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História Sempre Você... (Camren) - Não Precisa...


Escrita por: Camren_Yes

Notas do Autor


Hey bolinhos!!!

Estou apaixonada, encantada, amando total esse capítulo, sério... ESCUTEM, POR FAVOR, A MÚSICA QUANDO FOR INDICADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Coloquem para repetir, se necessário...

Aproveitem, beijoooooooo...

P.S. link nas notas finais...

Capítulo 39 - Não Precisa...


—Calma Michelle. Pra quê tanta gentileza?

—Vai dizendo log o que você quer.

―Eu tô na cidade e pensei que a gente pudesse, sei lá, se encontrar, tomar alguma coisa.

―Tá brincando, né? Sabe que a Camila me mata se souber que tô falando com você e ainda me chama pra sair?

―Ah qual é, Lauren? Só uma bebida, vai. Nem conversamos direito desde que eu voltei.

—Alexia, Camila não gosta de você, ela sente ciúmes, qual parte disso você não consegue entender?

—Ela não vai saber se você não contar.

Bom, isso é verdade. Talvez...

—Não! Em quê mundo você acha que vou mentir para minha esposa, ainda mais para nos vermos?

—Mas é só como amiga... Será que sua mulherzinha é assim tão insegura que não suporta isso? Um encontro entre duas velhas amigas?

―Primeiro não fale dela nesse tom irônico, sim? E, não temos nenhum vínculo desde que terminamos, porque isso agora? É melhor dizer de uma vez o que você quer.

Ouço-a suspirar do outro lado.

—Quero falar com você sobre sua mãe, Lauren. Calma ̶ continua antes que eu possa interromper—Eu estive com a Clara e ela me contou tudo. Já sei que a imigrante, desculpe, Camila, está grávida e sei também que vocês se desentenderam por isso. Isso a deixou arrasada...

—Se as suas intenções estão relacionadas a defendê-la ou tentar justificar tudo o que minha mãe disse, está perdendo seu tempo e me fazendo perder o meu.

—Pelo contrário, fui bem... Dura com ela, embora minha amiga, não concordo de forma alguma com a atitude da sua mãe. Mas, eu sou capaz de compreender algumas coisas e é isso o que gostaria de falar com você. Prometo que será pouco tempo, sua esposa nem vai desconfiar.

—Não sei não Alexia. Isso de esconder as coisas da Camz, ainda mais agora, não me parece legal.

—Você quer que a mãe do seu filho sinta culpa por toda essa situação? Porque, você sabe como funciona aquela cabeça latina muito melhor do que eu.

Peso suas palavras e, mesmo receosa, decido aceitar.

—Contanto que seja coisa rápida, Alexia.

—É assim que se fala, Michelle!

—Pare de me chamar assim!

Ignorando-me completamente ela ri e então combinamos onde e quando nos encontraríamos o que seria ainda neste fim de tarde.

Eu não queria omitir nada, porém, Camila me mataria se imaginasse que veria, ainda que brevemente, minha ex-namorada.

***

—O que eu posso fazer?  Ally, ela quer falar sobre a minha mãe.

—Pensei que tivesse rompido com dona Clara.

A baixinha encarava-me com os braços cruzados na altura do peito enquanto batia com o pé direito no chão de modo impaciente.

—Eu só quero ouvir o que Alexia tem a dizer, só isso. Minha mãe e ela sempre foram bem próximas, quem sabe ela não consegue fazer essa ponte entre nós duas?

—Sua mãe é aquela que sugeriu, quase impôs o aborto do seu filho, tá lembrada?

Sinto um gosto amargo em minha língua.

—Só vamos conversar Alysson. Eu preciso entender a razão disso tudo.

—Tudo bem, se você quer se fazer de ingênua o problema é seu, mas, saiba que se a Mila me perguntar qualquer coisa, eu não vou mentir.

Digo mais algumas coisas e em seguida caminho quase correndo para o carro, afinal não terei muito tempo e preciso torcer para que minha amada e ciumenta esposa não invente de confirmar que estou na companhia de nossa amiga, uma vez que essa já deixou claro sua posição.

Eu poderia ter pedido ajuda a qualquer uma das outras, entretanto, corria o sério risco de ser espancada por cada uma e todas elas, tenho certeza, sendo assim, Ally foi a que me restou. Ela pode não estar gostando disso, mas, ao menos é pacífica demais para tentar me agredir, além disso, caso mude de ideia, dela eu consigo me defender.

