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História Sempre Fui Sua - Chapter 13


Escrita por: selenandzayn

Notas do Autor


Postarei esse e talvez mais um mais tarde... Boa leitura meninas

Capítulo 13 - Chapter 13


– O quê… – Minhas pernas tremiam muito forte. Eram vibrações ou tremedeira minha?

Saí das cobertas, peguei meu bastão de beisebol debaixo da cama e corri para fora do quarto. Não tinha intenção nenhuma de descer, embora a estúpida tenha deixado a arma lá embaixo. Só precisava dar uma espiada para ver se realmente tinha escutado alguém entrar em casa.

Meu corpo instantaneamente reagiu ao ver Zayn entrar sem camisa pelo hall e subir as escadas correndo. Ele estava muito pu/to e parecia querer matar alguém pela maneira como subiu as escadas com tudo, pulando dois degraus de cada vez. Saí em disparada até o quarto, deixando escapar um uivo baixinho enquanto tentava correr até as portas para escapar. Não imaginava qual era o plano de Zayn ou se eu devia estar com medo, mas estava. Ele tinha acabado de invadir minha casa e aquilo me assustou pra caramba.

– Ah, não, não faça isso! – Zayn explodiu na porta do meu quarto e a maçaneta bateu contra a parede, provavelmente amassando-a.

Não tinha como chegar até as portas a tempo. Virei-me para encará-lo, empunhando o bastão. Zayn arrancou-o das minhas mãos antes mesmo de eu balançá-lo.

– Sai daqui! Tá louco? – Comecei a me esquivar dele, tentando alcançar a porta do meu quarto, mas ele barrou a minha passagem. Vendo seu olhar, fiquei surpresa por ele ainda não estar me estrangulando. Tinha certeza de que ia começar a sair lava pelo nariz dele.

– Você cortou a luz na minha casa. – Suas narinas se abriam enquanto ele me media bem de perto.

– Prove. – Um sapateado começou dentro do meu peito. Não, acho que parecia mais com pasodoble.

Ele jogou a cabeça para o lado, dobrando os lábios perigosamente.

– Como você entrou aqui? Vou chamar a polícia! – De novo, pensei. Não que tenham me ajudado quando liguei para reclamar do barulho. Será que eles apareceriam se eu fosse assassinada?

– Tenho a chave. – Cada palavra era dita vagarosamente e com tom ameaçador.

– Como você tem a chave da minha casa? – Se ele tinha uma chave, não sei se poderia chamar a polícia.

– Você e seu pai ficaram o verão todo na Europa – disse ele, sorrindo. – Quem você acha que pegou as cartas?

Zayn recebeu nossas cartas? Quase quis rir. A ironia advinda do fato de ele fazer algo tão comum fez com que meu coração desacelerasse um pouco.

– Seu pai confia em mim – continuou Zayn. – Ele não devia.

Pressionei minha mandíbula. Meu pai e minha avó não sabiam muito bem como estava a minha amizade com Zayn. Se eles soubessem a que ponto ele chegou, teriam conversado com a mãe dele. Mas eu não era de reclamar, não queria ser resgatada. O fato de Zayn ser legal com meu pai, mas um monstro comigo me machucava.

– Saia – gritei entre dentes.

Ele avançou na minha direção até que fui forçada a encostar nas portas francesas.

– Você é uma vaca intrometida, Tatum. Mantenha o rabo do seu lado da cerca.

– Manter o bairro todo acordado costuma deixar as pessoas irritadas – cuspi de volta.

Cruzei os braços sobre o peito enquanto Zayn se escorava na parede com ambas as mãos posicionadas dos lados da minha cabeça. Não sei se foi pela adrenalina ou pela proximidade dele, mas meus nervos estavam à flor da pele. Algo tinha que acontecer.

Olhei para todos os lados, menos em seus olhos. A tatuagem de lampião aceso em seu braço era toda preta e cinza. Gostaria de saber o que significava. Ele estava com o abdômen contraído por causa da tensão – eu pelo menos achava que ele normalmente não podia ser assim tão rígido. A outra tatuagem na lateral do torso era em letra manuscrita e impossível de ler com essa iluminação. Sua pele parecia macia e…

Perdi o fôlego e tentei ignorar a sensação de formigamento dentro de mim. É melhor apenas olhá-lo nos olhos. Há um bom tempo não ficávamos tão próximos, mas desde que voltei temos ficado bastante face a face.

