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História Sem Fôlego - Sete Minutos no Paraíso


Escrita por: mari_rafaela_2

Notas do Autor


Oie meus amores td bem?


Obrigada pelos favoritos e comentários <3


Boa leitura ♥ (desculpa se tiver algum erro)

Capítulo 6 - Sete Minutos no Paraíso


Fanfic / Fanfiction Sem Fôlego - Sete Minutos no Paraíso

 

Ela queria saber o que naquele momento estava passando em sua mente, de que maneira ele pensava nela. e se, ao arrepio de tudo, ela ainda era querida por ele.

(Jane Austen)

 

— Posso tirar a venda agora? — Perguntei pela milésima vez, e como resposta Paulo apenas deu uma risadinha, continuando a me conduzir.

Sua mão pousou delicadamente em meu quadril, me projetando para a frente, e continuei a trilhar o caminho pelo qual ele me indicava.

— Estou achando que essa surpresa que você inventou foi só para ficar passando a mão em mim, Dybala.

— Você é sempre assim tão tagarela? — Eu não podia enxergar nada com aquela venda, então não dava pra saber se ele estava sorrindo, mas pelo tom da voz divertido, acreditei que estivesse sim — Agora tem um degrau, cuidado.

— É que eu fico nervosa quando não estou no controle da situação — Arfei quando senti que meus pés saíram do chão e duas mãos me carregaram pela cintura — Paulo! O que está fazendo? Eu exigo que…

Quando meus pés alcançaram o chão, cambaleei para a frente e tropecei em seu corpo. 

— Você exige? — Suas mãos envolveram a minha cintura e senti o hálito quente que saía de sua boca bem perto da minha — Que mandona.

— Paulo! Para de brincar, é sério!

— Pode tirar a venda, Lala.

Com um suspiro de alívio, retirei a venda dos olhos com a mesma rapidez que a zaga percorre o campo ao sofrer um contra ataque. 

Meu campo de visão se encheu com o rosto de Paulo, que ostentava um sorriso torto, os olhos fixos nos meus.

— E então? — Perguntei, curiosa — Qual é a surpresa? Não tô vendo nada que…

Minhas palavras foram abortadas porque eu estava perplexa demais para dizer mais alguma coisa.

Reunidos na imensa sala de estar da casa de Paulo Dybala, ali estavam meus melhores amigos. Aquele grupo de desajustados que eu amava fazer parte.

— Vocês estão aqui em Turim? — Berrei como uma louca enquanto tropeçava até eles, que me receberam com o entusiasmo que eu esperava: gritos, abraços desengonçados e beijos desleixados e escorregadios carregados de carinho. — Como é possível que vocês estejam aqui na Itália, gente?

Edu, meu melhor amigo e futuro colega de faculdade franziu o nariz sardento e apontou com o queixo para o monumento ao meu lado, como se aquilo respondesse tudo.

— Você fez isso, Paulo?

Ele respondeu dando de ombros modestamente e quase caiu para trás quando o agarrei, apertando-o tão forte que tive certeza de ouvir as suas costelas quebrando.

— Obrigada, Dybala! — Funguei soltando ele das minhas garras — Isso foi a melhor coisa que poderia me acontecer! Poxa vida — Olhei para meus amigos, Edu e sua cara sardenta e rechonchuda, Vitor e seu cabelo espetado de porco-espinho, Cybele e seus cabelos chanel de Cleópatra e Vitória com os braços cobertos de tatuagens e não imaginei um presente de aniversário melhor do que esse.

— Não foi nada, Lala — Alguém pigarreou indiscretamente, mas ignorei. Mais tarde eles iriam torrar a minha paciência com brincadeirinhas sobre Paulo e eu, mas eu estava emocionada demais naquela hora para pensar naquilo — Bem… Feliz aniversário.

Funguei novamente, e ele fez uma cara assustada, como se estivesse com medo de eu sufocá-lo com outro abraço, mas foi exatamente o que eu fiz.

— Obrigada, Dybalinha… — Abri um sorriso torto e galanteador, incapaz de não conseguir flertar com ele — Foi o melhor presente de todos…

— Isso porque você ainda não viu o meu! — Vitória se projetou para frente tirando algo do bolso. Parecia uma espécie de bijuteria, e meus olhos brilharam em direção à pequena jóia. Minha amiga criava acessórios e os vendia na praia, e eles faziam um enorme sucesso entre a gente.

— Obrigada, Vi… — De repente fui tomada por abraços coletivos e enquanto minha visão se ajustava tentando conter as lágrimas, vi quando Paulo abriu um sorriso genuíno em minha direção. E então eu soube que gostava mais dele do que achei que seria capaz de gostar.


 

[...]

 

— Oi… Posso entrar? — Paulo colocou apenas metade do corpo para dentro da porta do quarto, a mão cobrindo os olhos enquanto um sorriso bobo estampava o rosto lindo — Você não está pelada nem nada, né?

Tombei a cabeça para trás em uma risada e ele entendeu como um “não”, abrindo os olhos.

