1. Spirit Fanfics >
  2. Sempre Ao Seu Lado ( continuação de Minha Melhor Amiga) >
  3. Como Pode?

História Sempre Ao Seu Lado ( continuação de Minha Melhor Amiga) - Como Pode?


Escrita por: anafelissimo

Notas do Autor


Oi pessoal preparem-se para fortes emoções.

Capítulo 44 - Como Pode?


Na manhã seguinte Michael acordou cedo estava revigorado não dormia tão bem há dias, olhou para o lado vendo Jennifer dormindo afastou seu cabelo para ver seu rosto melhor. Ela estava tão serena e parecia feliz não tinha como as coisas ficarem melhor, deu um beijo no ombro antes de se levantar e foi se arrumar. Enquanto tomava banho pensou nos últimos dias e nas mudanças que tinham acontecidos, apesar da agitação do dia anterior as coisas pareciam estar voltando ao normal. Vestiu-se depois do banho viajaria para gravar as cenas do clipe Bad em Nova York, onde passaria pelo menos uma semana ou mais dependendo do andamento destas. Depois de se despedir entrou no carro com um sentimento de alivio por estar deixando tudo em ordem, estava feliz por tudo ter ficado bem e Jennifer feliz depois de tudo o que tinha passado. Pela primeira desde que o bebê tinha nascido não estava preocupado com sua saúde mental, tinha certeza que seja lá o que fosse que acontecesse ela conseguiria lidar bem. Chegou a pensar que poderiam ate mesmo pensar em aumentar a família em breve, mal podia esperar ate que tudo se resolvesse e suas vidas pudessem voltar ao normal.

 Depois que Michael saiu Jennifer se preparou para ir ao trabalho tinha um dia cheio pela frente, repassou mentalmente o que precisava fazer enquanto escovava os cabelos. Tinha uma reunião e uma sessão de fotos do outro lado da cidade aquela manhã, alem de supervisionar toda a linha de produção e a construção da sua nova loja. Precisava terminar seus compromissos antes das três horas para não perder o horário de visita, alem disso tinha as entrevistas das candidatas a enfermeira aquela tarde. Entrou no carro com sua agenda em mãos cumprimentou o motorista sem tirar os olhos das anotações, se deu conta de que não poderia parar um minuto sequer se quisesse fazer tudo. Mesmo assim não estava se lamentando gostava de seu trabalho e queria cuidar de seu filho, na verdade estava mais do que feliz em participar do tratamento dele. Sem falar que aquele seria o primeiro dia em que Phil poderia acompanhá-la na visita, mal podia acreditar em como ele tinha ficado feliz ao receber aquela noticia.

 Cansativo foi pouco para descrever aquele dia com ela tento que ir de um compromisso a outro, pelo menos não teve que lidar com nenhum imprevisto seu tempo já andava escasso o bastante. Cloe sua assistente lutava para acompanhar seu ritmo enquanto a seguia pelos corredores, mas esta não era uma tarefa fácil levando em consideração o ritmo acelerado de sua chefe. Depois de escolher as cores da loja seguiu de carro ate a escola de Phillip que já a estava esperando, depois de ter sua saída liberada ele entrou no carro seguindo pro hospital. Dentro veiculo Jennifer se permitiu relaxar ao lado do filho eles conversaram sobre o bebê durante o trajeto, assunto este que os acompanhou ate a chegada ao hospital. Depois de colocarem os trajes de proteção os dois seguiram ate onde Anthony estava, Phillip se aproximou do bercinho observando seu irmão já sem as sondas apoiando as mãos sobre o plástico. Ter-lo a acompanhando na visita foi uma das maiores alegrias que Jennifer poderia sentir, mas não tanto quanto a de ver Phillip tocando os dedinhos de seu irmão com carinho. Com lagrimas nos olhos pela primeira vez ela se sentiu realmente apoiada, naquele ela momento pode enxergar em mais alguém o mesmo amor que sentia por ele.