Acho que Zayn percebeu a mesma coisa, porque seu olhar endureceu e sua respiração ficou acelerada. Ele percorreu o olhar do meu pescoço até a minha camisola, e minha pele queimava em cada lugar que ele olhava.

Concentrando-se novamente e reassumindo sua expressão, ele inspirou fortemente.

– Você é a única que está reclamando. Então por que não cala a boca e me deixa em paz? – Afastando-se da parede, ele se virou para ir embora.

– Deixe a chave – gritei, acostumando-me com essa nova ousadia.

– Sabe de uma coisa. – Ele riu, após respirar, e se virou. – Te subestimei. Você ainda não chorou, né?

– Por causa do boato que você inventou semana passada? De jeito nenhum. – Minha voz estava no mesmo tom, mas um sorriso convencido ameaçava aparecer. Estava me deliciando com nosso confronto e com a percepção de que as coisas entre nós estavam finalmente “chegando a algum lugar”, como K.C. disse. Olhe para nós agora. Zayn e eu não ficávamos sozinhos em meu quarto há mais de três anos. Isso era um progresso. É claro, ele não foi convidado, mas isso era apenas um detalhe.

– Fala sério, como se eu tivesse que recorrer a isso. Foram as suas colegas do crosscountry. E as fotos delas – acrescentou ele. – As pessoas tiraram suas próprias conclusões. – Ele soltou um suspiro e aproximou-se de mim novamente. – Mas estou te deixando entediada. Acho que tenho que melhorar meu jogo. – Ele estava com olhos maliciosos e meus pés se contraíram com vontade de chutá-lo.

Por que ele fazia isso?

– O que eu fiz pra você? – A pergunta que me assombrava há anos acabou saindo com uma voz rouca.

– Não sei por que você acha que já fez algo. Você era pegajosa, e cansei de ficar te aguentando, só isso.

– Isso não é verdade. Eu não era pegajosa. – Estava ficando sem defesa. Eu lembrava muito bem da nossa história, e suas palavras me deixaram com uma enorme vontade de bater nele! Como ele se esqueceu? Quando éramos crianças, a gente passava cada minuto fora da escola juntos. Éramos melhores amigos. Ele me abraçava quando eu chorava por causa da minha mãe e aprendemos a nadar juntos no Lago Geneva. – Você ficava na minha casa tanto quanto eu ficava na sua. Éramos amigos.

– Isso, continua sonhando. – Ele apagou toda a nossa história e amizade, e jogou isso em mim como um tapa na cara.

– Eu te odeio! – gritei para ele com força. Uma dor se instalou dentro de mim.

– Que bom! – gritou ele para mim, me ameaçando. – Até que enfim. Porque faz muito tempo que não aguento mais olhar para você! – Ele bateu a palma da mão na parede perto da minha cabeça, me fazendo pular.

Encolhendo-me, gritei para mim mesma. O que aconteceu com a gente? Ele tinha me assustado, mas continuei firme, acreditando que ele não fosse me machucar, pelo menos não fisicamente. Eu sabia disso, certo?

Meu cérebro me mandava correr, sair de perto dele. Ainda bem que nenhuma lágrima caiu, mas a dor que sentia pelas suas palavras fez minha respiração se tornar quase um vômito seco.

Já amei Zayn, mas agora sabia, sem dúvida alguma, que o “meu Zayn” não existia mais.

Dei um longo suspiro, olhei em seus olhos. Ele parecia procurar pelos meus, provavelmente por lágrimas. Foda-se ele.

Olhando de relance, percebi luzes piscando lá fora e me virei para olhar pela janela. Um sorriso pequeno e insolente apareceu no canto da minha boca.

– Ah, olhe. É a polícia. Por que será que eles estão aqui? – Não tinha como Zayn não ter entendido minha insinuação sobre a presença dos policiais e de quem os chamou. Acho que eles finalmente vieram atender a minha reclamação de barulho. Ao virar a cabeça para olhá-lo, deleitei-me com sua fúria. Pela expressão em sua cara, era como se alguém tivesse acabado de fazer xixi em seu carro.

Ele levantou o queixo e relaxou a sobrancelha.

– Pode ter certeza que até semana que vem você vai chorar. – Seu sussurro vingativo ressoou pelo quarto.

– Deixe a chave – gritei, enquanto ele saía.


Notas Finais


Gente, o Zayn é assim e tal mas eu amo o jeito dele hahaha


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