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História Sentimentos Escondidos - Medo de Amar


Escrita por: niih_fox

Notas do Autor


Playlist a partir de "Correu para o quarto..." --> notas finais
nem acredito q terminei essa fic ~ufa~
é o meu presente -super atrasado- pra vanessa <333
n sei se ficou como tu queria, mas fiz o meu melhor :3
e de novo: parabéns ~mesmo q teu niver já tenha passado~
n tá betada e desculpem qlq erro t.t
boa leitura

Capítulo 1 - Medo de Amar


E uma música qualquer estava tocando na sala de ensaios. Os seis meninos treinavam arduamente enquanto aguardavam o próximo comeback. Havia alguns dias que Kai estava distante dos outros, a exceção de Sehun. Enquanto todos descansavam, para não ter que se juntar aos cinco, ele preferia ficar dançando. Mesmo que o cansaço estivesse lhe consumindo, ele não dava o braço a torcer e ficava sozinho praticando.

Da mesma forma era quando os ensaios terminavam. Ele ficava sozinho na sala de prática esperando Sehun ligar para avisar que todos estavam dormindo. Ninguém entendia o motivo daquilo, muito menos o único que poderia entender. Seu companheiro de quarto estava um tanto quanto solitário e sentia falta das brincadeiras que Kai fazia. O moreno já não era como antes. Estava fechado em um mundo só dele. Com problemas que só Sehun sabia. E isso deixava Kyungsoo com raiva.

Tudo que o menor pensava era que Kai estava nutrindo sentimentos pelo maknae e, quando esses pensamentos chegavam a sua mente, ele se irritava com facilidade. O mau humor de Kai, a irritabilidade de Kyungsoo, a animação de Sehun, a preocupação de Suho, a inutilidade de Chanyeol e a percepção de Baekhyun deixava o ambiente da sala pesado. Todos treinavam, mas não estavam sincronizados. Eles estavam deixando o pessoal de cada um tomar proporções altas, deixando que isso afetasse o profissional.

E o EXO-K parecia agora como seis peças de um jogo de dominó. E o único jogador era a vida. E ela fez questão de derrubar a primeira peça para que a mesma derrubasse por si própria o restante das que estavam em pé. E essa pequena peça tinha nome: Kim Jongin.

Assim que o manager chegou na sala de prática, pediu que os meninos voltassem ao dormitório. Pareciam cansados demais e precisavam descansar. Ele saiu da sala e todos se reuniram para voltarem para casa. E outra vez, Kai permaneceu sozinho. Baekhyun tentou levar o maior para a van, mas ele insistia em ficar. E como das outras vezes, ele deu a mesma desculpa, sem se importar se iam ou não desconfiar dele.

- Não estou gostando dos meus passos. Parecem lentos e fora do ritmo.

Chanyeol dizia que estava normal e que o mais novo não se preocupasse. Mas Kai apenas ficava mais sério e voltava a ligar o som. Suho estava começando a se machucar pela atitudes do maior. Gostava de ter o companheiro animado e risonho, falando de piadas ridículas e gritando pela casa, mas esse não era o Kai que ele gostava. O líder pediu que Chanyeol não insistisse e que o maior voltasse com os outros a van.

Assim que deixaram Kai sozinho, ele fechou a porta. Como a sala tinha espelhos, o moreno ficou parado em frente ao mesmo por um longo tempo. Voltou para ligar o som e, quando percebeu, estava escorregando pela parede da sala chorando. O som estava abafando os soluços que Kai dava e ele nem sentiu quando alguém entrou no local.

Uma mão bagunçou seus cabelos e ele olhou assustado para a pessoa a sua frente. Sehun deu um sorriso e se sentou ao lado de Kai. Passaram alguns minutos em silêncio, e o mais novo resolveu se pronunciar.

- Hyung... Eu sei que você está lutando contra tudo, mas renegar isso só está lhe machucando.

Sehun não queria invadir a privacidade de Kai. Acabou sabendo o motivo dos supostos ensaios do outro quando esqueceu a bolsa naquela sala. Não era a primeira vez que Kai estava chorando.

- Eu acho que isso só iria prejudicar tudo o que a gente conseguiu – ele falou tentando parar o choro, mas ainda soluçando.

- Não irá, hyung. Lembra de mim?

