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História Semideuses lendo HDO5 (Não finalizada) - Cura do médico


Escrita por: Clacat

Notas do Autor


Eu provavelmente posso acabar não postando em alguns dias, porque minhas aulas começam amanhã.

Capítulo 44 - Cura do médico


Grover voltou a ler.

“— NEGOCIAR. — OS DEDOS DE LEO se contorciam. — Sim. Claro.

As mãos dele começaram a trabalhar antes que sua mente soubesse o que estava fazendo. Ele começou a tirar coisas dos bolsos de seu cinto de ferramentas mágico: fios de cobre, parafusos, um funil de latão. Ele estava guardando pedaços e peças de máquinas havia vários meses, porque nunca sabia do que poderia precisar. E quanto mais tempo usava o cinto, mais intuitivo ele se tornava. Ele enfiava a mão em um bolso e a coisa certa simplesmente aparecia.”

— Onde será que vende um? – Nico murmurou para a irmã – Ainda temos os cartões de lá, poderíamos...

— Nico, preste atenção. – Bianca o repreendeu.

“— Então a situação é esta — disse Leo, enquanto suas mãos torciam os fios. — Zeus está furioso com você, certo? Se nos ajudar a derrotar Gaia, você pode voltar a ficar bem com ele.”

— É... bem. – Will se segurou para não contar.

“Apolo torceu o nariz.

— Imagino que isso seja possível. Mas seria mais fácil destruir você.”

Meus deuses, se ele quer tanto por que não faz? Ao invés de ficar provocando? – Thalia perguntou.

Thalia! – Annabeth a repreendeu.

“— E que tipo de balada isso daria? — As mãos de Leo trabalhavam loucamente, prendendo alavancas, fixando o funil de latão em um velho eixo de engrenagem. — Você é o deus da música, não é? Você ouviria uma canção chamada “Apolo mata um semideus baixinho”? Eu, não. Mas “Apolo derrota a Mãe Terra e salva todo o universo”… isso parece um primeiro lugar garantido no top dez da Billboard!”

— Esse nome não é bom não. – murmurou Will.

“Apolo olhou para o vazio, como se visualizasse seu nome em um letreiro luminoso.

— O que você quer, exatamente? E o que eu ganho com isso?”

Percy revirou os olhos.

“— A primeira coisa de que preciso é um conselho. — Leo passou alguns fios pela abertura do funil. — Quero saber se meu plano vai funcionar.

Leo explicou o que tinha em mente.”

— Ele vai explicar o que tem em mente? – perguntou Reyna.

Grover leu um pouco em voz baixa e logo negou. Reyna bufou.

“O garoto estava remoendo aquela ideia havia dias, desde que Jason voltara do fundo do mar e ele começou a conversar com Nice.

Cimopoleia dissera a Jason: Um deus primordial já foi derrotado antes. Você sabe de quem estou falando.

As conversas de Leo com Nice o ajudaram a fazer alguns ajustes no plano, mas ele ainda queria uma segunda opinião de outro deus. Pois, assim que Leo se comprometesse, não haveria volta.”

— Sinto merda chegando. – resmungou Percy.

“Ele tinha esperança de que Apolo apenas risse e lhe dissesse para esquecer tudo aquilo.

Em vez disso, o deus assentiu, pensativo.

— Este conselho é de graça: você pode derrotar Gaia como me descreveu, mais ou menos como fizeram com Urano éons atrás. Entretanto, qualquer mortal que estiver por perto será completamente… — A voz de Apolo vacilou. — O que é isso?”

— O que é isso o que? – perguntou Bianca.

“Leo olhou para o instrumento que tinha em mãos. Fileiras de fios de cobre, como vários jogos de cordas de uma guitarra, se cruzavam no interior do funil. Conjuntos de captadores eram controlados por botões no exterior da estrutura, que estava presa a uma placa de metal com várias manivelas.

— Ah, isso…?

A mente de Leo trabalhava alucinadamente. O objeto em suas mãos parecia uma caixa de música misturada com um gramofone antigo, mas o que era aquilo?

Algo para negociar.

Ártemis lhe dissera para chegar a um acordo com Apolo.

Leo lembrou-se de uma história da qual as crianças do chalé 11 costumavam se gabar: como o pai deles, Hermes, escapara do castigo por roubar as vacas sagradas de Apolo. Quando Hermes foi pego, ele fez um instrumento musical — a primeira lira — e o ofereceu a Apolo, que o perdoou imediatamente.

