Saí de casa desesperada por ar fresco, logo que eu abro a porta de carvalho e saio de casa, o ar gélido de Estocolmo faz cócegas em minha pele, me lembrando que eu deveria ter pegado um casaco. Mas não dava, por um momento pareceu que todo o oxigênio tinha desaparecido. Casar? Eu acabei de completar dezoito anos, acho que tenho bastante tempo para pensar nisso.
Então a situação que eu e meu pai estava passando nos últimos meses fez questão de martelar minha cabeça, aumentando minha dor de cabeça, conseguia sentir o caminho que minhas lágrimas fizeram descendo minha bochecha. Sentei na calçada perto da minha casa e abracei minhas pernas. Eu parecia vulnerável naquele momento. Chorei tudo que eu precisava, lágrimas são sentimentos. Quando tudo transborda lá dentro elas saem.
Passei a mão em cima das gotas que secaram e ficaram em meus rosto, levantei-me do chão, respirei e voltei para dentro da casa. Quando passei pelo espelho que fica logo na entrada me vi. Minha situação era deplorável, meus fios alaranjados estavam desgrenhados, meus olhos estavam vermelhos e inchados, uma mancha preta por causa do rímel que escorrera.
Logo que pisei na sala os três homens presentes olharam para mim.
-Me desculpem pelo meu estado – Minha voz estava rouca – E perdão pelo ocorrido, fiquei assustada.
-Não se preocupe, se não quiser aceitar minha filha, eu... - Meu pai falava com os olhos marejados. Levantei a mão e o interrompi
-Eu aceito. Se o único modo de ajudar o senhor é esse, saiba que eu tenho um imenso prazer em fazer tal coisa.
-Tem certeza? - Senhor O'Brien perguntou
-Tenho, claro
E foi assim que eu cometi um dos maiores erros de minha vida.
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