - Nem vem, não vou pedir entrada vip para vocês. E você trate de arrumar o seu encontro…

 

- Ela não vai no encontro com esse cara! - Eunwoo falou baixo, mas firme o suficiente para chamar atenção das duas.

 

- Claro que eu vou! Como a Yaebs falou ele é bonito e como eu vou estar sozinh-...

 

- Você não vai no encontro com aquele cara e nem vai estar sozinha! - Eunwoo interrompeu Kyulkyung visivelmente irritada com a possibilidade da mais alta ir num encontro com o desconhecido.

 

- Mas…

 

- Eu já disse que você não vai estar sozinha! Eu vou com você e ninguém mais! - Eunwoo pronunciou alto para a surpresa da chinesa e a diversão da loira. Bingo! A jovem pensou enquanto pegava o celular e vendo uma mensagem de Minkyung perguntando se ela iria demorar para voltar para casa.

 

- Bom, então estamos decididas então… - Rena disse depois notar que as duas amigas estavam olhando para lados opostos visivelmente tímidas com a súbita ação de Eunwoo. Assim que a dupla olhou para a loira se levantando pareceram intrigadas, especialmente quando Yaebin colocou duas notas de dinheiro sobre a mesa, com um enorme sorriso de satisfação nos lábios. - Vocês duas finalmente vão para um encontro. - A loira piscou deixando as duas ainda mais vermelhas. - Vou deixa-las a sós para programarem o encontro. - Ela deu alguns passos para ir embora, mas não antes de olhar por cima do ombro, então sorriu um pouco mais.

 

- E tratem de namorar de uma vez… Já tá ficando chato de assistir. - A jovem disse rindo deixando a dupla sem ação na mesa.

 



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