Poucos dias antes, Piper mencionara ter visto em Pilos a caverna onde Hermes tinha escondido aquelas vacas. Isso deve ter ficado no subconsciente de Leo. Sem querer, ele havia construído um instrumento musical, coisa que lhe causou certa surpresa, já que ele não sabia nada de música.

— Hum, bem — disse Leo. — Este é simplesmente o instrumento mais maravilhoso de todos os tempos!

— Como funciona? — perguntou o deus.”

— E Apolo caiu na armadilha. – afirmou Jason.

“Boa pergunta, pensou Leo.

Ele girou as manivelas, torcendo para que aquilo não explodisse na sua cara. Soaram algumas notas. Metálicas, mas quentes. Leo manipulou as alavancas e as engrenagens. Ele reconheceu a canção, a mesma melodia melancólica sobre recordações e saudades que Calipso cantou para ele em Ogígia. Mas, através das cordas no funil de latão, a canção soava ainda mais triste, como uma máquina com o coração partido, como Festus soaria se pudesse cantar.

Leo esqueceu que Apolo estava ali. Tocou a canção até o final. Quando terminou, seus olhos lacrimejavam. Ele quase sentia o cheiro de pão saído do forno na cozinha de Calipso; o gosto do único beijo que ela lhe dera.”

— Que... triste? – Nico falou, foi mais uma pergunta do que qualquer coisa.

“Apolo olhava impressionado para o instrumento.

— Eu preciso dele. Como se chama? O que você quer por ele?”

— Ele com certeza caiu na armadilha. – Jason falou de novo, segurando o riso.

“Leo sentiu um desejo súbito de esconder o instrumento e guardá-lo para si. Mas engoliu sua melancolia. Tinha uma tarefa a cumprir…

Calipso… Calipso precisava que ele tivesse sucesso.

— Este é o Valdezinator, é claro!”

NDA e Will começaram a gargalhar, logo sendo seguidos por RARA.

— Tá o nome é ruim, mas precisa disso? – perguntou Annabeth.

Will foi parando de rir aos poucos, para respondê-la.

— Apenas lembramos de algo.

Não demorou muito para RARA e NDA também pararem de rir.

“— Ele estufou o peito. — Ele funciona, hum, traduzindo seus sentimentos em música enquanto você manipula os controles. Mas, na verdade, ele é feito para ser usado por mim, um filho de Hefesto. Não sei se você conseguiria…

— Eu sou o deus da música! — exclamou Apolo. — É claro que posso aprender a tocar o Valdezinator. Eu preciso! É meu dever!

— Então, Cara da Música, vamos começar a negociar — disse Leo. — Eu lhe dou isso se você me entregar a cura do médico.

— Ah… — Apolo mordeu o lábio divino. — Bem, na verdade eu não tenho a cura do médico.”

— Ah, fala sério. – reclamou Thalia.

“— Achei que você fosse o deus da medicina.”

— E ele é! – afirmou Bianca.

“— Sou, mas sou o deus de muitas coisas! Poesia, música, o Oráculo de Delfos… — Ele começou a chorar, cobrindo a boca com o punho. — Desculpe, eu estou bem, estou bem. Como estava dizendo, tenho muitas áreas de influência. E, claro, além disso, tenho todo esse trabalho de “deus do sol” que herdei de Hélios. A questão é que sou mais um clínico geral. Para a cura do médico, você precisa ver um especialista, o único que já conseguiu curar com sucesso a morte: meu filho, Asclépio, o deus da cura.

Leo ficou arrasado. A última coisa de que precisavam era mais uma missão para procurar mais um deus que provavelmente iria exigir camisetas em sua homenagem ou um Valdezinator.”

— Esse nome é realmente péssimo. – murmurou Annabeth.

“— É uma pena, Apolo. Eu esperava que pudéssemos fazer negócio.

Leo girou as alavancas em seu Valdezinator, produzindo uma melodia suave ainda mais triste.

— Pare! — gemeu Apolo. — É bonito demais.”

— O Leo ou o instrumento? – Percy perguntou, brincando.

“Vou lhe dizer como encontrar Asclépio. Ele está muito, muito perto!

— Como vamos garantir que ele vai nos ajudar? Nós só temos dois dias antes que Gaia desperte.

— Ele vai ajudar! — prometeu Apolo. — Meu filho adora ajudar. Basta apelar para ele em meu nome. Você vai encontrá-lo em seu velho templo em Epidauro.

— Qual é a pegadinha?”

— Sempre tem uma. – resmungou Thalia.

“— Ah… bem, nada. Exceto, é claro, que ele está sob vigilância.”

— Sabia. – disse a futura caçadora.

“— Quem está vigiando?

