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História Sentimentos Intensos - Inseguranças


Escrita por: starhp_

Capítulo 1 - Inseguranças


P.O.V. Remus Lupin.

–Boa noite, Moony!

–Nossa, Sirius... Você não toma banho há quantos meses? – Sirius, um de meus melhores amigos, o cara mais maluco e sem noção que eu conheci na vida, acabara de entrar no dormitório, e estava apoiado na minha cama.

–Desde a última transformação sua... Sabe, é um charme e atrai as gatinhas.  

–Atrai, atrai sim... – eu ri.

–Óbvio que atrai, não é a toa que a Marlene estava bem atraída por mim hoje, tão atraída que nossos corpos estavam consideravelmente próximos...

–Próximos... Aquilo não era proximidade, Sirius, vocês estavam quase fodendo no corredor! – James entrou no dormitório com os cabelos molhados, junto de Pedro, tinham acabado de sair do banho.

–Eu não acredito... – fechei os olhos envergonhado diante daquela situação.

–Pois acredite, meu caro amigo! Tudo isso... – Sirius simplesmente se jogou na minha cama, a cabeça em meu colo. – foi em função da falta de banho.

–Nossa, seu nojento... – ri dando um leve tapa na testa dele com o livro que estava em minhas mãos.

Sirius, por mais estranho que pareça, foi um dos meninos que eu mais consegui ter proximidade. De todos nós, foi com ele que eu mais consegui conversar sobre qualquer coisa, e criei a maior intimidade.

Ele estava deitado em meu colo apenas rindo e conversando com os meninos do dormitório, enquanto eu lia mais um dos livros que minha mãe me deu. Coisas extremamente normais que costumávamos fazer a maioria das noites. Com exceção daquelas em que eu... não estava adepto e capacitado de conversar.

Horas se passaram, e o dormitório estava cada vez mais silencioso e calmo. Já era possível ouvir os roncos de Pedro e os resmungos de James por não aguentar os roncos dele. E Sirius ainda estava em meu colo, aparentemente me observando.

–Senhor Black, algum problema? – perguntei com um sorriso no rosto afastando o livro da frente dele.

–Problema nenhum, Senhor Lupin.

–Você não vai mesmo tomar banho?

–É óbvio que vou, homem limpeza. – ele se levantou rapidamente do meu colo e resmungava. – Nem parece que todo mês você vira um bicho pulguento.

–Você realmente deixa transparecer que vira um bicho pulguento. Fede como um! – Black me olhou indignado e levantou da cama em seguida.

–Merlin tenha piedade, já estou indo tomar banho, Lupin! Estou indo! – ele foi se afastando da cama enquanto me divertia com suas reclamações. – Presta atenção, andando para fora do quarto, indo em direção ao banheiro...

–Boa noite, Sirius! – ele me respondeu apenas pondo a cabeça para dentro do quarto e piscando com um olho, daquele jeito irritante que ele sempre fazia. Dizia que era “charme”. Idiota.

............

Não sabia que horas eram, mas já estava tarde, bem tarde. Todos já estavam dormindo com exceção da minha pessoa. Sempre fui muito quieto, e, geralmente, poucos dias antes das minhas transformações, costumo ficar mais alerta, não consigo dormir direito ou me concentrar. Licantropia é uma merda.

         Os barulhos das respirações dos meus melhores amigos formavam uma sinfonia harmoniosa que me deixava acordado pensando.

         Esse era meu último ano em Hogwarts e eu nem sabia que havia aguentado tanto até aqui. A licantropia não é uma doença fácil, nem um pouco... e eu sei das consequências que eu vou sofrer no mundo bruxo por conta dessa condição... O preconceito existente atacando lobisomens é terrível, e ninguém faz nada para detê-lo.

         Sou visto como um monstro...

         Não discordo disso... Também me acho um monstro... Nojento e desprezível...

         Mas mesmo sendo um... monstro, ainda tive uma adolescência relativamente normal comparada a outros lobisomens. Eu tive amigos... e muita ajuda.

         James, Sirius e Pedro. Como sou grato por tê-los em minha vida. Desde o segundo ano, quando eles descobriram minha condição, fui acolhido. Eles fizeram de tudo por mim, até se transformar em animagos para me acompanhar durante meus períodos de transformação...

         Mas, apesar de ser imensamente grato por todos os esforços, ainda fico inseguro por eles. Tenho medo de machucá-los. Machucar Sirius. Fazer algo contra eles.

         Durante as noites de lua cheia, fico fora de mim. Completamente maluco. Um monstro.