E não podia deixar de sorrir ao pensar nisso. Fazia três semanas que começara o namoro secreto com Luhan. Eles se falavam quando podiam e, quando dava certo, Luhan ligava para o maknae pela noite. Era um segredo. Ao que parecia, só Kai e Xiumin sabiam de tudo. Quando o EXO se reunisse novamente, iriam falar tudo. Os dois, mesmo que distantes, sorriam sem motivos ao lembrar um do outro e isso já bastava. Por enquanto.

- Então quer que eu me declare Sehunnie? E se... – Kai foi interrompido.

- Kai, você vai morrer com esse seu maldito “e se...”. Por favor, apenas seja verdadeiro. Um dia, você pode se arrepender de não ter falado com ele e pode ser tarde demais – Sehun falou autoritário.

O maior ficou pensando no que seu amigo lhe dissera. Não tirava a verdade dessas palavras, mas se corroía em medo. Medo da rejeição. Medo da amizade com Kyungsoo desmoronar. Medo de criar uma convivência estranha no grupo. E era por isso que admirava Luhan e Sehun.

- Já sei! – Sehun gritou fazendo o maior se assustar e sair de seus devaneios. – Treine comigo. Finja que eu sou o hyung.

Jongin se assustou com a proposta. Sehun não era em nada parecido com Kyungsoo. Pelo contrário, era diferente até demais. Na altura, no tom de pele, pois a de seu hyung era tão branca quanto o leite, a boca tão carnuda quanto a sua, a voz doce e melodiosa, os olhos que lhe davam a aparência tão boba e infantil. Parecia que o menor havia sido esculpido e haviam levado fios a hora para tornar cada mínimo detalhe impecável.

- Você e ele? – Sehun murmurou e Kai ouviu a voz. A língua presa de Sehun não passou despercebida pelo maior que pôs-se a rir. Estava tudo se tornando uma piada no pedido  inocente do outro.

- Por que está rindo, hyung?

Kai se negou a responder e foi buscar uma cadeira ou até um banco. Se realmente fossem fazer Sehun se tornar Kyungsoo, queria que pelo menos a altura fosse próxima do compatível. Observando as ações do mais velho, Sehun rolou o olhos e depois riu da situação. Assim que deixou a cadeira branca na frente do mais novo e subiu nela, Kai fechou os olhos, respirou fundo e tratou de imaginar que Sehun fosse o baixinho.

- Eu... Eu gos-gosto de vo-você... – soltou tudo. Havia funcionado.

Mas havia um ligeiro problema. Mal. Havia funcionado muito mal. Ouviram a porta bater e um Kyungsoo choroso aparecer. Kai ficou em pânico. Estava sem reação. Desceu da cadeira e deu um passo na direção do outro, mas Kyungsoo recuou dois. Começou a gaguejar pelo nome do mais velho, porém o mesmo correu. Correu muito para longe dali. Jongin manteve a mesma posição durante algum tempo até sentir a mão de Sehun lhe empurrar.

- Essa é a sua chance Kai. Eu vou pra casa porque o Luhan hyung vai me ligar – ele estava na porta para ir embora quando se virou. – Boa sorte.

E sorriu feliz. Sentia que os dois iriam se entender. Mero engano Sehun.

Kai rodou a empresa inteira atrás de Kyungsoo. Outras salas de práticas, banheiros, corredores, escadas e, quando chegou a portaria, falou com um dos seguranças. Parecia que Kyungsoo havia passado a menos de um minuto. O maior correu para as ruas frias de Seoul. Estava respirando pela boca e podia ver o ar que saía dela. Estava realmente frio. Olhou para os lados, mas havia muita movimentação. Além disso, havia algumas meninas gritando por seu nome. Aquilo realmente não importava. Kai apenas foi frio e não deu atenção a elas, voltando para dentro da empresa.

--°°°--

O menor, quando chegou afoito em casa, pediu que Baekhyun deixasse ele dormir ali. Ele estava com raiva, com tristeza, com sentimentos que não sabia que tinha. Chanyeol achou estranho, mas cedeu sua cama para o mais novo. Notou que ele não estava bem e também porque Baekhyun estava querendo conversar com ele. Chanyeol foi dormir com Kai, que ainda não havia voltado dos ensaios.

Assim que se viram sozinhos, Baekhyun, que já estava notando muita coisa desde antes do afastamento do Kai para com o resto do grupo, resolveu esclarecer seus pensamentos conversando abertamente com Kyungsoo.