— Não sei! — Apolo estendeu as mãos, desesperado. — Só sei que Zeus está mantendo Asclépio preso para que ele não saia pelo mundo ressuscitando as pessoas. Na primeira vez em que Asclépio despertou os mortos… bem, ele causou um grande tumulto. É uma história longa. Mas tenho certeza de que você pode convencê-lo a ajudar.

— Isso não me parece um bom negócio — disse Leo. — E sobre o último ingrediente, a maldição de Delos. O que é isso?

Apolo olhou com cobiça para o Valdezinator. Leo temeu que o deus simplesmente o tomasse dele, e como ele o impediria? Atacar o deus do sol com fogo provavelmente não iria adiantar muita coisa.

— Eu posso lhe dar o último ingrediente — disse Apolo. — Aí você terá tudo de que precisa para que Asclépio prepare a poção.

Leo tocou mais um verso.

— Não sei. Trocar esse belo Valdezinator por uma maldição de Delos…

— Na verdade, não é uma maldição! Veja… — Apolo correu até as flores silvestres mais próximas e colheu uma amarela da fenda entre as pedras. — Isto é a maldição de Delos.

Leo olhou atentamente para a flor.

— Uma margarida amaldiçoada?

Apolo deu um suspiro exasperado.

— É só um apelido. Quando minha mãe, Leto, estava prestes a dar à luz Ártemis e a mim, Hera estava com raiva, porque Zeus a havia traído novamente. Então ela foi a todo pedaço de terra do planeta e fez os espíritos da natureza de todos os lugares prometerem expulsar minha mãe, para que ela não pudesse dar à luz em lugar algum.

— Isso é a cara da Hera.”

— Verdade. – resmungou RARA.

“— Pois é. Enfim, Hera obteve promessas de todos os lugares enraizados na terra, menos de Delos, porque na época Delos era uma ilha flutuante. Os espíritos da natureza daqui receberam minha mãe. Ela deu à luz minha irmã e a mim, e a ilha ficou tão feliz por ser nosso novo lar sagrado que se cobriu com essas florzinhas amarelas. As flores são uma bênção, porque somos maravilhosos. Mas também simbolizam uma maldição, pois, depois que nascemos, Delos se enraizou e não pôde mais flutuar pelos mares. É por isso que margaridas amarelas são consideradas a maldição de Delos.

— Então eu podia simplesmente ter colhido uma margarida e ido embora?

— Não, não! Para a poção que você tem em mente, a flor tem que ser colhida por mim ou minha irmã. Então, o que me diz, semideus? Instruções para encontrar Asclépio e seu último ingrediente mágico em troca desse novo instrumento musical. Negócio fechado?

Leo odiou a ideia de entregar um Valdezinator em perfeito estado em troca de uma florzinha, mas não via outra opção.

— Cara da Música, é difícil barganhar com você.

Eles fizeram a troca.

— Excelente! — Apolo mexeu nas manivelas do Valdezinator, produzindo um som que lembrava o motor de um carro. — Humm… talvez seja necessário um pouco de prática, mas vou aprender! Agora, vamos achar seus amigos. Quanto antes vocês partirem, melhor!

* * *

Hazel e Frank aguardavam nas docas de Delos. Ártemis não estava com eles.

Quando Leo se virou para se despedir de Apolo, viu que o deus também tinha desaparecido.

— Caramba — resmungou Leo. — Ele estava mesmo ansioso para praticar com o Valdezinator.

— Com o quê? — perguntou Hazel.

Leo contou a eles sobre seu novo hobby como inventor genial de funis musicais.

Frank coçou a cabeça.

— E, em troca, você ganhou uma margarida?

— É o ingrediente final para curar a morte, Zhang. É uma supermargarida! E vocês dois? Descobriram alguma coisa com Ártemis?

— Infelizmente, sim. — Hazel olhou para o mar, onde o Argo II balançava ancorado. — Ártemis sabe muito sobre armas de guerra. Ela nos contou que Octavian encomendou algumas… surpresas para o Acampamento Meio-Sangue. Ele usou a maior parte do tesouro da legião para comprar onagros”

NDA engoliu em seco, enquanto apertava a mão de Will.

“construídos por ciclopes.

— Ah, não, onagros, não! — exclamou Leo. — Por falar nisso, o que é um onagro?

Frank franziu a testa.

— Você constrói máquinas. Como pode não saber o que é um onagro? É simplesmente a maior e mais letal catapulta já usada pelo exército romano.

— Legal — disse Leo. — Mas onagro é um nome idiota. Eles deveriam tê-las chamado de Valdezpultas.”

