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História Sense - Amor


Escrita por: Bieberserelepe

Notas do Autor


Amei a quantidade de comentários, obrigada amores
sei que ficou todo mundo em chock, mas vamos vendo...
se preparem
~kaau

Capítulo 22 - Amor


Fanfic / Fanfiction Sense - Amor

-O que?- perguntei rindo de nervoso. -Não tem como.- falei sentindo o meu corpo gelar com essa possibilidade. A mulher arqueou uma das sobrancelhas ainda com os olhos presos nos papéis em suas mãos.

-Não só tem como, como você está, de oito semanas inclusive. Podemos fazer outro...

-Não. Não.- disparei desesperada e ela me encarou um tanto preocupada. Engoli a seco. -Você não contou isso pra ele, não foi?- perguntei hesitante.

-Eu...- a médica percebeu o meu descontrole, porém tentava me responder calmamente. -Eu não contei, mas ele não é seu amigo?

-Ótimo.- ignorei a sua pergunta, e em seguida tirei o acesso, vendo uma gosta de sangue sair do local, mas eu não me importei e me levantei da cama, sem ligar para os olhos arregalados da doutora a minha frente.

-Você não pode sair assim, está fraca e precisa terminar o soro pelo menos.- ela tentava me impedir de pegar as minhas roupas na gaveta mas eu apenas desviei dela com rapidez, pegando as minhas vestimentas. -Senhora, é muito perigoso para o bebê...- ela passou a falar um tanto assustada.

-Você não pode me prender aqui.- a interrompi suspirando sem paciência.

-Sim, mas eu queria que me prometesse ficar alguns dias em repouso pelo menos.- ela disse e eu a encarei com graça, a vendo franzir o cenho. Ri fraco com a sua ideia impossível. -Foi uma gravidez indesejada?- ela indagou enquanto eu trocava de roupa.

-Com toda essa agonia... Eu não entendo... A boate me oferece injeção... O anticoncepcional... E essa agonia toda me fez esquecer disso... Eu...- passei a falar sem parar e mal conseguia finalizar uma frase, meus pensamentos estavam mais acelerados que a minha fala e isso me fazia sentir que iria surtar. Eu tremia e minha boca estava extremamente seca.

-Calma, vamos conversar.- ela pediu ao me ver terminar de vestir a roupa.

-Não conte isso para ninguém, ou eu mesma te mato.- falei rapidamente e sai da sala desolada, eu estava prestes a explodir, meu coração estava acelerado, meu corpo tremia e minha cabeça latejava por conta da notícia que acabara de receber.

O que eu vou fazer agora?

-VOCÊ NAO PODE FAZER ISSO COMIGO!- já aos prantos, gritei ao ver Justin na recepção mexendo no celular, e ele apenas me olhou assustado com a minha chegada repentina.

Eu não queria ver a sua cara, talvez estivesse despejando tudo nele, não que ele não mereça, mas eu estava em pânico e mal conseguia formular um raciocínio.

-Fale baixo.- pediu levantando enquanto colocava seu celular no bolso, afinal algumas pessoas nos olhavam.

- Eu não vou falar baixo seu mal caráter de merda!- falei ainda alto, porém já não gritava mais. Ele passou a me puxar em direção a saída do hospital. -Você ia me fazer matar um homem por nada, Bieber, isso...

-Isso o que?- perguntou ao parar bruscamente e me olhou firme quando já estávamos sozinhos no estacionamento. Engoli a seco. -Você parecia bem determinada a fazer tudo por mim ontem.

-Você não pode brigar comigo por tentar salvar sua vida.- eu falei indignada e com o cenho franzido, eu não sabia mais uma maneira de me defender por tentar salvá-lo. Isso era loucura!

-EU NÃO PRECISO QUE VOCÊ SALVE A MINHA VIDA, PORRA.- gritou se aproximando bruscamente e tocando meu rosto com o seu indicador que estava apontado ao nível dos meus olhos.

-Você vai me bater de novo?- perguntei sem esboçar nenhuma reação, nem ao menos desviar do seu toque, e ele respirou fundo antes de piscar os olhos algumas vezes, e como se tivesse caído na real, se distanciou rapidamente com uma feição culpada.

