História Sem Título - We can't stop the world

Me sinto extremamente nervoso.

Estamos nus embaixo de meu lençol macio, e posso ouvir claramente a batida de nossos corações, audível como se eles estivessem fora de nossos corpos.

Isaac, eu te amo – digo, quebrando o silêncio, e apreciando a expressão mais linda que poderia ver em minha vida.

Repete? – diz Isaac com lágrimas nos olhos, os olhos que naquele momento estavam arregalados e suplicantes, calorosos e com o maior brilho que se pode esperar de alguém que está apaixonado.

Não seja bobo, você entendeu da primeira vez – respondo sorrindo e encostando meus lábios nos dele de leve.

Ele me abraça forte e beija meu pescoço.

Passo minhas mãos por suas costas e cintura, e gentilmente por sua bunda, sem força ou agressividade, mais como um carinho.

Ele afaga meu cabelos e beija agora meu peito, e vai descendo pelo meu abdômen, me arrancando suspiros e gemidos baixos.

Sinto calor, muito na verdade. Sinto minhas bochechas queimarem, sinto minha respiração acelerando, e sinto que jamais estive melhor preparado para esse momento.

Ele volta a me beijar nos lábios, e leva a mão até meu membro já ereto, e começa a fazer movimentos rápidos, agora mordendo meu pescoço, entre beijos.

Não me contenho e o beijo ferozmente, intenso, como se fosse arrancar a boca dele.

Ele retribui, jogando o lençol no chão e me jogando de bruços na cama.

Sinto seu corpo encima do meu, e ele puxa meu cabelo pra trás, me fazendo gemer alto.

Você sabe bem o que está fazendo hein? – me surpreendo com meu próprio comentário.

Ele tira um preservativo não sei de onde (estávamos pelados), e me pergunta docilmente:

Está mesmo pronto meu amor?

Quase gozo só de ouvir ele falando desse jeito.

Estou sim, amor – respondo quase engasgando de tanta ansiedade.

Ele coloca o preservativo rapidamente e entrelaça os dedos nos meus, quase me matando de excitação.

Sinto-o me penetrando devagar, e aperto forte a mão dele. Percebendo meu gesto ele me tranquiliza:

Não precisamos ir em frente se você não quiser.

Beijo a mão dele. – Eu quero.

Ele continua, e sinto seu membro cada vez mais dentro de mim, me causando um prazer que jamais havia sentido.

I-s-sso é muito bom – digo entre suspiros e gemidos.

Ouço Isaac gargalhar.

Você ainda não viu nada. – responde ele aumentando o ritmo das estocadas enquanto eu gemo alto, sem parar, pedindo cada vez por mais.

Me sinto totalmente extasiado, completo.

Isaac me avisa que vai gozar, mas eu não consigo prestar atenção.

É como se sinos tocassem na minha cabeça, e todas as coisas ficassem mais claras e brilhantes, vibrantes.

Ele cai ao meu lado, e puxa o lençol de volta pra cama, cobrindo a nós dois.

Nos beijamos, com os rostos suados e corados, e naquele momento, o mundo podia parar.