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História SEMPRE FOI VOCÊ | SasuSaku - Depois da Tempestade


Escrita por: S0ULMATE

Notas do Autor


Bom dia! <3

Como você estão? Espero que bem. O motivo do meu sumiço foram os problemas de saúde e a correria de final de ano, perdão. Esse capítulo é o meu presentinho de ano novo pra vocês, espero que gostem. Nos vemos nas notas finais <3

Capítulo 20 - Depois da Tempestade


CAPÍTULO 20 – DEPOIS DA TEMPESTADE

— Eu já falei que está tudo bem, mãe. — A voz de Ino soava impaciente, após repetir pela terceira vez que tudo estava bem.

Sakura observou a amiga que estava jogada em seu sofá com as pernas para o ar, enquanto mantinha o aparelho de celular próximo da orelha.

No momento em que as garotas entraram na casa da Haruno, o celular de Ino tocou anunciando uma chamada de sua mãe, que estava tentando fazer contato com a filha há horas. Aparentemente, a tempestade atrapalhou as linhas telefônicas, deixando algumas operadoras sem sinal, mesmo dentro da área de cobertura.

— Diga ao papai que ele não precisa se preocupar. — A loira tentava tranquilizar a mãe nervosa do outro lado da linha.

Involuntariamente, Sakura checou seu próprio celular. Não havia mensagens ou ligações perdidas. Nenhum sinal dos seus pais, como de costume.

Enquanto a Yamanaka se despedia dos pais sob a promessa de que iria para casa o quanto antes, a Haruno estava jogada no tapete da sala de estar, encarando o teto em silêncio enquanto pensava sobre tudo o que havia acontecido.

Sakura estava tão concentrada em seus pensamentos que sequer notou o corpo deitado ao seu lado.

— No que você tanto pensa? — a voz de Karin Uzumaki a tirou do seu silêncio particular, e só então, ela notou os cabelos ruivos jogados no chão ao seu lado. Ao perceber que talvez a tivesse assustado, a ruiva sorriu. — Pode ficar tranquila, eu não mordo.

A Haruno descobriu que aquela garota era muito mais do que sempre julgou. Karin tinha um senso de humor incrível, além de que, no fundo, era uma pessoa maravilhosa. Mas nem mesmo os esforços da Uzumaki para fazê-la enxergar o que estava perdendo foram suficientes, afinal, Sakura havia finalmente dado seu primeiro beijo e ele não aconteceu da forma que imaginou.

Ela suspirou e então, buscou forças para encarar a ruiva, mesmo que de canto de olho.

— Estava pensando nas coisas que você me falou no banheiro — confessou.

A garota fechou os olhos e se lembrou da conversa que tivera com a ruiva.

Em poucos minutos, Karin havia se mostrado uma boa amiga e, para o seu infortuno, uma ótima observadora. Mas também não era como se a relação entre ela e Sasuke fosse, de fato, algo secreto, estava tão clara que até mesmo os desprovidos de raciocínio rápido, como o Naruto, eram capazes de enxergar.

No entanto, a Uzumaki parecia enxergar exatamente o que Sakura e o Uchiha sentiam em relação um ao outro. A ruiva acreditava que apenas um pequeno empurrão era necessário para juntar o casal de amigos, mas ela não tinha noção da dimensão da catástrofe que ambos estavam criando.

— Qual das coisas? — perguntou, fitando a Haruno através das lentes dos seus óculos. — Sobre você e o Uchiha serem mais que amigos ou sobre aproveitar que o bonitão do Sasori tá interessado em você e fazer o Sasuke se coçar para tomar uma atitude?

A de cabelos cor de rosa ainda não sabia como se sentia sobre o fato de sua mais nova amiga ser tão direta em suas palavras, a sensação que tinha era de que agora, tinha uma versão ainda mais maluca de Ino Yamanaka em sua vida.

Mesmo relutante, a garota suspirou. Mantinha seus olhos verdes presos ao teto da sala de estar, pois sabia que não era capaz de encarar Karin sem corar.

— As duas coisas, na verdade — confessou.

— Não entendi — a Uzumaki torceu o lábio, confusa. — Vai se declarar para o Sasuke ou beijar o bonitão?

Desde que deixou aquele quarto escuro, Sakura vinha convivendo com um sentimento tenebroso: culpa.

Ela sabia que não deveria se sentir culpada por beijar alguém, afinal, era uma garota solteira. Mas ainda assim, não gostava de pensar no que a levou a beijar Sasori. Estava com raiva do Sasuke por ter agido feito um cretino, estava irritada com o Akasuna por ter insinuado que era propriedade do Uchiha, e estava cansada de fazer apenas aquilo que esperavam que ela fizesse.