- O que houve, Kyung?

- Baek, eu... – ele não conseguia falar nada. O choro estava presente e, logo depois, os soluços.

Baekhyun saiu para a cama de Chanyeol abraçando o amigo. Nunca havia visto o outro daquele jeito. Sentia seu coração apertar só por estar vendo aquela cena. Foi então que resolveu deitar Kyungsoo em seu colo e questionar com cuidado sobre o motivo daquele choro e desespero.

- Por favor, Kyungsoo, estou ficando preocupado.

O outro tentou evitar o choro e falar calmo, mas as lágrimas e os soluços o impediam. As palavras saíam atropeladas e ele já estava revelando segredos mantidos por si e que nunca iria contar por medo.

- Ele disse que gostava do Sehun. É por isso que ele ficou próximo do maknae e ele chamou o Sehun pra sala de ensaio pra se declarar. Baek... Eu... Eu gosto dele e eu sabia que isso nunca iria funcionar pra nós dois.

Baekhyun sabia que era isso. Ele vinha percebendo de longe o jeito que Kai ficava quando Kyungsoo se aproximava. Corava com facilidade com os toques do menor. E então passou a descobrir que gostava do outro. Talvez por isso o afastamento do maior. O que não se encaixava naquela história era o porquê de Kai se declarar a Sehun. Odiava ver o melhor amigo, depois de Chanyeol, claro, a ficar naquele estado devido a um erro feito por Kai. Iria tirar satisfações depois.

Ficaram em silêncio depois da confissão de Kyungsoo. O mais velho ficou fazendo carinho na cabeça do outro até que o mais novo dormiu. A cama de Chanyeol ficou preenchida com tristeza e um corpo abalado pelos diversos sentimentos confusos que o mais novo sentia. Uma dor que ele não queria ter. Que chegou sem permissão e se instalou no coração. Kyungsoo sentia que aquilo iria demorar a cicatrizar.

Baekhyun saiu do quarto e viu que já era de madrugada. Cuidou do amigo e ficou na sala esperando Kai chegar. Sabia que se Suho pegasse ele acordado, iria ouvir um bom sermão, mas era por uma boa causa. Ficou o mais silencioso possível rabiscando um caderno qualquer que achou. E ouviu a porta abrir e um Kai desolado e soluçando entrar no dormitório. E vendo o estado de Kai, notou que realmente havia algo de muito errado naquela história.

- Kai?

E o maior levou um susto. Passou a mão pelos olhos, enxugando as lágrimas, e sorriu forçado para o outro. Baekhyun se ajeitou no sofá, batendo a mão no móvel, chamando pelo maior para uma conversa.

- Oi, hyung? – tentou soar o mais calmo possível.

- O Kyung me contou o que aconteceu – viu Kai se assustar. – Olha, eu não sou o Channie. Eu venho vendo as coisas faz um tempinho. E eu só quero ajudar.

- Hy-hyung, não tem na-nada demais acontecendo – agora era um riso nervoso. E Baekhyun estava perdendo a paciência.

- Kim Jongin, eu acabei de deixar o Kyungsoo dormir na cama do Channie porque ele não queria dormir no seu quarto. Então, abre de uma vez o jogo – Baekhyun falou se irritando com a negação do amigo.

Kai suspirou fundo. Só então ele percebeu que tinha machucado muito Kyungsoo com tudo aquilo. E começou a falar com Baekhyun. Os dois ficaram ali até três horas da manhã. Baekhyun falou que iria dar um jeito de Kai falar com o outro. E com certeza daria uma ideia melhor que a ajuda de Sehun, se bem que o maknae não fizera por mal.

--°°°--

Desde o incidente da sala de prática, Kai e Kyungsoo mantiveram um total afastamento. Os dois já não se olhavam mais. Uma semana havia se passado. Na manhã seguinte ao “flagra” de Kyungsoo, Kai tentou conversar com o menor, mas só recebia indiferença. Preferiu deixar ele quieto. Mas a situação tensa se perdurava até o presente momento. Sehun ficou sabendo do ocorrido depois e se culpava muito. Estava triste e ficou imaginando como seria se tivesse acontecido isso com ele e Luhan. E o pensamento não era dos melhores. Suho tentou verificar com os dois meninos, mas nenhum falava nada. Baekhyun se mante quieto e Kai estava ficando desesperado naquele momento. Esperou todos saírem de casa após o café da manhã e puxou o menor para uma conversa.