O trânsito não é dos melhores, mas ainda assim consigo chegar na hora combinada e encontro um copo já posto de frente à cadeira vazia onde me sento sem ter o trabalho de dizer mais que um “oi” para a garota à minha frente.

—Vai falando...

—Hey, eu tô ótima e você?

—Alexias, por favor, ambas sabemos que só vim até aqui porque Clara continua sendo, infelizmente, minha mãe, então, abre o jogo que eu tô sem paciência pra enrolação.

—Já vi que você continua a mesma apressadinha de antes...

Ignoro o duplo sentido de sua frase e viro o liquido todo de uma só vez, sentindo minha garganta queimar.

—Você esqueceu-se de mandar diluir.

—Quando namorávamos você tomava puro mesmo, Laur...

E puxando um pouquinho pela memória percebo que a mestiça tem toda a razão. Mudei a maior parte dos meus hábitos ao conhecer Camila.

—Tanto faz...

Ficamos em silêncio por algum tempo apenas nos encarando. Eu a olhava com nada mais que curiosidade. Anos se passaram, e isso só fez bem a essa mulher, mas, ainda assim, mesmo linda, não sinto nada mais que indiferença por ela, o que me faz refletir sobre o motivo de tanto barulho ao redor de seu nome.

Seu que Alexia evoca lembranças de um tempo particularmente turbulento em minha esposa, o que pode justificar toda essa, não sei, negatividade para com ela, mas, ciúmes? Não, não quando já provei meu amor incondicional para minha aquela latina de olhos amendoados.

—Gosta do que vê?

Reviro os olhos em claro sinal de negação ouvindo sua risada divertida. Não há como negar que ela é uma mulher de atitude.

—Não tenho a noite toda, sabe?

—Ok ok... Não vai comer nada?

—Alexia...

—Tá... Que coisa chata Lauren, eu hein...

—Chato é você ficar enrolando quando sabe bem o que me trouxe aqui!

—Aff tá certo... Sua mãe contou tudo sobre a discussão que tiveram. E, eu acho que vocês devem conversar.

—Só pode estar brincando. Ela disse coisas horríveis e você ainda acha que vou querer qualquer contato?

—Ela errou, isso é inegável, mas tente entende-la, Lauren. Clara nunca aprovou seu relacionamento com Camila e agora vocês jogam a bomba de que a menina está grávida? É difícil para qualquer um!

—Eu nunca precisei da benção de ninguém para ficar com quem quer que fosse, muito menos quando se trata da mulher da minha vida ̶ posso estar enganada, mas seria capaz de apostar que a vi vacilar ao escutar minhas palavras—E ela se acha no direito de estar “surpresa”? Você não ouviu o que foi dito, você não estava lá pra ver o ódio nos olhos dela!

—Vamos devagar aí, nervosinha! Não tô aqui pra defender nem acusar ninguém! O que Clara fez foi terrível sim, eu tenho um filho, esqueceu? Sei como é revoltante quando atacam um ser tão indefeso, mas ela é sua mãe, Lauren!

—Foi ela quem escolheu isso! Alexia, você não esteve aqui nos últimos tempos, ok? Você não viu como fui omissa em todas as vezes que Clara atacou minha mulher e eu, covarde demais, tentei por panos quentes, mas agora já deu. Nunca mais vou permitir que ninguém tente machucar minha família. Nunca mais.

—Te entendo perfeitamente, linda. Se qualquer pessoa tentasse fazer mal ao meu Liam, eu nem sei o que poderia fazer. Porém, ela está sofrendo, posso afirmar isso. O problema é que vocês duas são exatamente iguais, orgulhosas ao extremo para buscarem um jeito de concertarem as coisas.

—Concertar? ̶ termino minha bebida sem nem sentir— Você não pode concertar você não pode colar pedacinhos de vidro estilhaçado, Alexia, e, é isso o que minha relação com minha mãe se tornou, um monte de caquinhos e só.

Por mais que me doa admitir isso e mais ainda expor cada um desses sentimentos, é a verdade.

—Sem chance de reconciliação? Eu custo a acreditar.

—Um dia, talvez, se ela pedir perdão à Camila e, principalmente, ao nosso bebê, quem sabe podemos tentar construir alguma coisa baseada no respeito. Mas, isso é o máximo que poso oferecer. Sem esse arrependimento sincero, jamais permitirei qualquer tentativa de aproximação.

—É sua última palavra?

—É minha única palavra. Agora, se a menina de recados me der licença, eu preciso ir.

Sinto sua mão prender meu pulso quando deixava a mesa.