Beijar o ruivo não foi exatamente algo ruim, apesar de não ter sido nada com o que a Haruno imaginou que seria o seu primeiro beijo. Ele com certeza tinha muito mais experiência que ela, mas qualquer um teria.

No entanto, a garota não conseguia simplesmente relaxar e aproveitar a euforia de uma adolescente que finalmente havia dado o primeiro beijo. Ela queria compartilhar com as amigas e ouvir os gritos de empolgação, mas Sakura sabia que contar a elas demandaria algumas perguntas. Perguntas que ela não sabia se estava pronta para responder.

Por outro lado, por algum motivo ela se sentiu segura em se abrir com a ruiva deitada no chão ao seu lado. Talvez fosse a forma como Karin não parecia disposta a julgá-la por nada, menos ainda bombardeá-la com perguntas. Ou apenas o seu próprio coração bondoso querendo dar à Uzumaki uma chance para que se tornem verdadeiramente amigas.

De algum modo, a presença da ruiva que tanto a atormentou durante anos, acabou por se tornar reconfortante.

Relutante, Sakura mordeu o lábio com certa força. E então, se rendeu em um único suspiro.

Hinata estava no banheiro e Ino ainda estava no celular com sua mãe, repetindo pela centésima vez que estava tudo bem. Dessa forma, ninguém além de Karin ouviria o que ela tinha a dizer.

Eu meio que já beijei o Sasori... — Com um sorriso sem graça, ela falou sem um pingo de confiança.

Os olhos da Uzumaki se estreitaram, e quando ela estava prestes a fazer disso um grande acontecimento, recebeu um olhar de repreensão de Sakura. Por sorte, a ruiva era rápida em compreender as coisas, e imediatamente soube que a Haruno não queria compartilhar essa informação com mais ninguém naquela casa.

Quando finalmente absorveu o choque da informação, Karin estava pronta para falar.

— O que? Quando? — eram muitas perguntas, todas feitas em um tom de voz ameno para que não despertassem o interesse da Yamanaka, que estava quase desligando o telefone. — Por que não me contou isso no banheiro?

Porque não havia acontecido até então.

Como se fosse possível, Sakura se sentiu ainda mais culpada.

A garota divagou demais para responder, e a forma nervosa com que mordia o lábio inferior somado a expressão de constipação em seu rosto, foram suficientes para que a Uzumaki compreendesse o que havia acontecido.

A expressão da ruiva foi de completo choque, inicialmente. Mas logo ela parecia resignada, como se tivesse compreendido os motivos da Haruno.

Oh! — Ela ainda mantinha a expressão surpresa. — Foi por isso que você saiu correndo daquela casa, não foi? Aconteceu depois que o Uchiha agiu feito um grande babaca...

O silêncio de Sakura a fez manear a cabeça e sorrir.

Karin não tinha o menor interesse em julgá-la, ou em querer saber o quê, de fato, aconteceu entre ela e Sasori quando estavam no segundo andar. Tampouco queria conhecer os motivos que a fizeram beijar o Akasuna. Não.

Ela também não exigiu que a Haruno a respondesse, aceitando o silêncio como resposta. No entanto, apesar de não estar interessada nos motivos obscuros e profundos pelos quais as coisas aconteceram, ela estava interessada pelo lado trivial.

— E como foi?

O rosto de Sakura enrubesceu, ganhando uma coloração em tons de vermelho semelhantes aos fios da Uzumaki, que sorria travessa.

— Foi normal... — ela tentou se mostrar tranquila, como se já tivesse feito isso milhares de vezes.

Os olhos da ruiva se estreitaram, achando um tanto estranha a reação da garota.

— Sakura — Karin a chamou pausadamente, trazendo os olhos verdes para si —, esse foi o seu primeiro beijo?

Imediatamente, a pele da Haruno empalideceu.

— O que?

— Você já tinha feito isso antes, não tinha? — a Uzumaki insistiu.

Constrangida, a garota limitou-se apenas a encarar a nova amiga com um sorriso que foi facilmente decifrável.

Os lábios da ruiva se abriram, formando um perfeito ‘o’.

Esse foi o seu primeiro beijo! — exclamou. — Sakura, eu não acredito que...

Alarmada, Sakura a interrompeu de imediato.

Shhh! — pediu por silêncio. — Alguém pode te ouvir.