 Em Nova York em seu camarim Michael se preparava para dar inicio as gravações do clipe, já com o figurino ele cantarolava a letra da musica sentado na cadeira de frente pro espelho. Mal podia esperar para começar aquela era uma das melhores musicas de seu álbum, alem de ser a faixa titulo deste tinham investido muito na produção do curta. Logo depois Karen chegou com a maleta de maquiagem para fazer sua produção, tudo era sendo feito de maneira leve e alegre especialmente pelo astral de Michael. Como de costume conversaram enquanto ela o maquiava muitas vezes rindo com as piadas do Michael, apesar dele fazer Karen borrar sua maquiagem toda vez que ria. Não que isso importasse muito uma das vantagens de ser o chefe era não ter horário a cumprir, alem disso ele gostava de passar esses momentos com sua amiga Karen era divertida. Estava relaxado afinal sempre havia se sentido mais a vontade no palco do que em qualquer outro lugar, talvez conseguisse convencer Jennifer a fazer uma “apresentação” especial. Ate que não era uma má idéia fazia mais de três meses desde o seu acordo e ela ainda não tinha cumprido sua parte tentando coisas novas, riu ao imaginar a cara se fizesse a proposta.

 -Do está rindo? –Karen perguntou.

 -Foi uma idéia que eu tive sobre algo que quero fazer com Jennifer. –Disse ainda rindo.

 -Parece que vai ser divertido. –Afirmou aplicando o pó.

 -Isso se ela topar.

 -E quem consegue dizer não para você?

 -Jennifer consegue.

 -Bem de qualquer jeito é a mulher que você ama.

 -Verdade. –Lembrou colocando suas luvas. –Estive ate pensando em ter mais um filho depois da turnê.

 -Acha que ela concordar em engravidar tão cedo? –Perguntou o encarando surpresa. –Afinal vocês acabaram de ter um bebê.

 -É mesmo. –Disse em voz baixa.

 -Michael. –Um membro da equipe o chamou ao entrar. –Está tudo pronto.

 -Ok . –Michael disse o acompanhando para fora.

 Michael foi ate a locação onde todos o esperavam para dar inicio as gravações, assim que o viu o diretor se levantou indo cumprimentá-lo e lhe dar as ultimas instruções. Michael olhou em volta se situando melhor no ambiente, era um estacionamento subterrâneo que tinha recebido algumas modificações para o clipe. Tudo tinha sido feito para que lugar transmitisse perigo em preto e branco, mas que ganhasse uma nova energia completamente nova assim que ganhasse cores e a musica começasse. Subiu na escada se apoiando na estrutura montada no teto do local, assim que estava firme a escada foi retirada e os bailarinos assumiram suas posições. Ao sinal do diretor Michael saltou no centro dos bailarinos dando inicio a parte musical do clipe, nesse momento surgiu seu verdadeiro eu o astro da musica completo. Assim como o mundo do curta ganhava cor com o inicio da musica aquele lugar também ganhou cor, todos seus sentimentos e energia explodiam na dança e no canto.  Ao fim da tarde Michael foi para o hotel se sentindo realizado tinha alcançado seu objetivo a perfeição, tirou os sapatos ao entrar no quarto antes de sentar na cama pegando o telefone.

 -Alo. –Jennifer atendeu do outro lado.

 -Alo Jenni sou eu Michael.

 -Oi querido. –Respondeu se ajeitando no sofá. –Como foi seu dia?

 -Incrível gravamos toda a parte musical do curta. –Contou empolgado. –Se não houver nenhum contra tempo terminaremos tudo esta semana. E você como está?

 -Exausta. –Disse se jogando no sofá. –Tive um dia cheio não parei um minuto sequer dei entrevistas, supervisionei as obras da loja, resumindo fiz de tudo.

 -Parece que você teve um dia cheio mesmo.

 -Mas não estou reclamando foi incrível hoje Phil me acompanhou na visita ao Anthony.

 -Nossa é mesmo? –Disse disfarçando seu desconforto.

 -Ah Michael você deveria ter visto foi tão lindo os dois juntos, Phil cuidando e dando apoio ao irmãozinho. –Suspirou ao se lembrar. –Foi mágico.

 -Deve ter sido mesmo.

 -Você ir com a gente quando voltar de viagem. –Sugeriu animada.

 -Pode ser depois conversamos. –Disse tentando disfarçar. –Tenho que desligar depois conversamos. Tchau querida.

 -Mas Mike... –Ele desligou antes que pudesse falar.

