História Senhor Styles - Fanfic 1 - Capítulo 41

Capítulo 41

Noora Malik

Os olhos azuis de Alec acompanham os passos lentos de Dim até a saída, aonde o mais velho abre e fecha a porta, fazendo o barulho ecoar pelo cômodo sujo e fedido a mofo, nos deixando a sós.

Engulo em seco, ouvindo os passos de Alec em minha direção, e abaixo a cabeça, não querendo olhar para ele. A única coisa que quero e sair daqui e voltar para minha casa, em Brighton.

— Você está mais linda do que a última vez que nos vimos – Sua voz sai baixa, fria e cautelosa. Percebo um movimento suave vindo dele, e o olho, vendo-o tirar sua jaqueta e jogar em cima do balcão, o único móvel naquele cômodo.

— Acho difícil você se lembrar de algo, já que estava fora de si.

Minha resposta sai contra minha vontade, e Alec ri.

— Nunca estive tão lúcido, quanto naquela noite – Ele caminha mais, se aproximando, deixando sua cintura na altura do meu rosto.

Minha respiração acelera, como se em alguns minutos eu fosse ver a minha morte. Fecho os olhos, abaixando a cabeça. Eu me recuso a olhar pra ele, me recuso a sentir esse medo, essa dor. Como minha vida foi chegar a um ponto tão deplorável, como agora?! Como pessoas que eu amo, e dizem me amar, conseguiram me destruir com mentiras e segredos?

— Olha pra mim, Noora... – A voz baixa de Alec me causa ânsia, medo e agonia. Não me mexo e fecho os olhos – Olha pra mim.

Ele pede, com a voz mais dura. Nego com a cabeça, sentindo as lágrimas se formarem em meu olhos, ainda fechados. Ele pressiona a cintura em direção ao meu rosto, e eu balanço em forma negativa, sentindo meu desespero sobressaltar a mais que qualquer outro sentimento.

Em um movimento rápido, minha cabeça é puxado para cima, pela mão de Alec em meus cabelos.

— Eu mandei você olhar pra mim.

Seu tom ameaçador me faz abrir os olhos, liberando as lágrimas pressas. Engulo em seco, vendo seu sorriso se alargar e o frio em minha barriga surgir. Um frio na barriga diferente do qual estou acostumada com Harry. Esse é tenso, doloroso e agonizante.

Alec aperta meus cabelos, deixando meu rosto próximo de seu quadril e então com a outra mão, vai se livrando do cinto aos poucos. O barulho da fivela se abrindo, me faz soluçar.

— Alec, não... por favor, não – Sussurro entre os soluços. Ele ignora, retirando o cinto e jogando pro lado. Fecho os olhos mais uma vez, sentindo o nojo tomar conta de mim. Alec então solta meus cabelos e sem delongas, enfia dois dedos em minha boca, até a garganta. Começo a tossir, sentindo os olhos lagrimejarem mais uma vez.

Ele ignora.

— Você me dá tanto tesão, Noora... – Ele enfia mais os dedos. Minha vontade é sair, gritar, enfiar uma faca em seu coração e matá-lo.

Eu não mereço isso. Eu não mereço nada disso.

Choro mais, tentando me livrar das correntes que me prendem a essa chão sujo, a esse lugar.

— Chupa meus dedos, safada gostosa. – Ele segura meus cabelos com a outra mão, me fazendo chupar os dedos. Recuso, tentando tirar sua mão da minha boca, mas ele me segura com força, me obriga a chupar, enquanto choro e soluço. Enquanto me debato tento gritar – Chega, quero sentir sua boca.

Ele me solta, com impaciência e desabotoa a calça.

— Não! Você não vai fazer isso! – Grito tentando me levantar, tentando sair desse lugar, mas é em vão.

— Isso, grita... eu quero ouvir seus gritos mais alto quando eu enterrar meu pau na sua bunda, sua vagabunda.

— Você é complemente louco – Grito com desdém – Meu irmão vai me achar, vai me tirar daqui e eu vou te colocar na cadeira!

Ele ri alto.