Por sua vez, Karin apenas fez um sinal de zíper sobre os lábios e se calou, a encarrando com um sorriso zombeteiro.

A Haruno deixou a outra no chão da sua sala de estar e foi até a cozinha preparar algo para que pudessem comer. À essa altura, Hinata já havia voltado e Ino provavelmente encerrado a ligação.

A chuva ainda caía lá fora enquanto a garota separava fatias de pão, queijo e alguns tomates para fazer sanduíches. Apesar de não estar tão violenta quanto horas atrás, a tempestade ainda se chocava contra as janelas.

Particularmente, Sakura gostava do som que as gotas pesadas faziam ao se chocar com as telhas da casa, ela achava reconfortante.

Estava perdida em seus pensamentos, tão concentrada em compreender e absorver tudo o que havia acontecido nas últimas horas, que sequer se deu conta de que não estava mais sozinha.

— Você só pode estar brincando comigo.

Sentada em uma das banquetas, com os cotovelos apoiados sobre o mármore e um par de olhos azuis fixos nela, Ino a encarava como se fosse um falcão vigiando sua presa; aguardando o momento certo para o bote final.

— Me desculpe, Ino — a Haruno iniciou o seu monólogo. — Eu sei que você não curte sanduíches, mas é o que dá para preparar rápido nessas condições e...

Suas desculpas e explicações foram interrompidas pela Yamanaka, que fez uma careta e apontou o indicador como se estivesse sempre certa.

— Eu não estou falando dos sanduíches, Sakura — declarou. Apesar de que, quando voltou os olhos ao balcão, fez uma pequena careta à refeição que, com certeza, não fazia parte da sua dieta. — Estou falando daquela garota lá na sala. — Apontou com o indicador ao cômodo vizinho. — A vaca ruiva deitada no seu tapete agindo como se fosse sua amiguinha.

De alguma forma, Sakura já imaginava que a loira fosse um pouco relutante à essa aproximação repentina. Mas também tinha certeza de que assim que Ino desse uma chance, ela e Karin se tornariam inseparáveis. Afinal, ambas tinham uma dezena de traços semelhantes.

A Haruno largou a faca que segurava sobre o balcão de mármore e apoiou as mãos ali, parando tudo o que estava fazendo para encarar os orbes azuis da sua melhor amiga.

— Fala baixo, tá legal? — pediu em um sussurro. — Ela pode te ouvir.

— Eu não ligo se ela ouvir, Sakura — a loira rebateu. — Ela não é minha amiga, ela não é sua amiga. Ela nem deveria estar aqui. Você já se esqueceu de tudo o que ela fez? Ou durante aqueles minutos trancados no banheiro ela te fez uma lavagem cerebral?

Os olhos verdes da garota de cabelos cor de rosa encaram a amiga.

Um longo suspiro pôde ser ouvido até que Sakura estivesse finalmente pronta para argumentar.

— Eu não esqueci, Ino — falou com a voz polida. — Mas eu acredito que as pessoas se arrependem e... mudam. — A Haruno soltou um suspiro muxoxo. — A Karin é uma garota legal e eu tenho certeza de que vocês vão se dar bem... Ela está se afastando da Shion — relembrou. — Dê uma chance a ela.

Ino Yamanaka era uma amiga tão protetora que sequer era capaz de negar algo a Haruno quando ela lhe pedia. Poderia ser o que fosse, a loira sempre atendia aos seus pedidos. E quando Sakura a encarou com os olhos verdes brilhantes, não foi diferente.

A Yamanaka suspirou, dando-se por vencida. Segundos depois, a outra viu o revirar de olhos azuis e o sorriso comprimido.

— Tá legal, Sakura — concordou. — Eu vou dar uma chance a ela. — O sorriso empolgado da amiga que vinha em sua direção para lhe dar um abraço foi impagável. — Mas saiba que não estou fazendo isso por ela, estou fazendo isso por você — advertiu. — Sakura a abraçava quando o olhar da loira se tornou sombrio. — E se aquela garota aprontar alguma coisa... uma coisinha sequer... eu acabo com ela.

É claro que a Haruno quis rir, afinal, Ino tinha tudo, menos um espírito assassino. No entanto, era ótima quando se tratava de uma boa vingança.

— Me ajuda a levar os lanches para as meninas, sim? — pediu ao se afastar.

Uma gargalhada alta e contagiante preenchia o local quando Sakura e Ino voltaram a sala de estar com bandejas, alguns lanches e quatro copos de suco. Karin ria alto enquanto Hinata permanecia corada, parecendo tentar se explicar por algo.

