História Sentimentos Proibidos - Imagine Park Jimin - Chuveiro

Jimin

- O que houve filho? - mamãe perguntou - Você ficou estranho do nada.

- Não é nada. - balancei a cabeça negativamente.

Na verdade eu estava cheio de pensamentos naquele momento e todos eles levavam a mesma pessoa: (S/N). Ela é minha irmã, apenas minha irmã, então por que sinto esse ciúme e proteção por ela?

A encarei e percebi que estava me olhava. Me lançou um pequeno sorriso e logo desviou o olhar.

Terminamos de jantar e fui para meu quarto. Abri o chat outra vez e li as novas mensagens de Taehyung.

- Por que não? - perguntou.

- Porque eu não sei se você seria uma companhia para ela.

- Não seja exagerado! Não estou pedindo sua irmã em casamento, apenas quero o número dela.

- Então você mesmo terá que pedir a ela.

- Eu hein! Farei isso sim.

Apenas visualizei e deixei o celular de lado.

- Idiota. - pronunciei baixinho.

(...)

Ao acordar pude detectar um cheiro bom vindo da cozinha. Ou a comida era boa ou eu estava mesmo com muita fome. Talvez um pouco dos dois.

Antes de descer tomei um banho e escovei os dentes. Desci até a cozinha e me surpreendi ao ver que era (S/N) que estava cozinhando, e não nossa mãe.

- Bom dia. - ela disse - Vai querer? - apontou para os sanduíches bem recheados que estava fazendo.

- Sim. Onde está a mãe?

- Ah, eles saíram mais cedo. Foram fazer compras. Daí, mamãe disse que eu poderia fazer nosso café da manhã, mas eu imaginei que gostaria de comer quente e estava te esperando acordar.

- Não precisa fazer, eu mesmo...

- Não se preocupe. Eu irei fazer para você também.

- Certo...

Sentei-me ali perto e fiquei a observando cozinhar de costas para mim. Seus cabelos eram bonitos e bem cuidados. Sempre gostei de cabelos longos. Além disso ela tinha uma cintura fina. E bem, nem preciso dizer onde meus olhos foram parar, certo?

Quando dei por mim estava inclinando-me para ver um pouco melhor sua bunda  naquele short tão curtinho.

- Você costuma acordar tarde assim sempre?

Quando ela falou comigo fiquei alerta e desviei o olhar.

- Ah, nem sempre. - respondo meio aéreo.

Ela se vira para mim e coloca a sanduíches no prato.

- Aqui. Suco?

- Pode ser.

- Não sei se está muito bom.

- Deve estar ótimo, certeza. - sorri de canto.

- Eu não teria tanta certeza! - riu brevemente.

- Obrigado, (S/N).

- Não é nada. - sorriu.

Ela sentou-se de frente para mim e foi terminar de comer também.

- Quais seus planos para hoje? - perguntou.

- Ah, acho que nenhum. E os seus?

- Também acho que nada. Quer dizer, vou sair com o Jasmine, mas apenas isso mesmo.

- Entendi.

- Você bem que poderia ir, Jimin.

- Eu não quero atrapalhar o momento das garotas.

- Não é nosso momento! Só vamos sair para comer algo.

- Não, obrigado. Eu vou mesmo ficar em casa.

- Você que sabe. - riu pelo nariz.

Ela terminou de comer primeiro que eu e levantou para deixar a louça suja na pia. Outra vez acabei olhando para onde não deveria e fechei os olhos com força.

Ela é minha irmã! Eu não devo e nem posso vê-la assim.

(S/N)

Me olhei no espelho pela última vez antes de sair. Eu estava usando um short jeans claro e uma camiseta branca com detalhes amarelos. Meus cabelos estavam soltos e eu calçava um tênis simples.

Jasmine disse que íamos apenas até a sorveteria, então não vi porque me arrumar tanto. Peguei um dinheiro que tinha guardado e o colocou no bolso junto com meu celular.

- Estou indo, mãe!

- Até mais, querida.

Após passar por ela abri a porta de casa e saí. Fui até a casa de Jasmine do outro lado da rua e a esperei.

- Oi! - sorriu ao me ver - Vamos caminhando, tudo bem?

- Claro.

Saímos caminhando pelas calçadas até a sorveteria que não ficava tão longe dali.

