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História Sempre Fui Sua - The end


Escrita por: selenandzayn

Capítulo 58 - The end


Um ar gelado batia nas minhas costas, fazendo os pelos do meu braço se arrepiarem. Meus olhos foram compelidos a se abrir pela sensação, e um sorriso incontrolável rastejou dos meus lábios.

– Espero que não esteja dormindo – Zayn falou baixo atrás de mim enquanto eu estava deitada na cama, provavelmente tirando suas botas.

Uma risada silenciosa escapou dos meus lábios ao me virar de costas e vê-lo. Rondando-me, a luz da lua caía por cima de seu lindo rosto e seu cabelo cintilava as gotas de chuva que estavam ali por causa da garoa lá fora. Não conseguia me cansar de sua visão.

– Você veio pela árvore… em uma tempestade – declarei, enquanto ele rastejava até a cama e imediatamente posicionava seu corpo em cima de mim. Ele ainda estava vestindo suas roupas.

Meu pai chegou em casa na semana passada, e tudo correu bem, tirando o fato de ele ter dito a Zayn que não era bem-vindo para quaisquer visitas noturnas. É claro que eu e Zayn já tínhamos presumido que isso aconteceria. Sabia que meu pai amava Zayn, mas não iria tolerar encontrá-lo no meu quarto. Isso era compreensível.

Relaxando os braços em cada lado da minha cabeça, Zayn olhou dentro dos meus olhos.

– É, a gente costumava ficar sentado naquela árvore toda vez que chovia. É como andar de bicicleta. Nunca me esqueci de como era gostoso.

Lágrimas se formaram em meus olhos. Os anos separados nos machucaram, mas eles passaram tão rápido. Estávamos juntos de novo. Nunca nos esquecemos de como era ficar juntos.

– Você gostou do carro? – ele sorriu e começou a mordiscar meus lábios com beijos suaves e provocantes. Ao me dar uma pausinha, consegui apenas assentir.

No último fim de semana, depois que meu pai chegou em casa, todos nós viajamos para Chicago e compramos meu G8. Estava com o reluzente carro prata metálico escuro há apenas alguns dias.

Meu pai decidiu passar o resto do projeto da Alemanha para seu parceiro, para poder ficar em casa comigo. Foi difícil encará-lo depois que o vídeo tinha vazado, mas depois de alguns dias e muitas conversas, conseguimos controlar a situação. Ele me deu um sermão sobre eu ter feito uma escolha tão idiota na festa e estava um pouco desconfortável com o novo papel de Zayn na minha vida. Mas assumiu que provavelmente não ficaria confortável com qualquer pessoa que estivesse saindo com sua única filha.

Zayn e eu estávamos sempre on-line, apagando o vídeo em qualquer site que encontrávamos. Nossos colegas de classe também pareciam estar esquecendo a fofoca. Mas tinha quase certeza de que eles estavam fazendo isso mais pelo respeito que tinham por Zayn do que por decência.

Uma semana antes, achei que não sobreviveria àquele ataque, mas agora já estava me concentrando em outras coisas. Havia uma lista de mudanças a serem feitas no meu novo carro e torcia para que Zayn, meu pai e eu pudéssemos trabalhar juntos nisso durante o inverno. Madoc parecia achar que também estava incluso nessa, e acabei nem fazendo nada para tirar isso da cabeça dele.

Meu pai concordou em me deixar tirar o dinheiro do meu fundo para consertar os danos do carro de Zayn, mas teria que arranjar um emprego para consegui-lo de volta. Ele era bem rigoroso nesse sentido, pois falava que a poupança para a faculdade não era um saco de salgadinho no qual podia colocar minha mão quando quisesse. E não tinha problema. Arranjar emprego era uma boa ideia. Precisava de algo que me ocupasse, agora que meu pai estava limitando meu tempo com Zayn. Não acho que ele estivesse mais preocupado com a nossa intimidade do que estava com em relação à perda de foco na escola.

Zayn começou uma ereção devagar entre minhas pernas quando suas leves mordidas se transformaram em devoção e carinho. O frio que entrou com ele no quarto foi substituído por suor e calor.

Ah. Respirei forte, a pulsação entre minhas pernas se contraía com a fricção que ele estava fazendo.

– Sabe – arquejei –, quero você aqui mais do que tudo, mas meu pai vai acordar. É como se ele ainda estivesse no Exército ou algo assim. Ele dorme com um olho aberto.

Ele parou bruscamente e olhou para mim como se eu estivesse louca.

– Não vou conseguir ficar longe. Não sabendo que seu corpinho lindo estará enrolado nesta cama gostosa e quentinha sem mim.

– Você nunca faltaria com respeito ao meu pai. Até eu sei disso.

– Não, você está certa – admitiu ele, e depois seus olhos se arregalaram. – Quer ir até a minha casa?

Dobrei os lábios entre os dentes para conter uma risada.

Enquanto guiava as minhas pernas para cima e ao redor dele, ele me beijou mais forte antes de sussurrar em meus lábios:

– Eu te amo, Sel. E sempre estarei aqui para você. Dormindo juntos ou não. Apenas preciso te ver.

Segurei sua nuca enquanto ele se levantava para me olhar.

– Eu também te amo.

A parte de cima de seu corpo escorregou para fora de mim até a lateral da cama, enquanto ele procurava por algo no criado-mudo. Passei os dedos pelas suas costas, quase sem perceber as cicatrizes por baixo da camiseta. Ele pulou de volta com uma caixa na mão.

– O que é isso? – perguntei.

– Abra – ele me encorajou, gentilmente.