-Me desculpe, Kayla.
Eu ainda o olhava com desgosto e não conseguia parar de chorar, não só por isso obviamente.

-Me desculpe.- repetiu, mas eu apenas desviei o olhar dele e me virei passando a me mover rapidamente para a saída do estacionamento, mas sabia que ele vinha atrás pelo som dos seus passos. -Eu vou deixar você ir.

Meus pés se apressaram e meus lábios passaram a se tremer com o choro que só se intensificava.

-Para de chorar. Me ensina a como te tratar Kayla, por favor.- pediu com a voz calma. Diminui a velocidade dos meus passos sentindo meu corpo enfraquecer com o seu pedido. -Eu te imploro, me ensina a ser a melhor pessoa para você.- sua voz estava carregada de mágoa.

Me virei bruscamente e o encarei séria.

-Eu não vou te ensinar nada, Bieber.- falei com raiva e entre lágrimas. -Para de se comportar como uma criança mimada, você já deveria saber como tratar uma mulher.- disse frustrada antes de suspirar. E já ia voltar o meu caminho para a saída mas desisti ao ouvir sua voz:

-Eu sei tratar uma mulher quando meu objetivo é claro.- falou manso se referindo ao sexo. -Mas com você é diferente... Eu nunca aprendi a expressar o que eu sinto por você.

-O que você sente por mim?- indaguei incrédula, sabendo que ele estava apenas tentando me fazer ficar. -Você não sente na...

-Eu sinto.- ele me interrompeu. -Eu sinto que não consigo ficar sem vê-la sorrir, não consigo pensar em não ouvir a merda da sua voz... Me assusta só de imaginar que posso te distanciar com as minhas atitudes, ou pensar que ficar com você talvez seja um perigo para ti, Kayla. Eu não sei se isso é amor, mas eu nunca senti essa porra de dependência por ninguém em toda a minha vida. Você entende?- suas palavras me pareciam sinceras, e o fato de ele estar perplexo e espantado com a sua própria fala me fazia acreditar cada vez mais. Ele estava nervoso e esperava a minha resposta um tanto ofegante, era claro o medo e desespero na sua feição.

Eu abri a boca algumas vezes e não sabia o que o responder, pela primeira vez naquela missão Alyssa estava devastada. Sendo bem sincera, há muito tempo eu não era mais só a Kayla, há muito tempo isso deixou de ser só uma missão e hoje foi, literalmente, o ápice disso. A declaração de Justin e a minha gravidez havia levado toda essa história por um caminho que eu nunca imaginei e olhe que eu pressupus muitas hipóteses para essa missão, mas nenhuma delas contava com me apaixonar e engravidar do homem que eu deveria odiar com todas as minhas forças.

Diferente dele, eu não podia desabafar o que sentia, então apenas me aproximei e o abracei, sentindo seus braços fortes me envolverem de volta e pela primeira vez naquele dia, eu senti um pouco de paz e proteção, ainda que soubesse que aquela sensação seria efêmera.

O caminho até a casa foi silencioso, afinal eu ainda estava totalmente desamparada com a notícia da gravidez. Aquilo estava acabando comigo e uma vontade terrível de falar tudo me invadiu e eu estava completamente perdida por isso.

-Kayla?- ouvi a voz do Justin e me surpreendi ao me tocar do quanto estava distante já que ele estava com a porta aberta me esperando sair, já na garagem do carro. -Eu sei que você levou um susto...- falou risonho.

-Susto? Que susto?- perguntei saindo do carro. Ele não sabia da gravidez, ele não podia saber.

-O... O que eu te falei.- respondeu um tanto sem graça, fechando a porta do carro e andando comigo em direção ao elevador que nos levaria a sala da sua casa. Ri fraco enquanto o encarava balançando a cabeça negativamente. Não é bem esse susto que está tirando o meu sossego.

Enquanto estávamos no cubículo metálico, eu percebi que Justin me olhava um tanto desconfiado.

-O que aconteceu?

-O que?- indaguei sem olhar nos seus olhos.

-Kayla.- me chamou e eu continuei sem encará-lo. -Kayla?

-O que?

-Olha pra mim.- pediu e eu o fiz, vendo um olhar aflito.

-Aconteceu mais alguma coisa? O que aquela médica te disse?

