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História Sempre com você - A descoberta


Escrita por: Ane_Writer

Notas do Autor


Boa tarde meus amores, como vocês estão?
Espero que muito bem, se cuidando e lavando bem as mãos!
Jaja isso passa, enfim.
Mais um capítulo. Boa leitura 😘

Capítulo 8 - A descoberta


Fanfic / Fanfiction Sempre com você - A descoberta

POV. ASTRID.

Eu estava a ponto de explodir, meu temperamento estava extremamente instável, o risco de eu surtar e gritar com alguém era grande. O motivo? Frustração. Medo. Raiva. Ódio. A tempestade havia sumido, não fazia ideia de pra onde ela tinha ido, já havia semanas que eu a procurava e não a encontrava.

E se ela estivesse perdida? Ou ferida? Ou até mesmo... Não.

Balancei a cabeça, ela era forte, sabia se defender, eu não podia me deixar levar por esses pensamentos.

No momento jantávamos. Não sei se era eu, mas tudo parecia estar agitado ultimamente. Alguma coisa aconteceria.

Não que eu fosse de ficar prestando atenção em alguém, mas especialmente nesta noite, Soluço parecia inquieto, algo o afligia, na verdade fazia dias que ele estava assim. Isso era perceptível a qualquer um, ele parecia passar por algum conflito dentro de si.

Porém, ninguém parecia perceber, exceto eu e Valka, que a cada garfada intercalava seu olhar entre o filho e prato.

Todos comíamos silenciosamente a refeição da noite, quando Stoico deu início ao diálogo.

- Já que estão todos aqui, eu e Edgar temos algo a falar.

Nessa hora meu pai tossiu. Eu e minha mãe olhamos para ele que estava vermelho e ficou sério de repente.

Soluço apenas ergueu os olhos, sem ânimo.

- Amanhã cedo, eu e Stoico faremos uma expedição em busca da origem dos dragões e por um fim a tudo isso.

Como assim?

- Desculpa, mas o que estão querendo dizer? – todos olharam pra mim.

- Astrid, ficaremos fora sem previsão de volta, até por um fim a tudo isso.

- Vocês pretendem matar os dragões? – perguntei, temendo a resposta.

- Sim – confirmou Stoico.

Soluço na mesma hora largou o talher.

- Desculpa, eu não estou me sentindo bem, preciso me retirar.

E em seguida se levantou e saiu da sala.

- Porque decidiram isso de uma hora pra outra? – perguntou Valka.

Eu nem ouvi a resposta, apenas olhei em direção a porta, por onde Soluço havia saído. Porque ele estava daquele jeito? Certo que aquela ideia não me agradava em nada.

- Por favor, tomem cuidado. – a voz aflita de minha mãe chamou minha atenção.

- Eu não acho uma boa ideia. – disse e imediatamente recebi um olhar de reprovação do meu pai.

- Não importa, é o certo a se fazer. – ele falou. Seu olhar dizia claramente que eu não devia falar mais nada.

Eu tentei, juro que tentei mas não consegui me calar.

- Não é porque atacam que merecem morrer, devíamos procurar outra alternativa, vocês só vão expor suas vidas nessa viagem e se...

- Astrid, chega. – disse meu pai, com a voz seca e o olhar duro.

De repente o clima ficou pesado. A comida ficou difícil de engolir. Meu pai raramente gritava comigo, mas sempre que fazia, eu voltava a me sentir a garotinha desajeitada da infância.

- Soluço ficará no comando, com Bocão auxiliando durante nossa ausência. – Stoico concluiu.

Aquilo atraiu minha atenção.

Será que era por isso?

Todos assentiram e permaneci calada até o fim.

Eu precisava impedir que matassem os dragões. Eu simplesmente não podia deixar que isso acontecesse.

(...)

Depois de tudo, os casais se retiraram para conversarem e eu sai em busca de uma pessoa. Parando em frente a porta de seu quarto tomei coragem para bater, nem acreditava que estava indo falar com o garoto que jurei nunca mais trocar palavras.

Bati.