 Nervoso Michael desligou telefone antes que Jennifer se aprofundasse mais naquele assunto, simplesmente não estava pronto para lidar com isso talvez nunca estivesse de fato. Havia algo dentro dele que parecia querer consumi-lo toda vez que pensava no bebê e em tudo que tinha causado seu atual estado era tão opressor que parecia querer esmagá-lo. Inquieto caminhou de um lado para o outro tentando se acalmar, aquilo tinha sido apenas uma sugestão ninguém podia forçá-lo a ir se não quisesse. Só que não tinha como ficar inventando desculpas o tempo todo sabia que Jennifer estava desconfiada, mas não precisava fazer isso para sempre só tinha que agüentar ate... Ate. Colocou a mão na boca assustado ao sedar conta do que havia desejado ele não era assim, sentiu seu coração sendo comprimido ao ponto de não conseguir mais bater sem causar dor. Aquele pensamento fez sua garganta fechar sentou sentindo um mal estar estranho tomar conta de seu corpo, não conseguia respirar sua vista ficou escura era como se estivesse morrendo. Caiu de joelhos no chão sem forças não agüentava mais precisava se livrar daquilo fez um esforço sobre humano para se erguer sentando no sofá não podia sucumbir agora. Aos poucos foi recuperando o controle sobre seu corpo à medida que se acalmava, deixou que as lágrimas de vergonha saíssem sem saber se conseguiria lidar consigo mesmo.

 Naquela mesma noite enquanto se preparava para deitar Jennifer repassou mentalmente seu dia, estava tão feliz por Phil ter ido visitar o irmão e sua família iria vê-lo ao longo da semana. Eles pareciam tão animados quanto ela com a recuperação de Anthony, especialmente os Jackson que consideravam aquilo um verdadeiro milagre. Enquanto passava creme nas mãos pensou em como os últimos meses tinham sido difíceis, mas havia conseguido superar a tudo sem fraquejar na verdade nunca duvidou de seu filho. O fato das visitas estarem sendo liberadas era mais um sinal de sua melhora, logo poderia levá-lo para casa e sua família poderia ficar junta como ela sempre sonhou. Enquanto se cobria lembrou-se da conversa que teve com Michael e em como reagiu quando falou sobre visitar Anthony, pareceu incomodado como se não tivesse gostado da idéia. Não se lembrava de já ter visto ele indo visitá-lo em algum momento Michael tinha ido ao hospital, mas ele parecia mais interessado em ver os médicos ou passear pela ala da pediatria. Foram dias muito alegres para todas as crianças naquele hospital, exceto para seu filho o único que não tinha recebido a visita do grande astro Michael Jackson. Sentiu seu peito apertar ao se dar conta de que tinha algo de errado acontecendo com Michael, não entendia o porquê de ele estar tão distante de seu próprio filho.

 Quando Michael voltou para casa foi recebido com alegria pela sua família, incluindo Jennifer que o tratou de maneira terna como sempre fazia depois de uma longa ausência. Foi um alivio para ele ser bem recebido depois de passar uma semana se questionando se merecia isso, aquela era sua família e precisava de seu amor mais do que tudo. Observou Phil e Jennifer conversando no sofá da sala enquanto abria os presentes, aquela era uma das visões mais reconfortantes que já tinha visto. Jennifer era o verdadeiro alicerce de sua família e a fonte de sua paz de espírito desde sempre, era incrível como ela conseguia se manter serena e esperançosa mesmo sem ter esperança. Seria capaz de qualquer coisa para fazê-la feliz por isso suportava tudo aquilo em silencio, mas se não fosse por Jennifer já teria ido embora para o mais longe de tudo. Seu único desejo era esquecer todos os seus problemas e seguir em frente ao lado dela, talvez pudesse ate mesmo se perdoar e tentar de novo ao seu lado quando tudo acabasse. Pelo resto do dia tudo aconteceu de maneira normal sem qualquer tipo de contratempo, tanto que pareceu ate mesmo chato para Michael ter que lidar com toda aquela calmaria. Phil saiu à tarde para ir ao cinema com alguns amigos deixando os pais dele sozinho em casa, Michael estava sentado no sofá do escritório com Jennifer deitada em seu colo.

 -Por que você nunca foi visitar o Anthony? –Jennifer perguntou erguendo os olhos para encará-lo.

 -O que disse? –Perguntou surpreso.

 -Perguntei por que nunca foi visitar Anthony? –Repetiu se sentando. –Nesses últimos dois meses você nem sequer chegou perto dele. Por quê?

 -Não quero falar sobre isso. –Disse se levantando.

 -Mas eu quero. –Se ergueu sem lhe dar tempo para escapar. –Há dias você tem fugido do assunto toda vez que tento lhe falar sobre seu progresso, nem ao menos se deu ao trabalho de me acompanhar em uma única visita.

 -Você sabe que eu estive ocupado com o trabalho.