-Estresse.- respondi de imediato.

-Então você ficou triste porque eu disse que eu te amo?- perguntou com o cenho franzido e expressava um certo medo. Eu o encarei assustada.

-Você não tinha falado isso.- pensei alto perplexa e ele engoliu a seco dedicando sua atenção para a porta que acabara de abrir. Eu ainda estava boquiaberta e saia do elevador um tanto desacreditada do que havia acabado de ouvir. Justin Bieber acabou de dizer que me ama. Puta merda.

A sala estava um tanto silenciosa, e eu ainda estava em êxtase pelo o que acabara de escutar, porém tentei me manter plena ao colocar a minha atenção em Candy que estava deitada no sofá com a perna enfaixada enquanto todos ao seu redor mexiam no celular.

-O que houve?- perguntei me referindo a sua perna.

-Ela tomou dois tiros na perna.- Kate explicou e eu franzi o cenho. -Você desmaiou antes do desfecho da história.- ela deu de ombros rindo e veio até mim, em seguida me abraçou e me encarou parecendo que estava lendo a minha mente, desviei o olhar um tanto amedrontada com isso, afinal eu não a queria deduzindo nada, e Ryan chamou a minha atenção:

-Como você tá?

-Eu estou ótima.- falei e obviamente, menti. Mas eu não deixaria ninguém notar que eu estava morta por dentro, principalmente Kate.

Justin seguiu até o pequeno bar e se serviu de whisky, virando sem hesitar e enchendo o copo novamente logo depois.

-Precisamos comemorar.– ele disse se aproximando do sofá em que Candy estava.

-Comemorar, hum?- a mulher respondeu debochada apontando para sua perna.

-Pelo menos você está viva.- ele deu de ombros rindo amarelo.

-E a sua namoradinha também.- ela respondeu da mesma maneira me fazendo revirar os olhos.

-Eu preciso de um banho.– disse indo em direção a escada, eu não queria fingir que estava tudo bem neste momento.

-Se arrume, pois, teremos uma festa.- Justin falou um tanto entusiasmado e o seu sorriso me contagiou, me fazendo sorrir de volta antes de subir as escadas. Mas por dentro eu sabia muito bem que estava dilacerada.

Entrei no meu quarto e após trancá-lo, fui para o banheiro e tirei a roupa antes de entrar na área do chuveiro. Enquanto a água descia sobre meu corpo eu apenas sentia uma vontade absurda de gritar.

Eu não estava acreditando que aquilo estava acontecendo comigo. Eu simplesmente não podia acreditar que eu estava grávida. Grávida do Justin. Grávida do homem que eu estava prestes a prender.

Quando eu comecei a perder o controle de tudo?

Quando que eu me apaixonei pelo homem que eu deveria odiar?

Como foi que eu perdi tanto o controle dos meus sentimentos, capaz de ter raiva do meu próprio pai?

O que está acontecendo com a Alyssa?

Sem ao menos perceber eu estava chorando desesperadamente e arranhava fortemente a minha barriga, o que fazia com que a mesma ficasse marcada e até com alguns pontos de sangue. Sentei no chão e tentei respirar fundo algumas vezes, com o intuito de manter a calma mas isso não era possível já que eu me tremia e soluçava de tanto chorar, choro este que estava ficando cada vez mais alto, o que me fazia ter medo de que o som pudesse ser escutado por alguém da casa.

-Por que isso aconteceu comigo?- me perguntei sentindo que eu não pararia de chorar tão cedo.

Depois de alguns minutos sem parar de chorar e me sentindo fracassada eu resolvi esquecer a notícia que eu recebi hoje, eu simplesmente deixaria para resolver isso depois, assim como o problema com meu pai, o foco agora era colocar o Bieber atrás das grades quando me fosse solicitado, isto é, quando a equipe do FBI conseguisse montar um conjunto de provas para incriminar o Bieber através do drive que eu havia entregado.

