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História Sem foto! - Ereri - Eu beijei um garoto (Extra)


Escrita por: Siouxsy

Notas do Autor


Aviso:
• O extra se passa logo após o segundo capítulo

Capítulo 5 - Eu beijei um garoto (Extra)


Ele conseguiria olhar nos olhos do moreno? Quem dera. Levi estava morrendo de vergonha desde o casamento de Carla. 


Rivaille apertou as próprias bochechas. Ainda não conseguia acreditar que havia beijado um garoto. E esse garoto era Eren. Como poderia contar isso para sua mãe? Se bem que conhecendo Kuchel, a mais velha já sabia. Ela sabia de cada pecado que o filho havia cometido — ou pequenos erros que o Ackerman via como pecado. 


Ouviu a mãe parar no sinal. 


— Ei, cuidado! Se não estivesse de cinto eu teria voado para fora com essa freada. 


— O que houve, pirralho? — perguntou séria. 


— Uh? 


— O que houve com Eren quando foi lá? Está desatento e não para de apertar as bochechas — Kuchel apertou a bochecha do filho e riu voltando a atenção para o trânsito — e sei muito bem que só faz isso quando está preocupado. 


— Não houve nada. Só estou pensando... Em como Eren deve estar feliz com a família. 


A Ackerman se entristeceu. Afinal, Levi nunca teve um pai. 


— Sente saudades do Hayato? — ela suspirou — Eu sinto, Levi. Todos os dias, todos sem exceção. É um sentimento péssimo para se sentir. Infelizmente temos que achar um jeito de conviver com isso, com essa dor incessante em nosso peito. Deixar ela machucar por um tempo, mas, pode ter certeza garoto, um dia alguém irá aparecer. Alguém irá te ajudar e te amparar. Alguém que não medirá esforços para te salvar de algo assim, querido. E eu não me importo com quem essa pessoa especial seja, pequeno. Contanto que ela te ajude e te ame verdadeiramente, já está bom para mim. — Kuchel acariciou o cabelo de seu filho, que ainda insistia em desviar o olhar. 


Ouviu um resmungo como resposta. 


— Se não quer seguir as regras tudo bem. — a morena acelerou, deixando o filho assustado — O que você fez? 


— M-Mãe eu--


— Não sou doida, Levi, não vou ultrapassar o limite. Apenas estou usando outra abordagem... O que. Você. Fez? 


O Ackerman engoliu em seco e sentiu o olhar da mãe o queimando. 


— Vamos, abre a boca garoto. Você estava em uma igreja, o que fez de tão ruim assim? Desembucha, — Rivaille apenas desviou o olhar e começou a estalar os dedos — não vou fazer nada, nem mesmo gritar se é isso que quer saber. 


Kuchel revirou os olhos com a teimosia do menor. Havia puxado ela, e por mais que não dissesse, amava ver que o pequeno a amava tanto e que era tão parecido. 


— Ah, Levi. Eu te amo tanto, pirralho. Você ainda não entendeu isso? Tem quase quatorze anos e parece que ainda tem cinco. — ela deu um sorriso tristonho — Você é a única coisa importante na minha vida depois que Hayato foi embora, pequeno. Entenda, Rivaille, não importa o que você fez, eu estarei aqui ao seu lado. Tudo bem, Mon Ange? 


Quando olhou para o filho se surpreendeu o suficiente para se distrair e quase bater no carro da frente. Apenas ignorou o xingamento que recebeu e limpou as lágrimas que escorriam pelo rosto do filho. 


— Ei ei, o que houve, pirralho? Está tudo bem? 


— E-Eu... Eu beijei um garoto! 


A Ackerman apenas pegou o mais novo pelo queixo e o obrigou a olhar para ela. 


— Você é idiota, pequeno? Eu pensei que você tinha roubado algo do jardim, ou que estivesse se metendo em coisas ruins, ou tivesse empurrado o senhor Laurent na lagoa de carpa. Levi você é bobo, Mon Ange?


— Do que você está falando? — perguntou ainda com a voz embargada. 


— Pirralho, me pergunto quando você percebeu que gostava de Eren. Desde pequenininhos vocês já demonstravam que aquilo seria mais do que uma amizade. Se lembra do dia que fizeram brigadeiro juntos pela primeira vez? Ou quando foram para a Disney juntos? Ah, vocês eram tão fofos. Rivaille eu sempre soube que isso aconteceria algum dia e eu realmente não poderia me importar menos... Era apenas isso? 


— E-Eu também arranquei uma das flores para dar para o Eren-- Espera como sabia que era o Eren?


— Você fez o que? 


— Eu dei uma flor para--


— VOCÊ TIROU A FLOR DO JARDIM, PIRRALHO?! O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA DE TIRAR A FLOR DO JARDIM DA IGREJA?!


— Eu pensei que--


— VOCÊ NÃO PENSOU, O QUE DEU EM VOCÊ PARA VANDALIZAR UM JARDIM DE UMA IGREJA?! 


— E-Eu não vandalizei nada! 


— Em casa a gente conversa melhor. 





— ... —





Levi parou na porta, observando Kuchel coberta assistindo algum filme. Estava receoso de entrar após a bronca que levou e a conversa estranha que tinha certeza que a mãe traria a tona.


— Entra logo, pequeno. — Rivaille se assustou mas fez o que a Ackerman pediu — Trouxe a pipoca? 


— S-Sim. — ele se deitou ao lado da mãe e se cobriu. 


Não disse nada. Sentia a respiração ficar desregulada e perder o ar lentamente, e nem se fala do coração acelerado. Porém não diria nada do que sente à sua mãe. Ela não precisava saber de sua fraqueza. 


— E então...? Quem deu o primeiro passo? 


— Hm. — resmungou hesitante — Ele. — sussurrou. 


— E você queria? 


— Sim. 


— Hm. Então... — ela pegou uma porção da pipoca antes de continuar — Você gosta de garotos? 


— Eu... Hm... E-Eu acho que sim. 


Kuchel riu e puxou o filho para perto, beijando os fios negros. 


— Entendi, meu pequeno. Agora aproveite o filme enquanto pode. 


— Enquanto eu posso? 


— Enquanto a minha bondaded deixa, esse filme não é para a sua idade. 


Levi riu. 


— Okie-Dokie. 






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