— Seus familiares acharão que você sumiu com o uber que te levou em casa. Eles não terão nenhuma pista, me certifiquei disso – Ele desce o zíper da calça, revelando um pouco da boxer cor vinho por debaixo – Se você tivesse me dado naquele beco, quando nos conhecemos, tudo seria mais fácil – Ele abaixa um pouco a calça, revelando o seu volume, congelo, sentindo mais lágrimas saindo de mim – Eu não teria fingindo ser um cara legal e paciente com aquela história de te levar pra Noruega – Ele ri – Lá é gelado pra caralho, não iria conseguir fazer as coisas que quero fazer com você.

— Então tudo isso é por sexo? – Pergunto com a voz chorosa – Qual é o problema de vocês, homens, que não conseguem manter o respeito por uma mulher pelo simples fato dela não querer se deitar com um cara nojento, manipulador e asqueroso, como você!

A mão pesada de Alec vai contra meu rosto, viro o rosto com tudo, com o impacto de seu tapa e rosno com mais raiva. Eu não mereço estar aqui, e muito menos passar por tudo isso.

Ele se recompõe e passa as mãos no cabelo, se agachando para ficar na minha altura.

— Eu não sou tudo sim, Noora... – Ele diz debochado – Mas ele, o Styles é. Você acabou de descrevê-lo. E, você o escolheu no meu lugar. Acredite, Harry fez coisas bem piores que eu – Ele cruza as mãos – Enquanto ele te fodia, ele estava noivo de Kendall, que trepava com ele também. Digamos que você foi mais uma vagabunda na cama do seu chefe, achando que tudo seria diferente... – Alec joga as palavras com frieza em minha cara, sem dó, ou delicadeza, ele apenas diz a verdade, me humilhando completamente – Mas na verdade, você era só a putinha dele, minha querida – Ele se levanta – E agora será a minha putinha.

Sem mais delongas ele abaixa a cueca, relevando seu membro ereto. Me agito, tentando me soltar, conforme vou gritando e chorando. Eu não mereço isso. Eu não mereço...

— Me solta, Alec! Me Solta! – Grito vendo-o se aproximar mais ainda de mim, segurando seu pau em direção a minha boca.

Balanço a cabeça, negando se quer olhar para seu corpo. O nojo estava cada vez mais em mim, tomando conta de cada célula do meu corpo, junto com a culpa, a culpa de não ter escutado Zayn.

Alec segura meu queixo com força, sem pudor, segurando meu rosto com força, enquanto com a outra mão guia seu pau para minha boca. Fecho os lábios, imediatamente, o mesmo faço com os olhos enquanto choro. Ele aproxima mais o pau, esfregando sua cabecinha em meus lábios, forçando entrar. Não permito.

— Abre essa boca, Noora. Abre a porra dessa boca gostosa – O líquido de excitação, sai do pênis de Alec, que espalha por meus lábios. Choro mais, sentindo vontade de vomitar, sentindo o puro nojo de mim mesma.

— Alec... – A voz de Dim atrás da porta, faz meu coração acelerar. Alec não para, continua forçando seu membro em minha boca.

— Agora não, Dim.

— Preciso falar com você, agora. – A voz desesperada de Dim faz Alec me soltar e se vestir rapidamente.

Solto um suspiro de alívio, limpando a boca rapidamente com as costas da mãos que ainda estavam pressas.

— Não se preocupe, Noora... – Alec diz com um sorriso enquanto pega sua jaqueta – Eu voltarei mais tarde.

Ele sorri ainda mais, saindo do cômodo. No momento em que a porta de fecha, direciono o rosto para o lado, deixando tudo o que comi ontem a noite, na inauguração sair. Vomito tudo, mas a única coisa que não sai, é o nojo, o medo e a agonia crua de sentir o arrependimento de todos os meus atos.

Harry Styles

Shawn me entrega uma pasta com todas as informações sobre o tal sujeito que Noora foi pra casa.

Ainda estou em seu apartamento, com a sensação de não ser bem vindo, mas estou. Assim que pedi a Shawn que falasse com o meu detetive para recolher todas as informações, por reconhecimento facial e de explicar a Shawn a situação delicada e agonizante a qual me encontro, meu amigo fez questão de vim para cá e me dar o seu apoio.

— Obrigado... – Agradeço em um tom cansado. Shawn assenti, entrando no apartamento.

— Como você está?

— Péssimo.

— Eu imagino – ele suspira – Vamos encontrar ela, cara... só tenha paciência.