Levantei do chão e após alguns segundos me recuperando, sai do banho e me sequei. Me olhei no espelho e percebi o quanto meu rosto estava inchado, e por isso, passei maquiagem o suficiente para esconder a prova de que eu estava chorando, além disso, sequei o cabelo e não demorei para escolher uma roupa, que foi um vestido vermelho colado curto e com um pequeno decote, o mesmo delimitava o meu corpo e combinava perfeitamente com salto preto cintilante. Me olhei no espelho novamente, vendo que eu precisava sincronizar o lado de fora do meu corpo, que estava perfeitamente preparado para continuar a missão, com o lado de dentro. E após respirar fundo algumas vezes, me senti preparada para a Kayla, saindo do quarto e já escutando o som de muitas pessoas falando ao mesmo tempo competindo com a música que tocava. Bieber é rápido. Desci as escadas e sem demora localizei a Kate, e logo, me aproximei dela que conversava com um homem que eu nunca havia visto na minha vida.

-Licença.- ela falou para o cara antes de vir até mim. -Garota! Estou sabendo.- ela disse eufórica e eu provavelmente fiquei tão pálida com a sua frase que ela franziu o cenho e desfez o sorriso na mesma hora. -O que foi Kayla?

-Do que você está sabendo?

-De você e Justin.- falou como se fosse um segredo e eu suspirei aliviada. -O que mais saberia?- ela indagou risonha e eu ri, o que acabou saindo como uma risada de nervoso, afinal minha consciência estava tão pesada que eu pensei que ela estava se referindo ao outro assunto, que eu sequer queria relembrar. -Fala alguma coisa.

-O que você quer que eu fale? Ele me pegou de surpresa.- eu falei sorrindo boba ao lembrar de tudo o que ele me falou mais cedo, eu não queria admitir, mas ele ter me dito tudo aquilo me deu forças para continuar, o que teoricamente não fazia sentido.

-Ele ficou louco quando você tomou o tiro.- ela disse com uma feição de pena.

-Mas eu não tomei um tiro.- dei de ombros.

-Mas foi quase isso. Ele nunca iria se perdoar. Por isso ele surtou daquele jeito.- ela falou se referindo ao fato do Justin ter me “sequestrado” para me fazer matar um homem que eu nunca havia visto na minha vida. -Eu não sabia que ele iria fazer aquilo, eu nunca deixaria. Assim que o Ryan me contou, eu queria estrangular aquele menino por ter deixado o Justin te levar para matar o capanga do Joseph.- ela falou impaciente e eu ri.

-É, já passou. No final de tudo ele arranjou um jeito muito convincente de me fazê-lo perdoar.- falei e ela me olhou toda derretida, me fazendo rir.

-Cara, é oficial, você derrubou o Bieber.- ela disse impressionada e eu mordi o lábio inferior tentando prender o riso. -Sua boba! Se você machucar o meu bebê eu te mato Kayla!- ela falou e eu arqueei o cenho risonha, mas logo ela mudou o assunto, tirando a graça da conversa e me deixando aflita: -Lembra daquele cara do FBI?

-É... Quem?- me fiz de desentendida mas eu sabia muito bem que ela falava do meu pai.

-Carter. O que você me pediu aquele documento.

-Ah sim, o que que tem?

-Descobrimos mais coisas dele.

-Tipo o que?- perguntei curiosa.

-Depois você vê.- falou e eu franzi o cenho. -O que? Eu te mandei também.

-Sério?- não consegui esconder a surpresa e ela assentiu risonha.

-Você ficou tão interessada, eu achei que você ia gostar.

-Você não quer saber o por quê?

-Eu particularmente tenho medo de você ter tesão em caras do FBI.- brincou e eu bufei.

-Idiota!- exclamei. E amei o fato de aquele assunto não ir adiante quando ela passou a falar das roupas das mulheres que passavam pela a gente, afinal se tinha uma coisa que Kate gostava era de falar mal das mulheres a nossa volta.

Depois de um tempo rindo e bebendo com a mulher, que me fazia esquecer as aflições que me perseguia, eu vi Justin e não hesitei em ir atrás dele.

-Ei gato.- sussurrei no seu ouvido e ele pegou na minha cintura, me beijando em seguida. -Cuidado que assim você pode perder todos os seus lances.- falei debochada por ele estar me beijando na frente de todo mundo sem pudor algum.

-Eu não ligo para nenhum deles.- falou bem próximo do meu rosto, ainda com as mãos na minha cintura.