- Hyung, quando vai me ajudar?

- Hoje. Eu tenho um plano. Fique em casa. Apenas isso.

E Baekhyun saiu saltitando de casa deixando o maior para trás, curioso e sem entender nada. O mais velho não havia discutido nada sobre plano nenhum e isso o deixava ainda mais nervoso. Não sabia o que fazer sozinho em casa e aproveitou apenas para dormir. Só acordou quando ouviu um barulho da porta da entrada sendo batida com força. Acabou se assustando e seguiu para a sala. Viu Kyungsoo mexer na geladeira e ficou observando o menor de longe. Estava em dúvida se iria ou não falar com ele, mas soube de imediato o plano de Baekhyun quando ouviu a porta se trancando por fora.

Tanto ele quanto Kyungsoo se voltaram para a porta. Kai correu até lá tentando abrir a mesma, mas fora em vão. Do lado de fora, Baekhyun bateu na mão de Sehun comemorando uma vitória aos dois. Antes de irem comer fora, falou para o casal dentro do dormitório.

- Fiquem sozinhos por um tempo e se resolvam.

Os dois se entreolharam e Kyungsoo parecia não gostar muito da ideia. Estava machucado por dentro. Magoado. Começou a caminhar para seu quarto, que agora dividia temporariamente com Baekhyun, pois queria ficar longe de Kai. Porém, não era isso que o maior pensava. Estava triste também, mas não aguentava mais dormir ouvindo o ronco de Chanyeol. Aliás, nem sabia como Baekhyun aguentava. Sem contar, que ele sentia falta do menor.

Correu para o quarto antes que Kyungsoo entrasse no cômodo. Segurou o braço do mais velho, levando-o até o seu quarto. O quarto dos dois. Empurrou Kyungsoo e trancou a porta. Sentou caído no chão, a ponto de chorar, mas iria falar tudo de uma vez. O mais velho estava sentado na cama, sem reação pela atitude do moreno, mas tudo estava sufocando ele. Se era para ser o momento de esclarecimento que fosse. Já tinha ouvido o pior, que era a declaração de Kai, então estava um pouco preparado para a confirmação de tudo.

- Hyung, quero que ouça com atenção o que eu vou falar – o menor assentiu. – Tudo que você ouviu, naquele dia, foi engano.

- Engano? Eu vi você nervoso falando com o Sehun. Você até gaguejou. Por favor, Kai, eu já entendi tudo. Além do mais, você não precisa se explicar comigo. Não sou nada seu além de amigo e hyung.

Kyungsoo tentou chegar a porta, mas Kai se levantou e jogou o mais velho na cama outra vez. Não iria deixar Kyungsoo sair dali sem se explicar. Em qualquer caso, também queria expor seus sentimentos. Respirou fundo e falou o mais calmo que pode. Ele estava muito mais nervoso que no ensaio idiota proposto por Sehun, afinal, era a pessoa que amava na sua frente.

- Tudo aquilo foi uma encenação. Apesar de serem totalmente diferentes, Sehun pediu que eu treinasse com ele minha declaração para a pessoa que eu gosto. Durante todo o tempo que eu ficava sozinho ensaiando, eu pensava nessa pessoa. Sabe o porquê?

Kyungsoo negou.

- Porque nos ensaios com todo mundo, eu só notava ele. Meus olhos só acompanhavam ele. Cada movimento, cada erro, cada acerto. Porque meu coração só aceita você.

O menor nem se mexia. A informação dada por Kai fora demais. Era tamanha alegria que achou ter ouvido errado. Ele queria uma confirmação do que o maior havia lhe dito. Era como se tudo fosse mentira. Como se ele estivesse sonhando enquanto dormia na cama de Chanyeol. No fundo, Kyungsoo sabia que era real. Só que sua mente ainda não aceitava.

- O que você disse?

Kai se aproximou do outro e levantou Kyungsoo para que ficassem frente a frente, mesmo que Kai olhasse para baixo e Kyungsoo para cima. Mas a altura não era o importante naquele momento.

- Eu disse que eu só aceito você. Porque é de você que eu gosto. Porque é você que me deixa feliz quando eu acordo. Porque é você que me mima como se eu fosse uma criança – Kai passou a enxugar as lágrimas de Kyungsoo com as costas das mãos. – Porque você é o único que consegue perturbar a minha mente e o meu coração.