— Vocês acreditam que ela está mesmo apaixonada pelo imbecil do meu primo?

A Uzumaki usou os indicadores para limpar as lágrimas que se formavam nos cantos dos olhos. A Haruno e a Yamanaka se entreolharam, e naquele instante, a loira estava dividida entre se juntar à ruiva em sua risada ou colocá-la para fora dali por fazer piada com a vida amorosa de sua amiga.

— Bom, é... — Sakura se manifestou antes que Ino pudesse fazer ou dizer qualquer coisa.

— Eu sempre acreditei que fosse apenas uma paixonite — Karin falou. — Caramba, Hinata! — exclamou. Agora, ela já não ria tanto. — Você está ferrada se depender do Naruto para tomar uma atitude, ele é muito lerdo.

A Hyuuga encarou as próprias mãos sobre seu colo, soltando um suspiro muxoxo.

— Eu sei — afirmou baixinho, em mais um suspiro. — Talvez esteja na hora de desistir.

Sakura encarou a loira ao seu lado e ambas largaram as bandejas no chão antes de se sentarem ao lado das garotas com os olhares alarmados. Ambas pensavam sobre o que dizer para a amiga de olhos perolados, cujos quais estavam entristecidos no momento.

De jeito nenhum! — Mas foi a Uzumaki quem se manifestou. A voz da ruiva soou tão alta que atraiu a atenção de todas as garotas, e o sorriso malicioso não passou despercebido. — Você gosta dele há muito tempo para desistir agora, Hina.

A morena levou o olhar até ela, mas ainda não estava completamente convencida. Afinal, de uma coisa a ruiva tinha razão: fazia muito tempo mesmo que estava apaixonada pelo Naruto. Seus sentimentos eram claros para todos à sua volta, exceto para o objeto do seu amor. Sendo assim, valia a pena insistir em algo que estava estagnado há tanto tempo?

Logo, outro suspiro foi ouvido. Dessa vez não era de pesar, e sim, de rendição.

— A Karin tem razão — para Ino, era muito difícil admitir aquilo. — Você não pode desistir agora, não depois de hoje... Você viu a forma como ele ficou quando perguntaram sobre você.

Como se tivesse sido revivida, os olhos perolados de Hinata brilharam na sala de estar.

— Talvez ele também goste de você, Hina — Sakura a encheu de esperanças. — Talvez ele só seja ainda pior que você em expressar isso.

— O meu primo é realmente lerdo — Karin interferiu. Em seguida, todas puderam notar o pequeno sorriso diabólico e perspicaz que surgiu em seu rosto. — Eu acho que podemos usar isso ao nosso favor... O QI do Naruto não é dos mais altos, é muito fácil arrancar uma informação dele.

— Como assim? — mesmo que aparentasse estar receosa, a Hyuuga também estava curiosa. Tudo o que a Uzumaki falava parecia atrativo aos seus ouvidos, talvez porque estivesse desesperada para que as coisas com Naruto dessem certo.

— Você está pensando no que eu estou pensando? — pela primeira vez, Ino parecia estar em completa sintonia com a ruiva, sorrindo tão diabólica quanto.

— Eu creio que sim — Karin respondeu.

— Nós tentamos arrancar uma informação dele hoje — Sakura relembrou —, e não deu certo.

— Na frente de todas aquelas pessoas? — a Uzumaki perguntou como se tivesse sido uma ideia idiota. — Aquele loiro é covarde demais quando se trata de sentimento.

— O que você pretende fazer, Karin? — mesmo com medo da resposta, a morena precisou perguntar.

— Naruto jamais se abriria na frente de todas aquelas pessoas — pontuou. — Mas eu duvido muito que ele conseguiria esconder algo da sua priminha querida... Não se eu perguntar do jeito certo.

A face de Hinata mudou de cor mais vezes do que o céu de Konoha naquele dia tempestuoso, ela engoliu em seco e foi amparada pela Haruno.

— Você pretende perguntar ao Naruto se ele gosta da Hinata?

Não diretamente — ela alegou. — E também não com essas palavras... Não é muito difícil levar o Naruto a passar alguma informação, se é que me entendem.

O sorriso convencido de Karin era um tanto reconfortante para a Hyuuga, ela tinha de admitir. A morena estava dividida. Tinha de assumir que o plano da Uzumaki não era dos piores e ao menos, lhe traria algumas respostas. No entanto, Hinata não queria pensar no que sentiria caso as respostas que recebesse fossem negativas.