-Ah é? Posso saber o motivo?

-Não abusa Kayla.- ele falou desviando o olhar e sorrindo discarado, o que me fez beijá-lo mais uma vez. -Mais tarde quero te levar para um lugar.

-Para onde?- perguntei curiosa e ele riu fraco.

-Um lugar que fique só eu e você.- disse e sorriu doce. Ele estava acabando comigo.

-Bieber...- murmurei e ele deu de ombros.

Meu celular vibrou e eu olhei na tela vendo que o dono da ligação era desconhecido e por isso aproveitei que Justin se distraiu com um homem que se aproximou de nós e eu sai de perto dele, não hesitando em apertar no ícone verde e atender a ligação, que eu sabia muito bem de onde era.

-Presta atenção.- a voz era do meu pai e eu engoli a seco antes de ouvir o que ele tinha para dizer. -Hoje de madrugada você vai passar a localização de todos e também dos galpões que devemos invadir para apreender o máximo de droga e arma. Porque já temos a intimação pronta com tantas acusações o suficiente para 200 anos de prisão para cada um.- riu fraco. -Entendido?

Engoli a seco ao passo que tentava acalmar meu coração, que parecia que sairia pela boca.

-Sim.- confirmei.

-Mais uma coisa, você sabia que eles matariam o Joseph Queen?

-Não.- menti e depois de alguns segundos calado, ele comentou:

-Estranho. Mas você estava na ação, hum?

-Estava.

-Certo.- falou e eu senti que sua voz estava desconfiada. -Amanhã pela manhã todos vão estar atrás da grades.- confirmou e eu desliguei a ligação. E foi inevitável não ter uma visão panorâmica da festa.

Eu iria sentir saudades disso.- pensei, me autorepreendendo em seguida.

Vi Kate, a mulher que tornou essa missão muito mais fácil e vai me fazer sentir uma saudade absurda, conversando com o Ryan bem próximo, e a sua feição era bastante provocativa o que me fez rir sabendo que ambos eram caidinhos um pelo outro e eu bem que queria ver eles juntos; Chaz, para a minha surpresa, não estava grudado em nenhum computador e sim conversando com uma mulher que parecia extremamente encantada por ele, o que não era difícil, já que ele era bem bonito e inteligente, e apesar de não ser o meu maior fã, eu tinha uma admiração enorme por ele; Chris estava dançando que nem um louco no meio da casa, o que me fez rir alto afinal era uma pessoa que, graças a sua diversão, qualquer um gostaria de ter ao lado; e por fim, meu olhar bateu no Bieber que me encarava encostado em uma pilastra enquanto bebericava o whisky no seu copo. Ele percebeu que minha atenção estava nele e fez um sinal com a cabeça para eu me aproximar, e quando o fiz, ele me deu um selinho, antes de perguntar:

-Com quem estava falando?

-Era Drummond. Queria saber se eu estava viva.- falei risonha tentando passar confiança e ele riu fraco.

-Eu queria te dar uma coisa.

-Cheio de surpresas hoje.- debochei e ele mordeu o lábio inferior enquanto ria. Franzi o cenho quando ele tirou algo do bolso e manteve dentro da sua mão, e apesar de saber que era algo pequeno, eu não fazia ideia do que era. -O que é?- perguntei e ele abriu a mão me deixando de boca aberta. Era um anel repleto de diamantes, parecia ter sido feito à mão e obviamente foi caríssimo. Tampei minha boca com as minhas mãos, assustada com a sua atitude. -Bieber...

-Você gostou?

-Eu amei.- eu falei com um sorriso que chegou a doer meu rosto e ele retribuiu o gesto enquanto colocava o anel no meu dedo anelar esquerdo. -Você é meu noivo agora?- perguntei e ele bufou.

-Não abusa, Kayla.- ele disse novamente e eu ri alto antes de abraça-lo e depois o encher de beijos, o que chamou a atenção de algumas pessoas, mas ele não estava se importando e muito menos eu. -Quer saber, vamos sair daqui.- ele disse e me puxou em direção a saída da casa e eu o parei no meio do caminho.

-Eu quero me despedir.- eu falei sério afinal não os veria mais nessas circunstâncias, mas ele levou na graça.