O maior aproximou o rosto do mais velho e beijou o caminho das lágrimas, agora secas. Kyungsoo fechou os olhos, sentindo a boca quente de Kai lhe beijar. Fazendo carinho, sentindo o toque de suas mãos na lateral de seu rosto. Era o gesto mais singelo entre os dois. Algo que eles compartilhavam como cúmplices e companheiros. Depois de beijar todo o rosto de Kyungsoo, só restava a boca que ansiava. Que desejava há algumas semanas. Os dois mantinham a calma. Era o momento que ambos esperavam e queriam que fosse especial.

As mãos, trêmulas, de Kyungsoo chegaram a nuca de Kai, deixando-se soltas por lá. Os braços do moreno abraçaram a cintura do outro e o início de um beijo carinhoso se fez presente. Estavam apenas sentindo o calor um do outro. O toque entre ambos. Até que, para a surpresa do maior, Kyungsoo pediu passagem. Não iria negar. Tudo estava tomando forma. Os dois descobriam cada lugar da cavidade alheia durante o ósculo mais prazeroso de suas vidas. Poderiam ficar assim para sempre, mas o ar lhes fizeram lembrar que nada dura para sempre.

- Jongin... Eu...

- Não precisa falar, hyung. Bom, se você quiser, eu vou embora agora. Desculpe por...

Kyungsoo puxou Kai com força para o início de um segundo beijo, dessa vez um pouco mais apressado e mais desejoso. Jongin sentiu isso e retribuiu de forma amorosa. Ter Kyungsoo consigo era o que mais queria. Tê-lo para chamar de seu. Apenas seu. Os dois estavam começando a ficar mais soltos após o primeiro beijo e agora caía-lhes um pequeno temor sobre onde aquilo iria levar.

Os dois se separaram com pequenos selares e Jongin fitava o menor com a testa encostada na de Kyungsoo. Os dois sorriam feito bobos. Estavam realmente apaixonados. Os braços de Kai circundavam a cintura do mais velho e Kyungsoo mantinha seus braços em torno do pescoço alheio.

- Esse beijo foi sua resposta pra minha declaração?

- Hum.

- Hyung, eu queria uma declaração também – Kai fez um bico e logo foi selado por Kyungsoo.

- Hum.

- Hyung! Pelo menos diga algo.

- Hum.

Kyungsoo não aguentou o riso. Estava adorando provocar o outro daquela forma. Ria vendo a pequena cena que Kai fazia até que o riso parou. Kai estava novamente beijando o menor. Para ele, aquela era a melhor risada do mundo. Era música em seus ouvidos.

Agora, os dois sentiam a intensidade do beijo. Suas línguas pareciam dançar com movimentos ritmados e lentos. Era calmo e intenso ao mesmo tempo. Kai empurrou Kyungsoo que caiu na cama e sentiu o maior por cima de si. O mais velho começou a puxar a camisa de Kai para cima a fim de retirar a primeira peça. Pararam o beijo por um momento para que as duas camisas fossem retiradas de seus corpos. Iniciaram outro beijo. As mãos do menor percorriam com sutileza a pele morena de Kai. Arranhava de leve quando o mais novo ora sugava sua língua ora mordia seu lábio inferior. Eram sensações novas e prazerosas. Eram sensações que Kai iria lhe oferecer.

Logo começaram a sentir calor. Kai levou uma mão até a calça de Kyungsoo, tentando desabotoar. Nada apressado. Seguiam no ritmo do beijo. Quando o ar fez falta, o novo alvo do maior era o pescoço branquinho do outro. Distribuía beijos, mordidas sem muito efeito e lambidas em torno da região que mordia. E ouviu os primeiros, mas tímidos, gemidos vindo da boca do menor. Continuava o trabalho no pescoço quando conseguiu desabotoar a calça alheia. Kyungsoo o ajudava como podia a retirar aquela peça. Assim como as duas camisas, a calça foi para o chão. Começaram outro beijo, mas logo se separaram.

Ficaram se fitando como se estivessem em uma conversa. Não precisavam de palavras naquele momento. Se entendiam perfeitamente.

“- Tem certeza, hyung?”

 “- Tenho.”

“- Confie em mim.”

“- Confio muito, Jongin.”