 -Não o tempo todo e mesmo quando teve um tempo livre preferiu ir a um parque.

 -Eu te expliquei porque fiz aquilo aquele dia.

 -E os outros dias? Ate mesmo quando apareceu no hospital preferiu visitar todo mundo menos Anthony.

 -Tem noção de como uma visita minha é importante para estas crianças?

 -Não tanto quanto são para seu filho. Por que não apareceu Michael?

 -Eu pude ir. –Disse sentindo sua cabeça latejando.

 -Me diga por que não. –Pediu suas forças fugindo. –Por que eu não entendo.

 -Também não entendo porque faz tanta questão de minha presença lá. –Disse lutando contra o desespero. –Tudo o que eu faço não é o suficiente?

 -Não, não é. Será que você não entende que ele precisa do pai?

 -Por que está me pressionando tanto por isso?

 -ELE É SEU FILHO!

 -MAS NÃO É O FILHO QUE EU QUERIA!

 -O que? –Perguntou pálida.

 -Espera não foi isso que quis dizer. –Falou em tom de desespero ao se dar conta que tinha falado demais.

 -Não foi exatamente que você quis dizer. –Afirmou antes de sair. –Eu te odeio.

 -Jennifer espera! –Pediu a seguindo pelo corredor. –Vamos conversar.

 -Me deixa em paz. –Disse sem parar de correr já começando a chorar.

 -Meu amor, por favor.

 -Fica longe de mim. –Falou subindo as escadas.

 Jennifer correu pro quarto do bebê trancado a porta antes que Michael pudesse alcançá-la, se apoiou contra a madeira sem conseguir acreditar no que tinha ouvido dele. Ele ainda bateu na porta pedindo perdão que o deixasse entrar para conversarem, mas ela não escutou deslizou pela madeira se sentando no chão em prantos. As lembranças do tempo que passou cuidando de seu filho sozinha a atingiram como um soco, pela primeira vez tomou consciência de toda ausência e frieza de Michael aqueles dias. Não podia acreditar que Michael não queria Anthony como filho por isso não tinha feito nenhuma visita, justamente ele o homem mais gentil que já havia conhecida estava rejeitando seu filho. Ele não queria uma criança que fosse contra seu ideal de família perfeita, por isso não queria nem sequer ouvir falar sobre o bebê e nunca tinha posto os pés naquele quarto. Como pode ser tão sega? Cobriu o rosto com as mãos tentando conter seu choro, mas este havia se tornado tão intenso que sentiu que poderia se afogar nele a qualquer momento. Sentiu o seu peito sendo comprimido pela angustia de não saber o que faria agora, permaneceu ali por horas ate que seu corpo não agüentou mais e caiu no sono encostada a porta.  

 Michael permaneceu no corredor esperando que ela abrisse a porta uma hora Jennifer teria que sair, precisava escutá-lo, entender sua situação que ele teve motivos para agir assim. Só que a medida que o tempo passava sua esperança de que Jennifer fosse entende-lo diminuía, junto com seu animo tanto que sentou no chão de frente pra porta do quarto. Notou o a luz do dia diminuindo a medida que a noite chegava e nada da porta abrir, mas não se daria por vencido ficaria ali nem que levasse a vida inteira para ela ouvi-lo. Phillip e alguns funcionários foram lhe perguntar o que estava acontecendo, mas ele não disse nada não tinha nenhuma boa desculpa para aquela situação. Recusou-se a fazer qualquer refeição e a sair dali mantendo sua posição de vigília, sem sono manteve a cabeça apoiada na porta de seu próprio quarto esperando por algum gesto de Jennifer.

 Jennifer despertou sentindo seu corpo dolorido por causa da posição que tinha dormido olhou para o relógio em forma de coruja na parede onde marcava quatro horas. Ignorando o cansaço se levantou indo ate o banheiro que ficava no quarto fazer sua higiene matinal, depois de lavar seu rosto encarou seu reflexo no espelho observando sua expressão cansada. Balançou a cabeça com desanimo ao se dar conta do que tinha que ser feito era doloroso demais, mas não tinha escolha depois de tudo o que descobriu não podia continuar assim. Ao sair do quarto observou Michael sentado no corredor de frente para a porta, ele ergueu os olhos ao vê-la se aproximando nesse momento pode ver que esteve chorando.

 -Precisamos conversar. –Disse de maneira fria.

 


Notas Finais


Nossa as coisas ficaram feias.
O que será que vai acontecer com o casal?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...