-Não precisa, anjo.- ele disse risonho e continuou a me puxar em direção a garagem. Entramos em um dos carros e não demoramos para sair e eu ainda não sabia aonde era o nosso destino.

No caminho fomos rindo de coisas aleatórias e eu estava extremamente surpresa com o Bieber que eu estava conhecendo, eu sabia que ele escondia esse lado divertido para parecer mais sério, porém eu estava encantada por esse jeito, e queria mais tempo para aproveitá-lo, mesmo sabendo que não o teria. Mas eu não pensaria nisso agora, então apenas aproveitei o momento e não hesitei em sair do carro e subir até um apartamento, aparentemente bastante luxuoso, que eu ao menos sabia que ele tinha.

-Seja bem vinda.- ele falou ao abrir a porta e foi impossível prender a minha surpresa quando vi que havia várias velas acesas junto a uma garrafa de vinho e duas taças. O encarei e foi impossível conter a minha admiração.

-Eu não acredito que o Justin Bieber é capaz de fazer isso.

-Só aproveita gata.- piscou antes de fechar a porta atrás de si. Coloquei meus braços em volta do seu pescoço e passei a beijá-lo calmamente. Ele devolveu o beijo e me carregou no colo, me colocando sentada na mesa que ficava no centro da sala, o que me fez sentir um pouco da quentura das velas, que também estavam em cima da mesa, ainda que um pouco distante de mim.

-Eu posso estar sendo um amor com você.- ele disse entre beijos e logo se distanciou um pouco com um sorriso safado. -Mas na hora de te fuder...

-E quem te disse que eu quero que você seja delicado?- indaguei provocante, passando a língua lentamente pelo meu lábio inferior, e ele franziu o cenho enquanto olhava para a minha boca,  umedecendo os lábios em seguida. -Me foda Bieber... Como se fosse a última vez.- falei e ele riu antes de pegar a base do meu vestido e empurrar pra cima, fazendo com que a peça subisse um pouco no meu corpo, deixando a minha calcinha a amostra, esta que ele rasgou com uma facilidade incrível. Eu arfei incrédula e ele apenas estalou a língua no céu da boca antes de se abaixar e ficar no mesmo nível da minha pélvis.

Suguei uma boa quantidade de ar e abri um pouco mais as pernas ao passo em que ele aproximava seu rosto da minha vulva. Senti a sua língua quente e molhada tocar diretamente no meu clitóris, causando uma onda de vibração no meu corpo, coloquei as mãos na quina da mesa e apertei a mesma ao passo que ele relava a língua na minha área sensível, o que me fazia impulsionar o meu quadril. Ele abraçou a minha cintura e passou a chupar com mais intensidade o que me fez gemer alto e rebolar na sua boca depois de cercar a sua cabeça com as minhas pernas.

Eu não queria que ele parasse.

Eu não queria sair dali nunca

Eu não queria que a hora passasse.

-Justin, me fode.- pedi sentindo meu corpo esquentar e não demorou para eu gozar na sua boca. Mas eu queria mais, eu não estava satisfeita, e ele sabia disso. Ele levantou chupando os lábios e me olhando com o olhar sedento que só ele sabia fazer.

-Eu amo o seu gosto.- ele disse enquanto desabotoava a sua calça e me encarava intensamente. -E eu amo estar dentro de você.- falou depois de colocar seu pênis para fora, o mesmo que estava petrificado. E sem mais delongas, ele encaixou o mesmo em mim, me fazendo revirar os olhos. O abracei ao passo que ele se aprofundou lentamente todo dentro de mim e conforme ia aumentando a velocidade eu ia arranhando as suas costas. Ele me carregou e me tirou de cima da mesa, me colocando no chão.

-Essa casa não tem cama?- perguntei sentindo o gélido do chão, muito bem vindo, tentar esfriar meu corpo, mas era missão impossível.

-Eu quero te comer no chão.- falou acompanhado de uma metida funda e eu mordi o  lábio inferior, tentando não gritar, enquanto erguia as mãos como um sinal de rendição.