Kai tirou a calça ficando apenas com a boxer preta. Observava a pessoa mais linda a sua frente e dizer que faria ‘sexo’ com ela, não era o termo que usaria. Falaria que iria fazer ‘amor’, porque era isso que faria com Kyungsoo. Sempre. Com o ritmo ainda lento e intenso, os beijos e a saliva do mais novo passavam lentamente pelo corpo não muito trabalhado de Kyungsoo. Ora subia ora descia. Brincava com os mamilos de Kyungsoo e arrancava novamente gemidos do outro, dessa vez um pouco mais altos e menos tímidos. Não estava apressando nada. Kai queria registrar aquele momento na sua lembrança para sempre e, se dependesse dele, o mais velho também recordaria como se fosse a memória mais preciosa.

Lentamente, o maior retirou a boxer do amante e estava extasiado ao ver como Kyungsoo era lindo tanto por fora quanto por dentro. Nunca se cansaria da imagem dele. o menor estava completamente corado, mas sabia que poderia se entregar a Jongin completamente. Não tinha medo, talvez receio.

Os beijos logo foram para o abdômen do outro descendo cada vez mais. Jongin beijava e lambia de forma lenta e carinhosa o membro de Kyungsoo, fazendo o menor gemer mais alto. Estava quase pedindo por atenção a Kai, mas não demorou muito para que o maior fizesse o que seus pensamentos queriam. A boca do mais novo abocanhou de uma vez o membro alheio e começara os movimentos de vai e vem um pouco mais apressado. As mãos tímidas de Kyungsoo foram para os cabelos do outro ditando um pouco o ritmo. Tudo era uma mistura de prazer e ansiedade. Os dois estavam suados, os olhares não se desencontravam e, aos poucos, os movimentos de Kai iam ganhando velocidade.

Não foi porque Kyungsoo quis ditar seu próprio ritmo que o de Kai parou. Pareciam sincronizados. Os dois estavam criando um ritmo só deles. A língua de Kai subia e descia. A intensidade de seu toque no membro do colega de quarto era tão prazerosa, que a saliva escorria por entre os lábios. Suas mãos ora seguravam as pernas do menor ora buscava fazer carinho no resto do corpo do amado.

Kyungsoo começou a ter alguns espasmos dando indício de que logo estaria chegando ao ápice. Kai, notando isso, passou a investir mais fundo, aumentado rapidamente a velocidade de seu ato. O membro do outro chegou a tocar sua garganta e, logo depois, Kyungsoo avisou que estaria gozando. Jongin puxou as mãos de Kyungsoo de seu cabelo e entrelaçou cada uma.

- Jonginnie... – Kyungsoo gemeu ao se desfazer na boca do maior.

Kai não deixou nada lhe escapar. Estava sorrindo como um bobo apaixonado e se voltou ao rosto de seu pequeno lhe beijando, deixando que ele provasse do próprio gosto misturado ao de Kai. O beijo, outra vez, era apaixonado e sem dúvidas envolvia a luxúria que ambos sentiam em relação ao outro. O maior tateou o criado mudo a fim de abrir a pequena gaveta atrás de algum lubrificante ou o preservativo, mas a mão de Kyungsoo o impedia.

- Hyung, não quero te machucar.

- Eu já disse que confiava em você. Contanto que Kim Jongin seja o único que irá me ter, não tenho nada a temer porque eu amo você.

Kai deu um sorriso que maior que o mundo. Não sabia de onde vinha tamanha emoção e felicidade ao ouvir aquelas palavras. Entendia naquele momento o que significava estar amando e sabia que havia feito a escolha certa. Seu coração estava entregue da mesma forma que Do Kyungsoo. Ele soube que os dois se completavam e eram partes de um mesmo ser.

O mais velho envolveu suas pernas contra a cintura de Kai e esperava logo que o outro o tivesse por completo. Ansiava aquilo desde quando percebeu estar apaixonado e ainda mais quando descobriu que tudo era recíproco. O maior não quis fazer nada sem preparação, mas Kyungsoo insistiu outra vez. E assim foi feito. Kai passou a penetrar lentamente o mais velho. As lágrimas e um grito de dor se fizeram presente naquele quarto. O maior tentava tirar a atenção da dor que o amante sentia. Beijou-lhe o rosto e, em seguida, passou a masturbar Kyungsoo.