- Entra. – Ouvi sua voz. Baixa.

Abri a porta devagar e o encontrei deitado em sua cama, estava concentrado em algo que fazia em um caderno, parecia um diário, e nem percebeu que eu entrava. Estava totalmente relaxado, a prova disso é que estava sem camisa, o que eu lutei para não olhar.

Pigarreei para chamar sua atenção.

- Astrid? – ele levou uns segundos para entender que era eu.

Parecia confuso, o que não era do feitio dele.

- Soluço, sei que não é da minha conta, mas... – entrei e fechei a porta do quarto – você parecia estranho no jantar hoje, eu diria até abatido.

Ele olhou pra mim e em seguida para o chão.

- Não é nada, só... Coisas da minha cabeça. – ele riu sem graça alguma – não são importantes.

Eu me aproximei, cautelosa.

- Se não fossem importantes, não te deixariam desse jeito.

Seus olhos, sempre de um verde vivido, estavam escuros e sem brilho quando pousaram em mim. Ele pareceu pensar antes de falar.

- O que está fazendo aqui?

Boa pergunta.

- Eu estava curiosa pra saber o que está acontecendo.

- Sua preocupação é comovente. – ele disse para em seguida deitar. Me deixando que nem uma estátua em pé.

Puxei uma cadeira que estava próxima e me sentei.

Virando a cabeça ele me olhou.

- Vai ficar aqui?

- Sim.

Ele suspirou passando aos mãos pelo rosto, o que fez com que meu olhar fosse atraído até seu abdômen, onde os músculos se contraíram e uma esfreita e fina camada de pelos o cobria, e ia descendo passando pela cintura, até...

- Astrid?

Pela primeira vez em minha vida senti as faces queimarem, eu havia sido pega no flagra. Automaticamente olhei pro lado.

- Você está bem?

- Estou ótima, porquê? – de repente respirar parecia difícil.

- Você parecia... Deixa pra lá, você não estava prestando atenção no que eu falava.

Ele estava falando? Astrid Hofferson, se concentre.

- Por favor, continue. – falei tomando coragem para olhar novamente em seus olhos.

Ele sorriu de canto e continuou.

- Eu estava falando que estou preocupado com essa viagem dos nossos pais. – uma pausa – preocupado com o que pode acontecer e como seriam as coisas se... – ele balançou a cabeça.

Não sei o quê, mas de repente algo dentro de mim sentiu empatia com Soluço, algo naquela reação dele lembrou um pouco de mim quando eu me sentia insegura.

Levantando da cadeira me sentei ao seu lado na cama. Ele olhava para o teto.

- Preocupado com nossos pais ou com sua responsabilidade com Berk? – minha pergunta o pegou de surpresa, na mesma hora ele me encarou e se sentou, ficando de frente comigo.

Era a primeira vez que ficávamos tão próximos.

- O que te fez pensar isso?

Inclinei a cabeça.

- Soluço, sei que nossa relação é de longe educada, não temos proximidade alguma, mas você nunca esteve assim desse jeito desde que eu cheguei, até agora.

- Que jeito?

- Vai se fazer de desentendido? Você é mais esperto que isso. Sabe do que eu estou falando. Você está com medo.

Ele levantou e andou pelo quarto, até que parou e colocou as mãos na cintura e me encarou. Os cabelos estavam totalmente bagunçados, rebeldes, igual a ele naquele momento.

- Tudo bem, você venceu, satisfeita? – seu tom de voz era firme – Sim, eu estou com medo, eu não sei o que fazer. Sei que sou o herdeiro, mas eu nunca pedi isso. Nunca quis liderar. A verdade é que... – ele soltou o ar parecendo decepcionado.

- Qual é a verdade? – o encorajei, após um tempo.

- A verdade é que eu não sei o que sou, nem o que quero. - Ao ver que demorei para falar algo, ele se virou e fez uma expressão sarcástica – pode rir de mim.

Eu não ri. Como poderia?

O modo como ele falou, parecendo perdido e tão inseguro, me abalou. Nunca imaginei ver Soluço Haddock daquela maneira, sempre me passou uma imagem tão objetiva e forte.