Depois de um tapa forte na bunda, ele passou a socar o pau para dentro de mim, de maneira que eu não conseguia segurar os gritos, ele me levava a loucura, tirava com muita facilidade todo o meu controle. Passou a me beijar sem reduzir os movimentos e eu não hesitei em morder seu lábio tão forte, ao ponto de sentir o gosto metálico do sangue, e ele me olhou como se tivesse surpreso com a mordida, o que me fez rir fraco antes de dar uma chave de perna e coloca-lo sentado e eu no seu colo. Assim, comecei a quicar, sentindo suas mãos apalparem fortemente a minha bunda, me ajudando no movimento. Gemíamos alto. Ele terminou de tirar o meu vestido e não pensou duas vezes antes de desabotoar o meu sutiã, me deixando completamente nua.

-Seu corpo...- falou como se estivesse delirando e eu sorri acariciando seu cabelo, que já estava praticamente todo molhado de suor, não tão diferente do meu. Sem aviso prévio, ele me tirou de cima dele e levantou, em seguida me carregou novamente e quando eu coloquei minhas pernas em volta da sua cintura, encaixei perfeitamente seu pau em mim. -Gostosa.- ele sussurrou no meu ouvido, e enquanto me carregava, ele iniciou um movimento de vai e volta, fazendo a penetração de outro ângulo, e eu estava enlouquecendo com aquilo, os nossos olhares estavam cravados e o som dos nossos corpos se chocando se misturando com os nossos gemidos era a melhor música que eu poderia escutar. Depois de um tempo naquela posição, ele me colocou de quatro no chão e sem demora, me penetrou novamente enquanto tocava meu clitóris em perfeita sincronia com as metidas, me fazendo chegar no orgasmo mais rápido e logo eu gozei pela segunda vez. Com a minha chegada ao ápice ele passou a meter e disparar tapas na minha bunda e logo, gozou também. Caímos, como sempre, um do lado do outro no chão gélido e suado.

-Eu não consigo parar de pensar no quanto é bom esse sentimento que eu estou sentindo por você.- ele falou e eu senti meu coração disparar com aquilo. -É incrível. Eu não quero te perder nunca.

E eu não queria perder o seu amor nunca.- era só isso que eu pensava.

Me virei, passando a observá-lo, ele que estava de olhos fechados e de barriga pra cima, inspirando e expirando calmamente, tentando normalizar a sua respiração.

-Eu te amo.- falei do fundo do meu coração e ele sentiu isso, abriu os olhos e também se virou, ficando de frente pra mim. Ao passo que eu parecia que tinha tirado um peso das minhas costas admitindo aquilo, ele apenas levou na graça.

-Como isso aconteceu?- perguntou risonho.

-Você me viu dançando na boate e se apaixonou.- falei lembrando dos nossos olhares se cruzando quando eu estava no palco da sua boate e ele negou.

-Nada disso. Eu te vi dançando na boate e pensei: mais uma pra eu me divertir.

-Mal esperava o trabalho que eu ia te dar.- deduzi antes de sorrir, e ele assentiu com os lábios comprimidos, como se tivesse impressionado comigo.

-Exatamente, como eu ia imaginar que aquela puta dançando no palco sabia atirar, lutar e que ainda ia me irritar o suficiente capaz de me fazer não querer te largar nunca mais.

Engoli a seco.

-Se servir de consolo, eu também não esperava, nem sonhava com isso.- fui totalmente sincera.

-O que?- ele perguntou incrédulo, enquanto levantava rapidamente. -Você realmente vai dizer que não sonhava em me pegar? Todas ali me queriam.- ele falou antes de pegar o vinha e as taças em cima da mesa e trazendo para mim, que sentei no chão.

-Todas menos eu.- disse e ele me olhou com os olhos arregalados, como se estivesse indignado com as minhas palavras, o que me fez gargalhar.

-Você só mente, Kayla.- falou negando com a cabeça e em seguida, abriu o vinho, tirando a rolha com facilidade e após distribuir nas duas taças, me deu uma. Tocamos uma na outra e em seguida dei um gole, o vendo fazer o mesmo. -E quem diria que depois de pouco tempo estaríamos aqui sentados no chão de um apartamento, nus e bebendo vinho.- ele falou e passamos a gargalhar sem parar.

E eu queria nos congelar naquele momento. O que estava prestes a acontecer ia acabar com tudo aquilo e eu não sei se estava disposta a abrir mão disso. Parei de rir bruscamente com os pensamentos que invadiram a minha mente.