Sentei-me e ele também, me observando. Deslizando a tampa, tirei uma pulseira com pingentes. Não era daquele tipo desajeitado que tilinta e faz muito barulho, mas sim uma corrente delicada de prata com quatro pingentes. Meus olhos se moveram rapidamente para Zayn, mas ele ficou apenas sentado em silêncio, esperando alguma coisa.

Ao olhar a pulseira mais de perto, vi que a forma dos pingentes era de um celular, uma chave, uma moeda e um coração.

Um celular, uma chave, uma moeda e…

– Minhas relíquias! – falei, finalmente entendendo.

Zayn soltou uma risada.

– Isso mesmo, quando você me disse no caminho para Chicago sobre como sempre precisava de suas relíquias como planos de fuga quando lidava comigo no passado, não queria que você me visse mais daquele jeito.

– Eu não… – comecei.

– Eu sei. – Ele correu para me assegurar. – Mas quero garantir que nunca mais vou perder sua confiança de novo. Quero ser uma das suas relíquias, Sel. Quero que você precise de mim. Então… – Ele gesticulou para a pulseira. – O coração sou eu. Uma de suas relíquias. Levei o Chris comigo hoje para escolher.

– Como está seu irmão? – Passei a pulseira pelos dedos, sem nunca querer perdê-la ou perdê-lo.

Zayn deu de ombros.

– Ele está aguentando lá. Minha mãe está tentando conseguir a custódia junto a um advogado. Ele quer te conhecer.

Sorri.

– Eu adoraria.

Não sabia o que dizer. O presente era lindo e adorava o seu significado. Mas o que amava mais era estar conhecendo o Zayn. Tínhamos perdido tempo com o passar dos anos, mas ele encontrou uma família no seu irmão, e podia ver o amor que sentia por ele.

Uma lágrima escorregou pela minha bochecha, mas esfreguei ela.

– Coloca pra mim? – Dei a ele a pulseira e pisquei para sumir com mais algumas lágrimas.

Zayn abriu o fecho e o prendeu ao redor do meu pulso. Sem soltar minha mão, sentou-se novamente e me colocou por cima de suas pernas.

Ele tirou o cabelo que estava no meu rosto e eu me abaixei para encontrar seus lábios.

Tinha gosto de calor e homem, e eu coloquei meus braços em volta dele, saboreando a realidade de apenas estar ali com ele.

– Zayn. – Meu pai bateu na porta e nós dois levantamos as cabeças. – É hora de ir embora agora. Nos vemos amanhã no jantar.

Meu coração estava batendo tão forte que doía.

Droga!

Zayn resfolegou uma risada e falou para a porta:

– Sim, senhor.

Um calor de vergonha cobriu meu rosto, meus braços, meus dedos dos pés – caramba, todos os lugares – ao ver a sombra do meu pai debaixo da porta desaparecer.

– Acho que preciso ir.

Apertei a camiseta preta dele e encostei meu nariz no seu.

– Eu sei. Obrigada pela pulseira.

– Vou te mimar. – Suas mãos acariciaram meu cabelo.

Sorri.

– Não ouse. Apenas me faça um favor. Deixe a sua janela destrancada. Posso te surpreender uma noite dessas.

Ele segurou a respiração e beijei sua boca com força. Sua língua tocou a minha e ele colocou os dedos no meu quadril, me apertando forte contra si. Já conseguia sentir que estava pronta para ele.

Droga. Preciso ganhar logo a confiança do meu pai de volta. Repeti meu mantra.

– Vá embora. Saia daqui. Por favor – implorei e saí da cama. Ele se levantou, mas me agarrou para dar mais um beijo antes de sair pelas portas francesas.

Observei-o voltar para sua janela seguro, de onde ele me deu mais um último olhar, antes de sorrir e apagar a luz.

Fiquei parada por um instante, observando a chuva cair na árvore. Os trovões retumbavam na noite, lembrando-me de meu monologo e de como eu e Zayn estávamos em sintonia.

Éramos amigos de novo, e mais do que isso.

Eu era dele. E ele era meu.

Nunca havíamos nos distanciado um do outro. Nós dois estávamos cuidando um do outro, mesmo sem perceber.

E agora estávamos completos.

 

 

                                                                        Fim


Notas Finais


Meninas, eu escrevi e reescrevi esses agradecimentos várias vezes, porém, não consigo achar palavras certas. Eu só tenho a agradecer por terem estado ao meu lado em todas as horas, sempre comentando, me encorajando a continuar, me dando carinho e tentando descobrir os mistérios da fanfic. Eu amo vocês de verdade. Não consigo mais imaginar que Sempre Fui Sua chegou na sua reta final, mas fico aliviada por postar uma 2 temporada que é narrada pelo Zayn, a Until You, aqui está o link: https://spiritfanfics.com/historia/until-you-7502800
Espero e conto com vocês nessa temporada, não me deixem por favorzinho. Me apeguei mesmo a vcs.
Esse capítulo me fez chorar e perceber o quanto Sempre Fui Sua me alertou sobre o bullying e sobre como resolver os amores da vida, e que aquele seu amigo pode ser o seu verdadeiro amor. Eu vou ficar com tantas saudades de narrar na versão da Selena, mas ficarei muito grata por narrar a história no Ponto de vista do Zayn.
Minhas leitoras queridas eu só tenho a agradecer e agradecer, leiam e comentem o que acharam, ficarei muito grata por saber. E aqueles que não se manifestaram nos coments e favoritaram, eu amo vocês também, demais. Um grande beijo -selenandzayn.


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