         Se meus amigos tivessem capacidade de ler meus pensamentos estariam revoltados comigo por pensar desse jeito sobre mim. Black estaria revoltado, me abraçando e me sacudindo, como se, fazendo isso, as palavras: “você não é um monstro” fossem entrar em minha cabeça.

         Nada vai mudar o meu medo. Eu sempre continuarei sendo um monstro, uma aberração, não importa o que aconteça.

         Parabéns, Lupin, lá se vai mais uma noite mal dormida.

 

P.O.V. Sirius Black.

–Ai ai, Lupin... – Dorcas, que estava sentada na mesa da Grifinória durante o café da manhã, olhava para Remus e ria há um bom tempo, o que, através da minha incrível percepção, estava deixando-o nervoso.

–O que foi? – ele disse.

Ela o olhava com diversão, e eu ficava curioso.

Vi suas orelhas ficarem rosadas.

Puta Merda, Lupin... Larga de ser fofo, porra!  

–Estou sabendo de umas coisas suas aí... – disse com um sorriso no rosto.

–O que? O Lupin se esqueceu de apertar mais a gravata dele hoje? – James disse rindo, eu ri também, em conjunto de Pedro, mas Remus não parecia estar muito afim de dar risadas.

–Não é isso... É algo bem mais interessante...

–Tipo o que? – ele perguntou.

–Uma certa pessoa aí está afim de você...

Nós dois engolimos a seco.

Puta que me pariu.

Os meninos começaram uma algazarra, bagunçando o cabelo dele e gritando, como um bando de animais.

Eu sou retardado assim também? Se for... Fodasse, pelo menos sou feliz.

Lupin ficou completamente vermelho de vergonha, e eu entendia o motivo. Ele era tímido assim, e ninguém – que eu saiba – havia gostado dele antes... Bom... Ninguém além de mim, óbvio.

Mas, puta merda, como ela descobriu?

Será que ela está falando de mim?

Eu nunca falei disso para absolutamente ninguém. Não tem como ela saber. Ninguém sabe.

Será que ela reparou em todas as vezes que passo horas olhando para ele durante as aulas?

Ou será que ela desconfia de todas as gracinhas que eu faço para chamar a atenção dele?

Será que ela saber ler mentes? Pode ser boa em legilimência. Ai meu caralho...

Dorcas, por favor, se estiver lendo, vendo ou ouvindo isso na minha mente, faça o favor de não contar a ele que sou eu. Eu te imploro! Inclusive, paro de pegar a Marlene só para fingir que gosto de meninas, e começo a dar mais atenção aos garotos, só, por favor, finge que não sabe de nada. Obrigado.

Mas... E se não for eu... Quem será?

–Quem é? – perguntei. Minha voz falhou por um segundo, mas mantive o olhar firme para Dorcas.

–Não vou falar para você, bobão. – em seguida me deu língua.

–De qualquer jeito, se você não contar pra gente, o Remus vai contar! – James disse rindo.

–Eu não vou contar. Mas o Remus vai descobrir logo logo. – ela falou.

Ele se encolheu no banco, os olhos arregalados, calado. Parecia que tinha descoberto que algum familiar morrera ou algo do gênero. Ele estava assustado. Era inseguro demais... Queria ajudá-lo com isso... Ele é muito perfeito para ter tanto medo de si mesmo.

–Cadê a Lily? – perguntou se levantando em um único movimento absurdamente rápido.

–Eu não... – comecei a falar, mas ele saiu correndo antes que eu pudesse terminar – sei...

–Ué? Ele não ficou animado? – Dorcas perguntou com a expressão torta para nós.

–Provavelmente sim, mas também ficou assustado. – disse James.

–Ele é muito inseguro. – completei.

–Ah tá... Mas realmente tem alguém afim dele. Espero que ele perca esse medo. – ela disse.

–Sim... – Pedro disse. – Dorcas! – chamou. – Será que não tem nenhuma amiga sua que esteja afim de mim também?

Eu e James olhamos para ele e nos afogamos em gargalhadas.

–Que é? – ele perguntou.

Dorcas revirou os olhos e voltou sua atenção para outra coisa qualquer, enquanto isso, eu e James estávamos vermelhos e sem ar de tanto rir.

–Tem várias gatas atrás de você, literalmente, seu rato! – eu disse. James afundou a cara em suas mãos, aparentemente chorando de rir.

–Nhé... idiotas! – mostrou a língua, porém também riu.

 


Notas Finais


oieee, ent, essa é a primeira fic q eu posto, ent se vcs puderem, me deem sugestões de como escrever, como fazer bonitinho e tal, e falem pra mim do q vcs gostam... e é isso kkkk, espero q tenham gostado do primeiro capítulo e enfim... até o próximooo


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