Após nossos sorvetes chegarem começamos a conversar sobre os mais variados assuntos. Depois disso passamos numa praça perto de casa. Estava vazio e isso nos deixou mais a vontade para agirmos como verdadeiras crianças.

Balançamos o mais alto que pudemos e acabamos sujando nossos pés com a areia que ficava ali embaixo.

- Parece que vai chover! - disse encarando o céu.

- Sim. - concordei - Melhor voltarmos para casa!

- Vamos.

Levantamos e continuamos a caminhar, mas a chuva acabou mesmo nos pegando no caminho.

Já que estávamos molhadas nem nos preocupamos mais em chegar rápido em casa. Meus cabelos colocaram a grudar em minha pele e eu sentia meus pés ficarem nojentos por causa da água que entrava no tênis. Entretanto, não me arrependo. Foi ótimo! Demos várias risadas.

Quando cheguei em casa minha mãe me olhou preocupada.

- Minha filha, você está toda encharcada.

- Desculpe, mãe! - ri.

- Melhor você ir logo se enxugar. Tome um banho quente e tire essa areia do seu corpo. Depois vista algo quente.

- Tudo bem, mãe.

Fiquei feliz em ver que ela se preocupava comigo ao menos um pouco, pois posso contar nos dedos quantas vezes ela fez isso na vida.

Subi até meu quarto e entrei em meu banheiro. Retirei as roupas e entrei debaixo do chuveiro, mas não caiu uma única gota.

Enrolei-me na toalha e desci até lá em baixo.

- Mãe? O chuveiro não está funcionando.

- Sério? Ah, péssima hora para quebrar! - bufou - Tome banho no banheiro do seu irmão.

- Jimin não está?

- Não. Ele saiu mais cedo, não se preocupe.

- Tudo bem.

- Vou pedir para seu pai ver o que houve com seu chuveiro depois.

Assenti e voltei a subir. Abri a porta do quarto de Jimin ainda um pouco receosa. Eu sentia que estava invadindo sua privacidade. Mas estava tudo bem, certo? Eu não iria mexer em nada, apenas tomar um banho. Mesmo assim, não pude deixar de reparar que as coisas estavam bem organizadas.

Entrei no box e abri o chuveiro. Felizmente tinha água e bem quente. Relaxei os músculos e deixei a água percorrer por todo meu corpo.

Peguei um pouco do sabonete líquido e passei em meu corpo. Eu nem pretendia demorar tanto no banho, mas estava tão relaxante que nem mesmo vi o tempo passar.

De repente ouvi passos e uma voz bem conhecida por mim se aproximando. Felizmente o box era embaçado o suficiente para ele não me ver, mas eu o vi pela pequena brecha na porta que deixei.

Ele estava falando com alguém no celular. Colocou o aparelho na bancada da pia e, posteriormente, no viva voz. Era uma garota que falava animada sobre a volta às aulas na faculdade.

Ele olhou-se no espelho e afastei-me para que não pudesse me ver no reflexo. Jimin analisou o próprio rosto enquanto falava com a garota.

Eu precisava sair dali, mas não queria que ele soubesse que eu estava tomando banho. Então, eu iria esperar que ele terminasse e depois sairia.

O problema foi que ele também decidiu tomar banho.

- Eu te ligo depois.

- Certo. Vou estar esperando. - ela riu ao falar de modo sugestivo.

Quem é essa garota?

Ele encerrou a ligação. Retirou sua camisa e meu coração errou uma batida. Não pelo fato de estar sem camisa, mas sim por saber que seria pega no flagra. Eu até poderia me enrolar numa toalha, entretanto, a deixei fora do box.

Depois ele retirou a calça e eu tentei desviar meu olhar ao máximo. Minhas bochechas deveriam estar tão vermelhas como tomates. Antes que a coisa ficasse pior decidi que seria melhor avisar que eu estava ali, daí ele poderia me jogar a toalha e eu explicaria tudo depois.

Porém, antes que eu pudesse fazer isso a porta foi aberta. Pelo menos, ele ainda tinha uma peça de roupa no corpo. Já eu não.

Ele arregalou os olhos e procurou palavras, mas não as encontrou. E eu também estava estática.

- Pode me emprestar uma toalha?