Ele diz, adentrando mais a casa. Shawn cumprimenta a todos e seguimos em direção a mesa, aonde eu jogo a pasta. Os detetives de Zayn já estão aqui, e os meus chegarão em breve. Liam ainda continua tentando convencer a mãe a liberar uma equipe de busca, mas segundo ela, como juíza da cidade, ela não pode usar o serviço para fins pessoais. Então teremos que esperar as vinte e quatro horas.

São doze horas no seu apartamento. Eu estou a doze horas andando de um lado para o outro. Ouvindo Zayn resmungar, Karen chorar e Liam consolar Sabrina. Eu estou me esforçando pra não dar ouvidos as coisas que Zayn fala, tentando ao máximo não socar a cara desse filho da puta infantil, mas parece que ele mesmo não quer digerir nada do que houve entre eu e Noora.

Todos prestam atenção na pasta caindo em cima da mesa, e então o detetive de Zayn caminha em direção e o abre, pegando um relatório. Ele analisa e suspira de um jeito negativo, deixando todos apreensivos.

— O nome dele é Isaac, sem nenhum sobrenome. 21 anos e é uber – O detetive diz, nos deixando ansiosos por mais informações.

— Cadê o resto? – Eu pergunto junto a Zayn.

— Não tem, essa é a ficha do Isaac.

— Como assim?! – Sabrina se irrita, pegando as folhas da mão do detetive.

A loira tira uma foto do relatório e conecta seu celular ao notebook. Antes que possa a observar mais, Sabrina diz:

— No dia que ela foi pra sua casa, ela foi com um uber que virou amigo dela, algo assim... – Ela diz pensativa e vejo Zayn ficar mais tenso.

— Eu adoraria saber quantas vezes vocês se encontraram.

— Zayn, filho, esse não é o momento -A voz de Karen freia a raiva descontrolada de Zayn. Engulo em seco.

— Se eu fizer isso... – Sabrina diz concentrada apertando os botões do notebook – E depois isso... – Ela corre os olhos pela tela, nos dando esperança de encontrar algo.

— As filmagens do prédio, onde estão? – O detetive pede, e Zayn a entrega.

— Já olhamos... – Zayn suspira – Tudo estava normal. Noora saiu do carro, pegou o celular e quando começou a caminhar, as filmagens são encerradas. O porteiro disse que houve uma queda de energia no horário.

— Uma queda de energia? – O detetive diz com um ar suspeito – Irei precisar das filmagens e da ficha desse tal Isaac. Se há um caminho para acharmos sua irmã, está aqui... – Ele levanta as únicas pistas que temos – Daqui a algumas horas, podemos chamar uma equipe policial da cidade. Eles conhecem melhor o quarteirão e irão nós ajudar... só peço que deixem conosco a partir de agora.

— Está dizendo para ficarmos aqui sem fazer nada? – Zayn diz com desdém.

— Exatamente isso. Não quero que vocês façam algo que piore a situação – O detetive diz olhando para mim, e para Zayn – Vamos descobrir quem fez isso com Noora, e então vamos...

O barulho do meu celular tocando desvia nossa atenção. O detetive se aproxima mim. Tiro o celular do bolso, sentindo meu coração palpitar.

— Noora..  – Eu digo diante do silêncio a minha frente, lendo o nome na tela. Meu coração começa a saltar e eu congelo, sentindo um nervosismo que não me possui. 

— Atende – O detetive diz, enquanto Sabrina me entrega um cabo, conectado ao seu notebook.

— Noora? – Eu digo, com a voz rouca, baixa e trêmula. Eu preciso ouvir sua voz e saber que ela está bem. Preciso ouvir...

— Styles? – Um sussurro sai, e não é da minha doce Noora... sinto um nó na garganta ouvindo a voz desconhecida, e então Sabrina conecta ao note, fazendo o som sair pelas caixas de som.

— Quem é você? – Pergunto tenso.

— Eu sei onde ela está... – A voz falha, mas conseguimos ouvir com clareza.

— Alô? Porra... Aonde Noora está? – Pergunta agitado.

— Alô? A ligação está ruim... merda – O sussurro agonizante faz Karen se desesperar.

— Quem é você, porra! – Zayn tira o celular de minhas mãos, desesperado.

— Ela está... a Noora está... – A ligação fica em silêncio – A Noora está....

O barulho de uma arma sendo disparada ecoa perfeitamente em nossos ouvidos.