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História Sem querer, cheguei a você - 24 capítulo


Escrita por: micaele35r

Capítulo 24 - 24 capítulo


Fanfic / Fanfiction Sem querer, cheguei a você - 24 capítulo

como irmã. Bem, além das que já tenho, é claro. E se algum dia eu tivesse sonhado que vocês dois demonstrariam qualquer inclinação nessa direção, teria conspirado a favor sem qualquer pudor.

– Eu sei – disse tenten, sem conseguir segurar o riso.

– Sim, bem... Não sou exatamente conhecida por cuidar da minha própria vida.

– O que é isso nos seus dedos? – indagou tenten, chegando o corpo para a frente para poder ver melhor.

– O quê? Isso? Ah, nada. – Mas pousou as mãos sobre o colo, ainda assim.

– Não parece não ser nada – insistiu tenten. – Deixe-me ver.

Parece tinta.

– Bem, é claro que parece. É tinta.

– Então por que não disse logo, quando perguntei?

– Porque não é da sua conta – retrucou Eloise, com insolência.

Penelope recuou, chocada com o tom brusco da amiga.

– Me desculpe – disse, secamente. – Não fazia ideia de que tinha tocado em um assunto tão delicado.

– Ah, mas não é – apressou-se em negar izume. – Não seja boba.

É só que sou desajeitada e não consigo escrever sem sujar os dedos todos. Eu poderia usar luvas, é claro, mas elas ficariam manchadas e eu teria que trocá-las sempre, e posso lhe garantir que não tenho o menor desejo de gastar toda a minha pequena mesada em luvas.

 a fitou, considerando a longa explicação, então perguntou:

– O que andou escrevendo?

– Nada. Apenas cartas.

Tenten percebeu, pelo tom enérgico da amiga, que ela não queria estender o assunto, mas estava sendo tão atipicamente evasiva que tenten não conseguiu resistir:

– Para quem?

– As cartas?

– Sim – respondeu tenten, embora achasse que fosse óbvio.

– Ah, para ninguém.

Seus pés tocaram o chão.

Tenten era – ao menos na própria opinião – um pouco mais graciosa do que as pessoas costumavam reconhecer. Sabia dançar, tocava piano bem e em geral conseguia atravessar um salão sem esbarrar em um número muito grande de pessoas ou móveis.

Mas quando neji fez a sua singela proposta, o pé dela – naquele instante apenas na metade do caminho para fora da carruagem – só encontrou o ar, o quadril esquerdo encontrou o meio-fio e a cabeça encontrou as pontas dos pés de neji.

– Meu Deus, tenten – exclamou ele, se abaixando. – Você está bem?

– Estou ótima – conseguiu dizer ela, procurando um buraco no qual se enfiar e morrer.

– Tem certeza?

– Não foi nada, verdade – insistiu ela, segurando o rosto certa de que agora exibia a marca perfeita da bota do neji. – Estou apenas um pouco surpresa, só isso.

– Por quê?

– Por quê?

– Sim, por quê?

Ela piscou, aturdida. Uma, duas, três vezes.

– Err... Bem, talvez tenha a ver com você ter mencionado algo sobre casamento.

Ele a puxou sem a menor cerimônia para colocá-la de pé, quase deslocando o seu ombro enquanto o fazia.

– Bem, o que imaginou que eu diria?

Ela o fitou, incrédula. Será que ele tinha ficado louco?

– Não isso – respondeu, por fim.

– Eu não sou um selvagem completo – murmurou ele.

Tenten limpou a poeira e as pedrinhas das mangas do vestido.


– Eu nunca falei que era, só...

– Posso lhe garantir – continuou ele, mostrando-se agora mortalmente ofendido – que jamais me comporto da forma como acabei de me comportar com uma mulher da sua estirpe sem lhe fazer uma proposta de casamento.

Isso deixou tenten boquiaberta, com os olhos arregalados como os de uma coruja.

– Não tem uma resposta? – perguntou ele.

– Ainda estou tentando entender o que você disse.

Ele plantou as mãos nos quadris e olhou para ela com clara impaciência.

– Você tem de admitir – começou tenten, dirigindo-lhe um olhar incerto – que pareceu... como foi mesmo que disse... que já fez propostas de casamento antes.

Ele lhe lançou um olhar bastante irritado.

– É claro que não fiz. Agora me dê o braço antes que comece a chover.

Ela ergueu a vista para o céu azul e límpido.

– Nesse ritmo, vamos ficar aqui por dias – explicou ele, impaciente.

– Eu... bem... – Ela pigarreou. – Você certamente pode perdoar a minha confusão diante de tal surpresa.

Neji segurou o braço dela com mais força.

– Vamos logo.

– neji! – exclamou tenten, tropeçando nos próprios pés enquanto subia a escada. – Tem certeza...

– Não há momento melhor do que o presente – disse ele alegremente.

Parecia bastante satisfeito, o que a deixou ainda mais confusa, pois teria apostado a fortuna inteira – e como Lady confidecial havia acumulado uma boa fortuna – que ele não pensara em pedi-la em casamento até o momento em que sua carruagem parara diante da casa.

Talvez até o instante em que tinha pronunciado as palavras.

