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História Sempre Fui Sua - Chapter 16


Escrita por: selenandzayn

Notas do Autor


Oi meninas, desculpem o sumiço, hoje foi minha última prova e bom, vamos lá.

Capítulo 16 - Chapter 16


– Por que ainda não te vi nessas duas semanas que estive em casa? – perguntei para Trisha depois de conversarmos sobre a minha viagem e sobre os meus planos para o último ano na escola.

Ela se serviu de mais café.

– Bom, conheci uma pessoa há alguns meses e acabei ficando muito tempo com ele.

Arqueei as sobrancelhas, surpresa, e ela deve ter percebido. Ela balançou a cabeça e me deu um sorriso de arrependimento.

– Acho que isso não é bom – sugeriu ela. – Deixar o Zayn sozinho por muito tempo. Entre meu trabalho, a escola, o trabalho dele e todas as coisas em que ele está envolvido, a gente acaba não se encontrando muito. Acho que ele está mais feliz sozinho e bem…

Suas explicações excessivas e a incapacidade de concluir seu pensamento mostravam o quanto ela estava decepcionada com sua relação com o filho mais do que qualquer outra coisa.

E por que ele estava tão ocupado a ponto de ser desnecessário que ela ficasse em casa?

– O que você quer dizer com “todas as coisas em que ele está envolvido”? – perguntei.

Ela franziu as sobrancelhas.

– Bom, ele trabalha na oficina alguns dias da semana, tem as corridas e também as outras obrigações. Ele quase nunca fica em casa e quando está, só passa dormindo. Mas fico de olho nele. Quando comprei celulares novos para nós dois no Natal passado, instalei um aplicativo de GPS no celular dele, então sempre sei onde ele está.

Certo, não há nada de estranho nisso.

– Quais outras obrigações? – perguntei.

– Ah – disse ela com um sorriso nervoso –, quando você foi viajar no ano passado, as coisas ficaram meio tensas por aqui. Zayn nunca estava em casa. Às vezes ele nem voltava pra cá. Meu… problema com a bebida… acabou piorando por causa do estresse que passei com o comportamento do Zayn. – Ela pausou e encolheu os ombros. – Ou talvez o comportamento dele tenha piorado por causa da minha bebida. Sei lá. Mas acabei indo para uma clínica de reabilitação por quase um mês e me desintoxiquei.

Desde que mudei para esta rua, há oito anos, a mãe de Zayn sempre teve problemas de alcoolismo. Na maior parte do tempo, ela conseguia fazer tudo, ia trabalhar e cuidava de Zayn. Depois que visitou o pai nas férias de verão, há três anos, ele mudou, então sua mãe acabou se afundando cada vez mais na bebida como forma de fuga.

– Ele acabou se metendo em confusões, mas depois tomou jeito. Mas precisávamos tomar algumas medidas, nós dois.

Continuei escutando e, infelizmente, estava gostando de poder espiar a vida do Zayn um pouco. Ela ainda não tinha explicado as “outras obrigações”, mas eu não continuaria bisbilhotando.

– Enfim, há alguns meses comecei a sair com uma pessoa, e tenho ficado na casa dele nos finais de semana, lá em Chicago. O Zayn está com muita coisa na cabeça, e sinto que ele não precisa mais tanto de mim. Fico aqui quase todas as noites durante a semana, mas ele sabe ficar longe de encrenca aos finais de semana.

É, ao invés de levar sua libertinagem para outro lugar, ele preferiu trazer para casa.

Algumas pessoas podem achar que a explicação dela é lógica, já que Zayn é quase um adulto, mas meu julgamento era diferente. Por mais que eu gostasse da Sra. Malik, achava que ela tinha muita culpa pela infelicidade de Zayn enquanto crescia.

Não conhecia a história inteira, mas sabia o bastante para entender que o pai de Zayn não era um bom homem. Ele saiu de casa quando Zayn tinha dois anos, antes mesmo de eu morar no bairro. Trisha cuidou do filho praticamente sozinha, mas seu problema com a bebida tinha começado durante o casamento. Quando Zayn tinha catorze anos, o pai dele ligou perguntando se o filho podia passar o verão com ele. Zayn concordou muito feliz e foi embora por oito semanas. Só que, depois da visita, ele voltou frio e cruel. O problema da sua mãe acabou piorando e ele ficou completamente sozinho.

Lá no fundo, sempre soube que o problema de Zayn comigo estava relacionado àquele verão. A verdade era que eu sentia um pouco de raiva da Trisha. E, apesar de nunca ter conhecido o pai de Zayn, eu também tinha raiva dele. Eu assumiria minha responsabilidade caso tivesse machucado Zayn, mas não tinha ideia do que fizera para merecer seu ódio. Por outro lado, seus pais claramente o tinham abandonado.

Estava morrendo de vontade de perguntar a ela sobre as cicatrizes, mas sabia que não me contaria.

Ao invés disso, perguntei:

– Ele tem visto o pai?

Ela olhou para mim e, de repente, senti como se tivesse invadido um território totalmente secreto.

– Não – foi tudo o que respondeu.



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