— Gosto de como você pensa, Uzumaki — a Yamanaka declarou.

Um sorriso presunçoso se formou nos lábios de Sakura, que desde a primeira conversa com a ruiva, soube que ela se daria muito bem com a sua amiga loira. Apesar de saber que Ino ainda tinha os dois pés atrás em relação a ela, já via um progresso mais rápido do que imaginou, tudo isso graças a mente perversa de Karin, que era tão, ou mais má, do que a da Yamanaka.

— Obrigada, Yamanaka — devolveu. — E além disso, eu acho que alguma de vocês já deve ter conhecido ou pelo menos ouvido falar na minha tia Kushina... A irmã mais velha da minha falecida mãe e minha querida madrinha... — o sorriso nos lábios da Uzumaki era impagável. — Bom, acontece que poucas coisas passam despercebidas por aqueles olhos de águia... Talvez ela possa ter notado algo no filhinho querido.

A menção do nome da matriarca Uzumaki deixou a Hyuuga ainda mais corada, e apesar de não ser totalmente adepta de ludibriar as pessoas para arrancar-lhe informações pessoais, a morena se viu sem saída a não ser, concordar com o pequeno plano da ruiva.

— Você faria isso por mim, Karin? — questionou, encarando a garota que sorria gentilmente.

— Me dê uma semana e eu trarei as respostas que procura, Hinata — assegurou. — Finalmente vamos saber o que o Naruto realmente pensa sobre você.

A morena buscou a mão de Sakura, em uma tentativa de obter apoio da amiga, que prontamente a atendeu. Estava claro que Hinata tinha receio de que suas descobertas fossem negativas, mas estava disposta a arriscar.

— Que cara é essa, Hina? — Ino foi quem questionou.

— Não é nada... — suspirou. — Eu apenas tenho medo de que...

— De que o Naruto não goste de você? — Karin a interrompeu.

O olhar de pesar da Hyuuga, e o suspiro de frustração que deixou seus lábios, confirmou às outras garotas de que a Uzumaki tinha razão.

— Ele seria louco se não gostasse — a Yamanaka consolou a amiga.

— De qualquer forma, não sofra por antecipação. — A voz da Haruno era gentil. — Vamos esperar para ver o que a Karin descobre.

As meninas se olharam cúmplices.

Aquela tarde havia sido mais longa do que deveria, e a noite predominava do lado de fora, bem como a chuva torrencial continuava a cair sobre Konoha. Naquele momento, tudo estava bem no coração de Sakura que, apesar de ter um turbilhão de sentimentos dentro de si, estava segura por estar ao lado das amigas e grata pela nova amizade que havia feito.

Apesar do clima agradável na casa da Haruno, os estragos trazidos pela tempestade ainda viriam para atormentá-la. Afinal, não demorou muito para que o barulho da campainha soasse constantemente, como se alguém estivesse desesperado para que a porta se abrisse.

Sakura não demorou a se levantar, mas sua mão foi segurada por Ino, que mantinha um olhar de desconfiança.

— Você não está pensando em abrir, está?

— Por que não? — a Haruno parecia confusa.

— Estamos no meio de uma tempestade, Sakura — a Yamanaka relembrou. — Quem pode estar lá fora?

— Podem ser seus pais, Ino.

— Meus pais não se arriscariam nessa chuva com as estradas trancadas, Sakura. — Ela apertou ainda mais a mão da amiga. — Eles sabem que eu estou bem, falaram comigo no telefone há alguns minutos.

Sakura sabia que era perigoso abrir a porta naquele momento. Uma tempestade ainda caía lá fora, ruas estavam interditadas e além disso, eram apenas quatro garotas sozinhas naquela casa. No entanto, sua intuição gritava para que fosse até lá.

— Vai ficar tudo bem, Ino — ela tranquilizou a loira. — Talvez seja só o Naruto querendo ficar um pouco por aqui. Eu já volto.

Ela deu de ombros e, antes de seguir até a porta de entrada, sorriu para tranquilizar as amigas.

Imaginou diversas coisas enquanto abria a porta, mas nenhuma delas chegou perto da realidade. Parado debaixo de uma chuva torrencial, com as roupas enxarcadas e gotículas de água pingando de seus cabelos, ele a encarava.

— O que está fazendo aqui?


Notas Finais


Quem está ali? Palpites? Confesso que é bem óbvio, mas... Queria saber quais as expectativas de vocês e o que vocês ACHAM que vai rolar. Já aviso que o próximo capítulo está prontinho, mas está em processo de revisão.

Espero que tenham gostado. <3


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