Dias depois do ocorrido, Bred ainda tinha medo de ao menos passar na porta da enfermaria, e mesmo tendo que passar lá de vez em quando, morria de medo da mulher.
Nesse tempo que passou(quase uma semana), o loiro ficou amigo do capitão, mais pela personalidade confusa e modo estranho de agir, do que por tê-lo salvado, também do gentil homem que pilotava a máquina. Eles deixavam-no entrar na cabine, isso deu-lhe várias impressões de que o cabeludo capitão odiava o piloto.
-Capitão, em breve teremos que reabastecer o tanque.
-Certo, certo.-um pouco pensativo.- Creio que também precisaremos passar pelo refúgio Asa da Esperança.
-Mas por quê?
Perguntou o adolescente encostado na porta e com um mapa na mão, o qual lia alguns nomes conhecidos de cidades por onde passou.
-O chefe da cozinha disse que nosso estoque de suprimentos está acabando mais rápido que o previsto...-menciona coçando o queixo com a ponta do compasso.- Algum filho da mãe deve estar roubando comida de madrugada para comer.
-Capitão, nós podemos checar as câmeras.
Sugeriu o outro sem tirar os olhos da tela por onde podia ver a estrada e passar sobre os mortos.
-Você quis dizer, as mesmas que eu quebrei "acidentalmente" com meu rifle?
-Senhor, como pode fazer algo tão estúpido?-se exalta.
-Wow cala a boca seu inútil e atropela aquela velha acenando ali para nós.
-Você é horrível capitão...-Bred franziu a testa.
-Mas tá na cara que ela é um zumbi! Olha só a cara de peixe morto.
-Não, o senhor está olhando para a bolsa dela...-levou um tapa na cabeça.
-Não me questione! Humpf. Traga-a para dentro Bred.
Este assentiu saindo da cabine e subindo a escada, estava feliz por terem encontrado mais uma pessoa viva, principalmente por poderem salvá-la. Ele abriu a pequena entrada se pondo para fora em seguida, gemidos.
-Droga.
Eles se arrastavam para perto da mulher, Bred esticou a mão para poder puxar a senhora.
-Segure minha mão!
Ela tentou mas não conseguia alcançar, por um instante o loiro pensou em descer para ajudar, no entanto, um zumbi estranho correu avançando nesta, derrubando-a no chão e começando a mordê-la. Ele não pode fazer nada além de assistir a cena com nojo e remorso enquanto ouvia os gritos da idosa.
-Lembre-se de mim! Camila é meu nome.-calou-se.
Uma mão pousa sobre o ombro de Bred, era o capitão que na outra mão tinha uma pistola. Ele fazia uma cara de negação enquanto o tanque andava.
-Até quando iremos assistir cenas como essa? Onde nossas crianças e idosos são devorados pelos amigos do Michael Jackson? Jamais me esquecerei do seu nome...-parou para pensar.- Qual era o nome dela mesmo?
Ambos se encaravam.
-Nem lembro, acho que Suelen.
-Vamos chamá-la de Josefina Soarez di Camargo. Adeus, Clenisse.
Eles voltam para dentro.
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