Neji se virou para ela.

– Temos de bater à porta?

– Não, eu...

Ele bateu, ou melhor, esmurrou a porta, mesmo assim.

– Mei – falou tenten, tentando sorrir quando o mordomo abriu a porta para eles.

– Srta. Tenten – murmurou o homem, erguendo uma das sobrancelhas em sinal de surpresa. Cumprimentou neji com a cabeça. – Sr. Uzumaki.

– A Sra. Mitsashi está em casa? – perguntou neji bruscamente.

– Está, mas...

– Ótimo. – Colin foi adentrando na casa, puxando tenten a reboque. – Onde ela está?

– Na sala de estar, mas devo lhe avisar...

No entanto, neji já estava na metade do corredor, com tenten um passo atrás de si. (Não que ela pudesse estar em qualquer outro lugar, visto que ele a segurava, com bastante força, até, pelo braço.) – Sr. Uzumaki! – gritou o mordomo, parecendo ligeiramente em pânico.

Tenten virou a cabeça para trás enquanto continuava seguindo neji. Mei nunca entrava em pânico. Por nada. Se achava que ela e neji não deviam entrar na sala de estar, devia ter uma boa razão para isso.

Talvez até mesmo...

Ah, não.

Tenten tentou interromper o passo, enterrando os calcanhares no chão e deslizando pelo assoalho de madeira enquanto neji a arrastava pelo braço.

– neji – disse, engolindo em seco depois. – neji!

– O que é? – perguntou ele, sem diminuir o ritmo.

– Eu realmente acho... Aaaaah!

Enquanto ela deslizava, tropeçou na barra de um tapete e voou para a frente.

Ele a pegou e a colocou outra vez de pé.

– O quê?

Ela olhou, nervosa, para a porta da sala de visitas. Encontrava-se entreaberta, mas talvez estivesse barulhento demais lá dentro e a mãe ainda não os tivesse ouvido se aproximar.

– tenten – exigiu neji, impaciente.

– Err...

Ainda podiam escapar, não? Ela olhou freneticamente à sua volta, como se fosse possível encontrar a solução para os seus problemas em algum lugar do corredor.

– tenten – repetiu neji, já batendo com o pé no chão –, que diabo está acontecendo?

Ela olhou para trás de novo, para Mei que se limitou a dar de ombros.

– Talvez este não seja o melhor momento para falar com a minha mãe.

Ele ergueu uma das sobrancelhas em uma expressão bastante semelhante à que o mordomo esboçara apenas alguns momentos antes.

– Não está planejando recusar o meu pedido, está?

– Não, é claro que não – disse ela, apressada, embora ainda nem tivesse aceitado realmente o fato de que ele tinha a intenção de pedi-la em casamento.

– Então este é um excelente momento – afirmou ele, o tom deixando claro que não deveria ha?er mais nenhum protesto.

– Mas é que...

– O quê?

Terça-feira, pensou ela, infeliz. E passava um pouco do meio-dia, o que significava...

– Vamos – disse neji, prosseguindo caminho.

E antes que ela pudesse detê-lo, ele empurrou a porta.

A primeira coisa que ocorreu a neji ao entrar na sala de estar foi que, embora o dia não estivesse transcorrendo em absoluto como ele tal?ez tivesse previsto ao se levantar da cama naquela manhã, estava sendo bastante produtivo. Casar-se com tenten era uma ideia bem sensata e também muito atraente, se a recente interação dos dois na carruagem servisse de indicativo.

A segunda coisa que lhe ocorreu foi que acabava de entrar no seu pior pesadelo.

Porque a mãe de tenten não estava sozinha na sala.

Absolutamente todos os mitsashi, jovens e velhos, encontravam-se ali, acompanhados dos cônjuges, e havia até mesmo um gato.

Era o grupo de pessoas mais assustador que neji já vira. A família de tenten era... bem... com exceção da harumi (por quem sempre nutrira certa desconfiança, afinal, como confiar em alguém tão próximo de ino?), a família dela era... bem...

Ele não conseguia encontrar a palavra certa para descrevê-la.

Sem dúvida nada de elogioso (embora quisesse acreditar que podia evitar um insulto direto), mas será que existia algum termo que combinasse levemente com obtusa, demasiado falante, bastante intrometida, maçante e – não se podia esquecer isto, não com o recente acréscimo de Robert  ao clã – excepcionalmente ruidosa?

Então neji apenas deu aquele seu sorriso lindo, amigável e um pouco travesso. Quase sempre funcionava, e hoje não foi exceção.

Os mitsashi todos sorriram de volta para ele e – graças a Deus – não fizeram nenhum comentário.

Pelo menos, não de imediato.

– neji – disse a Sra. Mitsashi, com considerável surpresa. – Que delicadeza a sua em trazer tenten para casa para a nossa reunião de família.

– Reunião de família? – ecoou ele.

Olhou para tenten, que estava ao seu lado parecendo passar mal.

– Toda terça-feira – falou ela, com um sorriso fraco. – Eu não mencionei?

– Não – respondeu ele, embora estivesse óbvio que a pergunta havia sido feita em consideração à plateia que os observavaa. – Não mencionou.



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