-O que?- perguntou confuso ao ver minha feição mudar completamente.

-Me desculpa.

-Pelo o que?

-Só me desculpa.

-Do que você está falando?

-Nada. Eu só quero que você me desculpe.

-Eu não tenho como te desculpar se eu não sei o motivo.- ele deu de ombros, bebericando mais do  vinho na taça em sua mão.

-Não que tenha um motivo...- falei mansa, e ele franziu ainda mais o cenho, demonstrando a confusão que eu estava causando na sua cabeça. -Mas se um dia eu... Só me promete que você nunca vai me odiar.

-Não é possível que você esteja tão louca assim, você só bebeu um gole.- brincou, mas eu permaneci séria.

-Justin, eu tô falando sério.

-Eu também Kayla. O que é isso? Nem se eu quisesse, eu conseguiria te odiar.

-Eu tenho medo... Eu...- comecei a sentir lágrimas encherem meus olhos, mas não me permiti chorar.

-Kayla... Eu sempre serei seu meu anjo. Que conversa estranha. Eu vou tomar um banho.- ele falou risonho e virou o conteúdo alcoólico, indo até o banheiro da casa e não demorou para eu escutar o som do chuveiro.

Respirei fundo e olhei o horário, já se passavam das três da manhã e eu não havia percebido que o tempo estava passando tão rápido assim. Virei o vinho e levantei do chão, vendo as velas que ele havia acendido pra mim e passei a apagar uma por uma sem conseguir evitar as lágrimas que passaram a descer dos meus olhos.

No início, quando eu estava extremamente ansiosa para acabar com o Bieber, se alguém me contasse que eu passaria por isso, provavelmente, eu iria rir na cara da pessoa. Agora, eu só queria que alguém tivesse me impedido de fazer essa infiltração.

Justin saiu do banheiro e eu limpei as lágrimas rapidamente.

-Tem uma toalha para você no banheiro.- avisou e eu assenti, indo direto pro chuveiro. E novamente, lágrimas rolaram. Depois de um tempo sentindo a água banhar o meu corpo, eu sai do banheiro enrolada na toalha e dei de cara com Justin dormindo na cama de casal do quarto principal.

Ele estava só de cueca e deitado de lado, um tanto encolhido e eu ri fraco, colocando o lençol no seu corpo, o deixando totalmente coberto. Sentei ao seu lado e passei a acariciar o seu cabelo levemente enquanto admirava seu rosto sereno enquanto dormia. Ele me abraçou e através de um impulso me colocou do outro lado da cama, e me abraçou.

-Que susto.- sussurrei risonha e ele riu fraco.

-Você está molhada.- murmurou sonolento e eu devolvi o abraço.

-Eu estava no banho.- disse e ele assentiu, e logo, caiu no sono novamente.

Depois de alguns minutos o observando e sentindo a sua quentura pela última vez, eu não parava de repetir que “Ele é um criminoso, eu sou policial e eu preciso prendê-lo.”. Mas dado as circunstâncias, como meu pai ser corrupto, eu estar com um feto desse criminoso dentro de mim e ainda estar apaixonada por esse desgraçado, repetir essa frase na minha cabeça estava cada vez mais difícil.

-Eu não sei se vou ter coragem de fazer isso.- sussurrei bem baixo, sabendo que ele não me escutaria. -Eu preciso fazer, mas eu não quero. Eu juro que eu não quero.

Eu sai do seu enlace bem devagar e fui para a sala, peguei o meu celular com as mãos trêmulas e nesse momento, eu tomei a decisão que mudaria a minha vida para sempre.

Mandei uma mensagem para Kate e, em seguida, disquei o número que eu sabia de cor. O do FBI.

-É Alyssa Carter.- falei ao ser atendida.

-Vou passar a ligação.- uma mulher falou já sabendo do que se tratava e não demorou para eu ouvir a voz do meu pai:

-Pronta?

-Eu vou te passar agora tudo que você precisa para acabar com o Justin Bieber.

 

 


Notas Finais


comentem o que acham que a kayla vai fazer, vocês acham que ela vai denunciar mesmo?
logo, posto mais.
~kaau


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