—Menina de recados? Quem você pensa que eu sou?

—Ahh não insulte minha inteligência, por favor! Você acha mesmo que sou tão burra a ponto de acreditar que Clara Jauregui, manipuladora do que jeito que eu descobri que ela é, não sabe dessa conversa?

—Não! ̶ diz ofendida—Sua mãe nem pode sonhar com isso!

—Você pode até mentir bem, Lexie, mas já foi minha namorada e, se tem algo de que me lembro muito bem, é que somente uma pessoa pode te fazer responder ao celular durante uma conversa à mesa e, não venha me dizer que essa é seu filho de dois anos. Agora, se já se cansou de tentar me fazer de idiota, solte meu braço e diga à senhora Jauregui que a filhinha dela cresceu e deixou de ser uma bonequinha há muito tempo.

Deixando para trás uma oriental de olhos arregalados (e olha que isso é difícil) sigo para meu carro ouvindo as batidas de meu coração estrondar em meus ouvidos enquanto meu cérebro volta a protestar em meu crânio dolorido. Só posso ter batido a cabeça durante o sono para estar assim, e nem seria a primeira vez.

(Play)

Chego a minha casa onde encontro o outro carro já estacionado e logo sou recebida por um cheiro delicioso de comida recém-preparada. Mais que isso. Sou recebida pelo cheiro de casa, de lar...

—Oi amor! Eu pensei que fosse demorar mais...

Uma Camila de pé com as mãos ocupadas com panelas, cabelo preso no alto de sua cabeça e um sorriso doce faz meu coração imediatamente acalmar seu ritmo para então recomeçar ainda mais depressa, mas de um jeito... Bom... Gostoso... Conhecido....

Vou até ela desocupando suas mãos passando-as por meu pescoço.

—Eu disse que era rapidinho, não disse?

Aproximo-me deixando um selinho longo em seus lábios e em seguida me abaixo para beijar sua barriga.

—Oi pra você também, bolinho...

—Esse bolinho aqui não me deixou comer nada o dia todo...

—Enjoada, amor?

—Humhum... Mas, em compensação, agora tô morta de fome.

—Menos mal então...

—Você bebeu lá na Universidade?

—Hã?

—Eu senti, sua boba, nem tente me enganar.

—Foi bem pouquinho Camz, eu juro...

—Isso não vai te fazer bem, ainda mais porque você anda aí toda tensa e com dor de cabeça.

—Aí está! Isso se deve a tensão, não à bebida, que, aliás, praticamente nem tomo...

—Sei... Tô de olho...

—Pois pode ficar minha jovem senhora... Sentiu saudade de mim? Hum?

Circulo sua cintura trazendo seu corpo para junto do meu deixando meu queixo descansar em seu ombro.

—O tempo todo...

—Eu também...  Demais...

Ela deve ter sentido, mais que escutado, o tom cansado em minha voz.

—Você tá bem, Lolo?

—Tudo certo sim... Eu tenho uma esposa maravilhosa ̶ beijo seu pescoço fazendo-a rir baixinho—Que vai me dar um bebê lindo, amigas de verdade, trabalho em algo que amo... O que me falta, hein?

—Eu acho que já é um começo, né?

—Um belo começo, eu diria... Bastante promissor...

Fecho meus olhos sentindo seu corpo quente tão perto do meu e, sem minha permissão, lágrimas quentes fazem meus olhos arder. 

Eu posso lidar com qualquer coisa, posso enfrentar qualquer coisa, desde que essa menina esteja ao meu lado. Ela que diz a todos que foi salva por mim, mas que é o verdadeiro anjo entre nós.

Ela me salvou de viver uma mentira, me salvou de cair no comodismo de uma vida apagada, sem cor... Salvou-me de mim mesma.

—Amor... O que você tem? Lo, você tá chorando...

Seus dedos afastam as lágrimas salgadas e teimosas que insistem em cair.

—É de felicidade...

—Não tô entendendo, amor...

—Não precisa...

Colo meus lábios em sua testa por longos segundos enquanto meu peito se aperta de modo doloroso, mas não ruim... Não sei explicar... Camila faz-me sentir a mulher mais forte e mais fraca ao mesmo tempo. Só ela pode me despertar tantas sensações contraditórias e boas... Com eu disse, algo impossível de ser explicado...

Eu não vou te esquecer, meu amor... 


Notas Finais


E então?? Tão apaixonados quanto eu???

https://www.youtube.com/watch?v=Amaz2KbCzFY


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