- Soluço, esse tipo de decisão não é algo que se escolhe, mas que já está dentro de nós, só esperando para descobrimos. Você sabe quem é, mas nunca parou pra ver isso.

Ele continuou parado.

- Ser líder é – Me levantei – é uma honra, você estará levando o nome de sua família e de todos que ama.

Ele suspirou.

- Pra você é fácil, desde que nasceu já sabia o que era e em quem se tornaria. Eu... Ahrg, pelos deuses, eu não, eu não sei.

Me aproximei dele, abrindo a boca para falar.

- Astrid, não. Sei que você não se importa comigo, nem sei porque está aqui, mas não estou em um bom momento para falar. – me interrompeu.

A verdade era que nem eu sabia porque estava aqui, mas Soluço me intrigava de uma maneira irritante, igual a ele.

Sua resposta atiçou minha ira.

Então juntando a emoção do momento com a perda da tempestade e toda a angústia que eu sentia eu explodi.

- Soluço, não se atreva a passar por essa porta! Você não pode agir dessa maneira – eu disse quando pegando uma camisa ele foi até a porta.

Parando no batente ele olhou pra mim e fechou os olhos.

- Desculpa, eu...

Ele não terminou, apenas saiu correndo.

Fugindo, outra vez, como sempre. Pra variar.

Eu ia matá-lo. Com minhas próprias mãos.

(...)

Eu não resisti, simplesmente segui Soluço. Parando pra pensar talvez eu me sentisse uma estranha fazendo isso, nunca me imaginei naquela posição, mas eu não podia admitir que ele saísse e me deixasse da maneira que deixou sem explicação.

Ele saiu do Palácio e se encaminhou por uma estrada estreita que nos levou até uma clareira, uma floresta parcialmente escondida, fechada, que possuía um lago maravilhoso.

Já estava de noite e a visibilidade dificultava, mas a lua estava forte e brilhante, ajudava.

Soluço pulou uma pedra e pousou na clareira, chutou uma pedrinha e pareceu chamar alguém.

Semicerrei os olhos, não havia nada ali. O que ele estava fazendo ali?

Me aproximei devagar, em silêncio.

Ele gritou mais alguma coisa e colocou as mãos na cintura. Resolvi aparecer.

- Então é pra cá que você vem?

Eles se virou, me observando de olhos arregalados.

- O que está fazendo aqui? – ele me olhou incrédulo – você me seguiu?

Fingi pensar, analisando o ambiente em volta.

- Estou aqui, não estou? – disse olhando diretamente em seus olhos – Acho que nossa conversa não terminou...

POV. AUTORA

Astrid se calou assim que notou algo atrás de Soluço. Simultaneamente algo atrás de Astrid também capturou a atenção de Soluço, ambos ficaram apreensivos.

- Soluço, não se mexa. – a loira disse em um tom baixo e preciso.

- Astrid, eu que te peço, por favor, não sai daqui.

De repente Banguela e tempestade rugiram atraindo a atenção de seus donos que respectivamente olharam para trás. Os dois deram passos para trás se aproximando de seus dragões. Quando Banguela quis atacar Soluço imediatamente impediu.

- Soluço! – a loira queria alertá-lo, mas ao ver o modo como o dragão reagiu, ela viu que não tinha com o que se preocupar.

Astrid se aproximou de Tempestade, não acreditando que ela estava ali. A dragão imediatamente fez uma barreira buscando proteger sua dona.

- Astrid! – soluço fritou, preocupado.

- Eu tô bem, muito bem.

Astrid saiu da barreira e olhou pra Soluço atônita, não entendendo o que estava acontecendo.

- Você está próximo a um fúria da noite. – Astrid constatou apontando em direção ao moreno, que sem graça apenas deu de ombros.

- E pelo visto você já conhece a mocinha aí. – disse se dirigindo a tempestade.

Soluço e Astrid se encararam, tentando entender o que estava acontecendo.


Notas Finais


👀👀👀
Por hoje é isto.
Good bye, até a próxima 🤗


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