Meus deuses! – Percy falou antes de ter uma crise de risos.

“Hazel revirou os olhos.

— Leo, isso é sério. Se Ártemis estiver certa, seis dessas máquinas vão chegar a Long Island amanhã à noite. É isso o que Octavian está esperando. Ao amanhecer do dia primeiro de agosto, ele vai ter poder de fogo suficiente para destruir o Acampamento Meio-Sangue sem uma única baixa romana.”

— Filho da...

Percy!

— Vocês tem uma boca suja, em

“Octavian acha que isso fará dele um herói.

Frank murmurou um palavrão em latim.”

— Se eu xingasse tanto assim, minha mãe lavaria minha boca com sabão.

“— Só que ele também convocou tantos monstros “aliados” que a legião está completamente cercada por centauros selvagens, bandos de cinocéfalos com cabeças de cachorro e sabe-se lá o que mais. Assim que a legião destruir o Acampamento Meio-Sangue, os monstros vão se voltar contra Octavian e destruir a legião.”

Oh, nada contra vocês. – Percy falou para os romanos – Mas pelo pouco que lemos sobre ele, esse Octavian merece.

“— E aí Gaia desperta — concluiu Leo. — E coisas ruins acontecem.

Engrenagens giravam na cabeça do garoto à medida que novas informações se encaixavam no lugar.

— Tudo bem… isso só torna meu plano ainda mais importante. Assim que conseguirmos essa cura do médico, vou precisar da ajuda de vocês.

Frank olhou apreensivo para a margarida amarela amaldiçoada.

— Que tipo de ajuda?

Leo contou o plano a eles. Quanto mais falava, mais chocados eles pareciam, mas, quando terminou, nenhum dos dois lhe disse que ele estava louco. Uma lágrima cintilava no rosto de Hazel.”

— O que ele falou para ela? – Nico perguntou, preocupado.

“— Tem que ser assim — disse Leo. — Nice confirmou. Apolo confirmou. Os outros nunca iriam aceitar, mas vocês… vocês são romanos. Foi por isso que eu quis que viessem a Delos comigo. Vocês têm toda essa coisa de sacrifício… de cumprir com seu dever, de ficar entre a cruz e a adaga.”

— Não é entre a cruz e a espada? – perguntou Jason.

“Frank fungou.

— Acho que você quis dizer entre a cruz e a espada.

— Tanto faz — disse Leo. — Vocês sabem que tem que ser essa a resposta.

— Leo… — A voz de Frank ficou embargada.

Até Leo quis chorar como um Valdezinator,”

— Valdezinator choram? – perguntou Nico.

“mas manteve a calma.

— Ô grandão, estou contando com você. Lembra-se do que me contou sobre aquela conversa com Marte? Seu pai disse que você ia ter que agir, certo? Você teria que tomar a decisão que ninguém mais estaria disposto a tomar.

— Ou a guerra vai descambar — lembrou Frank. — Mas mesmo assim…

— E Hazel — disse Leo. — Grande Hazel da Névoa Mágica… preciso que você me dê cobertura. Você é a única que pode fazer isso. Meu bisavô Sammy viu como você era especial. Ele me abençoou quando eu era bebê, porque acho que de alguma forma ele sabia que você ia voltar e me ajudar. Tudo pelo que passamos, mi amiga, nos conduziu a isso.

— Ah, Leo…

Então suas lágrimas começaram a jorrar. Ela o abraçou apertado, o que foi carinhoso até Frank começar a chorar e abraçar os dois.

E aí foi meio estranho.

— Está bem, está bem… — Leo se livrou deles com delicadeza. — Então, estamos de acordo?

— Odiei esse plano — disse Frank.

— Achei horrível.”

— Então não façam. – Jason reclamou.

“— Pensem em como eu me sinto — disse Leo. — Mas vocês sabem que é nossa melhor chance.

Nenhum dos dois discordou. Leo meio que desejava que o tivessem contrariado.

— Vamos voltar para o navio — disse ele. — Temos que encontrar um deus da cura.”

— Acabou. – disse Grover.


Notas Finais


Ê Viih1656 deixou um comentário em um dos capítulos dando a ideia dos personagens lerem momentos solangelo, mas das minhas ones shots. Eu estava em dúvida se seria au ou original, mas decidi fazer misturado. No capítulo 50 eu colocarei eles para reagirem. Se vocês quiserem, é claro. Que ones vocês gostariam que eu colocasse? Já que não dá para colocar todas. Quem quiser colocar alguma cena da minha fanfic “random solangelo”, é só falar o capítulo da cena.
Beijos,
Clara.


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