Aos poucos, o menor dava sinais de que o outro poderia se mover, mesmo sentindo dor. Mexia os quadris dando a permissão para Kai. Lentamente, o mais novo passou a estocar Kyungsoo. Esquecendo a dor, sentindo ela se transformar em prazer, começou a gemer mais alto e falar coisas sem nexo. Em meio a isso, chamava por Kai de maneira, que para o maior, era a mais sensual possível. Os movimentos estavam ganhando velocidade e intensidade. Apesar de as estocadas ficarem cada vez mais fundas, o carinho pelo ato do sexo não estava indo embora. Crescia cada vez mais.

Estavam ali como um só e era o mais importante. Um sentimento que iria ligar os dois para sempre.

Kai se retirou de Kyungsoo e ouviu um muxoxo do menor, e riu brevemente. Sentou na cama, com as costas encostadas na cabeceira da mesma, e pediu que o amante sentasse em cima de si. Kyungsoo sorriu de canto e foi engatinhando até o maior, beijando seu rosto e se apoiando em seus ombros suados. Sentou lentamente sobre o membro de Kai e gemeu ainda mais. Neste momento, os gemidos passaram a se misturar. O corpo de Kyungsoo, com ajuda de das mãos de Kai, subia e descia de forma rápida e intensa.

O choque entre seus corpos, devido ao suor, poderia ser ouvido. Iniciaram um beijo. Dessa vez, afoito e apressado. O quarto estava quente, os dois pingavam pelo líquido salgado que exalava dos corpos unidos, suas bocas ora falavam coisas desconexas ora se beijavam desejosos. As unhas do menor arranhavam com mais força os ombros e os braços de Kai. Logo, Jongin passou a dar atenção ao membro de Kyungsoo e a seu pescoço. Sua boca mordia, sugava, lambia a pele branca ainda um pouco marcada. Sua mão fazia movimentos tão ágeis quanto o corpo de Kyungsoo fazia sobre si.

- Jongin... Mais...

E foi quando Kai percebeu que havia acertado o ponto sensível do mais velho. Ele gritava de prazer e pedia por mais. Ainda mais rápido, Kai passou a tirar Kyungsoo de si e voltar a penetrar o outro com força. Os gritos eram agudos e altos. Agradeciam por não ter ninguém em casa, mas aquilo era o de menos.

Os dois estavam mostrando que estavam próximos do ápice. O cheiro de sexo era o que predominava no quarto fechado. Era o cheiro de dois amantes em seus momentos mais íntimos. Jongin não parou um momento sequer de estocar Kyungsoo. Este apenas gozou, pela segunda vez, na mão de Kai e em seu abdômen. Seu membro foi prensado contra as paredes internas do menor, e assim gozou junto ao amante.

Suas respirações há muito estavam desreguladas. Os batimentos cardíacos eram rápidos, chegando a doer contra as costelas. As testas estavam encostadas e um sorriso amplo estava estampado no rosto do casal. Era mais que óbvio que haviam se entendido após o desentendimento que aconteceu há uma semana.

Kai saiu de Kyungsoo e deitou o outro na cama do maior. A mão tirou o cabelo suado da testa do mais velho e ambos se olhavam como se não acreditassem no que havia acontecido. Jongin cobriu os dois com seu lençol e logo abraçou Kyungsoo. O mesmo envolveu suas mãos na cintura do moreno e se permitiu ser levado pelo sono. Mas antes, ouviu o que mais queria ouvir.

- Eu te amo, Do Kyungsoo.

Sorriu contra o peito do outro e lhe apertou murmurando algo para Kai. Apesar de ter falado baixo, disse em um tom audível para o outro.

- Eu também te amo. Obrigado por me escolher.

E dormiram abraçados como se existisse os dois no mundo. Agradeceriam a Sehun e Baekhyun depois. Seus dois maiores cupidos. Seus dois melhores amigos. E esse foi o melhor sono que tiveram em muito tempo. Ambos embalados pelo corpo e calor de quem amavam. 


Notas Finais


aqui o link (pq o AS n permite mais link nas notas iniciais e.e) http://www.youtube.com/playlist?feature=edit_ok&list=PLSr35pz8BVdh4irrHcYwwqKJr3miGeQmo
eu tentei fazer o mais fofo possivel, pq pra mim kaisoo é mta fofura.
e o melhor de tudo, pra mim, foi a comparação do sehun com o kyung q o kai faz.
enfim, espero q tenham gostado.
ja nee >.<


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