— E então, como estou? — Dei um giro devagar, para ele poder ver o vestido que comprei em uma butique há dois dias atrás antes de ser abordada por um garoto estranhamente violento e o argentino ter aparecido exatamente na hora H para me salvar — Fiquei bonita?

Paulo fez uma pausa e entrou devagar no quarto, caminhando enquanto me olhava dos pés à cabeça com uma expressão indecifrável no rosto. Aposto que ele estava achando aquele vestido curto demais, e estava pensando em como eu era vulgar, mas nem liguei. Era a minha noite, e nada e nem ninguém poderia me dizer como agir. Meus dezoito anos finalmente chegaram. Iupi!

— Você está… — Seu sorriso se entortou para o lado e as bochechas coraram, o que me fez corar também — Deslumbrante. E esse vestido é lindo.

As laterais de minha boca se entortaram em um sorriso maior do que Turim.

— Obrigada…

— Está pronta?

Acenei rapidamente e ele estendeu a mão, oferecendo para mim. Entrelacei a minha na dele e descemos as escadas, meu coração quase saltando para fora da boca, pulando mais do que pipoca na panela.

— Obrigada mais uma vez, Paulinho.

— Só se faz dezoito uma vez, gata.

Paramos no último degrau e nos olhamos durante um tempo, meus lábios tremendo de vontade de encostar nos dele. Qual seria a textura da boca dele?

— Aí está a aniversariante!!! — Alguns amigos de Dybala acompanharam os meus amigos quando se levantaram para me receber, e uma inquietação em minha nuca me preocupou. Acho que trocaria todas aquelas pessoas e aquela festa por um tempinho sozinha com o Paulo.

Nossas mãos se soltaram e em segundos eu estava sendo engolida pela massa de pessoas me parabenizando. Arrisquei olhar para trás e Paulo estava no pé da escada, as mãos enfiadas no bolso enquanto olhava para mim.

E durante todo o resto da noite o desenrolar foi igual. Quando eu conseguia um minuto sozinha e tentava me aproximar, alguém me abordava.

— Ei, vem todo mundo aqui gente — Vitória berrou enquanto erguia uma garrafa de Corona — Vamos brincar de sete minutos no paraíso?

Antes de eu abrir a boca para responder, já estava sendo puxada pelo braço até onde uma rodinha se formava, no centro da sala com pessoas bêbadas o suficiente para enxergar três Lauras à sua frente.

— É sério isso, Vi? — Resmunguei enquanto sentava puxando as laterais do meu vestido para não pagar calcinha. Ele era acinturado e curto, soltinho na barra. — Já tá todo mundo tão bêbado que…

— Deixa de ser careta, Laura — Cybele me interrompeu, fazendo um gesto para Paulo se sentar ao lado dela. Eu já estava desconfiando que desde o início da festa minha amiga estava se jogando pra cima dele e confirmei quando ela alisou o ombro dele — Já brincou disso antes, Paulinho?

Revirei os olhos enquanto entornava uma garrafa de Corona e reprimi um resmungo que já estava na ponta da língua.

Paulo negou com a cabeça e Cybele umedeceu o lábio inferior com a língua. Ai, não. Ela fazia aquilo quando queria beijar alguém.

— A gente escolhe duas pessoas para ficar juntas durante sete minutos — Cybele explicou fazendo um gesto com a mão — Passem os celulares, todo mundo.

Todos obedeceram com gritinhos empolgados e fechei a cara quando Paulo sorriu galante para Cybele.

— Já anotei o nome de todo mundo e vou sortear — Vitória falou me dando uma piscadela e não entendi — Vou tirar dois nomes agora… — Lotei a testa de vincos olhando pra ela, que apenas sorriu com o cantinho da boca.

Cybele estava eufórica com o resultado, e um dos amigos de Paulo, o Douglas Costa olhava para mim ansioso.

Eu já imaginava qual seria o resultado desastroso. Minha amiga e Paulo ficariam se pegando durante sete minutos para o meu completo desespero enquanto Douglas tentaria flertar comigo. Como eu queria que aquela festa acabasse logo.

— Paulo e Lara! — A voz estridente de Vitória berrou, mas eu estava concentrada demais em lançar olhares de ódio para Cybele que nem dei atenção — Paulo e Lara! Vão já para a despensa!

Só então percebi que todo mundo gritava ao mesmo tempo e Paulo Dybala estava de pé na minha frente, as mãos estendidas em minha direção.

Automaticamente segurei a mão dele e fiquei de pé, quase tropeçando nele, que segurou a minha cintura.

Nossos olhos se encararam e acho que pela primeira vez na vida, a tagarela ficou sem palavras. Só consegui olhar pra ele, sem reagir, enquanto o toque em minha cintura se aprofundava.

— Esperei por esse momento desde quando te vi entrar na minha casa, Lala. — Ele sussurrou baixinho de maneira que só eu ouvi, e pensei mesmo que tinha imaginado coisas. 

Mas ele estava me conduzindo à cozinha, eu sabia que aquilo ia acontecer de verdade. Eu estava prestes a beijar Paulo Dybala.

 


Notas Finais


Obrigada por ler <3


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